Sunday, 28 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Google vê ação
superar US$ 600


Leia abaixo a seleção de terça-feira para a seção Entre Aspas.


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O Estado de S. Paulo


Terça-feira, 9 de outubro de 2007


INTERNET
O Estado de S. Paulo


Ação do Google ultrapassa US$ 600


‘AP, REUTERS E FRANCE PRESSE – A palavra ‘Google’ já virou verbo em inglês, sinônimo de fazer buscas na internet. E os investidores parecem cada vez mais confiantes na capacidade da empresa de transformar em dinheiro a audiência que seus serviços atraem. As ações do Google ultrapassaram ontem a marca de US$ 600 pela primeira vez na história, mostrando que o mercado está otimista com os resultados do gigante da internet no terceiro trimestre, que serão divulgados no dia 18. Os papéis chegaram a ser cotados a US$ 610,26 na bolsa eletrônica Nasdaq, e fecharam em US$ 609,62, com alta de 2,6%. As ações subiram por 12 sessões consecutivas.


O banco de investimentos Bear Stearns divulgou um relatório sexta-feira dizendo que a cotação do Google poderia chegar a US$ 625 até o fim do ano. Um outro relatório divulgado na sexta, da Nollenberger Capital Partners, apontou que o Google tem tido uma performance tão boa que as estimativas anteriores de lucros para a empresa podem ser muito conservadoras.


‘Além do curto prazo existe uma riqueza de oportunidades inexploradas para o Google tanto na área de anúncios em celulares quanto em anúncios com imagens’, escreveram os analistas da Nollenberger. O Google vende principalmente anúncios de texto, chamados links patrocinados, que aparecem ao lado de resultados de busca e de páginas de conteúdo.


Em sua oferta pública inicial, em agosto de 2004, os papéis do Google foram vendidos a US$ 85. A empresa acumula uma valorização de 617% desde o lançamento. Com um valor de mercado de US$ 190 bilhões, o Google hoje vale mais que companhias maiores e mais tradicionais como o Wal-Mart, a Coca-Cola, a HP e a IBM.


Os papéis do Google levaram 10 meses para passar de US$ 500 para US$ 600 e mais de um ano para ir de US$ 400 a US$ 500. As ações atingiram US$ 300 em junho de 2005, depois de ultrapassar as marcas de US$ 100 e US$ 200 durante 2004.


Os analistas começaram a prever ainda no começo de 2006 que os papéis do Google iam ultrapassar US$ 600, quando a cotação ainda estava ao redor de US$ 420. Alguns já projetam que as ações vão chegar a US$ 700 durante o próximo ano.


Os maiores beneficiários da alta dos papéis são Larry Page e Sergey Brin, ambos com 34 anos, fundadores do Google. A fortuna de cada um está próxima de US$ 20 bilhões. Eles começaram a desenvolver o mecanismo de busca quando estudavam na Universidade de Stanford, em 1996.


O presidente do Google, Eric Schmidt, e o principal executivo de vendas, Omid Kordestani, também se tornaram multibilionários com as ações da empresa. Existem centenas de funcionários do Google que são milionários.


A principal fonte de receita do Google são a venda de anúncios. No ano passado, seu faturamento chegou a US$ 10,6 bilhões e seu lucro líquido a US$ 3,077 bilhões. A empresa deve se fortalecer ainda mais com a compra da DoubleClick, que distribui anúncios de internet. A aquisição está sendo analisada por autoridades antitruste, ante reclamações de que ela daria ao Google muito controle sobre os preços dos anúncios na internet e sobre informações dos consumidores.


Em média, os analistas esperam que o lucro do Google suba mais de 40%, atingindo US$ 3,75 por ação, segundo a Thomson Financial. Nos 12 trimestres de companhia aberta, os ganhos do Google só não ultrapassaram a previsão dos analistas em dois. Os papéis subiram 17% no mês passado e acumulam alta de 32% no ano.


Apesar de ter como lema a frase ‘não seja mau’, o Google é visto como a empresa a ser temida no mercado de tecnologia. Os dois principais motivos são o domínio que a empresa tem do mercado de anúncios online e a quantidade de informações que ela consegue coletar dos consumidores. Além das empresas menores de tecnologia, o Google é visto como ameaça por emissoras de TV, editoras de livros, jornais e operadoras de telecomunicações.’


IMPRESSOS & INTERNET
O Estado de S. Paulo


Os jornais de olho na internet


‘M.R.S. El País – O jornalismo deve escapar da trivialidade e não se deixar arrastar pela banalização das notícias. Essa foi uma das conclusões a que chegaram no fim do mês passado Alan Rusbridger, diretor do diário britânico The Guardian, e Javier Moreno, diretor do jornal espanhol El País. Num debate realizado dentro do programa do Hay Festival de Segóvia, moderado pela escritora e ex-diretora do jornal The Independent, Rosie Boycott, Rusbridger e Moreno analisaram o futuro do jornalismo. ‘Os jornais sérios estão em declínio. Hoje se tende a fazer um tipo de jornalismo que banaliza a realidade. Se tem de ser assim, eu estou fora’, afirmou Alan Rusbridger. Para o diretor do diário britânico, é importante que os jornais não caiam nessa tendência. ‘Não creio que o jornalismo esteja em crise’, afirmou, por sua vez, Javier Moreno. ‘Se o ritmo continuar assim, seria de se preocupar também com o que vai acontecer com a democracia. A democracia se assenta nos espaços públicos de discussão que os jornais criaram. Se os jornais não são capazes de alimentá-los, é a democracia que está em crise.’ Para os dois diretores, os espaços de discussão que as informações suscitam são vitais. Além disso, eles vêem a internet como o futuro do jornalismo, embora com nuances. O diretor de The Guardian prognostica o final da tinta e do papel. Para Moreno, contudo, a internet não é uma ameaça. ‘A internet vai salvar o jornalismo. Agora, a web consegue mais público, mais influência do que nunca. Se conseguirmos transferir para a internet esse lugar de debate e discussão estaremos prestando um grande serviço à sociedade’, disse ele. ‘Neste momento, a pressão dos debates sociais está na internet. Os leitores do The Guardian e do El País querem fóruns, querem participar, debater a atualidade, e se não os oferecermos, eles os procurarão em outro lugar’, afirmou Rusbridger. A imediatez da internet tem seus riscos. Riscos que, para o diretor do jornal britânico, são, basicamente, a superficialidade dos conteúdos. Algo que, para Moreno, precisa ser combatido. ‘É fato que a internet tem uma tendência a fragmentar os públicos. Muito do que aparece na web são trivialidades que solapam o fórum público. Mas alguns jornais estão lutando contra isso. Eu posso comprovar que o mais lido todos os dias é elpais.com, e exceto algumas coisas – que costumam conter as palavras sexo, grátis, ou Fernando Alonso -, eu me sinto orgulhoso, porque entre as dez mais visitadas costuma haver muitas notícias importantes.’ A internet pode armazenar perfis e gostos dos usuários. Isso permite lhes oferecer um produto de acordo com as suas preferências. Mas, para Moreno, essa adaptação supõe um risco. ‘O jornal ganharia um sentido diferente, mas é perigoso. Destruiria um espaço comum. Agora o leitor descobre algo que não pensava que estivesse ali. Romper isso, acabar com esse fator surpresa, é arriscado, não para os jornais, que fariam mais negócios, mas para a sociedade.’ A jornalista britânica Rosie Boycott, uma das figuras mais importantes dos meios de comunicação da Grã-Bretanha, perguntou sobre as diferenças entre ler o jornal em papel e fazê-lo num computador. ‘Eu gostaria que os jornais em papel existissem para sempre, mas não podemos refrear o futuro e impedir que as pessoas tenham acesso a toda a informação da internet’, afirmou Alan Rusbridger. Para o diretor do The Guardian, os jornalistas terão de se acostumar com a imediatez da internet. ‘Um jornal não é seu papel. São seus redatores, seus fotógrafos, seus editorialistas, seus valores. Sua visão compartilhada com os leitores’, disse Javier Moreno. ‘The Guardian, embora tenha crescido, continua sendo o mesmo tanto em papel como na internet. Ele não mudou, continua mantendo sua visão compartilhada com os leitores’, afirmou o diretor do El País. Rusbridger é um apaixonado por novas tecnologias. Ele o revelou na ocasião mostrando ao público que assistia ao debate num pequeno telefone celular. ‘É um iPhone’, ele disse. ‘Embora não seja perfeito, pode-se ler texto nele. Algum dia criarão algum aparelho em que se poderá ler texto tão comodamente como no papel. Os jornais precisam avançar e se adaptar a isso.’’


HQ
Jotabê Medeiros e Roberta Pennafort


Clássicos em quadrinhos


‘Joyce, Barrie, Proust, Freud, Camões, Eça de Queiroz, Flaubert, Gilberto Freyre, Machado de Assis, Nelson Rodrigues. Nunca antes na história desse País se publicou tanta literatura em quadrinhos. Ou: antes temerosas, as HQs perderam a timidez e penetraram intimamente num território que evitavam, o da literatura consagrada.


A maioria dessas obras não se perde na reverência extremada. Sua intenção é fazer, como arte autônoma, uma releitura daqueles clássicos da literatura. Historicamente, houve publicações esparsas de versões de clássicos literários, mas que frustravam expectativas. Antes, eram versões resumidas.


‘Eram versões para preguiçosos, para quem não tinha paciência de ler o livro e lia resumo no gibi. Agora, são coisas com mais ambição, o leitor pode ter lido o livro que vai ler os quadrinhos do mesmo jeito, é outra obra’, diz Rogério de Campos, editor da Conrad, uma das mais ativas do mercado de quadrinhos.


Na semana passada, chegou às livrarias talvez a obra mais iconoclasta desse veio quase inexplorado: Lost Girls 2, de Alan Moore (o celebrado autor de V de Vingança, Do Inferno e Watchmen) e Melinda Gebbie.


Moore e Melinda Gebbie, que vêm dos quadrinhos underground, imaginaram Lost Girls com um conceito de literatura porno-erótica fantástica. Não é recomendável para crianças pequenas nem para quem está à procura de contos de fada convencionais. O livro é baseado nas meninas que inspiraram, respectivamente, Alice no País das Maravilhas (de Lewis Carroll), Peter Pan (de J.M.Barrie) e O Mágico de Oz (de L.Frank Baum). Alice, Wendy e Dorothy se encontram num hotel suíço pouco antes da 1ª Guerra Mundial.


O resultado é um exercício de liberação sexual que chega às raias do sadomasoquismo – e inclui animais e personagens das histórias. Há inspiração da literatura pornográfica de um certo período, como The Oyster, Venus and Tanhauser e o trabalho de Aubrey Beardsley.


O editor Rogério de Campos estabelece uma conceituação histórica importante no fenômeno ‘clássicos em quadrinhos’. Campos enxerga um momento no mercado editorial brasileiro, no início dos anos 1980, em que parecia que os quadrinhos de autor se aproximavam das artes plásticas. ‘Parecia que as HQs seriam colocadas nas prateleiras com os livros de arte. Naquele momento, com a evolução das técnicas de impressão, parecia que iam se tornar um subgênero das artes visuais’, recorda. A obra de autores como Moebius reforçava essa impressão.


Nesse período, poucos autores se mantinham fiéis à idéia dos quadrinhos como arte narrativa, como Robert Crumb e Will Eisner, nos EUA. ‘Depois, aconteceram duas coisas quase simultâneas: a publicação de Maus, de Art Spiegelman, e a entrada dos mangás japoneses no Ocidente. O mangá é fundamental nessa história. Mesmo o Art Spiegelman já conhecia o mangá Gen Pés Descalços. O mangá recolocou a história em primeiro plano. Nos quadrinhos japoneses, o principal são as histórias, e isso até recupera o termo brasileiro, história em quadrinhos, que mostra que a história vem antes’, considera Campos.


Depois de Maus e dos mangás, os quadrinistas parecem ter recuperado a vontade de contar história. ‘A partir daí, eles foram encontrando espaço no mundo dos livros mesmo, da literatura, e acharam seus pares. Até os anos 1970, tudo era ligado aos grandes pintores, os quadrinistas se viam comparados a pintores, como Rembrandt. Agora, o que se vê é que têm mais a ver com narrativas literárias.’


Muitas das novas edições são primorosas. É o caso de O Alienista, de Machado de Assis, revisitado pelos irmãos Fábio Moon e Gabriel Bá (Editora Agir). Outra edição muito interessante é a de Os Lusíadas, de Camões (Editora Peirópolis), na versão de Fido Nesti, um estreante discípulo de Gilbert Shelton e Angeli.


Outras são meras adaptações simplificadoras, como é o caso de Casa-Grande & Senzala, de Gilberto Freyre (Global Editora), na versão de Estevão Pinto, Ivan Wasth Rodrigues e Noguchi. A Jorge Zahar editou bonita (e compacta) versão de Em Busca do Tempo Perdido, de Marcel Proust, com adaptação e desenhos de Stéphane Heuet. A Conrad publicou recentemente Gemma Bovery, de Posy Simmonds, baseada na obra de Flaubert (R$ 31,10), e A Relíquia, do português Eça de Queiroz (R$ 28,80), adaptada pelo gênio underground brasileiro Marcatti.


Muitas editoras publicam adaptações históricas e literárias de olho nas prensagens subvencionadas pelo governo federal. Sugerem trabalhos encomendados. ‘Buscamos o contrário. Uma narrativa mais extensa, independente. E aí me bateu essa idéia do Eça. O Marcatti nunca tinha lido Eça, mas eu achei que tinha muito a ver com o universo dele. E ele ficou encantado’, diz o editor Rogério de Campos.


Há lançamentos que não são propriamente versões para os clássicos, mas que roçam de alguma maneira seu mundo. É o caso de Kafka, do norte-americano Robert Crumb (Editora Conrad) e de Sigmund Freud, do inglês Ralph Steadman (Ediouro, R$ 59,90). Crumb e Steadman são dois mestres dos comics e da ilustração, ajudaram a levar o gênero ao seu nível mais elevado. São obras de impressionante apuro estético.


E não só a literatura, mas também o desafio do teatro.’Optamos pela fidelidade a Nelson Rodrigues. Dá pena tirar uma ou outra palavra, mas tivemos de enxugar’, diz Arnaldo Branco, que fez a adaptação para os quadrinhos de O Beijo no Asfalto (Editora Nova Fronteira), clássica tragédia teatral do autor carioca que estreou em 1961 (o desenho é de Gabriel Góes).


Segundo Branco, o mérito da adaptação é inegável por um motivo muito simples: a família de Nelson Rodrigues ficou satisfeita com o resultado. Cada etapa do trabalho (a adaptação do texto ao formato dos quadrinhos e as ilustrações) levou cerca de um mês. Góes conta que se deixou influenciar mais pelo teatro do que pelo cinema. ‘Tem a iluminação de teatro, as sombras. Quis dar a impressão de ser uma peça mesmo.’’


CULTURA
Jotabê Medeiros


Operado, Gil só retorna ao Ministério na semana que vem


‘Submetido a uma cirurgia nas cordas vocais no Hospital Samaritano, na quinta-feira, o ministro da Cultura, Gilberto Gil, de 65 anos, recupera-se bem em sua casa no Rio de Janeiro. Ele foi operado pelo médico oncologista Jacob Kligerman para a retirada de dois cistos, e a previsão é que volte às atividades de ministro na semana que vem, e que possa voltar a cantar em dez dias.


Segundo fontes do Ministério da Cultura, Gil recebeu anestesia geral para a operação e já no mesmo dia da cirurgia pôde dormir em sua própria casa. O dr. Kligerman foi o mesmo médico que operou o ex-governador do Rio de Janeiro, Anthony Garotinho, em 2005, para a retirada de um nódulo benigno nas cordas vocais.


A exemplo de Garotinho, Gil não sente dor e pode alimentar-se normalmente, evitando apenas alimentos mais ásperos. Mas, para se comunicar, usa apenas bilhetes ou gestos e evita falar. Segundo sua mulher, Flora Gil, o cantor passa bem e recupera-se com tranqüilidade.


Não é a primeira vez que Gil enfrenta problemas com a voz. Já fez tratamento anteriormente, e chegou a dizer, durante show da turnê Banda Larga em São Paulo, que está com ‘65 anos, a voz cansada, poderia apenas pegar meu violãozinho e sair por aí’. Ainda assim, ele correu com a turnê por 17 cidades da Europa, além de Rio e São Paulo. E pensa em entrar em estúdio, ainda este ano, para gravar um novo álbum, para o qual já compôs (e mostrou em público) cinco músicas inéditas, entre elas Não Grude, não, O Oco do Mundo, Banda Larga e Não Tenho Medo da Morte.


O ministro internou-se para tratamento logo após o lançamento do programa Mais Cultura, do governo federal, que pretende investir R$ 4,7 bilhões em programas socioculturais até 2010. ‘Há muito ansiávamos por este dia: o momento em que o Estado brasileiro, pela primeira vez em sua história, incorpora a cultura como dimensão essencial ao ser humano e como uma política pública essencial ao desenvolvimento’, discursou Gil, em Brasília.’


TELEVISÃO
Corrida pelo Emmy


Brasil concorre em sete categorias


‘O Emmy Internacional na categoria artística – que não inclui programas jornalísticos – terá sete representantes brasileiros na final que será realizada no dia 19 de novembro nos Estados Unidos. A Rede Globo concorre em cinco categorias, incluindo a de melhor programa artístico com o especial Por Toda a Minha Vida – Elis Regina.


Lília Cabral disputa o prêmio de melhor atriz por sua vilã Marta na novela Páginas da Vida, de Manoel Carlos. Na corrida pelo título de melhor ator está Lázaro Ramos com seu Foguinho de Cobras & Lagartos, trama de João Emanuel Carneiro.


Entre os programas de comédia, o Brasil concorre com o especial Os Amadores, também da Globo. A emissora ainda emplacou Antônia, co-produção com a O2 Filmes, que disputa o prêmio de melhor minissérie ou filme para TV.


A produtora Radar Mixer ganhou indicação de melhor série dramática com Mothern, do GNT. Na área infanto-juvenil, o País concorre com a série O Menino Maluquinho, da TVE.


A Globo teve indicações também para o Emmy Internacional que contempla o jornalismo, com o Jornal Nacional e com o Linha Direta, mas não levou prêmio nenhum na cerimônia realizada no mês passado.


Entre- linhas


A estréia da tão anunciada série do People+Arts, The Tudors, foi marcada por legendas duplicadas nos primeiros minutos de exibição. Em vez de duas linhas, os telespectadores encontraram quatro. Um mico, já que a série de época tem o visual como trunfo maior.


O canal garante que os problemas técnicos já foram resolvidos e anuncia que a reprise de amanhã, às 21 horas, vai ao ar sem o probleminha.


A Record vem fazendo testes para a TV digital no canal 20 UHF. Segundo a Linear, empresa de transmissores que presta serviços para a Record, a transmissão vem sendo feita da torre da Avenida Paulista, desde 19 de setembro, e inclui programas em HD e em one seg (um segmento), para celular, notebook e minitelevisores.


O canal Fox está apostando em sua produção original Tempo Final. O marketing da emissora distribuirá publicidade da série em revistas, TV, internet e em outdoors pela cidade.


O investimento da Fox faz sentido, uma vez que Tempo Final é a primeira produção realizada nos estúdios da Telecolômbia, comprada pelo grupo este ano. A série, com 22 episódios, estréia no dia 25.


A parceria entre IG, Neogama/BBH e O2 Filmes para a TV IG inclui um concurso de curtas-metragens entre os internautas. O vencedor terá seu roteiro produzido por Fernando Meirelles. Mais informações no hotsite do SHOWiG.


Pausa aos marombados


Uma das apostas para alavancar Malhação em 2008, Rafael Almeida, o contido pianista Luciano de Páginas da Vida, grava aí ao lado de Nathalia Dill. A cena mereceu direção do diretor de núcleo Ricardo Waddington e de Mário Márcio Bandarra, em Angra.’


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Folha de S. Paulo


Terça-feira, 9 de outubro de 2007


HUCK & FERRÉZ
Clóvis Rossi


De Rolex e alegria


‘MONTREUX – Os jornais suíços não deram uma linha sobre a polêmica em torno do Rolex de Luciano Huck. Talvez porque roubo de um relógio nacional (nacional para eles, claro) não seja grande coisa, talvez porque esse tipo de crime seja tido como comum em países de ‘là-bas’.


Mas, em compensação, estão escandalizados com o quebra-quebra de sábado entre militantes do SVP (Partido do Povo Suíço), de extrema direita, e um pequeno grupo anarquista em pleno centro velho de Berna, patrimônio cultural da humanidade. Tudo porque o SVP não esconde seu rechaço aos imigrantes, a ponto de ter usado como cartaz de campanha três ovelhas brancas sobre a bandeira suíça e uma ovelha negra sendo chutada para fora dela.


A eleição para a qual se preparou o cartaz será dentro de duas semanas. ‘Jamais uma campanha eleitoral foi tão agressiva’, dizia ontem o jornal ‘Le Temps’. Agressividade não parece combinar com Suíça: até a presidente do Conselho Federal, Micheline Calmy-Rey, lamenta: ‘O ambiente muito duro contradiz a tradição de paz difundida há séculos pela neutralidade’.


Os imigrantes, potenciais vítimas da xenofobia, não parecem muito preocupados com os seus, digamos, Rolex. ‘Há muito racismo mesmo por aqui, mas não vai acontecer nada, porque eles precisam de nós’, filosofa José Dias, garçom português com 20 anos de Suíça.


A causa eventual para voltar para Portugal nem é o SVP, apesar de o partido já fazer parte da coligação que governa a Suíça, desde o pleito anterior. ‘Aqui, é do trabalho para casa, da casa do trabalho. Não há alegria’, reclama Fernanda Leite, três anos na Suíça. Profissão, claro, garçonete.


Entre perder um Rolex em São Paulo (ou mesmo um relógio merreca) com um revólver apontado para a cabeça ou perder a gandaia, você viveria na Suíça?’


TV DIGITAL
Marilena Lazzarini e Luiz Fernando M. Moncau


A TV digital e o respeito ao consumidor


‘O BRASIL vive um momento decisivo para o futuro da TV digital. Após adotar o padrão de tecnologia japonês, caberá agora ao presidente Lula decidir se a televisão digital brasileira deverá ou não incorporar um sistema anticópia que, se aprovado, limitará drasticamente a forma como o consumidor poderá usar e reproduzir, legalmente, o conteúdo recebido em sua TV.


Sob o argumento de evitar a ‘pirataria’, não mais se distinguirá quem copia em larga escala e com intuito de lucro (o verdadeiro pirata) daquele que reproduz uma única vez um trecho de um programa para fins privados ou educacionais, o que é permitido pela lei de direitos autorais.


Evidentemente, não se pode afastar o legítimo interesse de autores em receber pelo seu trabalho. Mas tampouco se pode, em decorrência da adoção de regras exageradamente restritivas, empurrar os cidadãos de bem para a ilegalidade por copiar um pequeno trecho de um programa para comentá-lo em sala de aula ou inseri-lo em um vídeo pessoal.


A principal idéia que rege o sistema de direito autoral é a de que se deve garantir um ciclo próspero de inovação, conciliando a justa remuneração de autores e inovadores com o direito de acesso de toda a sociedade aos benefícios trazidos pelas invenções e pelos bens culturais desenvolvidos.


Para tanto, é concedido aos autores um monopólio fictício e temporário para exploração comercial das obras.


Mas esse direito de exclusividade tem tempo limitado, após o qual as obras são disponibilizadas em domínio público, possibilitando a reprodução e a circulação do conhecimento.


Além disso, o direito de acesso também é assegurado mediante limitações e exceções ao direito do autor, que permitem a reprodução em certos casos -como a cópia privada sem fins lucrativos ou para fins exclusivamente didáticos. Esse equilíbrio entre a proteção e o acesso, entretanto, foi-se perdendo com o tempo, em especial no final do século 20. Com a crescente importância da informação na economia, a proteção dos direitos da indústria que os explora passou a sobrepor-se ao direito de acesso de toda a sociedade.


Por influência dos países desenvolvidos -detentores de grande parte dos direitos sobre tecnologias e conhecimento-, deu-se início a um movimento internacional de enrijecimento das regras de proteção à propriedade intelectual, que inclui direitos autorais e patentes.


Internacionalmente, o prazo para que obras artísticas voltassem ao domínio público passou de sete anos, em 1908, para os atuais 50 anos após a morte do autor.


As limitações e exceções ao direito do autor foram gradativamente eliminadas ou restringidas. Esse movimento encontrou eco no Brasil. A nova lei brasileira, aprovada em 1998, elevou o prazo de proteção das obras artísticas de 50 para 70 anos após a morte do autor. Além disso, jogou para a ilegalidade a cópia privada sem intuito de lucro, permitida em diversos países da Europa e nos EUA, limitando-a, mesmo quando sem fins lucrativos, somente a pequenos trechos. Nossa lei tornou-se uma das mais rígidas do mundo, indo além do que estipulam todos os acordos internacionais assinados pelo Brasil.


A lei de direitos autorais é extremamente restritiva e precisa de reformas. E são inadmissíveis propostas que venham restringir ainda mais o acesso, como essa da instalação do sistema anticópia no televisor de cada cidadão, sob o argumento de que, sem isso, a TV digital seria inviável.


Não é o que nos mostra o exemplo dos EUA, onde o sistema não foi adotado. Lá são transmitidos todos os tipos de conteúdo, inclusive os de alto valor, como os Jogos Olímpicos e outras competições esportivas.


Naquele país, a adoção de mecanismo semelhante foi duramente combatida, inclusive judicialmente, por organizações de interesse público e de consumidores, incluindo-se aí a Consumers Union, que conta com mais de 7 milhões de associados.


Por fim, estudos como o da Universidade de Princeton (EUA) apontam que quem faz da pirataria profissão facilmente violará o sistema anticópia. E o público, em geral, perderá direitos consagrados na lei em nome do combate ineficaz à pirataria.


Por essas razões, o Idec reprova a implantação do sistema anticópia na TV digital brasileira. E espera que o presidente Lula tenha a sensibilidade de estabelecer no Brasil a mesma situação estabelecida nos EUA: rejeite o sistema de bloqueio da TV digital, afirmando o interesse público e o dos consumidores do país, preservando os já reduzidos direitos existentes na lei autoral.


MARILENA LAZZARINI , 59, é coordenadora-executiva do Idec (Instituto Brasileiro de Defesa do Consumidor) e presidente da Consumers International. LUIZ FERNANDO MARREY MONCAU , 25, é advogado do Idec.’


Simone Cunha


Indiana diz que receptor de TV digital de R$ 250 é limitado


‘O receptor de TV digital fabricado pela Encore do Brasil, um dos modelos com preço na faixa de R$ 200, anunciada pelo Ministério das Comunicações, terá a capacidade máxima de resolução da TV digital: 1.080 linhas. ‘É um modelo que será acessível à baixa renda, às pessoas que vão continuar com sua TV de até 14 polegadas’, diz o presidente da Encore Tecnologia do Brasil, Jakson Sosa.


A empresa, que está fabricando o conversor no país, é uma joint venture entre a indiana Encore e o Comsat.


O equipamento custará R$ 250 e terá resolução de 320 por 480 linhas. Segundo Sosa, é um receptor de TV móvel -com a tecnologia OneSeg-, mais adequada para televisores de 3,5 a 7 polegadas. ‘Não é um receptor que vai atender toda a demanda necessária, mas por que alguém compraria um receptor de R$ 700 para ligar em um televisor de 18 polegadas?’


A redução de custos, segundo ele, será possível em razão do uso de softwares livres -como o Linux- no equipamento, além de outros componentes de preço mais baixo. ‘Essa configuração nasceu do computador de baixo custo.’


A empresa foi uma das fornecedoras do programa Um Computador Por Aluno, que distribuiu notebooks de baixo custo em escolas públicas do país.


Sosa diz que o primeiro lote de 10 mil conversores deve ser lançado ainda neste mês e será vendido por meio da televisão ou telemarketing.


Em um segundo estágio, e após analisar a demanda pelo equipamento, ele afirma que virá um segundo lote, com 100 mil equipamentos.


Por meio da assessoria de imprensa, o Ministério da Comunicações disse que reitera que ‘vai haver conversores no mercado a R$ 200’ e que o custo deles deve diminuir posteriormente. O órgão não especifica, no entanto, a resolução desse tipo de aparelho.


O ministério disse que não investiu na produção de receptores para a televisão digital, somente destinou quase R$ 6 milhões para o desenvolvimento do software que vai permitir a interatividade, o Ginga.


Popular


Sosa diz que a Encore pesquisou o mercado de conversores de resolução mais alta -de 1.080 linhas- e conseguiria ‘fabricar um ‘set top box’ [conversor para TV fixa] com custo entre R$ 400 e R$ 550’.


Na semana passada, o presidente da Eletros (Associação Nacional de Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos), Lourival Kiçula, disse que as fabricantes dos conversores para a TV digital lançariam o produto no mercado com custo entre R$ 700 e R$ 800.


A entidade diz que seus associados produzirão modelos de 1.080 linhas de resolução.


Ainda assim, Sosa diz que a Encore não pretende produzir outros modelos de conversores. ‘Achamos que a vida útil de um conversor será muito curta. As pessoas vão continuar usando os mesmos televisores, que não têm alta definição, com um conversor de maior qualidade.’


A falta de interesse da Encore em produzir outro modelo, segundo ele, vem do custo do aparelho, o que tornaria muito mais difíceis o ganho de escala e a redução do preço.


‘É o preço de uma televisão 21 ou 20 polegadas hoje em dia, e o consumidor não irá trocar.’’


MÍDIA & POLÍTICA
Folha de S. Paulo


Jucá nega ser sócio de rádio e TV em Roraima


‘O líder do governo no Senado, Romero Jucá (PMDB-RR), reagiu ontem à denúncia de que seria sócio oculto de uma rádio e uma TV em Boa Vista e chamou o deputado Márcio Junqueira (DEM-RR), autor das acusações, de ‘desqualificado’.


Segundo a revista ‘Veja’, Jucá é sócio oculto de uma rádio e um canal de TV em Roraima. A negociação teria sido feita por intermédio do apresentador Emílio Surita, irmão de Tereza Jucá, mulher do senador. ‘É a acusação de um desqualificado, meu adversário político, contra o qual eu movo vários processos’, disse Jucá, que prometeu apresentar documentos.’


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


El Che, Le Che


‘‘Interrompo o combate diário para me inclinar com respeito e gratidão ante o combatente excepcional que caiu num 8 de outubro, há 40 anos’, começou o texto de Fidel Castro sobre Che, ontem no ‘Granma’. ‘Foi uma flor arrancada prematuramente.’ A frase foi parar no ‘New York Times’, com o destaque de que hoje Che ‘é tanto uma ferramenta de marketing’ no capitalismo, vendendo até biquíni, ‘quanto um ícone de revolução socialista’. A reportagem se concentrou em sua filha. Reverente, o francês ‘Le Monde’ deu a manchete ‘Le Che, da revolução ao mito’, dizendo que ‘o personagem, suas mensagens e lutas seguem presentes nos espíritos, mesmo das jovens gerações’. Outros, como o ‘Washington Post’, com a Associated Press, ouviram e destacaram aqueles que o mataram.


LULA E O ENFRENTAMENTO


Nos despachos de AP e outras, ontem, a reação indireta de Lula às ameaças de Washington para aceitar a Rodada Doha. No ‘Café com o Presidente’, falou que, perto de ser o maior produtor de alimento, o país precisa ‘estar atento para fazer o enfrentamento político que deve ser feito’.


No portal Terra, o diplomata Rubens Barbosa, próximo à oposição, também questionou as ameaças veiculadas por ‘Financial Times’ e ‘Wall Street Journal’. ‘Eles [EUA] vão para os jornais… Nós é que temos que cobrar deles.’


DATA PARA NASCER


Segundo a chavista Agência Bolivariana, a espanhola Efe, a americana Bloomberg, sites sul-americanos tipo ‘Clarín’ etc., a ata de constituição do Banco do Sul foi ‘aprovada em nível ministerial’ no Rio, aliás, com ‘consenso total’, por Guido Mantega e seus pares de Argentina e outros.


Na Agência Brasil, contudo, a manchete era só ‘Banco do Sul tem data para nascer’, 3 de novembro. Logo abaixo, ‘mas não estão definidos o capital e cotas de cada país’.


ANTES, A VISITA


Artigo no ‘Miami Herald’ de ontem saudou, quase com entusiasmo, que a ‘América Latina vai pegando ritmo na economia’. Diz que os EUA ‘estão fazendo um intervalo’, enquanto Brasil e emergentes ‘dirigem’ a economia global.


E o secretário de Comércio dos EUA chega hoje. Ontem ele dizia, para as agências, ‘nossa visão do hemisfério ocidental’, as Américas, ‘é de crescimento e prosperidade’. E o propósito de sua visita é ‘fomentar mais cooperação’.


SEM TEMPO PARA LUCRAR


No destaque da Reuters, ‘os investidores até tentaram realizar lucros na Bovespa’, mas ela mal caiu e já saltou a novo recorde. Agora, com Petrobras ‘bem acima da Vale’.


Nada que ameace a gigante do minério, pelo destaque dado, da Bloomberg ao indiano ‘Economic Times’, para a previsão de que o consumo de aço vai crescer ainda mais em 2008. O ‘FT’ arriscou que ‘o tamanho da indústria do aço do Brasil deve mais que dobrar, na próxima década’.


EUA VS. CHINA


Segundo o ‘WSJ’, em longa reportagem, o secretário do Tesouro dos EUA, que antes sempre priorizou a China, ‘volta sua atenção’ agora para a Índia e a África do Sul, por pressão de seu Congresso. Ele deve visitar ambos -e, no segundo, vai até à reunião do G20, grupo dos emergentes.


CHINA VS. EUA


O MarketWatch, da Dow Jones, postou também longa reportagem para avisar que a China estuda reunir suas três bolsas de valores, em especial Hong Kong e Shanghai, para dar vazão ao poder crescente de seus próprios investidores. Na expressão do texto, com ironia, ‘Wall Street, cuidado’.


SOB BALA


‘Roda Viva’


O diretor José Padilha defendeu ‘Tropa de Elite’ dizendo que os policiais ‘fazem escolhas dentro das regras dadas’ e que ‘no filme as escolhas não se resolvem, porque elas não se resolvem na realidade’’


INTERNET
Folha de S. Paulo


AÇÃO DO GOOGLE PASSA DE US$ 600


‘Pela primeira vez, as ações do Google passaram da barreira dos US$ 600. Os papéis da empresa subiram 2,6%, valendo US$ 609,62. Com isso, o seu valor de mercado chegou a US$ 187 bilhões, valendo mais que empresas como Wal-Mart e Coca-Cola.’


TELECOMUNICAÇÕES
Folha de S. Paulo


TELE QUER META DE PRESTAÇÃO DE SERVIÇO DE BANDA LARGA


‘Às vésperas do início da discussão de renovação dos contratos de telefonia fixa -que começam em 2008- e com a queda do faturamento da telefonia tradicional, a Telefônica quer a inclusão da banda larga nas metas contratuais do setor. ‘Tem que haver uma mudança legal para que possamos investir em banda larga’, disse o presidente Antônio Carlos Valente. A banda larga deve levar um quarto do total previsto para telefonia fixa em 2007: R$ 500 milhões, chegando a 400 dos 645 municípios paulistas. Até junho, o número de linhas fixas da operadora caiu 2,5% em relação ao mesmo período de 2006, para 12,037 milhões. A banda larga aumentou o número de clientes em 31,5%, chegando a 1,81 milhão.’


TELEVISÃO
Daniel Castro


Diretores protestam contra a TV Cultura


‘Representantes de 13 diretores e produtores independentes de TV terão hoje à tarde uma reunião com o secretário de Estado da Cultura, João Sayad, para protestar contra o não recebimento de verbas prometidas pela TV Cultura.


As produtoras foram vencedoras do projeto ‘Janela do Brasil’. Cada uma receberia R$ 300 mil para fazer um documentário sobre a realidade brasileira. Na época, foi divulgado que a Secretaria da Cultura entraria com R$ 2,7 milhões, e a TV Cultura, com R$ 1,2 milhão.


As produtoras (entre elas a Mixer e a Bossa Nova) receberiam até este mês R$ 210 mil, para a produção, mas a Cultura as avisou que não tem esse dinheiro. Já comprometidos com locadoras de equipamentos e com datas de filmagens, cineastas estão tendo que colocar dinheiro do próprio bolso.


Um funcionário da TV disse às produtoras que a emissora recebeu em 2006 os R$ 2,7 milhões da Secretaria da Cultura, mas a verba teria sido ‘seqüestrada’ para pagar dívidas. A situação é tão crítica que a Cultura não pode receber recursos da Lei Rouanet (de incentivos fiscais) porque está sem certidão negativa de tributos federais.


A assessoria de imprensa da Cultura informou apenas que a emissora está ‘em negociação com as produtoras para o pagamento das parcelas atrasadas’, que faz gestões para voltar a captar via Lei Rouanet e negou o ‘seqüestro’ de verbas.


BOLA CHEIA A transmissão de São Paulo x Corinthians foi a maior audiência da Globo domingo, com 27 pontos (na Band, marcou 6,4). O ‘Fantástico’ ficou nos 24. Ou seja, a Globo foi ‘salva’ pelo futebol, que já teve dias melhores.


CÁLICE 1 Embora não seja ameaçada pelas concorrentes, a Globo vive uma situação inusitada. A ‘Santa Missa’ foi seu maior ‘share’ no final de semana _mais do que a novela das oito, que subiu na quinta e na sexta.


CÁLICE 2 A ‘Santa Missa’, celebrada em São Paulo pelo padre Marcelo Rossi, teve sete pontos de audiência e 59% de ‘share’ _ou seja, foi sintonizada por 59% dos televisores ligados no horário. O ‘share’ do futebol foi de 46% na Grande SP.


RECORDE 1 O Brasil terá sete finalistas no Emmy Internacional, o ‘Oscar’ da TV mundial (sem contar a americana), a ser disputado em 19 de novembro, em Nova York. É um recorde. No ano passado, foram cinco finalistas.


RECORDE 2 A Globo disputará com ‘Por Toda a Minha Vida’ (programa de arte), Lázaro Ramos (ator), Lilia Cabral (atriz), ‘Os Amadores’ (comédia) e ‘Antonia’ (minissérie). ‘Mothern’, produção da Mixer para o GNT, concorre em série dramática, e ‘O Menino Maluquinho’ (TVE), em programa infantil.


ROTINA Grande estréia do People+Arts, a minissérie ‘The Tudors’ entrou no ar anteontem com legendas duplicadas. O canal reprisa amanhã, às 21h.’


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