Tuesday, 30 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Carlos Coelho

‘O portal UOL, um dos maiores da internet brasileira, completa oito anos de vida nesta quarta-feira, dia 28. O site nasceu exatamente às 4h15 do dia 28 de abril de 1996, quando a internet se firmava no Brasil ainda em seus primeiros passos. A inauguração levou ao o serviço de Bate-papo, a edição diária da Folha de S. Paulo, arquivos da Folha, com cerca de 250 mil textos, reportagens do The New York Times traduzidas para o português, conteúdo da Folha da Tarde e do extinto jornal Notícias Populares, além de Classificados, Roteiros e Saúde e a revista IstoÉ.

Neste ano o portal passou por grande reformulação gráfica, com o objetivo de deixar os usuários a no máximo três cliques das informações que procuram, modelo buscado pela maioria dos grandes portais internacionais. Atualmente o site conta com dezenas de jornais nacionais, dez estrangeiros com reportagens traduzidas e mais de cem revistas. Segundo o UOL, o site possui hoje mais de sete milhões de páginas diferentes e conta com a colaboração de 692 parceiros de conteúdo e sites de 204 personalidades.’



Cidade Biz

‘Google pede aval à SEC para fazer IPO de até US$ 2,7 bilhões’, copyright Cidade Biz (www.cidadebiz.com.br), 29/04/04

‘O mais popular serviço de buscas da Internet, Google, encaminhou pedido ao orgão regulador do mercado acionário americano para uma oferta pública inicial de ações no valor de até 2,7 bilhões de dólares. A abertura de capital da empresa é uma das mais aguardadas pelo mercado de tecnologia dos Estados Unidos.

A companhia afirmou nesta quinta-feira que vai procurar ser listada na bolsa de tecnologia Nasdaq ou na New York Stock Exchange. O Morgan Stanley e o Credit Suisse First Boston são os bancos que lideram a operação.

No pedido encaminhado à Securities and Exchange Commission (SEC), o Google afirma que teve receita de 961,9 milhões de dólares e lucro líquido de 105,6 milhões de dólares em 2003. O faturamento com anúncios publicitários correspondeu a 95 por cento das vendas.

A companhia prevê investimentos de 250 milhões de dólares em 2004 e em março tinha ativos que correspondiam a 1,08 bilhão de dólares. As receitas no trimestre encerrado no mês passado somaram 389,6 milhões de dólares, com lucro líquido de 64 milhões de dólares, informou a empresa matando assim a curiosidade de seus rivais.’



O Globo

‘Gênios da rede revivem febre das pontocom’, copyright O Globo, 2/05/04

‘Universitários fascinados por computação criam uma empresa de internet altamente lucrativa e ficam bilionários depois de vender suas ações na Bolsa de Valores. Não, não são os anos 90. Larry Page e Sergey Brin, criadores do Google, estão reeditando a euforia das pontocom da última década, quatro anos após o estouro da bolha.

Page e Brin entraram, na última quinta-feira, com pedido na Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado americano) para fazer uma oferta pública inicial (IPO, na sigla em inglês) das ações do Google, o maior site de busca da internet. No pedido, eles estimam arrecadar US$ 2,7 bilhões com a IPO, que será feita por meio de um leilão online.

Com a IPO, o site predileto dos internautas chegará à maioridade. O Google recebe, diariamente, 200 milhões de pedidos de pesquisa. Nos Estados Unidos, 35% dos internautas pesquisam pelo Google e 30%, com o Yahoo!, seu principal concorrente. No mundo, essa proporção sobe para 43% e 31%, respectivamente.

Segundo o pedido, o Google está no azul desde 2001 e lucrou US$ 106 milhões ano passado, contra US$ 238 milhões do Yahoo! Só no primeiro trimestre deste ano o Google lucrou US$ 64 milhões, 148% a mais que no mesmo período de 2003.

Tudo começou em 1995, na Universidade de Stanford, onde Page e Brin criaram uma ferramenta de busca na internet como projeto de doutorado. Page tinha 24 anos e Brin, que deixara a Rússia aos 6 anos, 23. Era preciso um servidor rápido. Em vez de um supercomputador, longe do alcance de seus bolsos, eles juntaram vários computadores pessoais (PCs) para funcionar como um único servidor.

Em 1998 eles começaram a procurar alguém interessado em licenciar a ferramenta. Era o auge da febre das pontocom, mas a busca era considerada de pouca importância (este ano o setor deve crescer 70%).

Filosofia dos criadores do site é ‘Não faça o mal’

Page e Brin, então, decidiram criar sua própria empresa, batizada de Google Inc. Google é uma corruptela de googol , termo criado pelo matemático americano Milton Sirotta para representar o número 1 seguido de cem zeros. Para isso tiveram a ajuda de parentes e amigos, além de um cheque de US$ 100 mil doado de Andy Bechtolsheim, um dos fundadores da Sun Microsystems.

O Google, com eficiência e design minimalista, caiu rapidamente nas graças dos internautas. Com o aumento dos acessos, os anunciantes apareceram. O escritório ficou pequeno, então a empresa se mudou para Mountain View, na Califórnia, no complexo conhecido como Googleplex.

Em 2001 – quando o Google teve lucro pela primeira vez – Page e Brin resolveram assumir uma postura mais profissional. Chamaram Eric Schmidt, ex-Novell e Sun, para assumir o cargo de presidente da empresa. Pouco depois, Schmidt tornou-se diretor-executivo. Page hoje é diretor de Produtos e Brin, de Tecnologia. Mas continuam tomando as decisões cruciais e fazem questão de manter a liberdade de seus dois mil empregados, os Googlers.

Estes têm um dia livre na semana para se dedicarem a projetos pessoais. No site da empresa, há fotos de Googlers com filhos e até cachorros em suas salas. O chef do restaurante já cozinhou para a jurássica banda de rock The Grateful Dead. Os mimos incluem banheiros digitais de US$ 800, com regulagem de temperatura no assento.

Mesmo com a IPO, Page e Brin mantêm a filosofia pouco convencional do Google. Na carta à SEC, eles afirmam querer ‘tornar o Google uma instituição para fazer do mundo um lugar melhor’. Um dos instrumentos para isso é criar uma fundação, mencionada na carta, sem detalhes. E repetem o mantra: ‘Não faça o mal’.

Mas alguns analistas vêem a estrutura democrática do Google como um problema. Três cabeças pensam melhor que uma, mas demoram mais para tomar uma decisão, e tempo é crucial no mundo da internet. Um investidor disse à revista ‘BusinessWeek’ que Page, Brin e Schmidt lembravam mais ‘crianças brincando no parquinho’.’

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‘Google anuncia oferta de ações de US$ 2,7 bi’, copyright O Globo, 30/04/04

‘O Google – o mais popular serviço de buscas da internet – enviou pedido ontem à Securities and Exchange Commission (SEC, o órgão regulador do mercado acionário americano) para efetuar a oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês) no valor de até US$ 2,7 bilhões. A abertura de capital da empresa era uma das mais aguardadas operações pelo mercado de papéis de tecnologia dos Estados Unidos.

A companhia informou que vai tentar ser incluída na lista das empresas que têm seus papéis negociados na Nasdaq – a bolsa de tecnologia – ou na tradicional Bolsa de Valores de Nova York (Nyse), de Wall Street. O Morgan Stanley e o Crédit Suisse First Boston são os bancos que vão liderar a operação.

Ativos de US$ 1 bi devem motivar investidores

No pedido feito à SEC, o Google informa que em 2003 obteve receita de US$ 961,9 milhões e lucro líquido de US$ 105,6 milhões. O faturamento com anúncios correspondeu a 95% das vendas.

A companhia prevê investimentos de US$ 250 milhões em 2004 e, em março, tinha ativos equivalentes a US$ 1,08 bilhão. As receitas no trimestre passado somaram US$ 389,6 milhões, com lucro líquido de US$ 64 milhões. Analistas acreditam que esses números devem atiçar a procura pelos papéis do Google.’

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‘EUA fazem prisão baseada na nova lei ‘anti-spam’’, copyright O Globo, 30/04/04

‘Autoridades federais americanas iniciaram ontem os primeiros quatro processos criminais baseados na nova legislação anti-spam (e-mails não solicitados). Duas pessoas foram presas e outras duas estão foragidas. Na ação movida em Detroit (Michigan) – que está criando jurisprudência para esse tipo de delito – os documentos apresentados descrevem um quebra-cabeça quase insondável de identidades corporativas, contas bancárias e lojas virtuais.

Segundo a nova legislação, que entrou em vigor em janeiro, Daniel Lin, Mark Sadek, James Lin e Christopher Chung podem pegar até cinco anos de prisão. Além disso, os acusados enfrentam um processo por fraude postal, que pode levar a 20 anos de reclusão.

Empresa australiana também está sendo processada

Autoridades da Comissão Federal de Comércio (FTC, na sigla em inglês) disseram que o juiz do tribunal distrital dos EUA James F. Holderman congelou os ativos dessas operações. Segundo o órgão, até um restaurante servia de intermediário na distribuição dos produtos que eram aceitos por consumidores na rede.

A FTC anunciou ainda que está processando a empresa australiana Global Web Promotions – fabricante de um produto dietético – que teria contratado os acusados para fazer marketing via e-mail.

O órgão afirmou ter recebido mais de dez mil reclamações sobre e-mails não solicitados enviado pelos spammers processados.

– Os artistas da fraude que usam a internet para obter lucro devem ficar alertas – disse Jeffrey G. Collins, procurador em Detroit. – Agora, a lei federal transformou em crime o uso de esquemas fraudulentos para esconder a origem de mensagens não solicitadas.

Os acusados, por meio de sua empresa, Phoenix Avatar, ganhavam mais de US$ 100 mil por mês fazendo marketing via e-mails dos produtos dietéticos, disse o FTC.

Mais da metade do fluxo de e-mails hoje são ‘spams’

De acordo com a FTC, eles utilizavam os endereços eletrônicos de outros internautas para encobrir suas pistas, uma técnica conhecida como spooling . Usuários de e-mails desavisados têm suas caixas postais soterradas por mensagens sem endereço de retorno quando são vítimas de spoolers . Essa prática, na nova legislação anti-spam , é considerada crime.

‘Esse caso deve enviar uma forte advertência aos spammers de que estamos de olho neles e trabalhando unidos para impor a lei’, disse o presidente da FTC, Timothy Muris, em um comunicado.

Atualmente, as mensagens de spam representam mais da metade de todo o tráfego de correio eletrônico, de acordo com algumas estimativas. Daniel Lin, que ainda está foragido, é considerado um dos spammers mais ativos pelo grupo anti-spam Spamhus.

Em março, quatro dos principais provedores de e-mail dos EUA aproveitaram a nova legislação para processar centenas de spammers . Mas, nas ações, pediam apenas indenizações e não a prisão dos suspeitos.

Depois de deporem no Tribunal Distrital, Chung e Sadek foram soltos sob fiança. Segundo o advogado de Sadek, seu cliente está chocado com a ação das autoridades e alegará inocência no processo.’



Folha de S. Paulo

‘Google confirma que fará emissão de ações’, copyright Folha de S. Paulo, 29/04/04

‘O Google, o mais popular serviço de buscas na internet, confirmou que fará sua aguardada oferta pública inicial de ações (IPO, na sigla em inglês). Os papéis deverão ser negociados na Nasdaq ou na Bolsa de Nova York.

A empresa registrou o pedido de autorização para o IPO na SEC (Securities and Exchange Commission, órgão que fiscaliza o mercado financeiro dos EUA). A empresa espera levantar US$ 2,7 bilhões com a emissão de ações, o que deverá colocar o IPO entre os 15 maiores da história dos EUA.

A abertura de capital da empresa é a mais aguardada pelo mercado de tecnologia dos EUA em anos. Desde o estouro da bolha especulativa desse mercado, há três anos, nenhuma empresa significativa realizou oferta pública inicial de ações.

O Google tem sede em Mountain View, na Califórnia, Estado que concentra as companhias de informática. Como a Microsoft, foi fundado por dois colegas de faculdade. Larry Page e Sergey Brin criaram a empresa em 1998, em uma garagem, em Menlo Park, no Vale do Silício. Hoje, o Google emprega 2.000 pessoas.

Grandes empresas, como a Microsoft e o Yahoo, tentam desenvolver novos produtos para tentar alcançar a liderança tecnológica e de mercado do Google no que se refere a serviços de busca.

A empresa já havia informado que a emissão será feita sob orientação dos banco Morgan Stanley e Credit Suisse First Boston. Não foi marcada nenhuma data para o IPO, mas, para analistas, o processo ainda deve levar alguns meses. Não há informação também sobre o preço das ações.

No pedido encaminhado à SEC, o Google informa que teve receita de US$ 961,9 milhões e lucro líquido de US$ 105,6 milhões no ano passado. O faturamento com anúncios publicitários correspondeu a 95% da receita.

A companhia prevê investimentos de US$ 250 milhões neste ano. Ao final do mês passado, seus ativos valiam US$ 1,08 bilhão, de acordo com o último balanço divulgado.’

Manoel Fernandes


"IG nova fase", copyright IstoÉ Dinheiro, 5/05/04


"O provedor iG está mais próximo de ser uma subsidiária da operadora de telefonia Brasil Telecom. Na semana passada, a BRT fechou a compra do controle acionário do provedor após pagar cerca de US$ 40 milhões a dois fundos de investimentos americanos, o TH Lee e UBS. Com 52% das ações com direito a voto, a companhia deve fazer em breve uma oferta para adquirir outras participações nas mãos da sua concorrente Telemar, dos bancos de investimento Opportunity e GP, e de pequenos acionistas. ‘A cada dia o negócio de internet se parece mais com a telefonia’, diz o analista do Unibanco, Edigimar Maximiliano. Diante dessa nova realidade, o iG se distancia ainda mais do seu passado de internet gratuita e se aproxima mais dos modelos de serviços pagos como o UOL e o Terra. ‘é um caminho natural’, afirma Roberto Simões, que divide com Matinas Suzuki a direção da empresa.


Daqui em diante, o iG pretende se posicionar no mercado como um provedor que tem uma base de usuários gratuitos, mas cujo foco serão os serviços pagos. Essa nova estratégia vem sendo construída há dois anos e já em 2003 se revelou interessante. O faturamento chegou a R$ 183 milhões para um lucro de R$ 18 milhões. Para este ano, deve chegar aos R$ 234 milhões de receita e lucrar R$ 21 milhões. ‘Ao contrário que muitos pensavam nosso modelo de negócio sempre fez sentido’, afirma Matinas Suzuki.


Ainda esta semana, o iG anunciará ao mercado que é o líder em usuários ativos, aqueles que se conectaram pelo menos uma vez à rede nos últimos 90 dias, do Brasil e da América Latina. A informação faz parte do relatório do instituto americano de pesquisas PyramidResearch que será divulgado nesta quarta-feira 5. Nesse documento, o iG aparecerá com uma participação de 21%, tendo o Universo On Line como segundo colocado com 14% e o Terra com 13%. ‘Eles são um caso muito interessante e não poderíamos deixá-los de fora dessa primeira análise que fazemos na América Latina’, afirma Marc Einstein, analista da PyramidReserach.


Grátis é passado


Os serviços pagos são o alvo do iG


R$ 234 milhões de faturamento líquido em 2004


10 000 clientes no provedor que cobra por acesso


70 000 assinantes de banda larga."

Patrícia Cançado


"O Boni da web", copyright IstoÉ Dinheiro, 5/05/04


"O filho do executivo que criou o padrão Globo de qualidade quer repetir, na internet, o mesmo sucesso do pai na TV


Os estúdios da Rede Globo sempre foram o quintal da casa de Diogo, o terceiro dos quatro filhos de José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni. Era ali que ele passava as tardes, ora jogando videogame na sala do pai, ora observando os bastidores de gravação. Seria óbvio, então, que o garoto virasse diretor de TV. Não foi o que aconteceu. O seu negócio é internet. Diogo tem 25 anos, mas está na estrada digital há dez. Tudo começou de brincadeira, com sites para parentes. Depois evoluiu para consultor da Globo, cuidando dos chats e das transmissões pela internet de novelas e do Big Brother. Hoje ele é dono da DB4, empresa de eventos, promoção, design e internet criada há quatro anos com Fernando Queiroz, filho de um executivo do Grupo Sílvio Santos. Diogo quer promover na web a mesma revolução que seu pai fez na telinha. O seu plano: reality show pela internet. O rapaz está de olho nos 4 milhões de usuários que têm banda larga no Brasil. Fora do País, esse modelo já faz sucesso. Um bom exemplo é a transmissão on-line do desfile da grife Victoria Secret’s, que congestionou o tráfego na rede em 1999, com 1,5 milhão de acessos ao mesmo tempo. ‘A internet é pouco aproveitada no Brasil’, avalia Diogo, filho único do segundo casamento de Boni. ‘Um reality show nesse formato pode ser mais interativo. O espectador tem participação direta no programa.’


O herdeiro está disposto a lançar um programa do gênero a cada dois meses. Na última semana, discutiu o projeto com seu primeiro par-


ceiro: a Dial Brasil, holding dos empresários Alexandre Accioly e Luís Calainho que controla as rádios Paradiso e a filial carioca da Jovem Pan. Com essa turma, Diogo vai produzir dois reality shows. O primeiro será inspirado no ‘American Idol’, concurso musical cujo prêmio é a gravação de um álbum. O tema do segundo ainda é secreto. Cada um deve consumir R$ 500 mil. Se não conseguir patrocinador, o dinheiro sairá do caixa da sua DB4. O rapaz não revela o faturamento da empresa, mas o negócio rende dinheiro suficiente para pagar as despesas pessoais dos sócios – Diogo vive sozinho desde os 17 anos – e o salário dos seus 15 funcionários. ‘Eu não conto quanto ganho para o meu pai não achar que estou rico’, diverte-se.


Quem é quem no clã da TV


O pai – José Bonifácio de Oliveira Sobrinho, o Boni, homem forte da Globo até 1996.


Ano passado, inaugurou uma TV em São Paulo e colocou em nome dos filhos.


O irmão – J. B. de Oliveira, o Boninho, é diretor do Big Brother Brasil. O programa é um dos mais caros e ousados da Globo."