Um grupo armado não identificado invadiu no domingo, 6, a redação do diário mexicano El Buen Tono, na cidade de Córdoba , estado de Veracruz, destruiu computadors e ateou fogo no local. Pelo menos uma dúzia de homens armados e mascarados participaram da ação, que aconteceu logo após a meia-noite. Havia cerca de 20 funcionários dentro do prédio na hora do ataque, mas todos conseguiram escapar. O jornal foi lançado há um mês – e cobria política, notícias em geral e o crime organizado que tanto assusta a região.
As edições de domingo e segunda-feira não puderam ser publicadas, mas o diretor do jornal afirmou que ele continuará a funcionar. Os ataques a veículos e profissionais de imprensa estão se tornando cada vez mais frequentes em determinadas regiões do México dominadas pelos cartéis do narcotráfico.
Em maio, a redação do Vanguardia, maior e mais antigo jornal da cidade de Saltillo, foi atacada com uma granada. Em fevereiro, homens armados invadiram duas companhias de mídia em Torreón, destruíndo equipamentos e matando um funcionário. No ano passado, mais de uma dúzia de veículos de imprensa foram alvos de tiros ou explosivos.
Apenas no estado de Veracruz, quatro jornalistas foram assassinados este ano, e um continua desaparecido. De acordo com uma pesquisa do Comitê para a Proteção dos Jornalistas, o México é um dos lugares mais perigosos do mundo para a prática jornalística, por conta da violência causada pelo tráfico de drogas. Em setembro, a jornalista Elizabeth María Macías foi morta na cidade de Nuevo Laredo, seu cadáver abandonado em um parque e sua cabeça colocada sobre uma pedra com uma mensagem ameaçando os usuários de redes sociais – o bilhete a identificava pelo apelido que usava online. Informações do CPJ [7/11/11].
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