Thursday, 16 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1288

Debates marcam Dia Mundial da Liberdade de Imprensa


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


 


************


Folha de S. Paulo


Terça-feira, 4 de maio de 2010


 


LIBERDADE DE IMPRENSA


Claudia Antunes


Para vice do STF, liberdade de expressão é mais importante


‘O vice-presidente do STF (Supremo Tribunal Federal), Carlos Ayres Britto, afirmou ontem que a liberdade de expressão e de imprensa tem precedência sobre outros direitos, incluindo os ligados à privacidade e à honra.


Para o ministro, não cabem à Justiça ou a qualquer órgão do Estado ações de censura prévia. ‘A Constituição tornou pleno [a liberdade de comunicação] o que era livre [a liberdade de expressão] para deixar claro que entre a imprensa e a sociedade civil há uma linha direta.’


A declaração foi feita em seminário na Escola de Magistratura do Rio de Janeiro, que o homenageou pelo Dia Mundial da Liberdade de Imprensa.


O presidente emérito do grupo gaúcho RBS, Jayme Sirotsky, qualificou de ‘preocupante’ a situação da liberdade de imprensa na América Latina, devido aos ‘poderes de plantão’ e à ação de quadrilhas, do narcotráfico e de guerrilhas.


Disse que o último relatório da SIP (Sociedade Interamericana de Imprensa) cita nominalmente Venezuela, Argentina, Bolívia, México e Honduras.


Sobre o Brasil, onde a ONG Repórteres Sem Fronteiras vê ‘problemas sensíveis’, Sirotsky apontou ‘formas veladas de censura, além de outras respaldadas em interpretações equivocadas da legislação’.


Ao comentar a queixa sobre a Justiça, Ayres Britto -que em 2009 foi relator da ação que derrubou a Lei de Imprensa herdada da ditadura- disse que decisões censórias de instâncias inferiores tendem a ser um fenômeno passageiro.


‘É uma espécie de transição. Você sai de uma cultura de repressão, de desconfiança, para uma de plena liberdade. Os juízes ficam meio atordoados.’


O seminário tem o apoio da ANJ (Associação Nacional de Jornais), da Abert (Associação Brasileira de Empresas de Rádio e Televisão) e da Aner (Associação Nacional dos Editores de Revista).


A ANJ e a Abert estão em contato com os pré-candidatos à Presidência para que ‘reafirmem em seus programas o compromisso com a liberdade de imprensa e de expressão’, disse Daniel Pimentel Slaviero, presidente da Abert.


Esses compromissos estão na Declaração de Chapultepec, da SIP, que foi assinada por Fernando Henrique Cardoso e ratificada por Lula.


Representantes de meios de comunicação de Venezuela, Equador e Argentina denunciaram perseguição por parte dos governos desses países.


O jornalista equatoriano Emilio Palacio, editor de Opinião do jornal ‘El Universo’, disse que o governo de Rafael Correa tem recorrido a leis antigas de desacato à autoridade e injúria para processar jornalistas, o que nunca ocorrera.


Carlos Alberto Zuloaga, vice-presidente da emissora venezuelana Globovisión, representou o pai e proprietário da TV, Guillermo Zuloaga, processado por ‘vilipendiar’ Hugo Chávez e proibido de sair do país. Disse que a Justiça de seu país é ‘acossada’ e submissa.


Ao abrir o debate, Ricardo Gandour, diretor de Conteúdo do jornal ‘O Estado de S. Paulo’, citou o analista venezuelano Andrés González, que disse que ‘marcos regulatórios apresentados como democratização’ da imprensa, mas que ‘visam o controle’, são uma das formas da ‘nova censura’.’


 


 


Ameaças à mídia hoje são mais ‘insidiosas’, afirma Bernstein


‘O americano Carl Bernstein, 66, famoso pelas reportagens que contribuíram para a queda do presidente Richard Nixon em 1974, traçou um quadro crítico da atuação da imprensa nos EUA e no mundo ao encerrar o seminário no Rio.


‘Devemos encorajar uma nova cultura de responsabilidade, do contrário não seremos levados a sério quando trouxermos [à tona] questões relativas à liberdade de expressão’, disse o jornalista. ‘Se usarmos mal essa liberdade, serviremos aos interesses da ignorância e da tirania, seja de um [Hugo] Chávez na Venezuela ou de um [ Silvio] Berlusconi na Itália.’


As investigações feitas por Bernstein com Bob Woodward, publicadas ‘Washington Post’, desencadearam o escândalo de Watergate e levaram o governo Nixon a processar e ameaçar o ‘Post’ e outros meios.


Para Bernstein, empresas e jornalistas se distanciaram de duas noções que devem ser ‘pilares’ do seu trabalho: a de que a imprensa ‘existe para o bem público, não apenas para fazer dinheiro ou entreter’ e a de que ‘nossa função primária é dar aos nossos leitores e espectadores a melhor versão da verdade possível de obter’.


‘Viemos perdendo esse ideal de vista e no seu lugar estamos vendo a dominância de uma cultura jornalística global que tem cada vez menos a ver com a realidade’, afirmou.


O jornalista atacou os meios que se caracterizam pelo ‘culto à celebridade, pela fofoca, pelo sensacionalismo, pela negação das verdadeiras condições de nossas sociedades e pela fabricação de controvérsias’.


Ele comparou a tentativa de Nixon de cassar a licença da emissora CBS às ações de Chávez contra TVs. Mas disse que hoje as ameaças à imprensa são mais ‘insidiosas’ e difíceis de combater do que quando começou sua carreira e muitas ditaduras, de direita e de esquerda, não escondiam a intenção de controlar a comunicação.


‘Hoje as ameaças visam induzir à autocensura e evitar que se pratique um jornalismo independente’, disse.’


 


 


TODA MÍDIA


Nelson de Sá


7,5% e subindo


‘Na manchete do UOL à tarde, ‘Venda de veículos novos bate recorde’, no acumulado do ano.


E no portal iG, ‘Goldman Sachs prevê crescimento de 7,5% em 2010’. Abrindo o post, ‘as estimativas de crescimento para o Brasil não param de ser revistas’. Para o primeiro trimestre, a previsão passou agora a 2,2%. Antes, 1,5%. Para Paulo Leme, diretor para emergentes do banco, o crescimento ‘explosivo’ se deve às ações anticrise do governo. Cita o estímulo com maiores gastos do governo, o crédito dos bancos públicos e o aumento do salário mínimo, entre outros. Para Leme, ‘o crescimento é espetacular, mas será preciso dar uma esfriada na economia’.


‘GOLDEN TRIANGLE’


Ecoa por ‘Guardian’ e outros a informação do ‘Wall Street Journal’ de que o Brasil tem, para segurança das plataformas de petróleo, um mecanismo de desligamento que teria evitado o vazamento nos EUA. Mas também já surgem avisos sobre ‘o risco das profundezas’, num título do ‘Financial Times’. Alerta que o ‘Triângulo Dourado’, que abrange ‘Brasil, costa da África e Golfo do México’, requer atenção, pois é a área ‘mais excitante’ no mundo e o investimento não deve parar.


Por aqui, ‘O Globo’ informou que a Petrobras vai se reunir com a nova ministra do Meio Ambiente, Izabella Teixeira, e com a secretaria do Rio para ‘medidas que evitem acidentes como este do Golfo’.


ERROU


No ‘This Week’ da ABC, o liberal Bill Maher afirmou que o Brasil abandonou petróleo nos anos 70 e foi ironizado pelo conservador George Will, ecoando on-line já por dois dias


PECHINCHA BRASILEIRA


O ‘Financial Times’, em análise no seu novo blog, Beyond Brics, afirma que ‘não é fácil entender o acordo da Vale com a Norsk Hydro’, pois ‘os noruegues parecem ter conseguido uma pechincha’. O argumento de falta de energia não se sustentaria, pois ‘alumínio é sua terceira maior fonte de faturamento e a Vale tem investido pesado nos últimos anos’. Só a usina Alunorte ‘absorveu quase tanto quanto a Norsk Hydro vai pagar pelo negócio todo’, inclusive a maior mina do mundo.


O ‘FT’ indica que pode ser parte do conflito político da estatal privatizada por FHC com Lula.


TERROR? QUE TERROR?


A partir do meio da tarde, com a manchete on-line ‘Autoridades federais veem vínculo externo no carro- bomba frustrado de Nova York’, do ‘Washington Post’, a cobertura do ataque no Times Square mudou de direção, em parte da cobertura americana. Fox News e ‘NY Post’, conservadores, falam em atentado.


Já o ‘New York Times’ e o também liberal Huffington Post, mais próximos de Obama, seguiram com detalhes pouco significativos das investigações e atenção menor. O primeiro mal cita o risco de terror.


A ‘Foreign Policy’ postou ontem a análise ‘Vazamento e terrorismo: A pior semana de Obama?’.


IRÃ E AS 5.113 OGIVAS


O site do ‘Wall Street Journal’ e o agregador Drudge Report, ambos conservadores, deram ao longo da tarde manchete e vídeo para o pronunciamento do presidente do Irã, Mahmoud Ahmadinejad, na conferência da ONU sobre não proliferação. A ‘agenda’ só foi mudar com a revelação pelos EUA, pela primeira vez, do tamanho de seu arsenal nuclear, 5.113 ogivas.


No canal de notícias em inglês do Irã, Press TV, toda a atenção foi dedicada a Ahmadinejad, ‘maior autoridade presente à conferência’, que cobrou que ‘as armas dos EUA sejam desmanteladas’.


28.8 E CAINDO


Na home do UOL, Ricardo Feltrin noticiou que o ‘Jornal Nacional’ vem perdendo mais audiência no ano eleitoral, já com média abaixo dos 30 pontos’


 


 


TELEVISÃO


Andréa Michael


Contra Record, SBT socorre ‘Eliana’ com ‘Romance’


‘Para enfrentar a concorrência com a Record nas tardes de domingo, o SBT vai reformular a edição do programa ‘Romance no Escuro’, transformá-lo em quadro e incluí-lo como parte de ‘Eliana’, que vem perdendo audiência.


No primeiro domingo de abril, o ‘Eliana’ marcou oito pontos no Ibope (480 mil domicílios ligados na atração na Grande SP). Anteontem foram cinco pontos, contra oito do concorrente ‘Tudo É Possível’ (Record).


A primeira temporada de ‘Romance’ está pronta. Trata-se de um reality show em que homens e mulheres ficam confinados em uma casa em alas separadas. Só se encontram em uma sala escura em comum. O objetivo é saber, ao final de cada edição, se, mesmo sem se enxergarem, casais ficam juntos.


A direção do SBT entende que ‘Eliana’ tem quadros de qualidade e apelo popular. O problema, acreditam diretores, foi que a Record turbinou a atração apresentada por Ana Hickmann com pegadinhas e com o ‘Troca de Família’ -que era programa e virou quadro-, transformando o ‘Tudo É Possível’ em um ‘três em um’.


A decisão do SBT foi tomada na última quarta. A condição era checar se os cortes necessários não tirariam a graça do formato. Feita a análise, a resposta à direção foi que a edição não descaracterizaria o trabalho. Ainda não há data para o novo quadro estrear no ‘Eliana’.


DEBATES


A TV Gazeta fechou o cronograma de debates para as eleições. As datas pré-definidas são: governo de SP, em 3/8, Senado, em 24/8, e Presidência, em 14/9. A mediação será de Maria Lydia Flandoli, âncora do ‘Jornal da Gazeta’.


RESPIRO


Gugu (Record) ganhou de Silvio Santos e conseguiu dez pontos no Ibope na noite de domingo (600 mil domicílios ligados na atração na Grande SP) -um ponto a mais que o antigo patrão. Na semana anterior, havia perdido por quatro pontos de diferença.


LADEIRA


Caiu de oito para sete pontos no Ibope a audiência de ‘Legendários’ (Record) no último sábado. E olha que teve entrevista com o jogador Ronaldo.


INCONFIDÊNCIAS


‘Se não fosse cantora, eu seria prostituta.’ Eis uma das revelações de Elza Soares ao ‘Provocações’ que vai ao ar no dia sete de maio, na TV Cultura, às 22h. Mais uma: ‘Acho uma covardia o que fizeram comigo e com o Mané [Garrincha]. Tomaram a minha casa, metralharam a minha casa, me expulsaram do país, tomaram tudo o que eu tinha. Fui viver na Itália com um bêbado. Até hoje fica a pergunta ao governo: ‘Será que não se envergonham disso?’.


PURPURINA Estreia na FTV Brasil, no próximo dia seis, a partir das 22h, um reality show em que 15 estilistas disputam a oportunidade de levar suas criações ao mercado da moda e um prêmio de US$ 125 mil. A juíza oficial da competição será a especialista na matéria Fern Mallis.’


 


 


Gustavo Villas Boas


Em ‘A Liga’, Rafinha Bastos vira morador de rua por 2 dias em SP


‘Para a proteção, tem sempre uma pessoa de vigília na hora que os outros dormem, já que pode chegar alguém para agredir, ensina um grupo de garotos que mora nas ruas de São Paulo a Rafinha Bastos. O risco impressiona Rafinha, um dos apresentadores de ‘A Liga’, programa jornalístico que estreia hoje. ‘Se chegasse alguém batendo em todo mundo, eu era todo mundo’, conta -ele estava caracterizado como sem-teto-, ‘e a filmagem ia continuar’, afirma. Ele passou quase dois dias -capturados de longe- ‘sem celular, sem grana, sem nada’, entre pessoas que moram nas ruas para ‘mostrar o que a gente vê todo dia, mas não imagina como é. Uma pessoa te despreza, e, logo depois, passa outro e te oferece ajuda. É alto e baixo toda hora. Isso me marcou’. Este relato pessoal é o mote de ‘A Liga’, diz Diego Barredo, diretor no Brasil da Cuatro Cabezas, produtora do programa. A empresa já produz o ‘CQC’ e também vai estrear, nesta quinta, o ‘Polícia 24h’ e, em julho, o talk-show ‘O Formigueiro’, comandado por Marco Luque, todos pela Band. ‘A Liga’ tem como foco o jornalismo, diz Barredo. ‘Mas queremos uma relação intensa com o tema abordado. O repórter pode fazer uma entrevista mais formal e pode mostrar emoção também.’ Além de Rafinha, fazem parte de ‘A Liga’ o rapper Thaíde, a jornalista Débora Villalba e a atriz Rosanne Mulholland. Já foram feitos quase 20 episódios. A equipe de ‘A Liga’, que aborda um tema diferente a cada semana, já dormiu em uma cela com presos em um presídio no Espírito Santo, gravou no Paraguai, na Tríplice Fronteira, e flagrou um incêndio em Roraima. A LIGA Quando: estreia hoje, às 22h15, na Band Classificação: não informada’


 


 


INTERNET


Mensagens na internet apoiam doentes


‘Pacientes em tratamento contra o câncer no Instituto Mário Penna, em Belo Horizonte (MG), podem ler mensagens de otimismo em tempo real, enviadas por amigos ou anônimos pela internet.


Os recados são mandados pelo site da campanha ‘Doe Palavras’ (doepalavras.com.br) ou pelo Twitter, onde é preciso digitar a tag #doepalavras. As frases aparecem nas 12 TVs instaladas nas unidades de quimioterapia, radioterapia e de espera no hospital.


‘Há casos em que o paciente recebeu uma mensagem personalizada, pois um familiar sabia que ele estaria no hospital naquele momento. Eles reagem muito bem, ficam mais felizes’, diz Cássio Eduardo Rosa Resende, superintendente-geral do Instituto Mário Penna.


Segundo Resende, o hospital faz uma triagem para evitar frases desagradáveis ou piadas. ‘Não é censura, mas, se é algo negativo, não nos interessa.’


A ideia do projeto é criar um banco de frases que transmitam conforto e esperança aos pacientes e familiares. Em 20 dias de campanha, o site foi acessado mais de 242 mil vezes e o hospital recebeu mais de 53 mil mensagens, vindas de todo o Brasil e do exterior.


‘O paciente se sente envolvido por uma corrente virtual que se torna real’, diz Resende.


As mensagens ficam nos televisores por 24 horas e também podem ser lidas pelo site da campanha. No fim do ano, as melhores serão compiladas em um livro, a ser distribuído para hospitais especializados em tratamento de câncer.’


 


 


 


************


O Estado de S. Paulo


(www.estadao.com.br)


Terça-feira, 4 de maio de 2010


 


LIBERDADE DE IMPRENSA


Marcelo de Moraes


Entidades de imprensa debatem autorregulamentação do setor


‘Representantes das entidades de imprensa deram sinal de apoio à proposta de autorregulação do setor. Na 5.ª Conferência Legislativa sobre Liberdade de Imprensa, ontem na Câmara, o vice-presidente da ANER (Associação Nacional dos Editores de Revistas) e vice-presidente de Relações Institucionais do Grupo Abril, Sidnei Basile, defendeu a ideia como melhor forma de coibir falhas no exercício do jornalismo e evitar que se ‘confunda o leitor’ na mistura de ‘opinião com notícia’.


‘A imprensa tem oportunidade de se configurar como instituição relevante para aperfeiçoamento dos nossos costumes e instituições políticas. Refiro-me à urgência da autorregulação da nossa atividade’, disse Basile.


‘Não há outro jeito. Temos encontro marcado com a autorregulação. Tão mais tortuoso e torturado será nosso caminho, quanto mais tempo adiarmos essa convergência da imprensa com seu destino’, acrescentou durante o encontro, aberto pelo presidente da Câmara, Michel Temer (PMDB-SP).


Embora não represente a posição oficial de outras entidades, como a Associação Nacional de Jornais (ANJ) e da Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert), a autorregulação já conta com apoio de seus presidentes. ‘Sou francamente favorável. A sociedade veria com bons olhos se tivéssemos essa atitude. Mas reforço: a ANJ está discutindo e deve ter uma posição em breve’, disse a presidente da ANJ, Judith Brito, depois do encerramento da conferência.


‘Essa é uma discussão oportuna, especialmente depois do julgamento da Lei de Imprensa. É o passo seguinte que está sendo amadurecido e debatido’, disse o presidente da Abert, Daniel Slaviero.


O deputado José Genoino (PT-SP) criticou a imprensa por buscar ‘fofoca e escândalo’, classificando de ‘sadomasoquista’ a relação entre Congresso e mídia. ‘Essa espetacularização gera visão banalizada do Legislativo, que produz leis importantes para a sociedade’, disse o petista, acusado de participação no mensalão do PT.


No painel sobre o papel dos meios de comunicação no aperfeiçoamento da democracia representativa brasileira, o jornalista Eugênio Bucci, ex-presidente da Radiobrás, defendeu a liberdade de imprensa e o direito à informação como um ‘direito absoluto’ para todos os cidadãos.’


 


 


BANDA LARGA


Gerusa Marques


Telebrás confirma que integrará Plano de Banda Larga


‘A Telebrás encaminhou nesta terça-feira, 4, fato relevante à Comissão de Valores Mobiliários (CVM) confirmando a decisão do governo de que ‘integrará’ o Plano Nacional de Banda Larga. A Telebrás, de acordo com o comunicado, vai prover infraestrutura e redes de suporte a serviços de telecomunicações prestado por empresas privadas. Na prática, o governo decidiu que a estatal será a gestora das redes de fibras óticas do governo atuando no atacado, fazendo a transmissão de dados.


O comunicado também afirma que a Telebrás poderá prestar o serviço de internet de banda larga para os usuários finais. ‘Apenas e tão somente’ onde não exista oferta adequada desses serviços. Ou seja, o governo deixará para as empresas privadas – entre grandes operadoras e pequenos provedores de internet – a chamada última milha, que vem a ser o serviço ao usuário final.


A empresa terá ainda a atribuição de ‘implementar a rede privativa de comunicação da administração pública federal’ e de prestar apoio e suporte a políticas de conexão a internet em banda larga para universidades, centros de pesquisa, escolas, hospitais, postos de atendimento e telecentros comunitários.


A decisão de enviar fato relevante à CVM foi tomada no início da noite em reunião da ministra da Casa Civil, Erenice Guerra, e mais nove ministros. A previsão é de que detalhes do plano sejam anunciados na quarta-feira em entrevista à imprensa.’


 


 


TELEVISÃO


Etienne Jacintho


Eric Dane fala de Grey’s Anatomy


‘Eric Dane, o dr. Mark Sloan, mais conhecido como McSteamy, estará no centro da trama do crossover de Grey’s Anatomy e Private Practice – as duas séries de Shonda Rimes –, que a Sony exibe nesta segunda-feira, às 21h e às 22h. Nos episódios, McSteamy chama a dra. Addison (Kate Walsh) para ajudar a tratar a delicada gravidez da filha adolescente recém-descoberta.


Em entrevista ao Estado, o ator fala desta temporada de Grey’s Anatomy e diz que não acredita em reconciliação para Lexie (Chyler Leigh) nos episódios a seguir. O ator só não comenta a história do vídeo em que aparece nu com a mulher e virou hit na internet. ‘Estou aqui somente para falar de Grey’s Anatomy’, justifica.


Lexie e McSteamy. ‘Há novos elementos no relacionamento e há Callie… Mas todos os relacionamentos em Grey’s Anatomy têm altos e baixos, picos e vales. E Sloan enfrenta essa mudança de vida (a chegada da filha).’


Casamento ou separação? ‘Não acho que Sloan vai ficar com Lexie nesta temporada. Quando há um casamento, surge uma sacola de truques para serem usados enquanto a história corre. Mas não há muito o que fazer, enquanto em um namoro, o céu é o limite. Acho que os roteiristas vão querer manter as opções abertas por mais tempo.’


Sucesso. ‘Essa não é uma série de procedimento médico. E, sabe, o fato de esta série ser tão popular agora na 6.ª temporada quanto era na primeira é resultado da imaginação dos roteiristas. É difícil lidar com tramas e arcos. Esta não é uma série de procedimento simplesmente, mas sim, de drama.’


Assédio de fãs. ‘Sim, recebo cartas de fãs, mas não sou bom em dar respostas (risos). Recebo as cartas, mas não costumo ler tanto quanto antes, porque elas são sempre iguais. A maioria das pessoas quer uma foto autografada e há uma ocasional preocupação com antraz (risos).’


Papo com roteiristas. ‘Todos os dias falo com eles e sempre por causa de coisas que eu não faria (e estão no roteiro). Este é meu tema! Digo: ‘Eu não diria isso.’ E os roteiristas retrucam: ‘Sim, você diria. Acredite em mim, você diria isso.’


Publicado no caderno de TV de O Estado de S. Paulo em 2/5/2010′


 


 


MERCADO EDITORIAL


Ubiratan Brasil


Novo livro de Paulo Coelho sai pela Sextante


‘O escritor Paulo Coelho já lançou seus livros pelas editoras Objetiva, Rocco, Planeta do Brasil, Agir e, desde a semana passada, tem um contrato assinado com a Sextante que, em agosto, pretende editar O Aleph. Com uma tiragem inicial de 200 mil cópias, o livro vai tratar de experiências do próprio escritor, descritas por ele em seu blog como de ‘vidas passadas’. O tempo e o valor do contrato não foram informados. Tampouco foi noticiado se o acordo prevê a edição de outras obras.


Ao longo das diversas negociações, as cifras foram aumentando. Quando trocou a Objetiva pela Rocco, por exemplo, em 2002, o acordo acertado na época foi de R$ 600 mil. Quando levou sua obra para a Planeta, em 2005, Coelho firmou um contrato de US$ 800 mil. Pelas negociações, a editora tinha direito a 14 títulos e publicou um inédito, A Bruxa de Portobello, além de uma polêmica biografia do autor, escrita por Fernando Morais (O Mago, em 2008).


Naquele mesmo ano, Coelho acertou com a Agir (que pertence ao grupo Ediouro) os direitos de publicação de O Vencedor Está Só, que saiu com tiragem inicial de 200 mil exemplares (e vendendo, até agora, a metade). Foi o único inédito lançado pelo selo, depois do acordo com a Sextante, fechado no dia 29 passado.


Em seu site, Coelho informa já ter vendido mais de 135 milhões de livros no total, traduzido em 67 idiomas e editado em mais de 150 países. Contatado por e-mail, o escritor preferiu não dar declarações.’


 


 


 


************