Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Robson Pereira


‘Imagine um chip dotado de um sistema de localização por satélite e com um mecanismo certificador da hora exata, medida em milésimos de segundo, numa espécie de síntese moderna da velha equação tempo e espaço das teorias de Einstein. Talvez nem esteja nos planos dos fabricantes e não há a menor garantia de viabilidade econômica para as operadoras que disponibilizassem o serviço, mas é bom saber que a possibilidade existe e nunca esteve tão próxima.


GPS e RCT são as siglas que poderiam tornar isso possível a curtíssimo prazo. A primeira, de Global Positioning System (ou Sistema de Posicionamento Global, em bom português), dispensa apresentações por já estar definitivamente incorporada ao dia-a-dia de todos nós, em telefones ou até mesmo em mochilas. A novidade mesmo está na segunda, o Recibo de Carimbo do Tempo, um nome sem pompas para uma tecnologia de vanguarda que está sendo oferecida ao mercado pelo Observatório Nacional (www.on.br), o mais antigo entre todos os centros brasileiros de pesquisas. Um serviço sob medida para a atual era digital que cobre o planeta.


O Observatório Nacional nasceu por inspiração e ordem do imperador d. Pedro I, mas foi só em 1913, pela caneta do então presidente Hermes da Fonseca, que assumiu o papel de guardião legal da hora brasileira. É ele que tem a missão de gerar, conservar e disseminar o horário oficial utilizado em todo o território nacional e representar o País junto ao Tempo Universal Coordenado (UCT, na sigla em inglês), ao lado dos órgãos disseminadores do tempo dos demais países.


Não são atribuições novas e, exceto pelas técnicas envolvidas na área de sincronização, a tarefa de administrar o tempo não deve ser das mais complicadas – até porque jamais se ouviu falar em riscos de um ‘apagão do tempo’ . O que é novo nesta história é a forma de lidar com algo tão banal e ao mesmo tempo (sem trocadilhos) tão valioso como a hora certa, tanto sob o ponto de vista estratégico quanto financeiro.


É verdade. Prestes a completar 180 anos de existência, o Observatório Nacional começa a vislumbrar receitas ($$$) com a hora certa, um requisito cada vez mais necessário na vaidade de pessoas ou de grandes corporações, graças ao avanço da internet e das transações eletrônicas. E o RCT é a prova definitiva e absoluta de quando efetivamente uma informação foi recebida ou um negócio foi fechado.


Criptografia, chaves públicas e assinaturas digitais conseguem resolver bem qualquer dúvida sobre a autoria de documentos eletrônicos, mas inexistia no mercado um mecanismo que pudesse atestar, de forma científica e inquestionável, a hora exata em que um determinado documento foi criado, copiado ou transmitido de um computador para outro. Até agora, o único e frágil indicador aceito pelas partes era o horário atribuído ao documento pelo próprio computador, algo facilmente burlável até mesmo pelo mais inexperiente usuário.


É aí que entra o Carimbo do Tempo, um registro certificado pela Divisão de Serviço da Hora e emitido por empresas credenciadas junto ao Observatório Nacional. Por enquanto, só uma, a Comprova, oferece o serviço a um grupo seleto de clientes, como o Banco Central e o Serviço de Processamento de Dados do governo federal e empresas para as quais o tempo realmente significa dinheiro. O carimbo gera nos documentos um código com a hora exata da transação (hora, minuto, segundo e frações, além do dia, mês e ano) e um número de série, único para cada certificação.


É o primeiro de uma série de aplicativos que serão desenvolvidos, à medida que as demandas e necessidades forem surgindo, esclarece o Observatório Nacional. E não significa que o serviço necessariamente ficará restrito às empresas. Como o sistema permite vincular uma data a qualquer documento que possa ser transformado para a forma eletrônica, fica fácil prever uma série de utilidades ou demandas.


É pouco provável que alguém vá recorrer a um Carimbo do Tempo gerado por um relógio atômico de última geração para justificar (ou negar) um pequeno atraso a um compromisso social ou na chegada ao trabalho. Mas talvez isso também seja apenas mais uma questão de tempo, como tantas outras onde a novidade poderia ser bem recebida. Pagamentos de contas pela internet, por exemplo, mesmo que o computador do outro lado, por pane ou qualquer outro motivo, não tenha gerado um comprovante da operação. Ou um e-mail devidamente carimbado, à prova de questionamentos – judiciais, inclusive.


Quem sabe, o rascunho de um livro ou o esboço de um projeto com vistas a um registro futuro. E por que não o tal chip hipotético previsto lá em cima? Quem certamente torceria o nariz para um Carimbador do Tempo tão versátil assim é a turma que se apavora com a simples possibilidade de ver a sua privacidade invadida. Afinal, quem já não gosta que terceiros saibam por onde você anda, imagine quando souberem também quanto tempo você costuma ficar por lá.


FUSOS E CORREÇÕES


Quem vê dificuldades para atrasar ou adiantar os ponteiros do relógio com o início e o fim do horário de verão talvez imagine a confusão ocorrida no réveillon de 1913, véspera da entrada em vigor do decreto assinado por Hermes da Fonseca fixando as regras para o sistema de fuso horário no País. Para que cada estado se enquadrasse à determinação seria necessário uma correção nos horários até então adotados em cada região, a partir das capitais.


À meia-noite de 31 de dezembro, os moradores de Manaus, por exemplo, tiveram de adiantar seus relógios em 4 segundos, ao passo que em Recife os ponteiros precisaram ser atrasados 40 minutos e 35 segundos. São Paulo, por sua vez, perdeu 215 preciosos segundos, enquanto o Rio, então Capital Federal, precisou atrasar os ponteiros em 7 minutos e 19 segundos. Mais detalhes em www.on.br.’



Folha de S. Paulo


‘Recurso do Google cria histórico de buscas ‘, copyright Folha de S. Paulo / Associated Press, 27/04/05


‘O buscador Google (www.google.com) está testando um recurso que permite a cada usuário ver o histórico das pesquisas que realizou. Mas, ao fazer isso, pode estar criando algo tão útil quanto embaraçoso.


Trata-se da função My Search History (labs.google.com). Quem já possui conta do serviço Gmail não precisa fazer cadastro.


Quando o usuário está logado, o Google mostra um relatório detalhado sobre as palavras-chave que foram digitadas.


O serviço permite que o usuário faça login automático, ou seja, o My Search History pode ser aberto sem senha. É possível localizar palavras por data, pois há um calendário integrado. O My Search History também funciona como complemento, ou seja, acrescenta informações sobre pesquisas já feitas aos resultados das consultas feitas no Google.


O Google espera ganhar dinheiro aumentando o número de visitantes a seu site -mais propaganda é exibida, gerando receita.


Mas especialistas em privacidade afirmam que o serviço facilitará a vida de criminosos, detetives e talvez até do governo, pois os dados dos internautas ficarão expostos. ‘É uma péssima idéia’, acusa Pam Dixon, do World Privacy Forum. ‘Se você precisa consultar o seu histórico, é melhor mantê-lo guardado em um notebook. Há muito mais privacidade e muito menos risco.’


Os criadores do Google dizem que seu serviço tem segurança, mas admitem que os usuários de micros compartilhados possam querer evitar o My Search History. ‘Ele não se presta a quem se esquece de fechar a conta quando termina de usá-lo. É preciso ter bastante ‘higiene de computador’ para usar [o programa]’, explica a diretora Marissa Mayer.


Yahoo! (www.yahoo.com), Ask Jeeves (www.askjeeves.com) e A9.com (www.a9.com) oferecem um recurso que dá aos usuários uma visão limitada sobre seus históricos de pesquisa. Mas o Google afirma que seu serviço irá mais fundo. Ele é projetado para guardar os registros por anos, mas o usuário pode excluir itens específicos.


Para alguns, o My Search History terá pouco impacto no mercado. ‘Eu não acho que ele vá ser muito importante para a pessoa média. A maior parte das pessoas é meio paranóica, então muita gente ficará se perguntando se deve entregar seus dados ao Google’, diz a analista Charlene Li, da Forrester Research.’



CONJUR NO ESTADÃO.COM


Márcio Chaer


‘Consultor Jurídico muda de endereço com novo visual’, copyright Consultor Jurídico (www.conjur.com.br), 26/04/05


‘A partir desta semana, a revista eletrônica Consultor Jurídico passa a ter novo endereço. O site incorpora-se ao Portal do Estadão, junto com a Agência Estado e ao lado dos jornais O Estado de S.Paulo, Jornal da Tarde e das emissoras de rádio Eldorado (AM e FM), com os quais passa a ter o privilégio de compartilhar seu conteúdo.


É evidente motivo de orgulho poder associar-se à tradição de um grupo jornalístico com 129 anos de existência, nos quais construiu a mais sólida reputação de credibilidade e profissionalismo.


Depois de quase oito anos de parceria produtiva com o portal Universo OnLine, o site inicia uma nova etapa. Aos leitores que têm gravado em seus computadores entre os ’favoritos’ o endereço anterior, pedimos para direcionar o mesmo para www.conjur.com.br.


Com a mudança, o site inaugura também um novo visual. Com o novo desenho, apresentamos também novas ferramentas, mais práticas para facilitar a navegação no site. A principal delas é o mecanismo de busca por palavras e frases que se torna bem mais eficiente. Além da busca simples, inaugura-se a busca avançada que permite a procura de textos por ordem crescente, decrescente, por relevância ou por autor. Alguns desses instrumentos, provisoriamente, ainda dependem de acertos, para os quais pedimos a sua compreensão e paciência.


Cada seção da revista agora tem a sua própria capa, na forma de cadernos. Assim, cada editoria tem as suas principais notícias em destaque, com as ilustrações bem humoradas do artista Spacca, um dos melhores cartunistas do Brasil, que assina todos os desenhos e charges do site.


Na capa principal, abaixo do índice das últimas notícias, surge a seção ’Notícias da Semana’, um atalho útil para o leitor que quiser saber quais são as melhores reportagens dos últimos sete dias.


Dentro de poucos dias, mais novidades serão apresentadas. Entre elas, o site passará a ter um ’Guia de Compras’, para quem precisa de produtos relacionados ao mundo do Direito.


Os leitores cadastrados voltarão a receber o boletim de Notícias Jurídicas, com as principais notícias do dia, junto com os links de artigos e análises dos fatos jurídicos do momento. Outro mecanismo em implantação é o chamado ’RSS’, que possibilita ao leitor ser avisado, se quiser, dos últimos textos inseridos no site.


O aperfeiçoamento tecnológico foi conduzido pelo webmaster André Bianchi, que deu início à empreitada há cerca de seis meses e ainda cuida dos acertos finais. Bianchi chama a atenção para o fato de o banco de dados ter sido totalmente reorganizado, o que facilita a navegação e a localização de textos no site.


As novidades visuais e operacionais são acompanhadas de aprimoramento na área de jornalismo. Para fortalecer o comando editorial do site, assume a direção executiva o jornalista Maurício Cardoso, profissional de envergadura que tem em sua biografia brilhante atuação nas revistas Veja (onde teve seu trabalho reconhecido com o Prêmio Esso de Jornalismo e, por diversas vezes, como Prêmio Abril), Época e Placar bem como no Jornal do Brasil.


A proposta original do informativo, contudo, ainda é a mesma: disseminar as informações essenciais sobre o direito de cada um e de todos. Valorizar o trabalho dos seus operadores e as garantias de seus destinatários. Associar-se a todos os que idealizam um sistema mais justo e menos burocrático. Destacar as boas idéias e os avanços na tecnologia do direito, de forma a diminuir a distância entre a lei, a justiça e o justo. A bússola, logo deste informativo, segue sendo o símbolo de nossa orientação.


Os resultados desse esforço são submetidos agora ao principal destinatário do nosso trabalho: você, nosso leitor e motivo de nossa existência.’



FOTOGRAFIA


J. M. Martí Font


‘‘O beijo’ é vendido por 155 mil euros’, copyright O Globo / El Pais, 27/04/05


‘Um dos primeiros originais da famosa fotografia de Robert Doisneau que mostra dois amantes beijando-se apaixonadamente em frente ao Hôtel de Ville, sede da prefeitura de Paris, em 1950, foi arrematado na segunda-feira, num leilão realizado na casa Dassault, nos Champs Elysées, por um colecionador suíço, que pagou 155 mil euros. Trata-se da cópia que o próprio Doisneau enviou a Françoise Bornet, protagonista, com seu namorado na época, Jacques Carteaud, da imagem que deu a volta ao mundo e acabou sendo batizada como ‘O beijo’.


Casal posou para foto, a pedido de Doisneau


Françoise Bornet, 75 anos, era na época uma jovem estudante de arte dramática, como o namorado. Doisneau, a quem a revista americana ‘Life’ havia encomendado uma reportagem sobre Paris, observou o casal num café e lhe propôs que posasse para ele. A foto fez sucesso imediato.


Desde então foram feitas milhões de cópias Durante muito tempo o fotógrafo fez crer que havia sido um registro casual, mas em 1992, devido a uma onda de demandas judiciais a artistas por direitos de imagem, Françoise, que durante anos guardou a cópia enviada e dedicada por Doisneau, revelou seu segredo.’


TV GLOBO, 40 ANOS


Adriana Del Ré


‘Globo festeja 40 anos com especiais’, copyright O Estado de S. Paulo, 26/04/05


‘A Globo não quer deixar passar em branco seus 40 anos no ar. Por isso, convocou parte do elenco para fazer sua festinha particular, aberta aos espectadores. Até o fim desta semana, a todo-poderosa emissora apresentará programação especial logo após a novela América. ‘O critério de escolha dessa programação foi simples: queríamos representar os principais gêneros, como cinema, show, futebol, dramaturgia, jornalismo e humor’, diz o diretor Luiz Gleiser, responsável pelas atrações de aniversário.


Hoje, atores, atrizes, apresentadores e equipe de jornalismo da casa se encontram numa noite de gala que terá transmissão ao vivo. ‘Haverá muitas surpresas, musicais inéditos, esquetes de humor, matérias jornalísticas e homenagens’, detalha Gleiser. Batizado de Globo 40 – Aniversário, o programa mostrará duetos de Sandy e Caetano Veloso, e Regina Duarte e Ivan Lins, além de participações de Roberto Carlos, Ivete Sangalo, Negra Li, entre outros.


No programa Globo 40 – Futebol, que vai ao ar amanhã, será transmitida uma partida da seleção brasileira, ao vivo, direto de São Paulo. Na quinta, Globo 40 – Dramaturgia, cuja atração será um especial, escrito por Euclydes Marinho e Rafael Dragaud, que faz homenagem à presença da teledramaturgia na vida do brasileiro. No programa, os 40 anos de dois personagens, vividos Adriana Esteves/Isabelle Drummond e Reynaldo Gianechini/Miguel Rômulo, se confundem com a história da teledramaturgia.


No sexta, a Globo 40 – Jornalismo acompanhará um dia na Central Globo de Produção, mostrando como são produzidos programas, novelas, seriados e minisséries. Para encerrar a programação, no sábado, a Globo 40 – Humor destacará quadros protagonizados pelo elenco de dez humorísticos do canal, incluindo a turma de Zorra Total, Casseta, além de Deborah Block, Marisa Orth e Chico Anysio, entre outros.


OS ESPECIALISTAS


A importância da Rede Globo na história da TV brasileira – sobretudo no que tange à construção da linguagem televisiva e à produção de telenovelas – é inegável, asseguram especialistas e estudiosos no assunto, em entrevista ao Estado. Mas existem também senões. ‘A Globo sempre teve uma relação muito próxima com os governos, especialmente após a instauração da ditadura’, avalia o sociólogo Laurindo Leal Filho, professor de Comunicação da USP. ‘Havia uma relação de parceria: ao mesmo tempo que a Globo dava sustentação política, recebia favores em troca. A emissora tinha necessidades de expansão.’


Na opinião de Laurindo, esse foi um dos principais motivos para a sustentação inicial da emissora, ao lado de outros facilitadores, como o espaço aberto com a decadência dos Diários Associados. ‘A emissora incorporou o melhor que os canais tinham, inclusive o pessoal.’ Para ele, a Globo foi fundamental para a criação de um padrão de qualidade nacional e internacional, mas afirma que ela poderia ter feito mais em favor da elevação da cultura e da cidadania.


Para Maria Thereza Fraga Rocco, professora titular da USP e especialista em TV, a Globo tem muito a comemorar. ‘Ela possui alto padrão de qualidade, é uma das melhores do mundo. Mantém agilidade no jornalismo e programas de variedade, como pouco se vê na TV.’ Em contrapartida, Maria Thereza ressalta que, em época de repressão, a Globo reprimiu também. ‘A emissora foi oportunista em alguns momentos. Não embarcou nas Diretas Já! logo no começo. O povo aderiu, mas ela demorou um pouco para aderir.’


Mesmo assim, a especialista acredita que isso, entre outros fatos, não possa ofuscar seus méritos de grande potência. ‘A Globo se firmou com o gênero telejornal e nas telenovelas.’ De acordo com ela, a emissora tem sua contribuição na abertura de espaço para atores negros e no crescimento da temática social na TV.


Renato Janine Ribeiro, professor de Filosofia da USP, reforça a vocação social da emissora. ‘A Globo fez coisas boas não só sob o ponto de vista técnico, mas também sob o aspecto de ter assumido uma série de causas, como a igualdade de sexos e a questão do negro.’ Ao mesmo tempo, Ribeiro acredita que ela ignore aquilo que poderia se chamar de ‘temática política’. Para ele, isso jamais fora o forte da emissora. ‘Há alguns momentos que a temática aparece, mas é raro. Essa temática deveria ter papel maior.’


Assim como outros estudiosos, o filósofo afirma que a Globo evitou assumir a causa das Diretas Já! e deu apoio à candidatura de Collor. E da mesma maneira que a Globo desempenha um bom papel na questão dos costumes, valoriza o consumismo. ‘Mas, mesmo assim, houve uma evolução.’


Pesquisador da história do Rádio e da TV, Flávio Luiz Porto e Silva costuma dividir a trajetória da TV brasileira em três grandes momentos, entre elas, o domínio da Globo, principalmente da década de 70 em diante. ‘O que eu acho bonito não é só a expansão da emissora, mas a linguagem televisiva levada ao requinte’, diz o pesquisador. E completa: ‘A Globo ajudou a criar uma linguagem televisiva e atinge várias camadas da população, principalmente por meio de sua dramaturgia, programas de auditório e humorísticos.’


EM DEFESA


Indagado sobre a possível proximidade da emissora com governos em vigência, questão levantada pelos entrevistados, o diretor da Central Globo de Comunicação, Luiz Erlanger, diz que nem governos nem público têm essa visão. Em relação aos governos, ele desafia os especialistas a fazer uma consulta séria a todos os escalões, para avaliar se é esse o sentimento dominante. Com o público, acredita que essa imagem também não proceda, respaldado pela audiência e pelas pesquisas quantitativas e qualitativas que, segundo ele, a emissora realiza com ‘população em geral e ‘formadores de opinião’, que reconhecem a independência’ de sua linha editorial.’



Agência Carta Maior


‘Globo comemora sucesso de seu monopólio. Tudo a ver com o Brasil?’, copyright Agência Carta Maior (www.agenciacartamaior.com.br), 26/04/05


‘‘O Brasil não gosta de novela/ pega na mentira’, cantou Erasmo Carlos em 1981. Brincando, o parceiro de Roberto Carlos destacou, em música, um dos mais caros símbolos do decantado ‘padrão Globo de qualidade’, influência inquestionável no imaginário nacional. Com o telejornalismo (que muitos caracterizam como ‘anódino’ apesar de várias reformas), a teledramaturgia global já virou produto de exportação da quarta maior emissora do mundo. Nesta semana em que completa 40 anos de fundação, a Rede Globo de Televisão vai exibir especiais repassando sua história e esmiuçando de forma generosa seu dotes, mostrando ‘por dentro’ sua ‘fábrica de sonhos’.


Antes mesmo desse festival de amor próprio na telinha, circulam pelas livrarias três livros que, em torno da figura do patriarca Roberto Marinho (1904-2003), derramam loas à trajetória do monopólio, ora dissimulando, ora diminuindo o histórico conluio com o poder e os diversos episódios de manipulação da opinião pública. O mais laudatório dos títulos, ‘Roberto Marinho’ (Jorge Zahar), vem de Pedro Bial, repórter da casa que o jornalista Nirlando Beirão chama de ‘MC do Big Brother’. O amigo de Academia Brasileira de Letras (ABL) Arnaldo Niskier e Mauro Salles (ex-chefe dos veículos mais importantes de Marinho) escreveram ‘Dr. Roberto’ (Consultor) e a viúva, terceira senhora Marinho, escreveu seu ‘conto de fadas’ em ‘Roberto & Lily’ (Record). São títulos que Beirão (em Carta Capital 338, de 20/04/2005) não teme em classificar como tentativas de beatificação daquele que Carlos Lacerda chamou uma vez de ‘Al Capone da imprensa brasileira’.


Ao largo desses tomos e das esquetes lacrimosas à Vênus Platinada, vão surgindo análises bem mais profundas e distanciadas de como se ergueu e continua operando o império das Organizações Globo. Um grupo de pesquisadores e professores universitários, organizados por Valério Cruz Brittos (Unisinos/RS) e César Ricardo Siqueira Bolaño (UFS/SE), lança nesta semana pela editora Paulus uma série de artigos que refletem sobre os diferentes aspectos políticos e funcionais das Organizações Globo. Dividido em três partes (17 capítulos, 373 págs), ‘Rede Globo – 40 anos de poder e hegemonia’ recupera fatos marcantes nesses 40 anos de vida do grupo. Desde a constituição inaugural fraudulenta com o grupo norte-americano Time-Life nos anos 60 (antes fartamente explicado por Daniel Herz em ‘A História Secreta da Rede Globo’, Tchê, 1987, já na 14ª edição) aos últimos movimentos políticos da emissora em Brasília (com participação decisiva da diretora Marluce Dias) que culminaram com o esvaziamento da proposta de um marco regulatório do setor no Brasil pelo projeto que criava a Agência Nacional do Cinema e do Audiovisual (Ancinav).


Grotesco


Não são só fatos nada lisonjeiros à história da empresa que são debatidos no livro. Há também um reconhecimento ao dinamismo comercial, à inovação tecnológica e de programação que captam a fidelização do público e ajudam a sustentar a hegemonia do grupo. Esses casos são mostrados em capítulos que tratam das telenovelas (9), da instalação da rede em Portugal (8), os projetos de teleducação (capítulo 12, versa sobre Canal Futura, Fundação Roberto Marinho etc), o braço fonográfico (Som Livre, capítulo 15) e a Globo no cinema (Globofilmes, capítulo 17). Mas nem esses sucessos de público e algum reconhecimento de crítica têm passado incólumes nesta data importante. Muitos profissionais e estudiosos da comunicação vêem neles mais um mero artifício de diversificação comercial sob o manto da ‘responsabilidade social’ da empresa.


‘Na teledramaturgia, de tão alardeada competência, o saldo da Globo é composto de momentos brilhantes cercados por um cotidiano de produções rasas e repetitivas. Não que faltem talentos às emissoras da família Marinho. O que falta é liberdade para criar sem maiores sujeições ao mercado. Uma lógica perversa que exclui da tela importantes manifestações culturais brasileiras’, avalia o professor Laurindo Lalo Leal Filho, da Escola de Comunicações e Artes da Universidade de São Paulo (ECA-USP), em um comentário sobre as novelas globais.


Muniz Sodré, professor da Escola de Comunicação da Universidade Federal do Rio de Janeiro (ECO/UFRJ) acha que há um pêndulo maquiavélico na programação da televisão aberta no Brasil, Globo à frente, naturalmente. ‘Predominam hoje dois padrões de programação: o de ´qualidade´, ou seja, esteticamente ´clean´, bem comportado em termos morais e visuais e sempre fingindo jogar do lado da ´cultura´, e o do grotesco, em que se desenvolvem as estratégias mais agressivas pela hegemonia de audiência’, escreveu Sodré em ‘O Império do Grotesco’ (Editora Mauad), livro em que analisa, com sua colega Raquel Paiva, o triunfo da banalidade cujo ‘Big Brother Brasil’ é o supra-sumo. Ele resume numa frase o atual momento. ‘Antigamente falava-se das pessoas porque eram boas, hoje elas são boas porque fala-se delas’.


Outra suposta virtude da TV dos Marinho para com o país, a integração cultural, é desdenhada pelo professor da USP, Laurindo Lalo Leal Filho, também presidente da ONG Observatório Brasileiro de Mídia. ‘A integração cultural do país se fez graças a uma rede física de telecomunicações montada pela ditadura militar e usada pelas emissoras globais para unificar o mercado de consumo nacional de bens materiais e simbólicos. Com a Globo, o Brasil passou a se pautar pelo jeito ipanemense de viver, ainda que ele seja inacessível à maioria da população’, critica Leal Filho.


Telejornal de crachá escondido


Em meados do ano passado, Carlos Henrique Schroder, diretor-responsável por todos os telejornais da Rede Globo (aglutinados administrativamente sob a sigla CGJ – Central Globo de Jornalismo), fez uma peregrinação nacional e visitou todas as afiliadas da empresa. Na ocasião, o executivo deixou claro o que a Globo quer das empresas ligadas a ela e apresentou uma pesquisa interna, a qual a Carta Maior teve acesso e traz à luz agora. Segundo Schroder, o Jornal Nacional voltou a registrar índices próximos de 50 pontos no Ibope (cada ponto equivale a 450 mil telespectadores em escala nacional). ‘O maior dos últimos 10 anos’, comemorou na época, falando da última repaginada do jornal em que os apresentadores aparecem com imagens da redação ao fundo. Segundo o diretor da CGJ, ‘as mudanças editoriais da TV Globo nos últimos anos só foram percebidas pelo público quando mudou o cenário do telejornal’.


Traduzindo os números de uma pesquisa qualitativa da Rede Globo, Schroder repetiu uma obviedade que qualquer cidadão desconfia, a de que 80% da população brasileira não tem outra fonte de informação além da Globo. Pelo relatório apresentado pelo chefão do jornalismo global, os telejornais concorrentes da Globo não passam, juntos, de seis pontos de audiência em média (Boris Casoy, na Record, não dava mais de quatro pontos, Carlos Nascimento, que trocou a Globo pela Bandeirantes, apenas dois pontos). O Bom Dia Brasil, sempre conforme os números exibidos por Schroder, dava a média de 10 pontos de audiência e ‘é hoje o programa [além da categoria jornalística] de público mais qualificado da televisão brasileira’, complementou Schroder.


Para pesquisas como essa, a emissora coloca um grupo de telespectadores para assistir a algumas edições do Jornal Nacional e colhe avaliações numéricas (notas) e juízos de valor sobre a cobertura em diferentes assuntos. A direção da empresa infere da última enquete, conforme o relato de Schroder, que saúde e cultura nunca são temas rejeitados, mas saúde deve ser sinônimo de dicas de prevenção e tratamento de doenças, enquanto cultura só dever virar pautas do telejornal quando agrupar grande quantidade de gente, como as festas juninas do Nordeste, as efemérides carnavalescas e outras do tipo. Disso resulta que o próprio público do Jornal Nacional acha ‘insatisfatória’ a cobertura do telejornal em assuntos culturais.


Essa mesma avaliação desse grupo pesquisado vai para assuntos como política nacional (em muito atrelada à própria má avaliação dos políticos) e política e economia internacionais; a cobertura de economia nacional aparece como ‘mediana’. A pesquisa aponta também um ‘equilíbrio’ e ‘mais imparcialidade’ da Globo na cobertura do governo Lula. Assuntos como catástrofes naturais e casos policiais são os únicos em que a cobertura global é vista de forma ‘satisfatória’ pelos entrevistados. De tudo, Schroder depreende que o público quer ver telejornal como vê novela. ‘A novela repete o enredo a cada 30 capítulos. Eles [telespectadores] gostam de matérias mais leves e sentem a falta de um tradutor. Nós erramos ao não explicar melhor os assuntos, o desafio da TV é contextualizar a notícia como os jornais fazem em boxes explicativos’, teorizou o diretor de jornalismo da Rede Globo. Para ele, tudo é uma questão de ‘ajuste de linguagem’ sem resvalar no jornalismo ‘popularesco’, ‘sanguinolento’, ‘que é sinônimo de desqualificação’.


Para Lalo Leal Filho, da USP, o fato é que mesmo tentando traduzir os altos índices de audiência em confiabilidade, o jornalismo da Globo sempre deixa uma pulga atrás da orelha de quem o acompanha, especialmente junto ao público mais qualificado e até mesmo entre seus colaboradores. O próprio diretor Carlos Henrique Schroder, gaúcho de ascendência alemã (foi da afiliada RBS para o Rio de Janeiro há 20 anos), revela que, quando a TV Globo convidou Chico Caruso a levar para a tela do JN as charges que publica nas páginas de O Globo, o cartunista recusou-se, num primeiro momento, a fazê-las de forma exclusiva para a TV, ‘por medo de censura interna’. As charges começaram como animação do que saía no jornal.


‘A Globo não consegue ser chamada carinhosamente de tia pelo público, como acontece com a BBC britânica. Uma familiaridade conquistada ao longo de décadas de cumplicidade, não com governos ou anunciantes, mas com o público telespectador. Sem falar na confiança adquirida pelo telejornalismo, resultado de um árduo e cotidiano trabalho em busca do equilíbrio. Lá ninguém precisa esconder o crachá’, alfineta Lalo Leal Filho, comparando os telejornais britânico e brasileiro e referindo-se ao episódio da cobertura de manifestações estudantis contra a Alca na Avenida Paulista, em 2001, quando a equipe de reportagem da Rede Globo escondeu os crachás temendo represálias e ataques dos próprios estudantes.


É o poder


O medo dos funcionários da Rede Globo, mesmo que infundado, encontra lastro na história de relações mal-explicadas e cooptação de atores políticos do poder nacional (militar e civil), além da pura e simples manipulação da opinião pública. Casos que mancharam a imagem do jornalismo sóbrio, equilibrado e confiável que a emissora tenta o tempo todo reforçar (ano passado, lançou outra dessas tentativas com o livro ‘Jornal Nacional – A Notícia Faz História’, Jorge Zahar, em virtude dos 35 anos do telejornal). Venício Lima, professor aposentado da UnB, elenca no já citado livro da Paulus (‘Rede Globo – 40 anos de poder e hegemonia’) alguns do mais marcantes episódios da história da TV Globo que insistem em grudar nela a nódoa dos maus costumes tanto no jornalismo quanto nos negócios.


No capítulo cinco, ‘Globo e Política: Tudo a Ver’, Lima, que é jornalista e sociólogo com pós-doutoramento em comunicação nos Estados Unidos, destaca três: 1 – as eleições para governador do Rio de Janeiro, quando a TV Globo se aliou à empresa responsável pela contabilidade da eleição no interior do estado (Proconsult) para subtrair votos atribuídos a Leonel Brizola e repassá-los ao candidato governista Moreira Franco; 2 – a campanha das ‘Diretas Já’, quando a emissora escamoteou o quanto pôde o festival de grandes comícios que pipocavam pelo país pelo sufrágio universal para Presidente da República; 3 – a nomeação do Ministro da Fazenda (Maílson da Nóbrega) de José Sarney ter tido primeiro o aval de Roberto Marinho.


Sobre esta última passagem em especial, Venício, registra trecho da biografia de Roberto Marinho feita por Pedro Bial em que o ‘MC do Big Brother’ acha ‘natural que, na hora de escolher os seus ministros, o presidente eleito Tancredo Neves submeta seus nomes, um a um, ao dono da Rede Globo’. Em todos os episódios, o autor traz ‘Novos Testemunhos’ num esforço de atualização dos fatos e tentativas de desmentidos. A seguir, Venício Lima enceta suas quatro hipóteses para explicar o poder da Globo no Brasil: 1- a convicção sobre seu próprio poder (baseado em sua massiva audiência), 2 – as condições institucionais favoráveis (em meio à acefalia político-partidária), 3 – identidade entre o público e o privado (para Lima, Roberto Marinho acreditava piamente que tinha uma ‘missão’ pessoal com o interesse social no país) e 4 – a Globo tornou-se uma agência de legitimação do poder no Brasil.


Mobilização digital?


Muitos observadores chamam a atenção para dados novos no xadrez da mídia que podem alterar a configuração do mercado e, por tabela, atingir o predomínio da Globo. Primeiro pela chegada por outras vias do capital estrangeiro, movimento insuflado pelo próprio empresariado nacional pela emenda constitucional que autorizou o aporte de 30% de capital estrangeiro no setor da teledifusão. Esse capital não veio como as elites da mídia queriam, mas pode chegar pelas empresas de telefonia, autorizadas que foram ainda no governo FHC. Outro fator novo é advento da televisão digital, que poderá, em tese, multiplicar indefinidamente as opções de TV no país. É a brecha que faltava para uma efetiva regulação que nunca existiu por força do lobbies dos ‘barões’ da mídia.


Mas tudo isso reverbera ainda no campo das hipóteses. E já tem gente antevendo que pode fazer água essa esperança de democratização da produção e acesso à informação no Brasil. ‘Não sou tão otimista assim. Temo que com a TV digital tenhamos a repetição do que ocorreu com a chegada da TV por assinatura. A nova tecnologia resolveria tudo e não se viu nada disso. A maioria dos novos canais foi ocupada pelos mesmos grupos oligopolistas que já dominavam a TV aberta, mantendo distante qualquer tipo de pluralismo e diversidade. Com a TV digital pode ocorrer a mesma coisa. Não vejo na sociedade um movimento político consistente para garantir no novo espectro espaço para as emissoras públicas, por exemplo. As discussões, até o momento, estão muito centradas na tecnologia a ser adotada, deixando-se de lado o conteúdo. E a aposta das emissoras é de que tenhamos apenas uma televisão de alta definição e nada mais. Será triste se a televisão digital vier apenas para mostrar com precisão os fios das bolas de tênis ou do bigode do Ratinho’, ironiza de novo Lalo Leal Filho, da ECA-USP.


Gustavo Gindre, do Instituto de Estudos e Projetos em Comunicação e Cultura (Indecs, do Rio de Janeiro), foi mais direto na tese de diminuição do poderio das Organizações Globo. ‘Existem duas possibilidades de enfraquecimento da Globo. A primeira seria através de uma ação consciente da sociedade civil. Uma ação como esta teria que, necessariamente, transcender os limites dos movimentos sociais que lidam diretamente com a comunicação. Seria preciso que a sociedade civil identificasse a democracia nas comunicações como uma demanda universal, como hoje já são os temas da saúde e da educação. Temos vários obstáculos para que isso ocorra. A segunda possibilidade de enfraquecimento da Globo (que, em parte, já está ocorrendo) é a via da própria disputa intra-capital. A Globo é refém de uma língua pouco falada, o que limita sua expansão internacional. Ainda por cima, tentou dar passos enormes (como, por exemplo, ser proprietária de empresas que detivessem as redes de transmissão de dados) e sofreu com má administração. Tudo isso fez com que a Globo perdesse espaço e começasse a se perceber ameaçada pela entrada do capital estrangeiro (especialmente das operadoras de telecomunicações). A Globo ainda será grande por muito tempo, mas creio que seu poder será, cada vez mais, relativo. Por fim, o problema não é apenas a Globo. Temos dois pólos importantes deste oligopólio. De um lado, empresas de mídia mal administradas, sem projetos de longo prazo, que se arrastam pelas nossas telas graças ao sistema anacrônico de comunicação do país. Penso, por exemplo, em SBT, Bandeirantes, CNT, RedeTV e congêneres. E existe um sistema de oligarquias regionais que detêm as afiliadas das grandes redes. Tocar neste vespeiro seria mexer com toda a relação de poder político do país e, sinceramente, não vejo vontade política para isso’, concluiu.’



TV RECORD


Daniel Castro


‘Record copia Globo e já prevê ‘Malhação’ ‘, copyright Folha de S. Paulo, 26/04/05


‘A compra dos estúdios de Renato Aragão foi apenas o começo de investimentos de mais de R$ 30 milhões que a Record planeja fazer no Rio de Janeiro em 2005.


A emissora do bispo Edir Macedo deve fechar nesta semana a compra de um segundo terreno, de 35 mil m2, ao lado dos estúdios de Aragão. Nessa área, pretende construir pelo menos mais três estúdios grandes. A longo prazo, poderão ser sete novos estúdios.


O planejamento da Record para os próximos anos é audacioso. Até 2009, a emissora quer se igualar à Globo em teledramaturgia.


Executivos da rede afirmam que a Record terá três novelas simultaneamente no ar já no início do ano que vem. Em 2007, além das três novelas, estará produzindo um seriado. Em 2008, a Record planeja estrear uma minissérie. O ciclo se fecha em 2009, com uma novelinha adolescente, no mesmo formato de ‘Malhação’.


Mesmo com os investimentos no Rio, a Record manterá um núcleo de teledramaturgia em São Paulo, com a produção de uma novela em quatro estúdios. Os dois estúdios que comprou de Renato Aragão e os outros três que pretende construir serão usados para outras duas novelas.


A Record projeta um total de nove estúdios só para novelas, porque em determinados momentos haverá seis delas em gravações. Para gravar seriado e minissérie, a Record já prevê a construção de pelo menos mais dois.


OUTRO CANAL


Nuvem A lua-de-mel de Xuxa Meneghel com o Ibope já acabou. Ontem, segundo prévia, sua megaprodução ‘TV Xuxa’ perdeu por 10 pontos a 8 do ‘Bom Dia & Cia.’, do SBT, que, apresentado por duas crianças, só tem desenhos. Foi a terceira derrota de Xuxa em 2005 para o SBT _as outras duas foram na semana passada.


Skate A Globo desistiu da parceria com a ESPN Brasil para exibir a etapa brasileira dos X Games no ‘Esporte Espetacular’. A ‘olimpíada dos jogos radicais’ já foi adiada duas vezes porque a Prefeitura do Rio desistiu de bancar parte do evento. O canal pago agora negocia com o governo Alckmin.


Valorização Com proposta de contrato por três anos com a Record, o ator Leopoldo Pacheco, o Leôncio de ‘A Escrava Isaura’, está tentado inflacionar seu passe. Fez ‘vazar’ que foi sondado pela Globo para atuar em ‘Belíssima’, próxima novela das oito.


Corrente A Globo começa a gravar na terceira semana de maio a quarta edição do ‘reality show’ ‘Acorrentados’, como quadro para o ‘Caldeirão do Huck’. No programa, um rapaz será acorrentado a seis moças. A estréia será no final de maio.


Barriga No ar há duas semanas, o ‘trash’ ‘Comando Maluco’, com Dedé Santana, já incomoda o ‘Turma do Didi’. Anteontem, Dedé bateu Didi durante cinco minutos no Ibope.’