Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Empresário quer comprar jornal da New York Times

O empresário Aaron Kushner se prepara para fazer uma oferta de mais de US$ 200 milhões pela compra do jornal americano Boston Globe, que pertence à New York Times Company. A notícia foi divulgada no fim da semana passada por uma pessoa que estaria envolvida na negociação. Kushner passou meses pesquisando o mercado e solicitando financiamento de executivos locais. A oferta formal pelo New England Media Group, divisão que inclui o Globe, o site Boston.com, o Worcester Telegram&Gazette e o Telegram.com, deve ser feita nas próximas semanas.

Em declaração, Kushner disse ter sido encorajado pela quantidade de apoio que está recebendo. “Estamos particularmente satisfeitos com o comprometimento do nosso crescente grupo de investidores à excelência continuada e expandida do jornalismo em Boston e Worcester. Quando tivermos tudo para não apenas comprar, mas enriquecer as instituições, vamos fazer uma oferta formal”. O empresário, que fundou uma companhia de internet e administrou a Marian Heath Greeting Cards Inc, não revelou quantos investidores juntaram-se a ele.

Um porta-voz da New York Times Company recusou-se a comentar o assunto. O grupo já havia tentado vender o New England Media Group e recebeu três ofertas em 2009. Entretanto, os papeis foram tirados do mercado assim que as condições financeiras da unidade começaram a melhorar. Dentre os envolvidos na possível oferta estariam o ex-editor do Globe, Ben Bradlee Jr., assim como Benjamin e Stephen Taylor, membros da família que foi proprietária do Globe por gerações antes de vendê-lo à Times Company por US$ 1,1 bilhão em 1993, e Chris Harte, ex-publisher do Akron Beacon Journal eMinneapolis Star Tribune.

O Globe, como outros jornais, está lutando para descobrir como fazer crescer os lucros na medida em que leitores e anunciantes migram para a internet. No primeiro trimestre do ano, os lucros no New England Media Group caíram 5%, para US$ 96,4 milhões. A empresa cortou substancialmente despesas por meio de reduções na equipe, concessões trabalhistas em relação a salários e benefícios, e aumento do preço. Informações de Casey Ross [The Globe, 29/4/11].