Wednesday, 01 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Reportagem provoca crise no governo americano


Leia abaixo a seleção de quarta-feira para a seção Entre Aspas.


 


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Folha de S. Paulo


Quarta-feira, 23 de junho de 2010


 


EUA


Andrea Murta


Críticas de general abrem crise nos EUA


‘Stanley McChrystal, general que comanda as forças dos EUA no Afeganistão, foi chamado a Washington ontem após ele e sua equipe lançarem insultos que vão de ‘intimidado’ a ‘palhaço’ ao presidente Barack Obama e a altos membros do governo.


Os comentários foram feitos a um repórter da revista ‘Rolling Stone’ que passou meses com a equipe de McChrystal. O texto causou furor imediato ao ser publicado no site da revista e circular em Washington. Segundo a mídia local, o general pôs o cargo à disposição.


O episódio mancha a imagem do esforço americano em um momento particularmente difícil da guerra no Afeganistão.


O número de soldados americanos mortos desde 2001 passou recentemente de mil. Uma operação classificada como crítica (a tomada de Candahar) foi adiada. E há rumores de que a retirada das tropas, marcada para começar em um ano, pode ser mais lenta do que o previsto.


Na reportagem, o vice-presidente Joe Biden é alvo de um dos comentários mais ofensivos. Um assessor faz um trocadilho chamando-o de ‘Bite Me [algo como ‘não enche’]’. McChrystal ri.


O grupo também diz que o general Jim Jones, assessor de Segurança Nacional, ‘é um palhaço preso em 1985’, e o general afirma que não quer nem ver e-mails de Richard Holbrooke, enviado da Casa Branca para Afeganistão e Paquistão.


Obama, que segundo fontes foi descrito por McChrystal como despreparado, ‘desconfortável e intimidado’, ficou furioso, mas ainda não decidiu se aceitará a renúncia do general.


‘Todas as opções estão na mesa’, disse o porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs.


HISTÓRICO


Não é a primeira vez que McChrystal é convocado para se explicar ao presidente.


Ele já foi repreendido após dizer que a visão de Biden para o Afeganistão transformaria o país no ‘Caosistão’.


Obama terá dois encontros com McChrystal hoje, um deles em particular. Mas o presidente disse que ‘qualquer decisão será determinada inteiramente’ por questões estratégicas. ‘Nosso foco está no sucesso da guerra.’


O secretário da Defesa, Robert Gates, disse em nota que McChrystal cometeu ‘um erro significativo’ e que as tropas não precisam ‘desse tipo de distração’.


Além dos insultos aos líderes políticos, a reportagem da ‘Rolling Stone’ apresenta também uma visão pessimista sobre a situação no Afeganistão, considerada a ‘guerra de Obama’ -pouco após assumir, o presidente deslocou do Iraque para o país o principal eixo das preocupações militares americanas.


Há várias críticas à estratégia de contrainsurgência de McChrystal.


A estratégia exige alto número de soldados, não só para derrotar o inimigo, mas para viver entre a população e reconstruir um governo viável. Na prática, há uma expansão do papel das Forças Armadas a áreas tradicionalmente da diplomacia, Num esforço de prazo indefinido.


O analista Robert Dreyfuss diz que está mais do que na hora de o general ser demitido. À Folha ele disse: ‘Não é que ele seja incompetente, é que sua estratégia é insana’.


Outros comentaristas dizem que não há boa saída.


‘Obama pode demitir McChrystal e dar a impressão de que perdeu o controle da guerra, ou mantê-lo e dar a impressão de que perdeu o controle de seus generais’, disse o apresentador da MSNBC Chris Matthews.


Um dos poucos a defender o general foi o controverso presidente afegão Hamid Karzai, que disse que ele ‘é o melhor comandante que os EUA enviaram [ao país]’.’


 


 


Artigo só foi possível por vulcão


‘Foi apenas graças à erupção do vulcão islandês Eyjafjallajokull, em abril, que o repórter da ‘Rolling Stone’ Michael Hastings conseguiu acesso prolongado a McChrystal. Ele acompanhava o general e sua equipe quando as cinzas impediram a decolagem de um voo, e todos foram de ônibus de Berlim a Paris.’


 


 


COPA


Fernando de Barros e Silva


Subdunguismo na rede


‘Entre a velha promiscuidade da CBF com a Globo e a truculência de Dunga no trato com os jornalistas, a escolha é muito simples: criticar as duas.


O monopólio do acesso à seleção, derivado da audiência e obtido durante várias Copas pela Globo, fez fermentar uma cultura bocó e nociva, na qual as fronteiras entre jornalismo verde-amarelo e negócios nem sempre foram claras. Isso, é bom destacar, a despeito da seriedade e da qualidade de muitos profissionais que atuam na emissora.


Até mesmo num assunto tão sério como o futebol, a sociedade ganha quando há pluralismo, opções de escolha, debate, divergências -enfim, imprensa independente.


Quando se volta contra profissionais da Globo, Dunga não está preocupado com o direito à informação desimpedida. Isso não existe no seu horizonte. Ele não aceita, não tolera e não perdoa a crítica. E exibe isso com um grau de franqueza que deve incomodar o espírito de compadrio & cia. que rege a CBF.


Dunga é uma figura tosca e autoritária. Naquela instrutiva entrevista que concedeu ao convocar a seleção, disse que não poderia avaliar se a ditadura brasileira foi boa ou ruim: ‘Só quem viveu é que pode nos dar a resposta’. Não satisfeito, foi mais longe: ‘É a mesma coisa sobre a época da escravidão. Eu não vivi, como é que vou dizer -ah, era ruim, era bom, não sei’.


Depois da história, a moral e cívica; depois da teoria, a aula prática: na sua recente coletiva, o ‘professor’ primeiro interpelou de forma intimidatória o repórter da SporTV que havia balançado negativamente a cabeça -’algum problema?’. A seguir, o insultou com palavrões em voz baixa, repetidas vezes.


Foi o que bastou para que o assunto invadisse a seara política. Na blogosfera, militantes do PT e da candidatura Dilma Rousseff transformaram o técnico em herói da resistência antiglobal. Espalhou-se na rede um subdunguismo eleitoral. Soa como um sintoma -como dizer?- de fascismo democrático.’


 


 


COPA


Juca Kfouri


A crença de Kaká


‘QUANDO AQUI se informou que Kaká estava com mais problemas no púbis do que se tem noticiado, foi dito na abertura da coluna que ele desmentiria.


Quarenta anos nesta estrada ensinam qualquer jornalista a conviver com desmentidos e com a confirmação adiante do que se desmentiu.


Mais ou menos, só para citar caso recente, como aconteceu em relação à exclusão do Morumbi da Copa de 2014.


E Kaká desmentiu. Desmentiu enfiando Jesus Cristo onde Jesus Cristo não foi chamado.


Ele atribuiu a informação que dei, com pena e preocupação em um texto que era só de elogios à sua atuação contra a Costa do Marfim, ao fato de persegui-lo por sua fé.


Está redondamente enganado. Nada tenho contra a fé de ninguém, até por não ter fé alguma e querer que não me incomodem por isso.


Apenas critico a propaganda religiosa desmedida que alguns jogadores da seleção brasileira, Kaká entre eles, fazem dentro de campo, a ponto de a Fifa tê-la proibido.


Se Kaká acredita na bispa Sônia e em seu marido, é problema dele, e tomara que amanhã isso não lhe traga dificuldades com a Justiça daqui e dos Estados Unidos, como ontem aconteceu com os dois.


Quanto ao que interessa mesmo, qual seja, o problema no púbis, Kaká reconheceu que sente dores, embora não na região. E caiu em duas contradições em seguida.


A primeira em relação ao que disse logo depois da Copa de 2006, na Alemanha, ao atribuir sua má atuação às dores que sentia e ao prometer que jamais voltaria a fazer tal sacrifício.


Pois está fazendo. E até merece elogios por isso.


A segunda, mais grave, ele cometeu ao responder que era delicada a questão de ele vir ou não a ser operado do púbis depois da Copa, porque os médicos divergiam sobre a questão.


Ora, mas se ele nada tem no púbis, por que a discussão, que divergência seria esta?


Kaká, enfim, confundiu alhos com bugalhos. E deve reconhecer que seus problemas físicos são tão evidentes que ele não teve como retribuir ao Real Madrid os R$ 180 milhões nele investidos, dinheiro, aliás, enviado ‘pelo Senhor’, pelo menos segundo disse, à época da transação, a pastora Caroline, mulher do camisa 10 da seleção.’


 


 


Eduardo Arruda, Martín Fernandez, Paulo Cobos E Sérgio Rangel


Príncipe valente


‘O meia-atacante Kaká decidiu ontem falar grosso. Único liberado por Dunga para participar da entrevista coletiva, ele defendeu o técnico, disse que os atletas da seleção não têm ‘sangue de barata’ e censurou veladamente o atacante Robinho.


Fora da partida contra Portugal, na sexta-feira, em Durban, por causa do cartão vermelho recebido contra a Costa do Marfim, o jogador do Real Madrid surpreendeu pela dureza do discurso.


Embora tenha dito que vai se ‘policiar’ para não ser expulso mais uma vez na Copa, o meia-atacante afirmou que não evitará as divididas com os atletas dos times rivais durante este Mundial.


‘Apesar de o grupo ser tranquilo, ninguém tem sangue de barata. Em campo, vocês viram o que aconteceu. Em nenhum momento, a seleção foi desonesta ou desrespeitou o adversário.’


Principal dúvida de Dunga na competição por causa da série de lesões sofridas na última temporada, Kaká afirmou que a imprensa nunca viu atletas da seleção serem violentos. ‘E nem vão ver a seleção retroceder em um confronto físico com divididas’, disse o jogador.


Ele disse que não mereceu o cartão vermelho. ‘Não aconteceu nada. Se eu tivesse tido atitude irresponsável, eu chegaria aqui e pediria desculpas. Joguei uma partida normal e que acabou com a minha expulsão.’


Ele foi punido ao trocar entradas duras no jogo de domingo -a expulsão foi aos 43min da etapa final. O segundo amarelo foi dado pelo juiz Stephane Lannoy após encontrão dado por Kaká em Keita. Tocou no peito, o rival caiu com a mão no rosto.


CONTADOR DE PIADAS


Em seguida, Kaká defendeu Dunga, que tem relação conflituosa com os jornalistas. No domingo, o técnico proferiu palavrões na entrevista após a vitória de 3 a 1.


‘Na concentração com a gente, ele brinca, conta piada. É tranquilo em relação ao grupo’, disse. Segundo ele, Dunga sofreu muito com críticas ao longo da carreira.


Eleito melhor jogador do mundo pela Fifa em 2007, Kaká contou que foi favorável à decisão do treinador de restringir o acesso dos jogadores aos jornalistas. ‘Juntos, de uma forma coletiva, decidimos que seria feito assim, com entrevistas coletivas diárias e um contato maior só depois dos jogos.’


Robinho foi o único que violou a norma. Ele deu entrevista à Globo e foi censurado pelos colegas. No dia seguinte, foi obrigado a pedir desculpas ao time. Robinho nega que exista esse pacto.’


 


 


Jogador se diz perseguido por causa da religião


‘Kaká negou ontem ter dores decorrentes de lesão no púbis, mas considerou a possibilidade de passar por cirurgia no local após a Copa.


‘Muitos médicos não aconselham e é uma coisa que terá de ser analisada profundamente após a Copa’, disse ele, que teve sua temporada comprometida no Real Madrid pelo problema.


Pouco antes, Kaká respondeu, irritado, a uma pergunta do repórter da ESPN Brasil André Kfouri -filho do colunista da Folha Juca Kfouri- sobre sentir ou não dores.


‘Há algum tempo os canhões do seu pai são disparados contra mim. As críticas que ele vem fazendo não são profissionais, mas porque ele não aceita minha religião. Porque eu sou uma pessoa que segue Jesus Cristo. Eu o respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como alguém que professa a fé em Jesus Cristo’, disse Kaká.


Em sua coluna anteontem, Juca escreveu que o atleta sofre com o problema e que, segundo médicos ouvidos por ele, poderia encerrar a carreira prematuramente.


Em seu blog no UOL, Juca negou crítica ao atleta por ele ser evangélico e que só não concorda com o ‘marketing religioso’.’


 


 


Técnicos superpoderosos viram vedetes nesta Copa


‘Ricos, poderosos e prato principal para milhares de jornalistas. Na Copa do Mundo, os antes coadjuvantes treinadores foram transformados em vedetes.


A começar pela própria Fifa. A entidade tem normas que geram uma superexposição dos treinadores e esconde os jogadores.


Resultado: Dunga e seus colegas de profissão são obrigados pela federação internacional a conceder entrevistas coletivas na véspera dos jogos e após as partidas. Isso sempre nos estádios, com as marcas dos patrocinadores da Fifa bem atrás dos treinadores. São, em cada sessão, cerca de 15 minutos.


Assim, só na primeira fase serão seis entrevistas e cerca de 90 minutos de imagens e palavras dos técnicos exibidas para todo o mundo.


São, portanto, excessivamente expostos Dunga, Maradona e Fabio Capello, por exemplo, mas pouco se vê de Messi, Rooney e Kaká.


Pelas regras da Fifa, o único jogador que obrigatoriamente precisa falar com os jornalistas é o melhor da partida. Mas quase sempre o eleito precisa responder a só duas breves perguntas.


Para os jogadores, existe a zona mista, entretanto fala apenas quem quer. Fora disso, restam as entrevistas organizadas pelas federações -em mais de um mês, a CBF colocou o atacante Luis Fabiano, por exemplo, para falar duas vezes.


Os técnicos falam muito também porque ganham muito. Levantamentos de publicações europeias mostram que os 32 treinadores que comandam as seleções deste Mundial ganham juntos o equivalente a R$ 80 milhões por ano, ou uma média individual de R$ 2,5 milhões.


PODERES INIMAGINÁVEIS


Quem puxa a fila dos técnicos mais bem pagos é o italiano Fabio Capello, que recebe quase R$ 20 milhões para comandar a Inglaterra, que corre sério risco de eliminação já na primeira fase.


Dunga está longe das primeiras colocações -seu salário anual está na casa dos R$ 2 milhões. Mas o brasileiro é, porém, um dos exemplos mais acabados dos superpoderes que os técnicos de seleções têm hoje, pelo menos desde a década de 90.


Dunga decide como o time vai se relacionar com a imprensa e determina se os treinos serão fechados ou não -algo inimaginável em 1958, quando a imagem do técnico campeão é a de um Vicente Feola que, dizem, dormia no banco de reservas e deixava a seleção brasileira jogar.


Capello resolveu até avaliar as hospedagem da equipe. Vetou a Universidade de Pretória, o mais desejado local de treinos da Copa, por avaliar que os quartos não estavam à altura do time.


A Argentina assumiu o lugar, e a mídia inglesa atacou o técnico italiano.’


 


 


Marcos Augusto Gonçalves


‘Dunga em Um Dia de Fúria’ é a melhor coisa que rola na rede :)))


‘Não vi nada melhor ontem do que o videozinho ‘Dunga em Um Dia de Fúria’, obra de @Pablo- Peixoto (Twitter), que divertiu a galera na rede. É só buscar pelo nome no YouTube. Imperdível.


É em cima da cena do Michael Douglas na lanchonete, no filme de 1993. Dublado com sotaque gaúcho, o personagem vira Dunga, que chega ao balcão e começa a conversar com os funcionários Fátima e Tadeu Schimdt.


‘Vocês da imprensa ficam só fazendo fofoca. Quer saber de uma coisa? Eu vou fechar o treino amanhã. E vocês estão fodidos’, ameaça.


Com jeitinho irritante, Fátima responde: ‘Mas eu tenho exclusividade para fazer reportagem’. Tadeu, meio bobo e prepotente, reafirma os direitos da Globo. O técnico então explode e puxa a metralhadora. Pânico geral.


Duas passagens impagáveis: uma com um carequinha que vira o Alex Escobar e outra com o Robinho. D+.’


 


 


Mônica Bergamo


Faça o que eu digo


‘Frustrada com a decisão de Dunga de não permitir que jogadores deem entrevistas exclusivas para a emissora, a Globo adotou receita idêntica com Galvão Bueno. Vários veículos tentaram falar com ele depois da campanha ‘Cala Boca Galvão’. Nada feito. A TV argumenta que o locutor ‘está concentrado nas transmissões e no trabalho’ e é por isso que está na Copa. Entrevista, Galvão só deu à própria Globo.’


 


 


TELEVISÃO


Laura Mattos


MTV cria regra anti-ironia entre candidatos no debate


‘A MTV não quer que o seu debate entre presidenciáveis, em 10 de agosto, seja parecido com o de outras emissoras.


Por isso, não permitirá perguntas de candidato para candidato. ‘Eles usam a pergunta para provocar o adversário’, afirma Raquel Affonso, gerente de programação e produção da MTV Brasil.


A emissora gravará jovens fazendo perguntas e mandará os vídeos aos presidenciáveis antes do debate.


Quando um candidato for perguntar a outro, o vídeo escolhido por ele será exibido. Haverá réplica e tréplica.


A MTV decidiu incluir os nanicos, em vez de propor a eles um acordo, como fazem outras emissoras, que trocam a participação no debate por entrevistas.


Já estão confirmados José Serra (PSDB), Marina Silva (PV), Plínio de Arruda Sampaio (Psol), Oscar Silva (PHS) e Mário Oliveira (PT do B). Dilma Roussef (PT) ainda não havia dito sim.


A plateia terá os 50 jovens que enviarem as melhores perguntas pelo site da MTV. As enviadas pelo Twitter também serão selecionadas ao vivo. A mediação será de Cazé.


Copa Erro de digitação mudou o sentido da declaração do diretor de esportes da Band na coluna de ontem. Em vez de ‘satisfação’, José Emílio Ambrósio disse ‘insatisfação’: ‘Há uma insatisfação da imprensa pela forma como Dunga blinda a seleção. Mas essa é uma briga dele com a Globo’.


Impedimento Antes do início da Copa, a empresa Kentaro, que tem os direitos sobre os amistosos da seleção, tentou impedir o acesso da equipe da Record ao jogo contra a Tanzânia, afirmando que era exclusividade da Globo.


Cartão amarelo Rodrigo Paiva, da CBF, teve de intervir para que a Record fizesse as imagens do jogo, já que amistosos não têm a ver com direitos da Fifa sobre o Mundial.


Vale tutti A Globo mostrou anteontem, no intervalo do ‘Jornal Nacional’, cenas fortes de ‘Passione’, que seria exibida na sequência. É uma tentativa de aproveitar o noticiário com Copa para alavancar o ibope de ‘Passione’, em torno de 30 pontos.


Engenhoca Os recursos tecnológicos que a Globo está usando na Copa, como supercâmeras lentas, serão mostrados em evento hoje, na sede da emissora em São Paulo.


Chocolate quente A Cultura transmitirá os concertos de abertura e encerramento do Festival de Inverno de Campos do Jordão, que começa em 3 de julho. Oito apresentações gravadas vão ao ar, como a do pianista Nelson Freire e da Orquestra Sinfônica Brasileira.’


 


 


Gustavo Villas Boas


Humor sarcástico e sombrio conduz família de ‘The Middle’


‘Uma super-heroína está, no meio do nada, tentando fazer o celular conseguir sinal. Ela é Frankie Heck (Patricia Heaton) e sua vida parece repetitiva (ao menos na TV): assim como Nenê, de ‘A Grande Família’, Frankie é a mãe de uma estereotipada família de classe média que se desdobra para viver.


Mas o humor, aqui, é mais sombrio. O final redentor soa até artificial, tão patéticos são os personagens. Frankie é casada com Mike (Neil Flynn), que não mede palavras. Seus comentários são diretos e cruéis.


Não esconde o quanto não confia na filha Sue (Eden Sher). Nas palavras da própria mãe, ela não é mais esculachada porque todos ignoram sua existência. Quase todos. O irmão Axl (CHarlie McDermott), um péssimo aluno e bom atleta, parece saborear, com sarcasmo, os infortúnios da irmã.


Há ainda mais um filho, Brick (Atticus Shaffer), o garotinho de hábitos estranhos. Sempre repete alguma palavra que acabou de dizer. Bem recebida pela crítica e pelo público nos EUA, ‘The Middle’ já garantiu uma segunda temporada em 2011.’


 


 


INTERNET


Google prepara serviço de músicas on-line, diz o ‘WSJ’


‘O Google planeja lançar um serviço de down- load de música atrelado ao seu mecanismo de busca, segundo o ‘Wall Street Journal’. A iniciativa colocaria o Google contra a Apple e seu iTunes.


O Google tem ‘promovido conversas’ sobre a oferta de música on-line bem como através de celulares com o sistema operacional Android, segundo o jornal, citando pessoas próximas às negociações com a indústria musical.


Não está claro se o Google chegou a firmar algum acordo com gravadoras. Conforme o jornal, o lançamento de uma loja musical virtual pelo Google ainda demorará.


O Google e a Apple se tornaram concorrentes desde o lançamento do sistema operacional Android, do Google, para rivalizar com o iPhone.’


 


 


Wikipédia faz mudanças contra vândalos digitais


‘Para proteger a Wikipédia de baderneiros virtuais, que editam verbetes com informações falsas, uma nova ferramenta de moderação está em fase de testes, por dois meses, desde o dia 15.


Batizada de ‘Pending Changes’ (mudanças pendentes), a novidade pretende filtrar as alterações sugeridas em páginas polêmicas -como as de celebridades ou de políticos, que costumam atrair grande número de modificações nem sempre bem-intencionadas.


Nessas páginas, apenas usuários logados poderão editar informações e as sugestões serão liberadas somente por colaboradores que têm o status de editor.


Enquanto isso não acontece, ficam em um espaço específico, que poderá ser acessado pelos demais internautas. Anônimos não serão capazes de sugerir modificações.’


 


 


Rafael Capanema


Querido Steve Jobs…


‘O recluso Steve Jobs, fundador e executivo-chefe da Apple, uma das empresas mais fechadas do mundo, tem respondido quase compulsivamente a vários e-mails de fãs, que depois divulgam a troca de mensagens na internet.


O hábito se tornou tão frequente que já existem sites como o sentbystevejobs.com, dedicados a compilar missivas do poderoso chefão da Apple a cidadãos comuns.


As respostas costumam se resumir a ‘sim’ ou ‘não’, o que já é suficiente para deliciar os entusiastas da marca.


‘Meu Deus, não vou limpar minha caixa de entrada nunca mais!’, comemorou Devir Kahan, que reclamou em fevereiro sobre um problema com um teclado da Apple e recebeu de Jobs uma promessa de conserto e um pedido de desculpas.


Dono de uma pequena empresa, John Devor gastou 2.612 toques para reclamar sobre o aviso legal que recebera de advogados da Apple para parar de usar a marca registrada iPod em um de seus softwares.


‘Mude o nome do seu programa. Não é nada de mais’, disparou Jobs.


Em maio, o fundador da Apple deixou de lado o laconismo em um longo bate-boca com Ryan Tate, blogueiro da Gawker, empresa de mídia que comprou um protótipo do iPhone 4 e revelou-o no Gizmodo (leia a conversa em bit.ly/jobsvsgawker).


Mas os assuntos tratados por Jobs em e-mails não se limitam a frivolidades de software e hardware.


Em abril, um rapaz que perdeu a namorada, vítima de câncer, agradeceu a Jobs por ele ter lutado pela aprovação de uma lei de doação de órgãos na Califórnia.


‘Não há de quê, James. Sinto muito por sua namorada. A vida é frágil.’’


 


 


Luli Radfahrer


O futuro do grátis


‘HÁ MOMENTOS em que é difícil imaginar, hoje que boa parte da informação consumida é gratuita, que nem sempre foi assim. Fala-se tanto das mídias sociais que fica ainda mais difícil pensar que essa época de riqueza e relevância de conteúdo gratuito está para acabar.


Não pela riqueza, nem pelo gratuito, mas por sua relevância. O motivo é óbvio: à medida que a internet se populariza e, com ela, dá voz a multidões, o ambiente on-line fica cada vez mais parecido com o mundo ‘lá fora’, em que todo mundo tem uma opinião para dar a respeito de qualquer coisa. O difícil é saber a quem escutar.


No princípio da internet comercial, a informação disponível era pouca, muitas vezes restrita a bases de dados fechadas ou escritas em linguagem técnica. O surgimento dos portais trouxe mais conteúdo para a rede e consolidou sua relevância. Até o começo do século, uma consulta ao Google e ao computador de uma boa biblioteca só eram diferentes em escala.


Daí veio a web 2.0. Com ela, o Flickr, os blogs, a Wikipédia e tantos outros serviços multiplicaram a informação gerada pelos fóruns. A biblioteca foi para a rua, e ninguém tinha dúvidas que colocar a liberdade de expressão em prática era muito bom.


O movimento só tinha um problema que poucos quiseram ver: o da qualidade da informação. Os primeiros usuários a alimentar a internet pertenciam a uma elite cultural, postar conteúdo não era fácil e era caro. Com esse filtro de entrada, fica fácil entender por que no começo a busca era relevante, mesmo que não gerasse muitos resultados.


Hoje já não é tão simples. Se o fosse, não existiria a profissão de ‘marketing de mecanismos de busca’. Não acredito que demore a chegar o dia em que o custo da busca -em horas, em erros, em riscos- se torne insuportável. Por mais que a informação esteja disponível e gratuita, o esforço para procurar pela fonte ‘correta’ vai ser tamanho que provavelmente não valerá a pena.


É uma ironia: pelo excesso de informação, voltaremos aos tempos em que ficávamos no escuro por falta dela.


A imprensa que sobreviver às pragas dos apocalípticos vai ressurgir, revigorada, como curadora de conteúdo. Seu valor, como o dos professores e autores de livros, não estará mais na novidade da informação, mas em sua experiência.’


 


 


TECNOLOGIA


New York Times


‘Guerra’ leva a queda de preços de leitores de livros eletrônicos


‘A rede de livrarias norte-americana Barnes & Noble anunciou nesta semana que reduziu o preço de seu leitor eletrônico Nook de US$ 259 para US$ 199. A empresa também anunciou o lançamento de outra versão do aparelho, que só se conecta à internet por meio de Wi-Fi, por US$ 149.


Em resposta, a Amazon reduziu o preço de seu popular leitor eletrônico Kindle, de US$ 259 para US$ 189.


Os cortes de preços foram adotados em um momento no qual os fabricantes de leitores eletrônicos enfrentam crescente ameaça do iPad. Ainda que seja mais caro, o aparelho da Apple, que custa a partir de US$ 500, tem tela colorida que contrasta com a tela monocromática dos leitores. A Apple anunciou ter vendido mais de 3 milhões de iPads nos quase três meses desde o lançamento.


O Kindle é vendido a consumidores do Brasil pela própria Amazon. O preço é US$ 410 (cerca de R$ 724), incluindo entrega e taxas de importação. Já o Nook não é entregue no Brasil. O iPad não foi lançado no país.


PREÇO EM QUEDA


‘Ficou evidente que o preço dos leitores eletrônicos simples teria de cair’, disse James McQuivey, analista da Forrester Research. ‘O que não imaginávamos é que isso aconteceria tão rápido.’


Até o segundo trimestre, vendedores como a Amazon e a Barnes & Noble ofereciam best-sellers subsidiados a fim de atrair consumidores. No entanto, 5 das 6 maiores editoras do mercado dos Estados Unidos fecharam acordo com a Apple para mudar o modelo de venda de livros eletrônicos.


Os vendedores terão de elevar preços e passarão a ser remunerados com comissão de 30%, o que permitirá que sacrifiquem parte de seu lucro com venda de aparelhos.


Os cortes de preço dos aparelhos devem reforçar o ímpeto de um mercado que, apesar do iPad, continua crescendo. Devem ser vendidos 6,6 milhões de leitores eletrônicos neste ano, ante 3,1 milhões em 2009, de acordo com a Forrester.


Tradução de PAULO MIGLIACCI’


 


 


 


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O Estado de S. Paulo


Quarta-feira, 23 de junho de 2010


 


EUA


McChrystal apresentará renúncia durante reunião com Obama, diz jornal


‘O general americano Stanley McChrystal, comandante das tropas dos EUA e da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) no Afeganistão, apresentará sua renúncia nesta quarta-feira, 23, durante a reunião que terá com o presidente Barack Obama na Casa Branca para esclarecer as críticas que fez contra o governo e um artigo da revista Rolling Stone, informa o jornal The New York Times.


Segundo o diário americano, McChrystal preparou uma carta de demissão, embora o presidente não tenha mostrado se vai ou não aceitá-la. ‘Creio que está claro que o artigo no qual ele e sua equipe aparecem mostra um julgamento ruim. Mas também quero ter certeza de conversar com ele antes de tomar a decisão final’, disse Obama após uma reunião de gabinete na noite da terça.


No artigo, que seria publicado na edição do meio de julho da Rolling Stone americana, McChrystal e sua equipe disparam contra Obama e seu vice, Joe Biden, e contra uma série de outros funcionários do governo, como o embaixador dos EUA no Afeganistão, Karl Eikenberry, e o enviado especial do país para o Afeganistçao e o Paquistão, Richard Holbrooke.


A polêmica aumentou as dúvidas até entre os militares se a Guerra no Afeganistão, que já dura nove anos, pode ser vencida pelos EUA. McChrystal, no cargo desde junho de 2009, comanda mais de 140 mil soldados, já que também está à frente das tropas da Otan.


Diversas autoridades dos EUA criticaram o general na terça-feira e parlamentares chegaram a pedir sua saída do cargo. O secretário da Defesa, Robert Gates, um dos maiores defensores de McChrystal no comando das operações afegãs, disse que ele cometeu um ‘erro significante’, enquanto o chefe de Estado Maior, o almirante Mike Mullen, se disse ‘profundamente desapontado’ com o general.


David Obbey, chefe do Comitê de Apropriações do Congresso americano, órgão que supervisiona os gastos das guerras em que os EUA se envolvem, foi mais longe e pediu a saída de McChrystal do comando das operações no Afeganistão. ‘Se ele disse de verdade metade do que está sendo dito, não deveria estar na posição em que está’, disse.


Três senadores também se voltaram contra McChrystal e o condenaram. Os republicanos John McCain e Lindsey Grajam e o independente Joe Lieberman disseram, por meio de comunicado, que ‘os comentários do general divulgados pela Rolling Stone são inapropriados e contraditórios com a relação tradicional entre um comandante em chefe e o Exército’.


Após a divulgação do artigo na imprensa, Duncan Boothby, um dos principais assessores de McChrystal, apresentou a renúncia. O próprio general se adiantou e divulgou um comunicado pedindo desculpas pelo ocorrido, mas ainda assim foi convocado pela Casa Branca para esclarecer os depoimentos. O encontro deve ocorrer na manhã desta quarta-feira.’


 


 


CULTURA


Roberta Pennafort


Quem teme a nova lei de direito autoral?


‘‘Lei cara de pau.’ É como artistas e representantes de entidades de defesa dos direitos autorais reunidos no Rio, na segunda-feira à noite, para encontro do recém-criado Comitê Nacional de Cultura e Direitos Autorais, classificam o anteprojeto do Ministério da Cultura para a reforma da legislação referente ao tema, datada de 1998.


Depois de uma semana esmiuçando o texto que está sob consulta pública no site do MinC (www.cultura.gov.br/consultadireitoautoral), eles concluíram que a nova proposta flexibiliza demais os direitos, a ponto de colocar em risco a sobrevivência de quem vive de sua obra. Especialmente no caso de compositores que não fazem shows, cuja renda depende do pagamento pela execução de suas músicas.


Um ponto crucial para eles é a associação entre essa flexibilização e o acesso do público à cultura – o texto diz que a lei atenderá às ‘finalidades de estimular a criação artística e a diversidade cultural e garantir a liberdade de expressão e o acesso à cultura, à educação, à informação e ao conhecimento, harmonizando-se os interesses dos titulares de direitos autorais e os da sociedade’.


‘Eu acho muito interessante essa posição do Estado de dar acesso à cultura. Só não pode fazer isso com o dinheiro dos outros’, disse Roberto Mello, presidente da Associação Brasileira de Música e Artes, um dos mais contundentes a discursar. ‘Ninguém quer impedir a garotada de tirar cópias no computador, mas tem que ser remunerado.’


Sobre a instituição da cópia privada remunerada, o presidente da Sociedade Brasileira de Administração e Proteção dos Direitos Intelectuais, Jorge Costa, disse que a sugestão já foi feita ao MinC. ‘Levamos a lei de 38 paíse. Eles adotaram esse sistema quando perceberam que os autores estavam perdendo, e a indústria, encolhendo. O governo não se sensibilizou.’ O pagamento pela cópia seria embutido no preço de mídias virgens, como CDs e DVDs.


Outra crítica é quanto à supervisão da atividade do Escritório Central de Arrecadação e Distribuição (Ecad) pelo MinC – que, com isso, pretende dar transparência à arrecadação pela execução das obras.


A reunião foi no auditório da Sala Baden Powell, em Copacabana, que ficou cheio – mas não tanto quanto queriam os organizadores. Na mesa, estavam oito artistas, de diferentes estilos, e também especialistas na matéria, além dos dirigentes das entidades. Não só a área musical, mas também a do mercado editorial foi representada.


O secretário de Políticas Culturais do MinC, José Luiz Herencia, argumentou que o debate esteve e continua aberto, e que quaisquer sugestões ou críticas podem ser feitas no período de consulta pública – o texto ficará 45 dias no site, e a redação final deverá ser enviada ao Congresso, para votação, no fim do ano. ‘Eles usam uma falsa primeira pessoa do plural. Representam uma parte específica, ligada às sociedades arrecadadoras. Não é um debate com artistas de um lado e a sociedade de outro. Existem artistas interessados na modernização da lei de 98, que fragiliza o autor. Queremos um debate democrático, com todos.’’


 


 


TECNOLOGIA


Sílvio Guedes Crespo


Apple bate marca de 3 milhões de iPads vendidos


‘A Apple anunciou, por meio de comunicado, que em 80 dias atingiu a marca de 3 milhões de iPads vendidos. O aparelho foi lançado no dia 3 de abril.


Analistas projetavam que a empresa venderia metade disso em três meses, de maio a julho, segundo o Wall Street Journal.


A empresa acrescentou que desenvolvedores independentes de softwares criaram, até agora, 11 mil aplicativos para iPad no período. Ao todo, há mais de 225 mil aplicativos para iPad vendidos na loja da Apple.


‘Estamos trabalhando duro para levar esse produto mágico às mãos de cada vez mais pessoas no mundo, incluindo nove outros países no próximo mês’, afirmou Steve Jobs, no documento.


O produto ainda não foi lançado no Brasil.’


 


 


INTERNET


O Adsense dos jornais


‘O histórico entre Google e jornais é de briga: os meios impressos alegam que o site exibe trechos de notícias suas sem pagar nada e o Google lembra que encaminha milhões de leitores por dia às versões online dos jornais — e que estes podem por optar em não aparecer nas buscas. Mas uma notícia da Itália mostra que a rusga pode virar parceria: o Google estuda lançar um projeto chamado Newpass em que as pessoas pagariam pequenas quantias para ter acesso a determinados conteúdos que sua busca exibe.


Para o usuário, bastaria clicar em um ícone que o pagamento estaria feito. Também há a possibilidade de o Newpass ser integrado ao PayPal. O dinheiro obtido com a venda de conteúdo seria divido entre Google e os jornais, semelhante ao Adsense, sistema de publicidade do Google. Tudo assim, no campo da hipótese, já que o maior nome da internet não confirma nem desmente a notícia veiculada pelo diário italiano La Repubblica.’


 


 


COPA


Ana Freitas


Campanha pede bigode na seleção portuguesa


‘Portugal deve enfrentar os adversários cortantes da Copa do Mundo com bigodes cerrados, segundo 60 mil internautas que acompanham o desempenho da seleção do país no mundial da África do Sul.


Uma campanha no Facebook pede que os jogadores comandados pelo técnico Carlos Queiroz adotem o tradicional bigode português no lugar do rosto liso, como o da principal estrela do time Cristiano Ronaldo. Veja a página.


A galeria de bigodes em estrelas do futebol, particularmente da década de 1980, incluem Carlos Manuel, que marcou o gol que colocou Portugal no mundial de 1986, e o meia-atacante Chalana, que recebeu o apelido de ‘Chalanix’ na Eurocopa de 1984 por conta de seu bigode que o deixava parecido com o personagem Asterix.


‘Pelo que um bigode faz pela seleção, é obrigação ir à Copa do Mundo com um. Pelos melhores técnicos e jogadores, queremos um bigode para nos unir’, afirma a página.


‘Após atingir 50 mil fãs, a meta é 100 mil. Mas o objetivo principal é conseguir que todos os jogadores deixem o bigode crescer, o que é sempre mais difícil’, disse o web designer João Carmona, que iniciou a campanha após uma conversa com um amigo em fevereiro.


Para a decepção de Carmona, os jogadores de Portugal aparentemente não atenderão ao chamado. A maioria deles pareceu constrangido quando questionados se pretendiam aderir.


O defensor Bruno Alves causou frenesi quando apareceu num amistoso usando um fino bigode, mas o usou desde então.


Portugal empatou na sua estreia na Copa do Mundo por 0 x 0 com a Costa do Marfim. Na segunda-feira, 21, bateu a Coreia do Norte por 7 a 0, na partida que fechou a segunda rodada do Grupo G do Mundial. Os portugueses agora enfrentam a seleção brasileira, na sexta-feira, 25.’


 


 


Imprensa francesa faz duras críticas à seleção do país


‘Eliminada da Copa do Mundo, a seleção da França não deve encontrar um clima tranquilo quando voltar para casa. Nesta quarta-feira, um dia após a eliminação, com a derrota para a África do Sul por 2 a 1, os jornais franceses fizeram duras críticas aos jogadores e à forma com que deixaram a competição.


O L’Equipe estampou em sua manchete o seguinte título: ‘Viagem ao fundo do inferno’. Nela, classificou os jogadores como ‘incapazes’ e comparou a atuação no Mundial deste ano à de 2002, quando a equipe também foi eliminada na primeira fase, sem marcar um gol sequer.


Já o Le Monde foi além e chamou os acontecimentos polêmicos ocorridos durante o torneio – a exclusão de Anelka após ofensas ao técnico Raymond Domenech, o boicote ao treinamento e a briga entre o preparador físico e o capitão Evra – de ‘guerra civil futebolística’. Além disso, afirmou que, por tudo que ocorreu, ‘a derrota pareceu quase normal’.


Outro dos principais diários franceses, o Le Figaro estampou que ‘os Azuis deixaram a Copa do Mundo pela porta dos fundos’, em manchete. Ao analisar a partida contra os sul-africanos, o jornal comparou o desempenho da seleção a uma ‘via-crúcis’, além de dizer que os jogadores eram ‘incapazes de reagir’.’


 


 


 


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O Globo


Quarta-feira, 23 de junho de 2010


 


EUA


Fernando Eichenberg


Fogo amigo sobre a Casa Branca


‘O comandante dos Estados Unidos no Afeganistão, general Stanley McChrystal, terá muito o que explicar — e se desculpar — hoje, na Casa Branca, ao presidente Barack Obama e seu vice, Joe Biden. O graduado militar foi convocado de urgência a Washington depois da divulgação de uma reportagem da revista ‘Rolling Stone’ na qual critica e zomba do próprio presidente e de altos funcionários do governo.


Em um breve pronunciamento sobre a entrevista, Obama disse que o general revelou ‘pouco discernimento’, acrescentando que só tomaria uma decisão após o encontro cara a cara de hoje. Segundo a revista ‘Time’, o comandante teria oferecido ontem mesmo a sua renúncia ao presidente.


No artigo intitulado ‘The Runaway General’ (algo como ‘O General Desertor’), assinado por Michael Hastings, McChrystal e assessores próximos abusam do discurso informal como artilharia jocosa, numa clara demonstração de descontentamento na relação com as autoridades de Washington sobre as estratégias adotadas no Afeganistão. Entre os principais alvos está o embaixador americano em Cabul, Karl Eikenberry, por quem o general se disse ‘traído’ em uma reunião na Casa Branca sobre o pedido de envio de mais tropas para o Afeganistão. McCrystal sugere que o embaixador teria usado um memorando interno como eventual proteção a futuras críticas referentes ao aumento do número de soldados na região.


— Gosto do Karl, conheço-o há anos, mas eles nunca disseram algo parecido para nós antes. Ele protege seu flanco para os livros de História. Se perdermos, poderá dizer: ‘Viu, eu avisei’ — diz o general à revista.


Uma enxurrada de insultos ao governo


Segundo o relato de um de seus assessores, o comandante também teria saído bastante frustrado de seu primeiro encontro com o presidente Obama, no Salão Oval da Casa Branca.


— Foi uma operação de dez minutos para fotos. Obama claramente nada sabia sobre ele, quem era… Ali estava o cara que ia dirigir a porra da guerra dele, mas ele não parecia muito interessado. O chefe ficou muito decepcionado — conta o assessor.


Em outro trecho do artigo, ao ser questionado sobre o vice-presidente Joe Biden, McChrystal rebate: — Você está perguntando sobre o vice-presidente Biden? Quem é ele? Outro assessor acrescenta: — Biden? Você disse ‘bite me?’ (‘me morde’, em português).


Um outro assessor do general define o general Jim Jones, conselheiro do governo em segurança nacional, como ‘um palhaço que parou no tempo em 1985’. Sobrou também para o enviado especial dos EUA para o Paquistão e o Afeganistão, Richard Holbrooke.


— Ele é como um animal ferido.


Holbrooke continua escutando rumores de que será despedido, o que o torna perigoso — comenta o general.


Em outro momento, a reportagem descreve a reação de McChrystal ao receber um email de Holbrooke: — Ah não, outro email de Holbrooke.


Não quero nem abrir! O editor da ‘Rolling Stone’, Eric Bates, afirmou que o comandante teve acesso ao conteúdo do artigo antes de sua publicação, sem manifestar nenhuma objeção. Mas diante da repercussão de suas declarações, o general procurou limitar os estragos já feitos. ‘Eu apresento minhas sinceras desculpas por este perfil. Foi um erro, refletindo um julgamento infeliz, e nunca deveria ter ocorrido’, disse, por meio de um comunicado.


Resta saber quais serão os danos colaterais provocados por sua verborragia.


Ontem, seu assessor de imprensa civil, Duncan Boothby, que coordenou a operação da reportagem, demitiuse. O secretário de Defesa, Robert Gates, afirmou que McChrystal cometeu um ‘erro significativo’. O almirante Mike Mullen, chefe do Estado-Maior Conjunto das Forças Armadas, se disse ‘profundamente desapontado’ com o episódio. Parlamentares exigiram a demissão imediata do general.


Entre os poucos que saíram em sua defesa estão o comando da Otan e o presidente afegão, Hamid Karzai. O líder afegão disse apoiar fortemente McChrystal e sua estratégia no país, e o definiu como ‘o melhor comandante que os EUA mandaram para o Afeganistão nos últimos nove anos’.


O porta-voz da Casa Branca, Robert Gibbs, não forneceu definição alguma sobre o futuro de McChrystal.


— Todas as opções estão sobre a mesa — disse, evasivo.


Segundo assessores do governo, Obama ficou enfurecido ao ler o perfil na ‘Rolling Stone’. Aos jornalistas, Gibbs preferiu não tecer maiores comentários sobre o grau da fúria presidencial: — Vocês saberiam se tivessem visto.’


 


 


PUBLICIDADE


Publicidade brasileira leva 6 Leões de Ouro em Cannes


‘O Brasil já conquistou 49 prêmios no Festival Internacional de Publicidade de Cannes, que entrou ontem em seu segundo dia. Foram seis Leões de Ouro (nas categorias Outdoor, Rádio e Impresso), 15 de Prata e 28 de Bronze. A publicidade brasileira coleciona outros destaques.


Em Outdoor, uma das 12 categorias que já teve seus resultados anunciados oficialmente, o país teve o maior número de premiações (três de Ouro, sete de Prata e 11 de Bronze), batendo na sequência a França, a Alemanha e a Argentina.


Dos 49 Leões, dez terão seu anúncio oficial feito hoje. São todos de Impresso. A campanha de cinco peças criada pela AlmapBBDO para a revista ‘Billboard’ venceu no segmento de publicações e também em direção de arte, levando dois Leões de Ouro.


Entre as premiadas, peças de Alpargatas e Gatorade Um Leão de Prata será conferido à Talent pela campanha de três peças para a Sete Léguas, da Alpargatas.


A publicidade brasileira garantiu ainda sete de Bronze: de novo para a AlmapBBDO (Havaianas Slim, Gatorade e Escola Panamericana de Artes), para a Lew ‘ Lara/TBWA (governo de Aruba) e DM9DDB (Fedex).


As categorias já premiadas foram Ações Promocionais (que deram dois Leões para o Brasil), Relações Públicas (três troféus), Marketing Direto (seis prêmios), Mídia (com quatro Leões), Outdoor (21 troféus), Rádio (três) e Impresso (dez).


O festival de Cannes, que leva o nome da cidade da costa francesa que hospeda o evento, é o mais prestigiado do setor publicitário no mundo.


Na edição deste ano, foram inscritas 24.242 peças publicitárias de 90 países. Só do Brasil, foram 2.115, 39% a mais que o total apresentado pelo país em 2009.’


 


 


INTERNET


‘El País’ lança rede social


‘O nascimento das redes sociais na internet, como Facebook e Orkut, desencadeou nos últimos anos uma revolução no modo como as pessoas se relacionam entre si e igualmente como trocam informação. De olho nessas mudanças, o jornal espanhol ‘El País’ lançou o Eskup, uma rede social onde o importante é a mensagem noticiosa. A ideia é levar os valores jornalísticos a esses novos campos, nos quais cada vez mais os leitores passam seu tempo.


Segundo o jornal, o Eskup responde a um compromisso de proximidade e diálogo com os cidadãos, mas igualmente de transparência no trabalho dos profissionais. É uma porta de intercâmbio constante na qual a informação flui de maneira horizontal. Através do Eskup, leitores e jornalistas se conectam mediante mensagens curtas, nas quais podem ser incluídos vídeos, fotografias ou links de notícias próprias ou de outros meios de comunicação.


A nova plataforma, desenvolvida integralmente pela equipe técnica do ‘El País’, foi desenhada para ser acessível em qualquer computador, celular ou tablet. Com o Eskup, surge um novo canal para que a equipe de jornalistas do diário espanhol informe em tempo real sobre o que está ocorrendo em qualquer lugar do mundo. Por outro lado, os leitores têm à disposição, mais perto do que nunca, esses produtores de notícias, para indagar, ajudar ou conversar sobre temas distintos: da crise financeira à Copa do Mundo.


Os usuários também poderão participar ativamente, criando conteúdo ou dialogando entre si. Para participar da nova rede, basta entrar na janela Eskup no site El País.com ou digitar www.eskup.com.


Já o ‘New York Times’ anunciou ontem a escolha de Arthur Brisbane, jornalista de longa carreira, que já foi repórter e editor do rival ‘Washington Post’ e diretor de redação do ‘Kansas City Star’, como seu novo ombudsman. Ele assumirá o posto no segundo semestre, substituindo Clark Hoyt, que se despediu de sua coluna no último domingo. Brisbane terá um contrato de três anos. (Do El País e do New York Times)’


 


 


Google mira na Apple e prepara serviço de download de música, afirma jornal


‘Em mais um capítulo da acirrada rivalidade entre Google e Apple, a primeira planeja lançar um serviço de download de música atrelado ao seu mecanismo de busca, segundo revelou ontem o ‘Wall Street Journal’. A iniciativa acirrará a concorrência da Google contra a Apple e seu popular site iTunes. Os planos da Google ainda são vagos, mas a empresa tem conversado sobre o serviço de oferta de música tanto via on-line quanto através de celulares que usem o sistema operacional Android, segundo o ‘Journal’, citando pessoas próximas às negociações da companhia com a indústria musical.


Não está claro se a Google chegou a firmar algum acordo com gravadoras, conforme o texto do ‘Journal’, acrescentando que o lançamento de uma loja musical virtual pela Google ainda demorará meses.


Google e Apple se tornaram rivais desde o lançamento do sistema operacional Android, da Google, para rivalizar com o iPhone, da Apple. Segundo o ‘Journal’, representantes do Google não estavam imediatamente disponíveis para comentar o assunto.


A cada dois segundos um iPad é vendido nos EUA Já o Google Voice — o popular e muitas vezes controverso serviço de VoIP, correio de voz e mensagem instantânea da gigante da internet — está agora aberto a qualquer pessoa nos EUA. Antes, era necessário um convite de algum participante, segundo revelou ontem o site especializado em tecnologia BetaNews.com.


Em maio, a empresa já havia autorizado a participação de qualquer usuário com um email com extensão .edu no Google Voice, permitindo a entrada de estudantes e acadêmicos.


Porém, com mais de um milhão de usuários no sistema de acesso por convite, a Google decidiu permitir o acesso a quem quiser.


‘Estamos orgulhosos com progresso que fizemos com o Google Voice nos últimos anos, e estamos ainda apenas arranhando a superfície do seu potencial, quando forem combinados os serviços de telefonia convencional com a mais recente tecnologia. É ainda mais incrível pensar no que a comunicação se transformou nos últimos 200 anos’, afirmou a Google ao site.


O site InformationWeek, por sua vez, publicou ontem que a Apple já vendeu três milhões de iPads nos Estados Unidos até a última segunda-feira, apenas 80 dias após o início das vendas do tablet. Esse ritmo representa cerca de 37.500 unidades por dia, ou quase um iPad a cada dois segundos.


Fila de espera pelo iPad é de sete dias, segundo a Apple A demanda é tanta, afirma o site, que os consumidores que querem obter o tablet enfrentam fila de espera de pelo menos uma semana.


‘As pessoas estão adorando o iPad à medida que se torna parte de suas vidas diárias’, disse o diretor-executivo da Apple, Steve Jobs, em uma declaração divulgada ontem pela companhia. ‘Estamos trabalhando duro para levar esse produto mágico às mãos de mais e mais pessoas em todo o mundo, inclusive aqueles em mais nove países no mês que vem.’ O tempo de espera para quem compra um iPad na loja on-line da Apple é agora de sete dias, segundo um aviso no site da loja.


A Apple também anunciou que os desenvolvedores criaram agora mais de 11 mil aplicativos específicos para o iPad. O tablet também vai passar a rodar a maioria dos aplicativos desenvolvidos para o iPhone e iPod Touch, embora a qualidade dos gráficos possa variar no iPad maior. A Apple está colocando o iPad — essencialmente um iPod Touch maior — como um aparelho móvel que foi otimizado para leitura digital, vídeos e imagens, e jogos’


 


 


COPA


Fifa decide não punir Dunga


‘Dunga xingou o árbitro Stephane Lannoy, o atacante Didier Drogba e terminou a noite de domingo, após a vitória do Brasil sobre a Costa do Marfim, falando palavrões para um jornalista, numa entrevista transmitida ao vivo para milhões de pessoas. Em resumo, fez tudo o que o Código Disciplinar da Fifa condena, em seu artigo 57. Mas a entidade preferiu fazer vistas grossas.


Ontem, de forma oficial, a Fifa anunciou que não vai sequer advertir o técnico ou a CBF pelo destempero, numa decisão que fere todos os preceitos do ‘Jogo Limpo’, um dos programas que mais divulga.


— Após analisar o caso, o Comitê Disciplinar não viu motivos para abrir um processo contra o técnico brasileiro — disse o porta-voz da Fifa, Pekka Odriozola.


Antes preocupada com uma possível punição ao treinador, a CBF também não deu nenhuma declaração sobre o comportamento de Dunga, que é funcionário da entidade. O que mais chamou a atenção, porém, foi a atitude contraditória da Fifa.


Em novembro de 2009, por ofender jornalistas depois que a Argentina assegurou a classificação para a Copa ao vencer o Uruguai, Maradona foi suspenso por dois meses pelo Comitê Disciplinar da Fifa de qualquer atividade relacionada ao futebol. E ainda foi multado em 25 mil francos suíços (R$ 42,5 mil).


— Não posso comparar este caso com o de Maradona. A Fifa avaliou a situação e tomou a decisão — disse Odriozola.


Omissão tem sido a regra


De acordo com o código de ética Fifa, oficiais devem registrar evidências de violação de conduta e informá-las ao secretáriogeral da entidade, Jerôme Valcke. Mas, contrariando o rigor com que costuma agir nestes casos, a Fifa tem dado exemplos de omissão e benevolência neste Mundial, a começar pelo próprio Maradona, que já havia dado declarações deselegantes referindo-se a Pelé e ao presidente da Uefa, Michel Platini, a quem depois pediu desculpas.


Carlos Alberto Parreira, técnico da seleção anfitriã, também escapou de sanções após criticar o juiz da partida em que a África do Sul foi derrotada por 3 a 0 pelo Uruguai. Após o jogo, Parreira disse que o suíço Massimo Busacca fora ‘o pior árbitro’ e que não merecia estar na Copa do Mundo.


— A entidade avaliou as declarações de Parreira e disse que não houve violação do código disciplinar da Fifa — afirmou Nicolas Maingot, chefe do departamento de mídia da Fifa.


O jornalista Carlos Maranhão, da revista ‘Veja’, esclareceu ontem que não se sentiu intimidado pelas frases que Dunga dirigiu a ele após a entrevista coletiva de domingo’


 


 


Kaká segue exemplo do chefe


‘Na entrevista coletiva, Kaká mostrou que obedece à cartilha de Dunga nos ataques à imprensa e acusou o jornalista Juca Kfouri, colunista da ‘Folha de S. Paulo’, de criticálo por não concordar com sua opção religiosa. O jogador reclamou de um suposto preconceito do jornalista contra evangélicos.


Kaká entrou no assunto quando respondia a uma pergunta de André Kfouri, do canal ESPN Brasil, filho de Juca: — Há algum tempo, os canhões do seu pai são disparados contra mim. A artilharia dele está voltada contra mim.


Eu queria aproveitar a pergunta para responder às críticas que ele vem fazendo. O que me deixa triste é que o problema dele comigo não é profissional, mas porque ele não aceita minha religião. Porque eu sou uma pessoa que segue Jesus Cristo. Eu o respeito como ateu, e gostaria que ele me respeitasse como (seguidor de) Jesus Cristo, como alguém que professa a fé em Jesus Cristo.


Não só a mim, mas a todos os milhões de brasileiros que acreditam em Jesus Cristo.


Em seu blog no UOL, Juca Kfouri respondeu a Kaká. Ele negou a perseguição religiosa: ‘Critico sim o merchandising religioso que ele e outros jogadores da seleção costumam fazer, tentando nos enfiar suas crenças goela abaixo. Um tal exagero que a Fifa tratou de proibir, depois do que houve na comemoração da Copa das Confederações.


Mas não abri bateria alguma contra ele, provavelmente mal assessorado, tanto que o considerei o melhor em campo contra Costa do Marfim’.


Juca atribuiu a declaração do jogador à notícia que publicou há alguns dias de que Kaká ainda sente fortes dores no púbis: ‘Apenas noticiei que ele sofre com seu púbis e há quem avalie que isso o levará a encerrar a carreira prematuramente. Ele negou as dores no púbis ao dizer que sente dores como qualquer jogador profissional, e que o prazer de jogar pela seleção o faz superá-las. Aí caiu na primeira contradição, pois ao atribuir às dores que sentia a sua má atuação na Copa da Alemanha, quatro anos atrás, declarou que não jogaria mais com dores. E hoje mesmo, na entrevista coletiva, ao responder sobre se seria operado do púbis depois da Copa, respondeu que esta era uma questão delicada e que os médicos divergiam a respeito.


Mas, para quem não tem nada no púbis, como alegou, por que cogitar de tal hipótese?’ Na entrevista, Kaká defendeu o estilo de Dunga: — Cada um tem os seus motivos para tomar determinadas decisões. Dunga sofreu ao longo de sua carreira e tem os motivos dele. Mas a decisão de agirmos dessa forma foi tomada de comum acordo entre jogadores e comissão técnica’


 


 


 


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