Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Emissora suspende jornalista por caso com político

A estação de TV KVEA, afiliada da rede hispânica Telemundo, suspendeu a jornalista Mirthala Salinas enquanto investiga se seu romance com o prefeito de Los Angeles, Antonio Villaraigosa, teria violado a ética jornalística. O canal anunciou a investigação dois dias após Villaraigosa ter admitido publicamente que teve um caso com Mirthala durante cerca de um ano. A jornalista já cobriu o prefeito como repórter política, mas foi afastada do cargo há 11 meses, quando revelou à emissora sobre sua relação com ele. Hoje, ela trabalha como apresentadora. Há um mês, Mirthala noticiou que a mulher de Villaraigosa havia pedido o divórcio – na ocasião, o prefeito se recusou a dizer se havia tido um caso extraconjugal. A jornalista afirmou que irá cooperar com a investigação. ‘Estou confiante de que, quando todos os fatos forem analisados, ficará claro que eu agi de maneira apropriada’. Para Kelly McBride, do grupo de ética do instituto de estudos de jornalismo Poynter, na Flórida, a decisão da emissora, apesar de atrasada, foi correta. Ela defende que a Telemundo traga uma pessoa de fora para conduzir a investigação, que deve observar não apenas as matérias de Mirthala, mas também quem dentro da empresa sabia do caso e como estas pessoas agiram. Informações de Gary Gentile [AP, 5/7/07].

Acusada de prostituição libera telefones de clientes

Deborah Jeane Palfrey, acusada de manter uma rede de prostituição com clientes da elite de Washington, ofereceu o registro de números de telefone de seu serviço de acompanhantes à imprensa na semana passada, com a esperança de encontrar testemunhas que a ajudem com sua defesa no tribunal. Deborah, conhecida como ‘Madame D.C.’, responde a processo por acusações de extorsão e conspiração sob alegações de ter ganhado US$ 2 milhões operando uma rede de prostituição entre 1993 e 2006. Ela insiste que sua companhia fornecia apenas serviços de ‘fantasias sexuais’. No início do ano, a Madame pensou em vender seu gordo caderninho de telefones para conseguir dinheiro para sua defesa. Mas em março um juiz federal interditou temporariamente o documento. Na semana passada, a proibição foi revogada sob a justificativa de que os registros não fazem parte do caso do governo contra ela. Agora, Deborah oferece gratuitamente a lista de números – que pode conter registros de importantes figuras políticas americanas – para veículos de mídia. Os registros, entretanto, só contam com números, sem os nomes. ‘Será preciso um pequeno exército de peritos em tecnologia de computador e telefones para identificar a importância ou não dos números’, afirmou ela, em declaração. Para os interessados, há algumas condições, incluindo a de não publicar os números, repassá-los ou vendê-los. Informações de David Morgan [Reuters, 5/7/07].