UNIVERSIDADES
É possível uma revista fazer um junto ranking de universidades? Brian Kelly, gerente editorial da revista americana U.S. News ? que acaba de soltar nova classificação anual, encabeçada, pela terceira vez consecutiva, pela Universidade de Princeton ? diz que seu sistema não é perfeito, mas é "o melhor que existe". Segundo Steve Giegerich, da AP [13/9/02], críticos reclamam que não se pode julgar uma instituição de ensino superior se baseando somente na pontuação de exames de admissão, doações e opiniões de administradores de faculdades. "Dizem que temos que olhar para o que os jovens realmente aprendem, qual é sua experiência no campus, quanto tempo passam com os professores. Bem, é uma idéia muito bonita, mas quantificar isso é muito difícil, se não impossível".
Donald Honeman, diretor de admissão da Universidade de Vermont, considera que, ao atribuírem pontuação a uma outra instituição, diretores de universidades tendem a dar notas baixas, afinal trata-se da concorrência. Este critério corresponde a 25% da nota da U.S. News. Já Paula Compton, vice-presidente de admissão da Universidade de Toledo, acredita que o debate acerca de rankings de revistas não tem sentido, pois a maioria dos alunos só os utilizam para orientação inicial. "É parte de um processo, é uma fonte de informação. Há outras, como o sítio de internet, visitas ao campus, conversas com alunos".
O diretor de análise de políticas estatais da Associação Americana de Faculdades e Universidades Estaduais, Travis Reindl, também acha que, à medida que o momento da escolha da universidade vai chegando, os rankings deixam de importar para os estudantes. "No fim das contas, há muitas semelhanças entre mercearias e ensino superior. O boca-a-boca ainda tem muito peso".