O assassino confesso da correspondente de TV Atwar Bahjat foi preso esta semana no Iraque. Atwar foi sequestrada e morta em fevereiro de 2006, junto com sua equipe, quando cobria um atentado a um templo xiita na cidade de Samarra – que impulsionou um conflito sectário no país nos anos seguintes.
O porta-voz das forças de segurança de Bagdá, Qassim al-Moussawi, afirmou que há alguns dias Yasser Mohammed al-Takni e seus dois irmãos, Mahmoud e Ghazwan, foram presos no distrito sul de Dora. Em uma confissão gravada e televisionada, Takni descreveu como ele, seus irmãos e o motorista Nomam Hussein sequestraram a jornalista, o cinegrafista Adnan Abdallah e o técnico do som Khaled Mohsen. A equipe trabalhava para a emissora al-Arabiya, com sede em Dubai. Todos foram assassinados. ‘Prendemos eles e os levamos no carro para uma área chamada Hawi’, revelou o assassino. ‘Peguei minha arma e tirei-a do carro, atirando duas vezes nela [Atwar], uma na cabeça e outra aqui [no pescoço]. Pegamos as câmeras e identidades e saímos’.
Inicialmente, o governo iraquiano havia acusado um homem diferente pelo assassinato de Atwar. Takni confessou, ainda, que estuprou a jornalista antes de matá-la. Seus dois irmãos teriam assassinado o cinegrafista e o técnico de som enquanto ele violentava a repórter. Takni pertencia ao grupo militante iraquiano por trás do atentado do escritório da ONU no Iraque, em 2003, e chegou a ser preso duas vezes por forças americanas, em 2003 e 2006.
A prisão de Takni foi elogiada pela emissora onde a jornalista trabalhava. ‘Apreciamos os esforços dos investigadores iraquianos e vamos seguir atentamente o julgamento, que esperamos que detenha aqueles que atacam jornalistas’, declarou Nasser Sarami, porta-voz da al-Arabiya. Informações de Yara Bayoumy [Reuters, 5/8/09] e Ammar Karin [APF, 5/8/09].