Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

O primeiro furo a gente nunca esquece

O primeiro grande furo da TV Brasil é simbólico. A emissora mandou repórter e cinegrafista para o fundão da Amazônia para cobrir uma operação do Exército e eles estão lá há uma semana. Como a finalidade da TV Brasil não é dar lucro, ela se dá ao luxo de investir em reportagem. E enviar jornalistas às profundezas do país, para regiões que não costumam ser cobertas pelos veículos comerciais. Os responsáveis pelo furo foram o repórter da TV Brasil Roberto Maltchik e o cinegrafista Jânio Leite, e o repórter da Agência Brasil Vladimir Platonow, em dobradinha com o fotógrafo Valter Campanato.


A TV Brasil mostrou no sábado (15/3) – com exclusividade – uma reportagem sobre a primeira plantação de coca encontrada no país. Espera-se do jornalismo da emissora a devida suíte ao assunto, tanto do local (com as últimas informações de Tabatinga, AM) como sobre os desdobramentos e repercussões no Executivo, Legislativo e entre estudiosos do tema.


A seguir, a nota de Vladimir Platonow, dada pela Agência Brasil (17/3/2008, às 14h55)


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Sete mil pés de coca foram retirados de área no Amazonas, estima Exército


Tabatinga (AM) – Sete mil pés de coca foram retirados até o momento da área de plantação de coca encontrada na última sexta-feira (14) em Tabatinga (AM). A informação é do setor de Relações Públicas do 8º Batalhão de Infantaria de Selva (8º BIS).


As plantas estão sendo queimadas, e as operações para tentar localizar o responsável pela plantação continuam. Segundo o Exército, essa foi a primeira vez que se detectou coca da variedade andina em território brasileiro, onde só se registrava a presença de outra planta similar, o epadu, que tem menor capacidade de produzir cocaína.


O Exército retificou hoje (17) a informação sobre o tamanho da plantação. De acordo com o batalhão, a área plantada é de 2 hectares, e não de 100 a 150 hectares, como havia sido informado no último sábado (15) pelo comandante do 8º BIS, tenente-coronel Antônio Elcio Franco Filho, em entrevista coletiva à imprensa.


O setor de Relações Públicas creditou a diferença nos dados a um equívoco de informação preliminar.