Onde muitos políticos e diplomatas falharam, Elmo, Cookie Monster e seus amigos da Vila Sésamo tentam triunfar: estão em uma missão para promover paz e tolerância entre crianças do Oriente Médio. Lançado há seis meses e bem recebido, em geral, por pais, educadores e a mídia, os bonecos também cultivaram críticos em Israel, Jordânia e Autoridade Palestina. Os produtores, segundo Gary Knell, presidente da Sesame Workshop, já sabiam que a aceitação de Elmo e sua turma ensinando crianças israelenses a respeitarem as palestinas e vice-versa, não seria unânime. O programa foi acusado de ser pró-palestino, pró-Israel e pró-Bush. ‘É um ambiente tenso e a imprensa reflete isso’, disse Knell. Ayman El Bardawil, diretor da Televisão Educativa al-Quds, de Ramallah, co-produtora da versão palestina, afirma que as crianças gostam. ‘O feedback está sendo muito positivo’. Com informações de Sasha Levy [The Hollywood Reporter, 22/3/04].
Governo saudita fecha sítio para público gay
Desde março deste ano, autoridades sauditas fecharam o sítio Gaymiddleeast.com, um veículo de notícias para a comunidade homossexual de 15 países do Oriente Médio. A organização Repórteres Sem Fronteiras [22/3/04] pediu para a Unidade de Serviço de Internet, agência responsável pela internet na Arábia Saudita, retirar o bloqueio a esse e a outros sítios similares. Em junho de 2003, o Gaymiddleeast.com já havia sido fechado pelo governo, mas um mês depois pôde voltar à ativa. O sítio é direcionado a notícias de perseguição a homossexuais e não possui nenhum conteúdo de natureza pornográfica. O homossexualismo é proibido da Arábia Saudita e está sujeito a prisão ou chicotadas. O governo saudita bloqueia o acesso a cerca de 400 mil sítios na internet, sob argumento de que a censura objetiva ‘proteger cidadãos de conteúdo ofensivo ou contrário a princípios da religião islâmica e de normas sociais’.