MODA DE MEMOIRS
Gerald Boyd, ex-editor-administrativo do New York Times, está discretamente ofertando seu memoir. Afora a fama que adquiriu por ter pedido demissão, junto com o ex-editor-executivo Howell Raines, devido à sucessão de escândalos gerada pelo repórter Jayson Blair, Boyd disse que sua biografia não vai girar em torno do caso.
O editor, que nasceu pobre em St. Louis e se tornou vencedor de prêmio Pulitzer, teve uma carreira de 20 anos no Times. "Se eu escrever um livro, será sobre minha vida e o universo jornalístico", disse Boyd, "e não de fofoca sobre o escândalo Jayson Blair."
O editor admitiu que Marie Brown, amiga e agente literária, começou a sondar e selecionar editoras.
Ele ainda comentou que o Times terá sempre um lugar em seu coração. Desde a demissão, Boyd tem recebido propostas para editar jornais, mas não quis comentar se o publisher do Daily News, Mort Zuckerman, consultou-o para um alto cargo editorial, como dizem os rumores. Informações de Keith J. Kelly [New York Post, 20/8/03].
O general Tommy Franks, comandante aposentado das tropas dos EUA durante a guerra no Iraque, também está pondo sua história de vida à venda. As editoras serão chamadas a uma reunião em Washington DC e devem estar preparadas para ouvirem propostas da ordem do memoir de Hillary Clinton, Living History (Vivendo a História, em português), que custou US$ 8 milhões à Simon & Schuster.
Franks está sendo representado por Marvin Josephson, o mesmo que conseguiu US$ 6,5 milhões adiantados da Random House para a autobiografia de Colin Powell em 1995, e cerca de US$ 6 milhões da Bantam para a história de vida de Norman Schwarzkopf. Informações de Keith J. Kelly [New York Post, 20/8].