Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

O Globo

MEMÓRIA
Merval Pereira

Ao mestre

‘No dia 25, o jornalista Carlos Castello Branco, uma espécie de patrono dos colunistas políticos brasileiros, o maior entre nós todos, teria feito 90 anos. Reproduzo aqui trechos do prefácio que escrevi para a reedição de seu livro clássico ‘Os militares no poder’, da Editora Record. E adianto que brevemente estarei lançando um livro, pela mesma editora, com o título de ‘O lulismo no poder’, uma homenagem ao mestre. Quem quiser saber mais sobre o Castelinho, como era conhecido, pode ir ao endereço www.carloscastellobranco.com.br.

(…) A ‘Coluna do Castello’, publicada diariamente no ‘Jornal do Brasil’ por 31 anos até sua morte, em 1993, teve provavelmente o mais influente papel que o jornalismo pode exercer na política brasileira, e não apenas metaforicamente.

No período mais negro da ditadura militar, ‘o Congresso só existiu na minha coluna’, disse ele, certa vez. Sua importância era tamanha que, tendo Carlos Lacerda interesse em que o ‘Jornal do Brasil’ defendesse certa posição, foi-lhe sugerido que procurasse o presidente do jornal, Manuel Francisco Nascimento Brito, genro da condessa Pereira Carneiro. Ao que Lacerda retrucou: ‘Eu vou é falar com o Castelinho, que é quem manda’.

Já durante o período de distensão, angustiado com a necessidade de continuar o processo de abertura política ‘lenta, gradual e segura’, o presidente Ernesto Geisel não sabia como convencer a opinião pública de que continuava com a intenção inalterada, mesmo depois de ter fechado o Congresso e ter baixado o ‘Pacote de abril’. O ministro da Justiça, Petrônio Portela, interessado em dar prosseguimento ao processo de abertura política, aconselhouo: ‘Só há um homem no Brasil que fará com que se acredite que o senhor quer mesmo fazer a abertura política. Este homem é o jornalista Carlos Castello Branco’.

Anterior à era da multimídia no jornalismo, Carlos Castello Branco tinha o dom da palavra escrita, mas não o da fala. Ao contrário, tinha uma dicção péssima. Chegou a fazer comentários políticos na televisão, mas essa não era sua praia. Por isso, escrevia sempre seus pronunciamentos, e não se justificava: dizia-se, sobretudo, um jornalista, o que naquela altura se resumia principalmente à imprensa escrita.

Escrevia com uma rapidez e clareza tão grandes quanto falava atabalhoadamente, comendo as palavras, quase resmungando.

Tinha uma memória notável, e não foram poucas as ocasiões em que o interlocutor se surpreendeu com a reprodução perfeita da conversa sem que Castelinho tivesse tomado uma nota sequer da conversa.

Ao tomar posse na Academia Brasileira de Letras, em 1982, fez questão de ressaltar: ‘Chego à Academia como jornalista. Foi essa condição que me deu notoriedade e abriu-me caminhos nos vossos corações. (…) Mas devo ressaltar que, em determinado momento da vida profissional, quiseram os fados que fosse o intérprete mais ostensivo dos sentimentos que não se podiam, então, exprimir. A sociedade ansiava por informações; e coube-me abrir, graças ao apoio do ‘Jornal do Brasil’, um canal de mensagens cifradas mediante as quais atendia a expectativas tão amplas quanto frustradas. Sei que não trabalhei em vão, e é muito em função disso que me acolheis aqui, independentemente dos sentimentos políticos de cada qual. Eis, talvez, a razão por que um repórter chega pela primeira vez, como tal, a ocupar uma cadeira nesta Casa de expoentes da vida brasileira’.

Castelinho tinha a noção exata de que fazia parte da História, e era desse ponto de vista que analisava os fatos políticos cotidianos: ‘os fatos vão se criando e as explicações, se multiplicando, ganhando coerência ou clareza à medida que os surpreendemos no seu aparecimento, no seu colapso, no seu ressurgimento, nessa permanente elaboração, fundada em contradições que nem sempre chegam a sínteses, que caracteriza a ação política’, definiu ele na introdução de uma das edições deste ‘Os militares no poder’.

(…) Anteriormente, em 1970, já concorrera à ABL, e por razões políticas: como havia sido eleito pouco antes o ex-ministro do Exército de Costa e Silva e membro da junta militar de 1969, General Aurélio de Lira Tavares, que usava o pseudônimo de Adelita, um grupo de acadêmicos desejava preencher a nova vaga com um candidato de oposição. Castello acabou sendo superado por Antonio Houaiss, num segundo turno.

Anos antes, quando o Ato Institucional no5 foi editado, em dezembro de 1968, Castelinho fora preso, acusado de ter participado do movimento político que culminou com a recusa do Congresso em processar o jornalista e deputado Marcio Moreira Alves.

Sua coluna foi proibida de circular durante algumas semanas. Do final do governo Costa e Silva até todo o governo Médici, a repressão política aumentou fortemente, e com ela a pressão para que o tom da coluna de Castelinho fosse alterado.

Ele passou a transmitir as informações, então, segundo suas palavras, ‘quase em mensagens cifradas’, e chegou a pedir demissão duas vezes, por não ter espaço político para suas análises. Numa dessas ocasiões, em pleno governo Médici, foi dissuadido por dois ministros de origem militar, Mario Andreazza e Jarbas Passarinho, que sabiam a péssima repercussão política que essa decisão geraria, e trabalharam para arrefecer as pressões.

(…) Em outubro de 1978, foi homenageado nos Estados Unidos com o prêmio Maria Moors Cabot, pela Universidade de Columbia, Nova York, destinado aos jornalistas notáveis das Américas.

Com a posse de Geisel e o projeto de abertura política, Castelinho ganhou mais liberdade para escrever, mas, em consequência, atraiu a fúria da linha dura que se opunha à democratização.

(…) Mesmo cessadas as ameaças, Castelinho conviveu durante muito tempo com a paranoia de estar sendo perseguido, e em 1982, depois de eleito imortal da Academia Brasileira de Letras, teve que ser internado num hospital com princípio de infarto. Pediu que os fios que ligavam seu corpo aos aparelhos fossem retirados. ‘Suspeito que eles tenham sido instalados pelo Serviço Nacional de Informações’, comentou, entre irônico e precavido.’

 

COPA
Marcos de Castro

A Copa sem repórter

‘Não sei qual será mais importante, na área das realizações esportivas, se a Copa do Mundo, se os Jogos Olímpicos. Como no momento uma Copa está sendo disputada, por ora fiquemos com ela. Mas que acontecimento (eu quase ia usando uma das palavras da moda: evento) é esse, o mais importante do mundo esportivo, que não atrai um único repórter? Pelo menos é o que se deduz a julgar pela fala dos… repórteres.

O técnico Dunga, desde a chegada à África do Sul, parece que vai resolver tudo evitando a presença de repórteres nos treinos. E nas entrevistas coletivas passa sempre a impressão de que repórteres, para ele, são inimigos. Mas, é forçoso reconhecer, além de Dunga, os próprios repórteres não gostam de si mesmos. É a conclusão lógica a que se chega quando todos eles fogem da palavra que os designa.

Estranhamente, só usam mesmo o termo ‘jornalista’.

Ora, ao fazê-lo, estão fugindo do seu dever básico de informar tudo do modo mais claro possível. Jornalistas são também os que ficaram na retaguarda. O termo específico para os que estão, digamos, na frente de batalha, uma vez que cobertura como essa é muitas vezes uma verdadeira guerra, o termo específico, como se sabe, é ‘repórter’. Por que fugir dele, se ele informa melhor ao restringir o campo de informação? Por que repetir cansativamente a palavra ‘jornalista’ (quase sempre no plural), que representa apenas meia informação? Não é só na Copa. É sempre assim.

Querem ver? Vamos à casa de uma família em que alguém foi sequestrado, numa grande cidade brasileira. Repórteres de vários veículos foram escalados para passar a noite em frente da casa. Por duas ou três vezes alguns deles entraram ao vivo durante a madrugada. Ah, o telespectador ou o radiouvinte pode ter certeza, não ouvirá em hipótese alguma a palavra ‘repórter’! Exemplos práticos de como podem ter sido essas entradas: 1. ‘Apesar do sofrimento, a família dá aos jornalistas um tratamento altamente atencioso e até bolo e cafezinho foram distribuídos.’ 2. ‘No meio da madrugada correu o boato de que o resgate tinha sido pago e o sequestrado estava a caminho de casa. Os jornalistas se alvoroçaram, mas era rebate falso.’ 3. ‘Quase ao amanhecer o pai do sequestrado mudou de atitude: foi à janela do segundo andar e pediu aos jornalistas [não se esqueça o leitor, são os repórteres informando] que se retirassem, pois aquele aglomerado humano só fazia aumentar a tensão dos parentes.’ A situação é absolutamente realista, três entradas ao vivo de profissionais de rádio e TV na madrugada, nenhuma vez a palavra repórter. O leitor atento já há de ter observado mais de uma vez situação semelhante. Diante de tal repetição, o que fica? Provavelmente a palavra repórter vai se apagando do nosso léxico. Pelo menos no vocabulário do dia a dia dos repórteres brasileiros. Seria o caso de devolver o termo aos ingleses, com os quais fomos buscá-lo, e pedir desculpas, explicando que ele deixou de ter utilidade prática no Brasil.

Restaria o mistério. Repórteres foram, são e serão sempre a parcela profissional a desempenhar a função mais nobre do jornalismo: a busca e a transmissão da notícia. Sem eles (hoje, elas, em maioria absoluta) não se faz jornal, sobretudo não se faz um bom jornal. Mesmo por trás do material vindo das mais longínquas esquinas do mundo, enviado pelas velhas agências de notícias, há sempre a mão de um repórter, ainda que às vezes o leitor não sinta isso. O curioso — mas seria adequado chamar isso de curioso? — é que os próprios profissionais que desempenham a função estão matando o termo repórter. Por que esse amor desabusado pela palavra jornalista? E não só no caso das palavras estão ocorrendo fenômenos estranhos. Também as expressões, pequenas frases feitas têm sofrido o diabo com os meios de comunicação no Brasil (rigorosamente não se dá o mesmo em Portugal). Muitas dessas frases feitas fazem o encanto da língua. Vamos ficar com uma só para encerrar estas considerações. Será provavelmente a mais expressiva neste momento: ‘Cair no goto’. Tal expressão, como ninguém ignora, está secularmente tanto nos bons autores como na boca do povo. Goto é sinônimo popular para goela, garganta. O Aurélio dá um excelente exemplo no verbete devido: ‘Cair no goto de. O romance caiu no goto do público e é best-seller.’ Numa terra em que expressão tão simples — e tão saborosa — vem sendo confundida inacreditavelmente com ‘cair no gosto’ (que inexiste), não estranha que repórteres estejam destruindo a palavra ‘repórter’.’

 

Luis Fernando Veríssimo

‘Mamãe te ama’

‘Uma faixa no meio da torcida brasileira, ontem, dizia ‘Nicola, mamãe te ama’.

Não era um recado de incentivo ou crítica ao time, aos jogadores, ao técnico ou ao Galvão Bueno. Era um recado para o Nicola, uma declaração de que sua mãe o ama. A faixa não estava bem exposta.

Estava no lado em que ficam as câmeras que cobrem a ação principal do jogo. Só no caso de uma eventual tomada do outro lado, ou do diretor de imagens, catando flagrantes no meio do público, se enternecer com ela, a faixa apareceria na TV. A mãe do Nicola confiou no acaso para que sua mensagem chegasse ao filho. Não se sabe se o Nicola chegou a ver a declaração da mãe. Não sei quem é o Nicola ou quem é a sua mãe. Também ignoro o que levou a mãe do Nicola a assegurar que o amava. Haveria alguma incerteza a respeito, talvez depois de um drama familiar em que o amor materno ficara em dúvida? A mãe do Nicola estaria proibida de ver o filho e escolhera aquela maneira de vencer o bloqueio? Ou teria vindo à Copa e deixado o filho em casa e agora estava corroída pelo remorso? Não poderia ter escolhido um cenário mais espetacular para sua manifestação. O estádio de Durban é o mais bonito do que vi até agora. Ele e os outros estádios construídos especificamente para esta Copa farão parte do rebanho de elefantes brancos que a África do Sul herdará, não podendo nem usá-los como atração zoológica. Mas isso não tem nada a ver com o Nicola e sua mãe. Que paixões, que ternura ou angústia não estariam por trás daquela afirmação pública de amor? Fiquei pensando nisso o tempo todo. Meu medo era que o Nicola não estivesse vendo a faixa. Se alguém que conhece o Nicola estiver lendo isto, por favor, avise que sua mãe já o perdoou ou pede para ser perdoada, e que de qualquer maneira o ama.

Enquanto isso, em campo, acontecia alguma coisa parecida com futebol. Dois times que ‘se respeitam’, uma maneira de dizer que se anulam pelo medo e a falta de ambição mútuos, correram, se bateram e empataram sem gols. Cristiano Ronaldo, que levantava a torcida portuguesa cada vez que escapava rumo ao infinito, pois sempre dava em nada, continuou jogando apenas com seu próprio ego, o único companheiro que merece sua confiança.

Enfim, se o Nicola não estava vendo o jogo na TV, não perdeu nada.’

 

Lágrimas e críticas na decepção italiana

‘Fabio Cannavaro chorou. Na noite de quinta-feira, a eliminação da Itália levou às lágrimas o último homem a erguer a Copa do Mundo. O sentimento do capitão italiano não foi muito diferente de todo país, que, ainda que desconfiasse do atual elenco, apostava na tradição e em um final mais digno na competição.

— Esta é uma página obscura na nossa história, mas não posso apagar o que conquistamos em 2006. Não me envergonha dizer que a noite chorei pela primeira vez como azzurro — confessou Cannavaro.

Foi a primeira vez que a Itália terminou na última posição de seu grupo. Além da derrota de 3 a 2 para a Eslováquia, a Azzurra saiu da Copa sem vitórias: dois empates contra Nova Zelândia e Paraguai.

— Quando se tem quatro estrelas no peito, há a obrigação de ganhar. É normal sentir pressão, mas fomos muito medrosos.

Podia ver no rosto dos meus companheiros — ressaltou o capitão, que vai encerrar a carreira no Al-Ahli, do Emirados Árabes. — É hora de sair.

Tive muitas partidas boas e muitas partidas ruins. Isso faz parte da carreira de um jogador de futebol.

Na Itália, a despedida melancólica da seleção não foi bem recebida. Ontem, a capa do jornal esportivo mais influente do país,’Gazzetta dello Sport’ deu o tom da repercussão do prematuro fracasso na África do Sul: ‘Tudo preto, a pior saída na história’.

No jornal independente ‘Il Fatto Quotidiano’, o jornalista Olivieiro Behano comparou a desclassificação às dificuldades econômicas que o país vive com a crise do euro. Segundo ele, a seleção é reflexo de uma nação em crise.

— O país sem memória, sem identidade, sem ideia de futuro — afirmou. — A Azzurra é o espelho de uma nação.

O ‘La Repubblica’ estampou: ‘Azzurra, vergonha e lágrimas’, enquanto o ‘Corriere della Sera’ publicou manchete semelhante: ‘Azzurra, derrota e vergonha’.

O choro de Fabio Quagliarella ilustrou a maioria das capas na imprensa italiana.

— Esse é o resultado de um processo. Esse não é o fracasso de uma missão, mas a declaração de que um tipo de futebol na Itália está terminando — declarou Mario Scorcerti no ‘Corriere della Sera’.

As declarações do técnico Marcello Lippi sobre a preparação da equipe também ecoaram no país. O comandante do time em 2006 confessou que o trabalho foi inadequado. Críticos já haviam alertado sobre a preparação ultrapassada. Conforme já previa seu contrato, o técnico está deixando a seleção.

— Lippi abriu o peito, mas estava saindo. Ele já sabia disso — comentou Andrea Monti, do ‘La Gazzetta dello Sport’.

Diferentemente da França, onde foi o presidente do país, Nicolas Sarkozy, que exigiu que o fracasso seja esmiuçado, na Itália o papel coube ao presidente da federação, Giancarlo Abete.

— Todos sabemos da importância do futebol em nosso país e desapontamos dezenas de milhões de torcedores — afirmou Abete ontem. — Temos que ser realistas. Esses são os fatos. Nós precisamos refletir sobre a crise estrutural do futebol italiano.

Abete confirmou que vai apresentar o novo treinador, Cesare Prandelli, que dirigiu o Fiorentina, no dia 1ode julho.

Uma seleção renovada deve ser escalada nos próximos amistosos.

Além de Cannavaro, de 36 anos, outros oito jogadores italianos têm mais de 30 anos.

— Esse problema não começou ontem. Tem acontecido por um tempo. Nós temos a responsabilidade de recomeçar — ressaltou Abete. — Prendelli foi escolhido por sua habilidade em trabalhar com jovens jogadores. E vale destacar que estamos assinando com ele por quatro anos. Estamos pensando em longo prazo.’

 

 

FRANÇA
‘Le Monde’: trio de empresários lidera preferência

‘Os jornalistas do diário francês ‘Le Monde’ votaram ontem maciçamente a favor do consórcio formado pelo banqueiro Matthieu Pigasse, o mecenas Pierre Bergé e o criador do site Free, Xavier Niel, para socorrer o grupo de mídia, que busca uma recapitalização. A votação favorável a eles atingiu o surpreendente patamar de 90,84%. O consórcio colocou na mesa uma oferta de C 110 milhões.

Uma vitória de Pigasse, Niel e Bergé é tudo o que o presidente Nicolas Sarkozy não queria.

Fontes disseram que ele se opunha ao consórcio — e teria dito isso ao diretor-executivo do ‘Monde’, Eric Fottorino — por causa da forte ligação dos três com a esquerda e o Partido Socialista, de oposição.

Seguiram os jornalistas 94,9% dos diretores e 100% dos demais empregados. Entre o pessoal das revistas do grupo (‘Télérama’, ‘La Vie’, ‘Courrier international’), a votação a favor dos três foi de 92,66%.

Família do fundador prefere consórcio de France Télécom Apenas a associação Hubert Beuve-Méry, da família do fundador do jornal, votou a favor do outro consórcio, capitaneado por Claude Perdriel, diretorexecutivo do grupo Nouvel Observateur (do semanário homônimo), com a operadora de telefonia France Télécom e o espanhol Prisa, que controla o jornal ‘El País’ e tem uma fatia de 15% no ‘Monde’.

A associação tem dois assentos no Conselho de Supervisão do ‘Monde’, que dará a palavra final sobre a escolha do novo sócio na segunda-feira.

Apesar da derrota, Perdriel disse que mantém sua oferta, segundo a agência AFP.

Uma das razões para a quase unanimidade do consórcio Pigasse-Niel-Bergé, segundo o site do ‘Le Figaro’, foi o fato de que eles prometeram abrir uma parte do capital aos funcionários.

Além disso, Perdriel e Juan Luís Cebrián (diretor da Prisa) entraram em conflito ao apresentar sua proposta aos funcionários. Perdriel prometeu manter o ‘Monde’ como vespertino, mas Cebrián queria uma edição matinal.

— Foi quando tudo se definiu — disse um jornalista que não quis ser identificado. — Uns tinham um projeto coeso, e os outros estavam divididos.’

 

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