Tuesday, 30 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Jornalão propõe demissão voluntária de 30 funcionários

Na semana passada, o New York Times anunciou que está oferecendo pacotes de demissão voluntária para integrantes de sua redação. Enquanto o principal objetivo dos pacotes é cortar os custos com administradores e empregados não sindicalizados, a companhia também oferece a oportunidade para empregados que participam do Sindicato dos Jornalistas.

Em uma carta para a redação, a diretora executiva do NYTimes, Jill Abramson, diz esperar que 30 administradores não sindicalizados aceitem os pacotes. Ela enfatizou que o jornal tem procurado reduzir o maior número de despesas possíveis, como alugueis de escritórios nacionais e internacionais. No entanto, as contratações feitas pelo jornal nos últimos anos o ajudou a se tornar mais competitivo na plataforma online e fez com que suas redações voltassem a ter o mesmo tamanho que em 2003, cerca de 1150 pessoas.

Os empregados tem até o dia 24/1/13 para aceitar os pacotes. Jill apontou em sua carta que o departamento administrativo do jornal diminuiu seu número de empregados em mais de 60% nos últimos anos. Recentemente, também foi anunciado o oferecimento de pacotes de demissão voluntária para 30 empregados do departamento de publicidade.

A redação do jornal teve seu maior número de demissões em 2008, com a eliminação de 100 empregos através de pacotes similares. Jill pede que os empregados considerem se “aceitar esse pacote neste período de sua vida faz sentido”. “Espero que o corte de custos possa ser feito de maneira voluntária, sem demissão direta dos empregados”, complementa.

Nos EUA, toda a indústria de jornais está sofrendo com a queda de receita publicitária. O número de publicidade impressa de diversos jornais, como oNYTimes, o Boston Globe e o Herald Tribune, caiu em 10,9%. “Estes são tempos desafiadores”, diz o presidente do NYTimes Arthur Soulzberger Jr. “Enquanto nosso plano de assinaturas digitais está sendo bem sucedido, o mercado publicitário continua volátil e não há previsões de mudanças”. Informações de Christine Haughney [The New York Times, 03/12/12].