Tuesday, 23 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1284

Lado pessoal

Assisto regularmente ao programa, transmitido aqui pela TVE/RS. É um dos melhores programas da TV no país, parabéns. Assistindo ao debate sobre o fim do ‘imbróglio’ Lula vs. NYT, achei curiosa a observação do jornalista alemão, representante dos correspondentes estrangeiros no Rio, de que o presidente teria levado a reportagem para o ‘lado pessoal’. Confesso que não entendi! Por qual lado temos que entender uma acusação de alcoolismo? O ‘erro’ do Lula foi, levado pelo lado pessoal, ter respondido como presidente. Mesmo se tratando de um anão da imprensa internacional, mesmo que a serviço do ‘correto’ NYT, o Lula cidadão deveria buscar na Justiça, com base na lei, possível reparação.

No episódio, vimos como nosso Judiciário, acionado por operoso senador, um dos que não viram urgência na MP dos Bingos, garantiu celeremente o direito do jornalista em questão. Nada como os holofotes para agilitar nossa Justiça.

Zenio Silva, administrador, Porto Alegre



Atitude omissa

Parabéns pelo excelente programa. Mas escrevo para tratar, mais uma vez, do caso da reportagem do NYT. De pronto digo que também não concordei com a resposta do governo contra a reportagem. Penso que poderia utilizar-se de outros mecanismos, inclusive judiciais, para combater uma reportagem mentirosa e que, para mim, visa, sim, desmoralizar o governo Lula perante a comunidade internacional. Não posso imaginar que algo venha dos EUA sem um objetivo definido. Embora o NYT, como foi muito falado no último programa, faça oposição ao governo Bush, os EUA e a imprensa norte-americana de um modo geral, incluindo o NYT possuem uma política muito clara contra Cuba e agora, Venezuela. É óbvio que existe interesse por parte dos EUA em descredenciar o Brasil perante a comunidade internacional, especialmente na América Latina, para deixar o caminho livre para os abutres, contra as duas únicas nações que não se submetem ao poderio norte-americano.

Um outro ponto que gostaria que fosse abordado pelo programa são as reportagens da Carta Capital sobre o trabalho do FBI no Brasil, a partir da entrevista do Carlos Costa (ex-chefe do FBI no Brasil), realizada em março. Foi escandaloso o silêncio da mídia diante de um fato tão sério. Penso que tão perigosa quanto a censura do Estado é esta censura dos próprios órgãos da imprensa. Por isso vejo que existe muito hipocrisia em nosso meio. A atitude do governo (que também considero equivocada e que se voltou contra o próprio governo) foi tomada como um sério atentado à liberdade de imprensa, mas a atitude omissa e desinformativa da imprensa acaba passando despercebida.

Luiz Gustavo Assad Rupp, advogado, Joinville, SC



Voltar a 64 é dose!

Seja como for, a liberdade de expressão jamais pode ser cerceada. Muito me admira o medo (medo, sim) da imprensa em comentar livremente a decisão de Lula contra o jornalista. Em ocasiões como essa, a classe deve se unir inteiramente, totalmente em defesa dos seus direitos, isso, se não quiserem perder de vez a sua liberdade de falar, o que considero trágico para todo país. Importante ter sempre em mente a simpatia de Lula por Fidel e dos seus correligionários, todos muito interessados em políticas ditatoriais, coisa que todos nós já reconhecemos como certa, a não ser que se queira tapar o sol com peneira. Atitudes devem ser tomadas antes do pior – depois de 64, voltar a ele, por causa de uma imprensa medrosa e negligente…é dose!

Glória Aguiar de Azevedo, historiadora, Rio de Janeiro



Chegaram quietinhos

Caros amigos, parabenizo toda a equipe pelo sexto aniversário do melhor programa jornalístico da televisão brasileira. Chegaram quietinhos e hoje são referência para todos os que prezam a qualidade na imprensa nacional. E para abrilhantar ainda mais a data foram vocês que em primeira mão – ao vivo – iniciaram o debate sobre a ofensiva do governo brasileiro à reportagem do jornaleco americano. Parabéns!

Fábio Corrêia Santana, empresário de Comunicação, Serra, ES