Sunday, 28 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Companhia americana recompra emissora tcheca

Seis anos após ter perdido no tapetão o controle sobre a primeira estação comercial de televisão da República Tcheca, a TV Nova, a Central European Media Enterprises, empresa americana vinculada à fortuna de Estée Lauder, do setor de cosméticos, voltou a comprar a emissora por US$ 642 milhões. Como reporta The Guardian [14/12/04], em 1999, a Central European começou a ter desavenças com seu sócio tcheco, Vladimir Zelezny, sobre quem controlava o que na TV Nova. Como se trata de um canal muito importante em seu país, o problema atingiu o governo, que acabou indenizando a empresa em US$ 353 milhões no ano passado. Agora, ela recomprou uma fatia das ações que lhe permite controlar a rede, que é a emissora privada com maior porcentagem de audiência nacional de toda Europa. O negócio é fundamental para a estratégia da companhia, que possui investimentos em televisão também na Romênia, Ucrânia, Eslováquia e Croácia, atingindo cerca de 85 milhões de pessoas no Leste Europeu.



Grupo vende jornal espanhol mais lido

A Pearson, companhia que publica o jornal econômico britânico Financial Times, anunciou a venda de sua fatia majoritária de ações no grupo Recoletos, segunda maior editora espanhola, por cerca de US$ 600 milhões, noticia The Guardian [14/10/04]. Um consórcio formado pelos administradores da companhia e um outro grupo de investidores locais assumirão o grupo, que publica o diário esportivo Marca, jornal mais lido na Espanha, além de controlar uma cadeia de jornais em língua espanhola nos EUA, e manter alguns outros investimentos na Argentina, no Chile e em Portugal. A presidente da Pearson, Marjorie Scardino, afirma que a venda da Recoletos se deve ao fato de que este braço da companhia já não se alinhava com sua estratégia editorial. A Pearson é, de fato, mais voltada ao jornalismo econômico, com a edição mundial do Financial Times e o jornal de negócios francês Les Echos. A negociação da Recoletos renova as especulações sobre a possível venda do Financial Times, que tem perdido leitores no Reino Unido, apesar de Marjorie já ter declarado que isso só aconteceria ‘sobre seu cadáver’.