Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Jornais se unem na venda de anúncios online

As três maiores editoras de jornais dos EUA – Gannett, McClatchy e Tribune – planejam vender em conjunto espaços publicitários nos sítios de seus diários, na expectativa de lucrar com anúncios online de grandes anunciantes, como empresas telefônicas e automobilísticas. Assim, os anunciantes teriam que realizar apenas uma negociação para divulgar seus anúncios nos sítios dos jornais publicados pelas três editoras.


A parceria, chamada de ‘Rede Aberta’ (Open Network, em inglês), marca uma grande aposta para conseguir ter de volta os anunciantes que migraram para a rede, principalmente para os grandes portais. Atualmente, anunciantes nacionais optam por portais como Yahoo!, AOL ou MSN para comprar banners ou boxes. A competição é acirrada na rede. O Yahoo!, por exemplo, anunciou seus planos de trabalhar com sete outras editoras de jornais, em uma iniciativa semelhante de venda em conjunto de espaço publicitário.


Anunciantes nacionais


Cada uma das três editoras deve contribuir com 10% de seu espaço publicitário online para a Rede Aberta. O acordo, no entanto, ainda não foi finalizado. Se concretizada, a parceria ajudará a resolver o problema que os jornais têm de atrair anunciantes nacionais. Nas edições impressas, esta dificuldade ocorre principalmente devido ao alto valor dos anúncios, o que leva os grandes anunciantes a preferir a compra de comerciais em TV.


Segundo a PricewaterhouseCoopers, anunciantes nacionais são responsáveis por cerca de 75% da publicidade na rede. ‘Tradicionalmente, empresas de jornais não trabalham em conjunto para vender anúncios nacionais no impresso’, afirma Jack Williams, presidente da Gannett Digital. ‘Mas nós pretendemos vender anúncios online de modo diferente’. A tiragem dos jornais caiu nos principais diários americanos, na medida em que leitores migram para a rede. Embora os jornais estejam vendendo mais anúncios online, o crescimento não é rápido o suficiente para compensar as perdas nas edições impressas. Informações de Julia Angwin [The Wall Street Journal, 10/1/07].