Sunday, 28 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Irã repreende autores de blogs

O Irã fechou o cerco a qualquer tentativa de liberdade de expressão. A bola da vez no ataque das autoridades é a internet. Em menos de dois meses, cinco autores de blogs foram presos no país. ‘O governo ataca agora os blogs, último bastião de liberdade em uma rede que experimenta um maior controle a cada dia’, protesta a organização Repórteres Sem Fronteiras [30/11/04]. Os três primeiros ‘blogueiros’ foram detidos em 29/10. O quarto, Mojtaba Saminejad, foi preso no início de novembro por escrever sobre a detenção de seus colegas em seu blog. Já Farid Modaressi, membro de uma organização estudantil, foi preso na semana passada por publicar na Rede artigos sobre os persistentes ataques de membros do movimento conservador na cidade de Qom. A repressão atinge também os sítios de notícias. Hoje, cinco jornalistas de internet – Mahboubeh Abbasgholizadeh, Fershteh Ghazi, Javad Gholam Tamayomi, Omid Memarian e Shahram Rafihzadeh – estão presos por contribuírem com sítios pró-reforma.



Emissoras rejeitam anúncio sobre tolerância

A United Church of Christ, uma das mais liberais congregações cristãs dos EUA, acusou as redes CBS e NBC de rejeitarem um anúncio sobre tolerância por temerem reações hostis de grupos conservadores. O comercial, que começou a ser veiculado na semana passada, mostra dois leões-de-chácara na porta de uma igreja. Eles deixam apenas algumas pessoas, todas brancas, entrarem; barram uma jovem negra, um homem hispânico e dois homens juntos, que podem ser interpretados como um casal homossexual. A palavra ‘gay’ não é usada em nenhum momento. No fim, aparece a mensagem ‘Jesus não virou às costas para as pessoas, e nós também não’, e é mostrado um grupo de pessoas diferentes entre si – entre elas estão duas jovens abraçadas. O reverendo John H. Thomas, presidente da congregação, afirma que houve censura. As emissoras acusadas dizem que rejeitaram o anúncio pelo mesmo motivo que já rejeitaram inúmeros anúncios: não permitem propaganda de defesa de causas. As informações são de Bill Carter e Neela Banerjee [The New York Times, 2/12/04].