Monday, 14 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1309

Redes sociais nos tornam mais sociáveis, diz estudo

O rápido crescimento do Facebook, que já tem mais de 500 milhões de usuários em todo o mundo, levantou dúvidas sobre seus possíveis efeitos negativos. Pesquisadores da Universidade do Texas decidiram então estudar o tema, e chegaram à conclusão de que as redes sociais não enfraquecem laços pessoais, mas sim os reforça de maneiras únicas em diferentes faixas etárias. ‘Nossas descobertas sugerem que o Facebook não está substituindo as interações pessoais entre amigos, familiares e colegas de trabalho’, diz S. Craig Watkins, professor-associado de rádio, TV e cinema, que liderou a pesquisa. ‘Acreditamos que haja evidências suficientes de que a mídia social proporciona oportunidades para novas expressões de amizades, intimidade e participação’.


Os pesquisadores entrevistaram 900 universitários e recém-formados sobre como e com quem interagem no Facebook. Mais de 60% dos usuários do Facebook disseram que o que mais fazem é atualizar seu status; seguidos por 60% dos que escrevem comentários em seus perfis e 49% dos que postam mensagens e comentários nos perfis de amigos.


Embora o mesmo número de mulheres e homens usem o Facebook, eles o fazem de modos diferentes. ‘Há uma diferença significativa em como se usam ferramentas como o Facebook. Descobrimos que para mulheres o conteúdo tende a ser mais afetuoso e elas têm mais interesse em usá-los para conexão. Já para os homens, é algo mais funcional’, afirma Watkins. Ele explicou, ainda, que as mulheres postam mais fotos de reuniões com amigos, enquanto homens postam mais fotos de hobbies ou relacionados a cultura e política.


A pesquisa também revelou que o uso crescente do Facebook traz desafios adicionais para jovens, que são forçados a adaptar seu comportamento para diversos grupos sociais. ‘O Facebook reúne nossas diferentes redes sociais. Nos apresentamos de maneiras diferentes para familiares, amigos e colegas de trabalho. O engajamento no Facebook não é uniforme’. Informações de Bernd Debusmann Jr. [Reuters, 23/11/10].