Monday, 06 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Presidente da PCC recebe críticas do Parlamento

Christopher Meyer, presidente da Press Complaints Comission (PCC), órgão que fiscaliza a imprensa no Reino Unido, e ex-embaixador em Washington, foi acusado por membros do Parlamento de mentir sobre conversas em torno de seu controverso livro de memórias DC Confidential. Ele já havia sido acusado anteriormente de conflito de interesses, ao fazer acordos com os diários Daily Mail e Guardian para publicar capítulos do livro. Em uma sessão com um comitê da administração pública na quinta-feira (15/12), Meyer foi intimado a deixar seu cargo de presidente da PCC.

O membro do Parlamento Gordon Prentice acusou Meyer de mentir quando declarou que seu empregador, o Ministério de Relações Exteriores do Reino Unido, não o havia contactado sobre suas obrigações sobre o Ato de Segredos Oficiais, dispositivo antiterror que limita o direito de divulgação de dados considerados sensíveis ao governo. Meyer nega que tenha mentido e afirmou que funcionários públicos e ministros deveriam ser livres para publicar autobiografias. Ele insistiu que, ao receber uma carta do Gabinete de Ministros que dizia ‘que o governo não tinha comentários a fazer’, entendeu que o livro poderia ser publicado. ‘Eu interpretei como um sinal verde’, disse Meyer. No entanto, quando o membro do Parlamento Paul Flynn alegou que não era adequado que ele continuasse a ser presidente da PCC, Meyer considerou rever a acusação de possível conflito de interesses. Informações de Matthew Tempest [The Guardian, 15/12/05].