Sunday, 28 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

O Estado de S. Paulo

PRESIDENTE
João Domingos, Mariângela Gallucci e Vera Rosa

Dilma defende liberdade de culto, de imprensa e estabilidade em diplomação

Em cerimônia marcada por elogios ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Dilma Rousseff recebeu ontem o diploma de presidente da República com a promessa de defender a liberdade de imprensa e de culto, honrar as mulheres, cuidar dos mais frágeis e manter a estabilidade econômica.

Diante de 300 convidados, na sede do Tribunal Superior Eleitoral (TSE), Dilma exibiu um estilo bem diferente de Lula, com discurso menos emotivo. Ao contrário de seu padrinho político, que não conteve o choro nas duas vezes em que foi diplomado, a primeira mulher eleita presidente do Brasil – com 55.752.529 milhões de votos – segurou as lágrimas.

‘Sei da responsabilidade de suceder um governante da estatura do presidente Lula. Sei dos imensos desafios que nosso futuro comporta, mas, se pensarmos o que cada um de nós pode fazer pelo Brasil, vamos descobrir uma força infinita, que a cada momento se alimenta e se renova’, afirmou ela.

Célere. No pronunciamento de seis minutos e meio, Dilma pregou a união do País para encontrar ‘novos e melhores caminhos’ e disse que se empenhará para retribuir a confiança nela depositada. ‘Conto com todos e todos e todas e todos podem contar comigo’, garantiu.

Com um vestido e blazer azul royal – enfeitado com chamativa renda em tom bordô -, Dilma recebeu o diploma confeccionado pela Casa da Moeda das mãos do presidente do TSE, Ricardo Lewandowski, logo após a execução do Hino Nacional.

‘Pela vontade do povo brasileiro, expressa nas urnas em 31 de outubro de 2010, a candidata pela coligação Para o Brasil seguir mudando, Dilma Vana Rousseff, foi eleita presidente da República do Brasil’, diz o texto.

O vice-presidente eleito, Michel Temer, foi diplomado na mesma cerimônia, mas não discursou.

Comparações. Para Dilma Rousseff, o mesmo sentimento de esperança, ousadia e mudança que levou o povo a conduzir um metalúrgico ao Palácio do Planalto fez com que uma mulher fosse eleita presidente.

‘Esse fato rompe com preconceitos, desafia os limites e enche de esperança um povo sofrido’, insistiu a eleita.

Ao destacar os seus projetos, a futura presidente reafirmou o compromisso com a estabilidade econômica e o investimento público, que, na sua avaliação, são necessários para o crescimento e o emprego.

Depois de uma campanha marcada pela polêmica do aborto e por embates com a imprensa, Dilma também fez questão de assegurar a liberdade de expressão.

‘Defenderei sempre a liberdade de manifestação, de imprensa e de culto, mas reafirmo que nenhuma estratégia política ou econômica é efetiva se não se refletir, concretamente, na vida de cada trabalhador (…), de cada empresário, de cada família’, afirmou a presidente eleita.

Dilma Jane, mãe da presidente eleita, e a filha Paula foram as primeiras a abraçá-la. Até na sessão de cumprimentos, porém, a novela da composição do ministério foi tema de conversas.

‘Fique tranquilo’, disse Dilma ao ministro do Esporte, Orlando Silva, que deve perder o posto e pode ocupar outro cargo, para cuidar apenas da Copa e dos Jogos Olímpicos. O ministro das Relações Institucionais, Alexandre Padilha – cotado para assumir a Saúde – também era só sorrisos. ‘Mas minha felicidade não tem nada a ver com cargo’, explicava ele. ‘Eu trabalhei tanto para eleger a Dilma. Como não vou estar feliz?’

Coquetel. Após a diplomação, Dilma participou de um coquetel comemorativo à noite no Palácio do Itamaraty. O presidente Luiz Inácio Lula da Silva e a presidente eleita ficaram pouco mais de uma hora no local.

Ao subir a escadaria para o salão, o presidente não quis falar com a imprensa, afirmando ser o dia de Dilma. Só posou para fotos. Ao seu lado, a primeira-dama Marisa Letícia brincou: ‘Quando ele está comigo não fala’. Dilma disse que a escolha de ministros está perto final, ‘Quase’, respondeu a repórteres.

 

TELEVISÃO
Cristina Padiglione

Astrid pilota nova série no canal GNT

Além do sucessor do Happy Hour, que, já se sabe, será um programa de linha semanal, e não mais diário, Astrid Fontenelle gravará entre janeiro e fevereiro uma nova série para o canal GNT. Trata-se de uma versão local para um formato comprado, com estreia prevista para março, quando o canal surgirá na tela totalmente repaginado. Na mesma época, aí sim, vem o substituto do Happy Hour, que encerrou carreira ontem. Provisoriamente chamado como Sexta Básica, um semanal de atualidade, o novo programa irá ao ar às sextas, dia em que o Happy Hour sempre se mostrou mais forte no Ibope. Falta definir editorial, roteiro e o próprio endereço do cenário – Rio ou São Paulo.

Grude

Drª Michelle/Marisa Orth atende no P.S. de S.O.S Emergência um sujeito com cara de Thiago Lacerda que diz ter perdido a memória. Rápida, ela inventa que teve um caso com ele. E ele se encanta. Amanhã, na Globo.

3 opções de visualização com atualização gratuita em tempo real é o que promete o aplicativo da CNN International para iPad, disponível na Apple Store

‘Muito feliz em saber que Gatinha Manhosa estava no casamento da novela. Adoro cantar em casamento. Adoro ser trilha de amores alheios’ Léo Jaime

A frase acima foi estampada por Léo Jaime no Twitter, anteontem, dia em que Fátima (Bianca Bin) se casou com Sinval (Kayke Britto) na novela Passione, exatamente ao som da canção resgatada por Léo.

A saída de Zico Góes do GNT não há de afetar, até segunda ordem, a reforma já programada pelo canal para 2011. Todo o pacote vinha sendo formatado há quatro meses.

A volta de Daniela Beyrutti, filha número 3 de Silvio Santos, à direção artística do SBT reanima colegas de trabalho de plantão na sede da Anhanguera. Faltava alguém disposto a intermediar as negociações entre artistas da casa e patrão, o que ficou evidente no caso da saída-surpresa de Hebe.

Lei de incentivo via Ancine pavimenta a iniciativa da Record e da produtora Contém Conteúdo para a realização de As Mãos do Meu Filho, especial baseado em conto de Érico Veríssimo que a emissora leva ao ar hoje à meia-noite.

O docudrama Nascemos para Cantar, sobre a trajetória de 40 anos de Chitãozinho e Xororó, produção da Gullane Filmes para a noite de Natal na tela da Record, também foi realizado com apoio de leis de incentivo da Ancine.

André Trigueiro, jornalista, e Armando Strozenberg, publicitário, participaram da gravação da série Por que a gente é assim, que estreia em fevereiro no canal Futura.

Por que a gente é assim quer estimular a reflexão sobre quatro temas que norteiam as escolhas diárias dos brasileiros: fé, consumo, educação e preconceito.

João Dória Jr. vai escolher novos conselheiros, mantendo um homem e uma mulher nas funções, em O Aprendiz. Como Cristiana Arcangeli já tem seu próprio reality – o Extreme Makeover Social – e sairá de cena, Dória acha mais adequado substituir também David Barioni.

 

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