Thursday, 02 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

As implicações construídas através do noticiário político

Mais uma vez, nós, brasileiros acordamos e deparamos com mais um episódio de um filme já conhecido. ‘A corrupção do mundo político’. Porém, ao que parece, não saturado. Episódio de hoje: ‘A Diretoria do Senado’, cuja história fala de ‘homens públicos’ que, no decorrer de suas trajetórias trabalhistas, chegaram ao ápice da promoção pessoal quando alcançaram um cargo na diretoria do Senado. Porém, o que nos preocupa é o fato da mídia sempre fazer referências a esses acontecimentos num todo, provocando a ideia que todos os políticos são corruptos e nosso objetivo é esclarecer que a mídia não é transparente politicamente, uma vez que abre mão de publicar o trabalho sério e honesto de determinados parlamentares.

Essa matéria foi abordada recentemente demonstrando que o único propósito é mostrar a corrupção na política brasileira. Porém, nosso ponto de vista é que a imprensa não deveria radicalizar esses fatos. Pois nos passa a impressão que estes fenômenos são apenas mais um produto que, somado a outros acontecimentos do cotidiano urbano, compõem o produto ideal para o acréscimo de capitais desta máquina extraordinária de fazer fortuna que é a imprensa. Logo, esquecem que estas notícias fazem alusão a pessoas que antes de tudo são seres humanos e que têm o direito de serem respeitadas ética e moralmente. Portanto, é imprescindível atentar para o fato de que a mídia tem o dever e a obrigação de apurar a veracidade das noticias antes de publicar denúncias que possam inserir políticos que têm o perfil sério e responsável.

Importante também mencionar que estas pessoas são submetidas a processos eletivos e por via legal e seletiva foram conduzidas a mandatos públicos. Generalizar estes fatos é fechar os olhos para o que realmente acontece é como afirmar que na praia da Pajuçara, na minha querida Maceió, só existem pessoas esteticamente perfeitas cercadas por uma paisagem bela e harmoniosa, o que não é verdade. Atualmente, ouvimos e vemos com frequência nos mais diversos meios de comunicação notícias que retratam o cenário político, mas que acreditamos não serem fiéis aos verdadeiros acontecimentos, uma vez que não os mostram em sua totalidade, inserindo na sociedade o pensamento de incredulidade para com nossos políticos.

Um ponto de desequilíbrio

Para explicitar melhor nossa fala, nos reportemos a alguns escândalos públicos como escândalo dos Correios e escândalo dos cartões corporativos. E recentemente temos novos acontecimentos, como ‘Atos secretos’ e ‘CPI da Petrobras’. Compreendemos que nenhum desses fatos foram inventados, mas como a informação nos chega de forma tão fragmentada passam a idéia de que todos que ali estão fazem parte de um esquema que age de forma ilícita. E quando, no decorrer da notícia, nomes são citados sem a riqueza de detalhes na consulta das provas, terríveis e irreparáveis equívocos podem acontecer destruindo parcial ou totalmente a credibilidade de verdadeiros guerreiros que fazem de uma causa, uma batalha permanente para a construção de um país melhor.

E são por estes homens públicos e que tem o real interesse em elevar a condição de vida do povo brasileiro que peço a reflexão sobre as implicações que se constroem nos discursos das notícias políticas que fazem parte da imprensa privada deste país, falo isto não por estar ligado direta ou indiretamente a cargos ou pessoas públicas, pois, sou mais um cidadão tupiniquim da iniciativa privada que junto a 190 milhões de brasileiros formamos esta nação brilhante, forte, honrosa, porém de contrastes tão acentuados, que tem sobre tudo a soberania de um povo de uma das mais constituídas democracias do planeta.

No entanto, percebemos que a grande parte da população telespectadora foi condicionada a analisar as notícias cujo objetivo principal não é o de informação, mas a tentativa de controlar atitudes e comportamentos de uma população. Assim uma questão nos intriga: será que somos realmente telespectadores ou meros fantoches que de forma submissa reagimos ao bel-prazer da imprensa? Logo percebemos que há um ponto de desequilíbrio entre a imprensa e a população no qual pensamos que a mídia estabelece uma ditadura pré-programada que atende única e exclusivamente aos interesses de sua natureza, julgando-nos assim incapazes de enxergar o óbvio, isto é, que suas matérias são única e exclusivamente o reflexo de um sistema que privilegia a um grupo e não a população.

O verdadeiro caminho social

A imprensa é muito sagaz pra noticiar que o atual sistema político está falido e/ou ultrapassado, porém é incapaz de mostrar extraordinários representantes públicos, pessoas que sonham em conduzir a nação ao lugar que lhe é compatível. De posse do entendimento que os meios públicos de comunicação passam de forma responsável e imparcial fatos e noticias dando a elas apenas sua respectiva importância percebemos a necessidade de expansão da TV publica. Pois é inquestionável o benefício que os meios públicos de comunicações trazem a esta nação. Por tanto pensamos que somente pessoas desinformadas e sem as devidas provas usam de má fé para tentar manchar a brilhante trajetória de homens públicos que representam luta, força e competência em uma batalha incansável para a socialização do povo brasileiro, homens como: Mão Santa (PMDB-PI); Paulo Paim (PT-RS); Pedro Simon (PMDB-RS); Arthur Virgilio (PSDB-AM); Álvaro Dias (PSDB-PR); Mário Couto (PSDB-PA); Tião Viana (PT-AC); José Agripino (PSDB-PA); Cristovão Buarque (PDT-DF); Heloisa Helena (PSOL-AL); entre outros extraordinários parlamentares que conduzem tão bem seus mandatos, não só no congresso nacional, mas também em todos os casos legislativos, executivos e judiciários deste país.

Acreditamos que seremos capazes de conduzir esta nação ao verdadeiro caminho social pela qual é fundamentada a nossa Constituição, portanto é imprescindível fortalecer o poder público enfatizando de forma exaustiva os bons parlamentares e não os canalhas que se aproveitam de suas boas condições financeiras e o despreparo da nação frente ao atual sistema político partidário que em muitos casos se torna oligárquico e não democrático. É bom que comecemos a nos preocupar com tudo que de forma direta ou indireta possa interferir na consolidação efetiva da nossa democracia.

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Soldador, Campo Alegre, AL