Wednesday, 09 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Jornais têm alta de 20% em receita publicitária

Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 27 de agosto de 2008


 


EM ALTA
Folha de S. Paulo


Receita publicitária de jornais cresce 20% no 1º semestre


‘A receita publicitária dos jornais atingiu R$ 1,6 bilhão no primeiro semestre de 2008, com crescimento de quase 20% em relação ao mesmo período do ano anterior. O número também permitiu que os jornais aumentassem sua participação no bolo publicitário do país, mesmo com o crescimento do mercado como um todo.


De acordo com o Projeto Inter-Meios, entre janeiro e junho deste ano, todos os meios de comunicação faturaram R$ 9,5 bilhões com publicidade, com crescimento de 16,3% sobre o mesmo período de 2007. Os jornais responderam por 17,2% desse total em 2008. No primeiro semestre de 2007, a participação ficou em 16,7%.


Segundo a ANJ (Associação Nacional dos Jornais), o aumento de participação num mercado já em alta deveu-se a estratégias bem-sucedidas do setor no momento de crescimento da economia. Entre elas estão preços competitivos para agências e anunciantes, formatos criativos de propagandas e crescimento da circulação, de 8,1% no primeiro semestre deste ano em comparação com igual período do ano passado, segundo o IVC (Instituto Verificador de Circulação).


Além disso, o crescimento dos mercados imobiliário e automotivo também impulsionaram os números recordes do setor e a tendência de alta já verificada em 2007.


Com a desaceleração do ritmo de crescimento previsto para o segundo semestre, a ANJ espera que, até o fim do ano, continue havendo incremento na receita, mas em percentuais menores. De acordo com a entidade, as empresas da área conseguiram recuperar o terreno perdido no início da década e têm aproveitado o bom momento para se fortalecer.


Outros setores da comunicação também apresentaram alta em suas receitas no primeiro semestre deste ano.


As TVs abertas viram seu faturamento com publicidade aumentar em quase 15% em relação ao primeiro semestre de 2007, atingindo R$ 5,6 bilhões entre janeiro e junho deste ano.


Com bases de comparação muito menores, TV paga e internet também tiveram forte crescimento. As TVs por assinatura elevaram suas receitas em 25,5%, chegando a R$ 312 milhões no período, ou 3,3% do bolo total. Já as empresas de internet cresceram 45%, indo a R$ 321 milhões (3,4% do total).’


 


 


EXPOSTOS
Candido Mendes


Enfim, nem excluídos, nem impunes


‘NA CELEBRAÇÃO de 60 anos da Declaração Universal dos Direitos Humanos, o Brasil vai ao pódio internacional dos avanços da democracia e da dignidade da pessoa.


Entre os progressos dos ditos freios e contrapesos entre os Poderes, nosso Conselho Nacional de Justiça permitiu, pela primeira vez, um controle do Judiciário, saído do antigo fortim de intocabilidades. Demoliram-se também, como melhor resultado da crise do mensalão, os privilégios de foro no julgamento de parlamentares e ministros. Mas, sobretudo, o poder de polícia deixou de parar na soleira dos gabinetes e brande as provas inequívocas da corrupção no ninho quente das CPIs e das tranqüilas absolvições finais dos acusados.


Todas essas conquistas só nos expõem, como contrapartida, aos novos e sofisticadíssimos atentados àqueles direitos típicos do mundo midiático e sua modernidade.


Aí está o crime de imagem, desde o arbítrio das algemas até o boato transformado em manchete e o abuso injusto no trato criminal entre o simples suspeito e o processado. Desaparece o direito à intimidade -reconhecido pela declaração de 1948- no país da sôfrega escuta telefônica. Não tem limites a ‘plugagem’, esgalhada na árvore de ligações feitas pelos investigados. Do uso da senha passa-se, na prática de uma quase inércia, ao da interceptação das conversas.


Os interrogatórios no Congresso Nacional no caso Satiagraha evidenciariam a pretensão do grampo universal e como, só agora, começa um repúdio nacional à passagem frouxa entre plugar e escutar.


Fere lá fora a nossa imagem democrática emergente esse índice, quase norte-coreano, de meio milhão de telefones nos ouvidos policiais. E, na sua seqüência, esse torvo tráfico emergente da violação à intimidade das pessoas, envolvendo, ao mesmo tempo, novo mercado de corrupção da Polícia e das próprias telefônicas.


Mais do que nunca -e ao mesmo tempo-, a Carta do dr. Ulysses se consagrou pelos institutos em que previu os perigos da civilização midiática, ligada ao condicionamento sem volta da opinião pública e à tirania dos dossiês inalcançáveis e da informação unilateral.


Institui-se em 1988 o habeas data, ao lado do habeas corpus, como resposta da pessoa à manipulação de seu informe e a um limbo permanente de ameaças e negociação de ameaças.


O dito Estado democrático de Direito, por outro lado, não pode se conformar com o fato consumado, sob os álibis de progresso, de massacres sub-reptícios à dignidade individual.


Entramos no século 21, cada vez mais, num mundo da subjetividade expropriada pela simulação virtual e pela ditadura da versão sobre a verdade. Fica, até hoje, como quase letra morta o direito de resposta, com que a Constituição de 1988 garantia o corretivo da falsidade da informação, ‘na rapidez e na intensidade do agravo’.


Esse texto pioneiro da Carta Cidadã é hoje repetido na Lei Fundamental de várias nações emergentes. Mas nos confrontamos, no país, com a resistência da mídia a desmentir-se ou penitenciar-se do abuso. E não temos, ainda, no Brasil, ao contrário do que ocorre nas nações escandinavas, a penalidade da multa enorme a desencorajar, de vez, o crime da imagem, incorrigível na televisão.


São ainda poucos os jornais que, pioneiramente, acolheram o instituto do ombudsman, e as agências de noticiário públicas tateiam, ainda incertas, entre o que é a neutralidade de informação que pede a democracia profunda e a propaganda governamental.


O progresso hoje internacionalmente reconhecido do país de Lula como democracia não o é mais, apenas, o que suprimiu os excluídos de todo o tempo atingidos pela miséria e pela fome. Mas também o que quer acabar com a impunidade dos de todo o sempre no regaço do ‘sabe com quem está falando?’ ou do ‘depois a gente vê’.


CANDIDO MENDES, 80, membro da Academia Brasileira de Letras e da Comissão de Justiça e Paz, é presidente do ‘senior Board’ do Conselho Internacional de Ciências Sociais da Unesco (Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura).’


 


 


PEQUIM 08
Ruy Castro


Mais a sério


‘RIO DE JANEIRO – Lula da Silva disse em seu programa ‘Café com o Presidente’ que considerou ‘razoável’ a participação do Brasil nos Jogos Olímpicos de Pequim. Foi a sua média entre a atuação da seleção masculina de futebol, que ele achou ‘frustrante’, e a da feminina, que chamou de ‘heróica’. Os outros esportes não lhe dizem respeito, mas, enquanto presidente, ele se sentiu instado a dar um caráter mais abrangente à fala do trono.


Daí, declarou que o Brasil precisa levar o esporte ‘mais a sério’. E exortou as prefeituras, os governos estaduais e as empresas a contribuir -imagina-se que em dinheiro- com potenciais atletas, para que o país possa ser representado por equipes mais competitivas. Na sua visão, se começarmos agora, os primeiros resultados já aparecerão em 2012 e, em 2016, estaremos ‘na ponta dos cascos’.


Como sempre, somos brindados com uma apreciação nebulosa. O Brasil precisa levar o esporte mais a sério -ou seja, o país é um garotão, boa gente, mas meio estróina e preguiçoso, que, em vez de acordar cedo para fazer ginástica, fica na rua até altas horas, jogando sinuca ou contando piada de papagaio. E, por isso, está sendo chamado às falas por um pai grave, severo, que sabe o que é melhor para ele.


Também para variar, esse pai adora transferir responsabilidades. As prefeituras, os governos estaduais e as empresas é que precisam adotar o esporte. O governo federal não entra nas cogitações presidenciais. Talvez porque, na visão dele, o Ministério da Educação já esteja cumprindo suas obrigações.


Resta saber por que, segundo dizem, apenas miseráveis 12% da rede escolar brasileira têm praça de esportes. Aos matriculados nos demais 88%, que aprendam pela TV como se pratica o taekwondo, a luta greco-romana, o badminton ou a marcha atlética.’


 


 


COMEMORAÇÃO
Folha de S. Paulo


Instituto celebra bicentenário da imprensa no país


‘O Instituto Histórico e Geográfico de São Paulo celebra hoje às 15h o bicentenário da imprensa no Brasil e o centenário da Associação Brasileira de Imprensa. O presidente da ABI, Maurício Azêdo, seu vice, Audálio Dantas, e o presidente da Fundação Padre Anchieta, Paulo Markun, receberão o colar do Bicentenário da Vinda da Família Real. O ombudsman da Folha, Carlos Eduardo Lins da Silva, receberá o diploma Bicentenário da Imprensa no país.’


 


 


TODA MÍDIA
Nelson de Sá


Índios ou fazendeiros


‘UOL, Globo.com, Radiobras já davam ontem ampla cobertura da reserva de Roraima. No UOL, o prefeito ‘arrozeiro’, que busca reeleição pelo DEM, chamou Ibama, Incra e Funai de ‘tridente do diabo’. Já o líder indígena mostrou ‘sinais de conflito’.


No G1, o ‘chefe dos macuxi’ prometeu ‘resistir até o último índio’. Na Agência Brasil, ameaças de mais ‘conflito após julgamento’. Na manchete do ‘Jornal da Band’, depois, ‘Na véspera, temor de confronto entre os índios e os fazendeiros’.


No exterior, ‘Guardian’, ‘Financial Times’ e outros traziam longas reportagens com avisos como ‘abrir a reserva devastaria os povos nativos’.


‘NOVA ERA’


Nos intervalos da televisão, novo comercial do governo Lula já promete uma ‘nova era de energia’, com gasoduto para todos.


E não foi diverso o tom, da britânica BBC à espanhola Efe, ao noticiarem ontem ‘a primeira plataforma semi-submersível construída inteiramente no Brasil’. No dizer do correspondente Gary Duffy, ‘como uma torre sobre a bela baía de Angra dos Reis, uma vasta plataforma está pronta para seguir ao mar’.


Às vésperas da primeira extração de petróleo do pré-sal, na semana que vem, as reportagens falaram sem parar das ‘gigantescas reservas do Atlântico’.


EMERGE, MAS…


O site de tecnologia CNET News.com, um dos principais dos EUA, postou ontem longa reportagem com foto e vídeo, prometendo mais hoje, sob a manchete ‘Brasil emerge em computadores pessoais, mas enfrenta desafios’.


Agora ‘inquestionavelmente forte como mercado para computadores, ainda é um lugar onde a pobreza é abundante’. Passou até a Alemanha em vendas, ‘mas tem milhões para os quais há necessidades mais básicas do que um novo computador’. Na foto acima e em relato no site, um jovem joga em Paraisópolis, ‘uma das favelas do Brasil’.


Por outro lado, na manchete da Folha Online, também ontem pela manhã, ‘Investimento publicitário na internet sobe 45% no primeiro semestre’.


NO RIO


‘Diferentemente de outros candidatos’, Eduardo Paes, que concorre com apoio do governador, declarou ao site Comunique-se que a mídia ‘tem feito um ótimo papel, uma cobertura justa, adequada’.


Já Marcelo Crivella, em entrevista dias antes, vê ‘uma perseguição um tanto implacável’, não por parte de toda a cobertura, mas de ‘um pequeno setor’.


PÓS-DOHA 1


No topo da busca de Brasil por Yahoo e Google e ecoando na BBC, ‘Brasil cobra US$ 4 bi em sanções aos EUA’, junto à OMC. Era notícia da AP, sem citar fonte. A representante comercial dos EUA promete defender os interesses do país ‘vigorosamente’.


PÓS-DOHA 2


Mas a maior novidade de Genebra é o questionamento da China pelos EUA, também ontem, sobre a legalidade dos subsídios chineses a trigo etc. Na avaliação da AP, a ação na OMC representaria ‘novas tensões entre os dois gigantes comerciais’.


60 CRIANÇAS


Em meio à convenção democrata, o ‘New York Times’ e o ‘Washington Post’ abriram enunciados, nas páginas iniciais, para ‘60 crianças entre mortos afegãos, descobre a ONU’. Na versão contida do ‘WP’, ‘Ataques aéreos dos EUA matam 90, diz ONU’. Foi na quinta.’


 


 


ELEIÇÕES NOS EUA
Sérgio Dávila


TV americana aposta em transmissão extenuante de encontro partidário


‘É uma mistura de ‘American Idol’, como satirizou a Fox News na segunda-feira, com ‘Oscar para gente feia’, para pegar emprestada a definição do humorista Craig Fergusson para o jantar dos correspondentes da Casa Branca.


Com 15 mil a 20 mil jornalistas em Denver e as principais emissoras noticiosas norte-americanas abrindo sua programação quase inteira para o evento, o grau de exposição da Convenção Democrata em 2008 atinge níveis inéditos.


Desde segunda-feira, CNN, Fox News e MSNBC vêm dedicando entre 18 e 20 horas por dia à cobertura de um evento que, a rigor, apresenta um discurso importante por noite, de cerca de meia hora, e uma segunda aparição de peso a cada dia, de duração semelhante.


Na segunda, os postos foram ocupados por Michelle Obama e pelo senador Ted Kennedy. Ontem, seria a vez de Hillary Clinton e do ex-governador da Virgínia Mark Warner. No resto do tempo, dá-lhe supervalorização de opinião ou de notícia desimportante.


Emissoras como a CNN investiram pesado no evento. Só para o discurso de Barack Obama, foi comprada uma câmera aérea de US$ 100 mil. Na entrada do complexo da convenção, fecharam um restaurante e o rebatizaram CNN Grill.


A audiência divulgada no final do dia de ontem mostra uma elevação do interesse em geral -embora tenha havido uma queda na TV aberta, que recebe o grosso da publicidade. No total, 21 milhões de pessoas assistiram ao discurso de Michelle Obama, ante 18 milhões que viram o de Bill Clinton em noite equivalente de 2004.’


 


 


TELECOMUNICAÇÕES
Elvira Lobato


Fazenda defende cobrar ponto extra na TV a cabo


‘O Ministério da Fazenda bateu de frente com a Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) em relação à cobrança do ponto extra na TV paga. A Seae (Secretaria de Acompanhamento Econômico) criticou o fim da cobrança proposto pela agência, se alinhando com as empresas privadas que atuam no setor. A Anatel não quis comentar.


É a segunda vez, neste mês, que a Fazenda discorda da Anatel. A primeira foi na consulta pública sobre a mudança do Plano Geral de Outorgas, para viabilizar a compra da Brasil Telecom pela Oi. Na ocasião, a Seae criticou a proposta de separação funcional entre os serviços de telefonia fixa e de banda larga, defendida pela Anatel, e ficou do lado das teles.


Para o órgão da Fazenda, o fim da cobrança do ponto extra na TV paga não traria nenhum benefício econômico ou concorrencial e seria potencialmente danoso, do ponto de vista social, porque os assinantes de menor renda, que têm apenas um televisor em casa, ‘‘subsidiarão os assinantes de maior renda’. O pressuposto é que os custos das empresas com os pontos extras serão diluídos por toda a base de assinantes.


Como da primeira vez, a manifestação da Seae foi assinada pelo coordenador-geral da área de Comunicação e Mídia, Marcelo Ramos. O texto está no site da Anatel, na consulta pública nº 29, sobre os direitos dos assinantes de TV paga.


Segundo a Seae, a cobrança pelo ponto extra é prática corrente em muitos países, e o Brasil é um dos que cobram preço mais alto (cerca de R$ 25 por mês), numa evidência da falta de competição. Ela dá como exemplos o Canadá (onde o serviço corresponde a R$ 7,50 por mês), EUA (R$ 8), Argentina (de R$ 3 a R$ 5), África do Sul (R$ 11,50) e França (R$ 24).


Segundo a Seae, no México, no Canadá e nos EUA, onde as operadoras de TV a cabo e telefonia competem com pacotes ‘triple play’ (telefonia, TV paga e internet), o valor do ponto extra é um terço do que se cobra no Brasil, mas a proibição de cobrança do ponto extra, por si só, não resolveria o problema.


Ao tentar proibir a cobrança do ponto extra de TV paga, a Anatel provocou protestos das companhias telefônicas -que já começam a oferecer televisão por assinatura-, dos programadores internacionais de canais pagos e até das indústrias de equipamentos eletrônicos, como a Motorola, a Cisco e a Nokia Siemens.


A Turner (programadora dos EUA) disse que as operadoras deixarão de oferecer o ponto extra. ‘‘O consumidor terá de contratar duas assinaturas para ter mais de um televisor com TV por assinatura em casa; haverá aumento do preço dos pacotes, em razão do repasse do aumento de custo. O consumidor final será o maior prejudicado’, afirma.


A Globosat também previu queda na audiência dos canais pagos e diminuição do investimento publicitário. Curiosa é a concordância circunstancial entre as teles e a ABTA (Associação Brasileira de Televisão por Assinatura). Adversárias ferrenhas em relação à entrada das teles no mercado de TV paga, ABTA, Telefônica e Oi defendem a cobrança extra.


Confusão


A cobrança do ponto extra deveria ter terminado em junho, com a entrada em vigor do Regulamento de Proteção e Defesa dos Direitos dos Assinantes dos Serviços de Televisão por Assinatura, aprovado em dezembro pela Anatel.


O texto deu margem a interpretações divergentes. A Anatel reconheceu que o texto era ambíguo e suspendeu a proibição da cobrança até a edição de novo regulamento. Em 26 de junho, a ABTA obteve liminar para manter a cobrança.


A Anatel colocou em consulta pública outra versão do regulamento, que mantém a proibição. Pela nova versão, as operadoras poderão cobrar só por ‘instalação’ e ‘reparo da rede interna e dos conversores/decodificadores de sinal ou equipamentos similares’. O prazo para encaminhamento de sugestões à Anatel terminou na segunda-feira. Segundo a agência, não há previsão de prazo para a divulgação do texto final.’


 


 


Separação de telefonia e banda larga é ‘retrógrada’, diz ministro


‘O ministro Hélio Costa (Comunicações) chamou de ‘retrógrada’ a proposta da Anatel (Agência Nacional de Telecomunicações) que obriga as companhias de telefonia fixa a criarem nova empresa para o serviço de banda larga. A separação é um dos pontos previstos na proposta do novo PGO (Plano Geral de Outorgas), em análise na agência.


As declarações do ministro convergem com a posição das teles, que se opõem à separação das empresas. Costa ressaltou que o governo não precisará levar a separação adiante mesmo se essa for a decisão da agência. Isso porque a Anatel fará apenas recomendação ao ministério, que elaborará relatório para que o presidente Luiz Inácio Lula da Silva então edite decreto sobre a matéria.


‘O ministério não tem obrigatoriamente de fazer aquilo que vem da Anatel, não é mandatório. A política pública quem faz é o ministério e o governo’, afirmou Costa. Para o ministro, a proposta iria ‘amarrar’ as empresas ao restringir suas áreas de atuação.


‘Precisamos ter empresas modernas, capazes de trabalhar numa nova visão da comunicação no mundo. Criar dificuldades para a empresa trabalhar? Proposta mais retrógrada.’ Hélio Costa defendeu ainda o fim da cobrança de mensalidade do ponto extra na TV por assinatura. Para ele, a decisão ‘já está tomada’.


‘Nossa posição é que a cobrança do ponto extra não é permitida. O que está em discussão é se as empresas de TV por assinatura podem cobrar a instalação do equipamento uma vez e pronto’, afirmou.’


 


 


OBITUÁRIO
Estêvão Bertoni


PJ, pioneiro do colunismo social no PI


‘No começo, havia Newton Brás, cujo nome, em si, não ficou conhecido. A coisa só deslanchou quando decidiu se chamar Paulo José (PJ), pseudônimo que popularizou via ondas do rádio e pelos jornais de Teresina (PI).


Fascinado por moda e vinho e observador irreverente das altas rodas da sociedade piauiense, começou a carreira de colunista social na década de 40. Foi um dos pioneiros da profissão no Estado. Por mais de quatro décadas, exerceu a atividade, até que surgiram colunistas mais novos, e PJ sentiu que perdia território.


Desiludiu-se, no início dos anos 80, quando deixaram de publicar sua coluna para dar lugar a um novato, como lembra um amigo.


Brincalhão, emplacou um estilo próprio de crônica social. Era um amante da noite e das festas. Organizador de concursos, envolveu-se o quanto pôde nas escolhas da miss Piauí. Tinha a tradição de indicar a vencedora.


Dedicava-se também aos Carnavais. Criava fantasias e levava para a avenida alas inteiras formadas só por ricos.


Funcionário aposentado do Ministério da Saúde, criou por 30 anos Francisca, a afilhada que cuidou dele nos últimos tempos.


Morreu no domingo, em Teresina, aos 82, de infarto, sem muito alarde. O colunista Nelito Marques, admirador do estilo do amigo, lembra que PJ morreu no esquecimento. ‘No Piauí, se saiu da mídia, perdeu o valor.’ Não deixou filhos.’


 


 


TELEVISÃO
Daniel Castro


Rapper deve ancorar reality show policial na Globo


‘Ligado ao AfroReggae, o rapper Marcello Silva é favorito ao posto de apresentador do reality show policial ‘Força-Tarefa’, que estréia na Globo em setembro. Silva fez teste anteontem e foi muito bem avaliado.


Co-realizado pela produtora independente Medialand, ‘Força-Tarefa’ vai mostrar os bastidores de ações policiais, de salvamentos dos bombeiros à invasão de favelas por tropas de elite, passando por operações em estádios. O protagonista é sempre um policial ‘heróico’.


Marcello Silva é apresentador do programa de rádio ‘Conexões Urbanas’. Também atua como mestre-de-cerimônias de eventos do AfroReggae.


A ONG nasceu no Rio, inicialmente como evento musical. Após a chacina de Vigário Geral, em 1993, na qual 21 pessoas morreram em uma ação policial extra-oficial, passou a atuar contra a intolerância em favelas. Em Minas Gerais, tem ligação muito forte com a polícia. O grupo leva pessoas vítimas de agressões de policiais para treinar PMs a serem menos agressivos.


Perguntado se não vê contradição em um rapper (normalmente, ‘inimigo’ da polícia) apresentar um programa policial, Marcello Silva diz desconhecer o conteúdo e o formato do ‘Força-Tarefa’. ‘Só sei que são resgates dos bombeiros e ações em que a polícia não usa arma’, afirma. Pelo piloto que a Medialand mostrou a emissoras de TV, não é bem assim.


INQUÉRITO


Com o fim da Olimpíada de Pequim, instalou-se um clima de CPI na Globo. A cúpula ainda procura explicações e responsabilidades pela perda dos direitos do Pan de 2011 para a Record. Seus principais executivos ficaram sabendo pela imprensa que a concorrente comprara competição.


BOICOTE


Setores mais radicais da Globo já defendem que a emissora passe a ignorar esportes olímpicos, como vôlei de praia e ginástica, já que a Record tem exclusividade de Londres-2012.


QUASE IMPOSSÍVEL


Zeca Camargo, do ‘Fantástico’, negocia uma entrevista com Madonna, que se apresenta no Brasil em dezembro. Até agora, não recebeu nenhum sinal de que isso poderá ocorrer.


DEGELO


A Record vai fazer uma pesquisa sobre qual dos esportes de inverno (como bobsled e hóquei no gelo) têm potencial de cair no gosto do brasileiro. A rede transmitirá, em 2010, os Jogos Olímpicos de Inverno de Vancouver (Canadá).


LOTERIA


Nos bastidores da Band, já se aposta sobre qual será a audiência do programa de Daniella Cicarelli, que passará para os sábados (22h), porque não deu certo aos domingos. Ninguém arrisca mais de dois pontos.


FONO


Piada na Globo: Grazi Massafera deveria contratar Maria do Céu (personagem de Deborah Secco) para tentar perder seu sotaque caipira. Em ‘A Favorita’, o sotaque de Céu desapareceu como numa mágica.’


 


 


Bruna Bittencourt


‘Project Runway’ recebe Sarah Jessica


‘Sarah Jessica Parker volta à TV, mas sem sua Carrie Brad-shaw. Vez ou outra, o reality show ‘Project Runway’ escala alguma celebridade ligada à moda para julgar os modelos criados por seus participantes.


Apresentado pela modelo Heidi Klum e com a respeitada escola de design Parsons (NY) como cenário, o programa promove uma disputa entre estilistas, que, ao fim do reality show, poderão exibir sua coleção na semana de moda nova-iorquina, entre outros prêmios.


No segundo episódio de sua quarta temporada, que o canal People and Arts exibe amanhã, o programa recebe Sarah Jessica, famosa também pelos modelos que exibia em ‘Sex and the City’, escolhidos pela figurinista Patricia Field, que já fez sua participação no reality show. Os candidatos criarão um modelo para a Bitten, coleção de roupas da atriz -atenta ao merchandising-, que participará da escolha do vencedor.


E só Madonna causaria mais comoção entre os designers do que ela.


Como qualquer outro reality show, o programa não dispensa as usuais picuinhas (ou alfinetadas) entre os participantes, mas caminha acima da média.


Depois de Sarah Jessica, é a vez de Victoria Beckham bancar a jurada no programa.


PROJECT RUNWAY


Quando: amanhã, às 21h


Onde: People & Arts


Classificação indicativa: não recomendado para menores de 14 anos’


 


 


INTERNET
Daniela Arrais


Escolas usam games e blogs para ensinar


‘O método de ensino tradicional, em que o professor explica e o aluno anota, perde espaço diante dos recursos da comunicação digital.


Para conseguirem a atenção das crianças, instituições de ensino se adaptam à realidade do seu público-alvo, acostumado, desde cedo, a ter acesso a ferramentas tecnológicas.


Desde o ano passado, alunos do sexto ao nono ano do Colégio Santa Maria, em SP, têm a opção de participar da oficina de criação de games, que é oferecida como atividade extra.


‘A gente desenvolve pequenos jogos para computador. A idéia é usar o interesse que o aluno já tem nesse tipo de atividade para desenvolver alguns conceitos importantes no sentido pedagógico’, afirma o professor de informática Muriel Vieira Rubens, 27.


‘Os alunos estudam conceitos de física, como velocidade e gravidade, para construir personagens. E, também, têm noções de arte, como sombra e luz, para construir cenários.’


Criador


‘Totalmente viciado em games’, como diz, Felipe Coutinho, 12, aluno do sétimo ano do Santa Maria, aproveitou a oficina para aprender a fazer jogos, e não apenas brincar com eles. ‘Criei um game de hóquei para a Olimpíada. Tive que fazer programações e aprender muito inglês, porque o programa estava nessa língua.’


O garoto tomou gosto pela atividade e já criou vários games de ação e corrida. ‘Dá para aprender muito, mais do que na sala de aula’, diz.


Estimulada pela professora Veronice Leal, 43, do quinto ano do Colégio Santa Maria, Isabella Perez, 10, resolveu criar um blog (www.isabellaperez.blogspot.com).


‘Coloco dicas de passeio, jogos, notícias, coisas que aprendo na escola. Acho legal ter blog porque você posta o que gosta, para todo mundo saber’, diz.


A professora Veronice usa a ferramenta (www.quintoanotarde.blogspot.com) para estimular o debate sobre assuntos tratados em sala de aula. ‘Os alunos acompanham melhor o que acontece, enviam dicas, exercitam a escrita. E os pais também sabem mais sobre o que os filhos estão aprendendo’, afirma.


Ao vivo


Para atender aos pais que nem sempre podem acompanhar os eventos de que os filhos participam, o Colégio Santo Américo, em SP, faz transmissões pela rede (www.colegiosantoamerico.com.br).


‘Com a TV on-line, pais que moram longe ou viajam muito podem acompanhar seus filhos. Na transmissão mais recente, tivemos pais que viram os filhos do México, da Guatemala, do Chile’, diz Rudolf Riederer, 61, gerente de tecnologia da informação do colégio.


Para Lucas Rojo Rodrigues, 15, aluno do Santo Américo, a transmissão é positiva porque divulga um trabalho, antes restrito à sala de aula, para todo o mundo.


‘Quando você debate e sabe que aquilo está na internet, presta mais atenção’, diz o estudante.’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 27 de agosto de 2008


 


TELECOMUNICAÇÕES
Leonardo Goy


Costa apóia teles contra Anatel e ataca exigência para banda larga


‘O ministro das Comunicações, Hélio Costa, fez ontem uma defesa aberta dos interesses das empresas de telecomunicações e chamou de ‘negócio retrógrado’ a exigência da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) às operadoras, de criarem uma estrutura empresarial à parte só para vender os serviços de banda larga. A exigência, admitiu Costa, deve ser derrubada pelo ministério.


A obrigação de criar uma empresa só para a banda larga consta da proposta do novo Plano Geral de Outorgas (PGO) que está em análise na Anatel. A reformulação do PGO é necessária para que seja concretizada a operação de compra da Brasil Telecom (BrT) pela Oi, já que o atual plano de outorgas proíbe a compra de uma concessionária por outra em áreas de atuação diferentes.


Depois de aprovado pelo conselho diretor da agência, o novo PGO será encaminhado ao Ministério das Comunicações, que poderá fazer modificações no texto antes de submetê-lo à Presidência da República. O novo PGO entrará em vigor por decreto assinado pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva.


‘O ministério não tem de fazer, obrigatoriamente, o que vem da Anatel. Até porque cabe ao ministério fazer a política das telecomunicações. Temos de analisar a separação (da banda larga) à luz da convergência (das tecnologias), e não amarrar e criar dificuldades para as empresas’, disse o ministro, mandando um claro recado sobre a intenção dele em relação à proposta da agência.


Além de representar mais um potencial embate entre Costa e a Anatel, a questão da separação da banda larga é polêmica até mesmo dentro da agência. A proposta de alterações do PGO foi colocada em audiência pública pela Anatel em junho. Mas, antes de o texto ser aprovado, o item da separação da empresa de banda larga dividiu o conselho diretor.


Dois dos quatro diretores eram favoráveis à medida e dois eram contrários, entre eles o presidente da Anatel, Ronaldo Sardenberg. Praticamente todas as empresas de telecomunicações estão contra a proposta da Anatel. As teles argumentam que a separação da banda larga vai gerar custos tributários adicionais, que terão de ser repassados às tarifas.


Há cerca de duas semanas, o presidente da Oi, Luiz Eduardo Falco, disse, em um seminário para discutir o novo plano de outorgas, que, se a separação for mesmo implementada, acarretaria um custo adicional, para a Oi, de R$ 3,5 bilhões até 2025. Ele destacou que o custo maior poderia provocar um reajuste de 10,5% nas tarifas dos serviços de banda larga no Rio de Janeiro.


Hélio Costa participou ontem da cerimônia de assinatura de contrato da Embratel com o Ministério das Comunicações para fornecer conexão via satélite para o programa do governo de internet gratuita, conhecido pela sigla Gesac.


MAIS POLÊMICA


A Secretaria de Acompanhamento Econômico (Seae) do Ministério da Fazenda é contra a proposta da Anatel de proibir as empresas de TV por assinatura de cobrar mensalidade adicional para o ponto extra de recepção de sinais. A Seae apresentou sua posição na consulta pública que a Anatel abriu para discutir a questão.


No texto enviado à Anatel, a Seae afirma que a gratuidade do ponto extra ‘não traz benefício econômico ou concorrencial, e é potencialmente danosa do ponto de vista social’.


Além disso, a secretaria recomenda que a Anatel torne ‘explicitamente permitida’ a cobrança de uma mensalidade pelo serviço de ponto extra e ‘tome medidas que estimulem a concorrência no setor como um todo, de modo que as forças de mercado alinhem o preço do ponto extra com seu custo marginal efetivo’.


Segundo a Seae, se a cobrança for mesmo eliminada, os preços dos pacotes de TV paga podem vir a ser reajustados. ‘Isso significa que os assinantes de menor renda, aqueles que, por terem apenas uma televisão, solicitam somente o ponto principal, subsidiarão os assinantes de maior renda.’ O ministro Hélio Costa, que defende o fim da cobrança para o ponto extra, disse ontem ter ficado surpreso com a posição da Seae.’


 


 


TECNOLOGIA
O Estado de S. Paulo


Celular sintoniza TV analógica


‘A fabricante de chips Telegent Systems anunciou ontem o lançamento no Brasil de celulares que conseguem sintonizar o sinal analógico da TV aberta. O chip da Telegent será usado num modelo produzido pela chinesa ZTE, que já foi homologado pela Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para uso no Brasil. Já existem no mercado aparelhos que sintonizam a TV digital – que só está disponível em São Paulo, Rio e Belo Horizonte.’


 


 


CINEMA
Márcia Vieira


Marco dos anos 60, cinema Paissandu pode fechar as portas. Ou ser tombado


‘Nenhum outro cinema brasileiro pode se orgulhar de ter ajudado a formar uma geração de cinéfilos. O Paissandu, inaugurado em dezembro de 1960 na zona sul do Rio, pode. No seu auge, entre 1965 e 1970, revelou cineastas em festivais e atraiu intelectuais e jovens estudantes. Lá se discutiam os longas de Jean-Luc Godard, François Truffaut e do cinema novo brasileiro. O Paissandu virou marco na luta contra a ditadura. Por isso, quando a diretora de exibição, Isabela Santiago, anunciou o fechamento do cinema por falta de patrocinador, cineastas e artistas se mobilizaram. Ontem, a Câmara dos Vereadores começou a discutir o pedido de tombamento do cinema.


O prefeito Cesar Maia gosta da idéia. ‘Apóio o tombamento e a limitação para que só possa ser usado como cinema. Mas se não houver um interessado, ele ficará fechado e o proprietário com facilidade derruba a lei.’ Hoje, um grupo de intelectuais se reúne na cinemateca do Museu de Arte Moderna para discutir o salvamento do que eles consideram um patrimônio cultural da cidade. ‘Vamos correr atrás de patrocinador.


‘Um cinema como o Paissandu não pode acabar para virar supermercado ou igreja evangélica’, reage o crítico de cinema Dejean Magno Pellegrin, amigo de Glauber Rocha, um dos símbolos da geração Paissandu.


O cinema pertence à família Valansi, que foi dona de oito salas na cidade. Em 1990, já dando prejuízo, o Paissandu foi arrendado ao grupo Estação, proprietário de outras 20 salas. ‘O Paissandu precisa de aporte financeiro. As salas precisam de manutenção. Ele não se sustenta. Ficamos tristes em fechar, mas não temos saída’, diz Isabela.


Há três anos, os Valansis pediram o imóvel de volta. O Estação negociou. Investiu R$ 100 mil para reformar a sala e atrair patrocínio. Não deu em nada. Agora, desistiu.


Max e Cláudio Valansi, que administram os negócios da família, não responderam aos pedidos de entrevista nem informaram o que pretendem fazer com o imóvel, caso não seja tombado. Um dos cinemas dos Valansi, em Copacabana, virou mercado de frutas. Outro, em Botafogo, foi vendido para uma grande rede de lojas.


De sexta a domingo, o Estação vai promover uma programação de clássicos no Paissandu, com ingressos a R$ 1. Será uma espécie de despedida. Mas há quem tenha esperança. ‘Já estamos conversando com um patrocinador. Vamos brigar pelo Paissandu’, afirma Dejean Pellegrin.’


 


 


TELEVISÃO
Cristina Padiglione


TV lidera foco isolado


‘A televisão ainda é, de todos os meios de comunicação eletrônicos, o que mais mobiliza a atenção da criança brasileira isoladamente (48,1%), sem combinação com nenhuma outra tarefa. E não falamos aí do pequeno cidadão médio, sem muitas opções tecnológicas, ao contrário. Fruto do mais recente levantamento do Cartoon Network sobre o comportamento do seu público, esse índice foi extraído de um estudo com gente que tem seu laptop, seu iPod e seu celular antes dos 10 anos.


Na ponta oposta à da TV, o computador aparece justamente como o meio mais acessado simultaneamente com outros recursos – como celular, música e até a própria TV.


O levantamento foi feito com base em 7 mil questionários respondidos pelo site do canal. Grupos de discussão e visitas a casas de pesquisados pavimentaram as conclusões, que abrangem meninos e meninas de 7 a 15 anos.


O trabalho sugere que as mulheres, desde cedo, superam os homens na habilidade de realizar mais de uma tarefa ao mesmo tempo, como baixar música no celular e transmitir foto pelo PC: entre as crianças multitarefas, elas representam 79%, contra 70% dos meninos.’


 


 


Etienne Jacintho


Legenda na Fox só virá no fim do ano


‘Quando o canal Fox decidiu dublar sua programação, a intenção era disponibilizar legendas e áudio original para que o assinante tivesse essa opção na TV digital – Sky, NET e TVA. O problema é que a tecnologia para a legendagem depende também das operadoras. A NET está em fase de testes, com parte das legendas na tela, mas estáticas. A previsão é que a legendagem esteja pronta até o fim do ano. A TVA testa, há meses, a tecnologia e coloca no ar legendas adiantadas em relação ao áudio original. A Sky já disponibiliza o sistema.’


 


 


 


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