Thursday, 10 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Carlos Alberto Tenório

MEM?RIA

ASPAS


"Uma palmeira triste", copyright No. (www.no.com.br), 25/06/01

"Em novembro de 1953, comecei a notar na redação do Diário Carioca a presença de um jovem de vinte e poucos anos fazendo suas primeiras reportagens. Por dois motivos, despertou minha atenção. Pessoalmente, porque o jovem alourado era tão alto e magro e de ombros tão curvados que, segundo um dito jocoso, parecia uma palmeira triste prestes a despencar no chão. Profissionalmente, porque sua reportagem de estréia era tão boa que foi parar na primeira página, com a assinatura do autor. Chamava-se Evandro Carlos de Andrade.

Renato Portela, que no Diário Carioca organizava as ?Palavras Cruzadas?, indicou, um dia, o nome de Evandro a Luís Paulistano, chefe de Reportagem. Renatinho trabalhava na mesma recuada sala da ?Revista do DC?, que Jacinto de Thormes (Maneco Müller) dirigia, auxiliado por Janio de Freitas, noivo da irmã de Evandro. Portelinha tornou-se amigo de Janio, e, consequentemente, também de Evandro.

Evandro e Janio eram vizinhos, desde meninos, no bairro do Maracanã. Levado por Janio de Freitas, o simpático corcundinha Renato Portela começou a freqüentar, também, a casa de Evandro. Um dia, Renatinho falou com Luís Paulistano sobre uma história escrita por Evandro, que havia lido; acrescentou que lhe parecia um texto de qualidade. Paulistano disse ao Portelinha para Evandro procurá-lo na redação do Diário. Depois de conversarem, paulisto deu ao jovem aspirante a missão de fazer uma entrevista com o promotor Cordeiro Guerra, famoso na época. Entregue a entrevista, Paulistano levou o texto a Armando Nogueira, o principal redator do copidesque, por achar que o assunto merecia primeira página. Ao mostrar a reportagem a Pompeu de Souza, disse Armando que, na sua opinião, não precisava ser reescrita. Pompeu concordou e mandou publicar, sem nenhum retoque, a matéria, assinada com o nome Evandro Carlos de Andrade, na primeira página. Foi um bom começo.

Até então, Evandro trabalhava no hotel Plaza Copacabana, que até hoje fica na Avenida Princesa Isabel. O hotel pertencia à família Magalhães Castro, seus parentes. Por entender que o filho estava levando uma vida inútil de divertimentos, em Paquetá, o pai de Evandro foi conversar com um dos primos, no Hotel Novo Mundo, também da família. Pediu-lhe que arranjasse um trabalho para o filho adolescente. Então, Evandro foi fazer serviços administrativos na Recepção do Plaza Copacabana, onde havia uma vaga.

Ao ler uma notícia sobre um gavião que, instalado numa das torres da igreja da Candelária, provocava aglomerações na Avenida Presidente Vargas, Paulistano mandou Evandro fazer uma segunda reportagem. O jovem subiu ao campanário altíssimo da igreja, com o fotógrafo Orlando Ali; viu que o gavião não era tão grande quanto diziam; apesar disso, mandou que o fotógrafo batesse uma chapa; desceu da torre da igreja ; escreveu a matéria e a entregou ao chefe da Reportagem. Paulistano gostou e revolveu dar seqüência à história, que veio a ser, na imprensa, uma série famosa, com o título de ?O Gavião da Candelária? – mais uma das muitas historietas que o Diário Carioca publicava, lidas sempre com encantamento por seus leitores.

(Tornou-se a série famosa porque o Diário Carioca levou meses contando, diariamente, as aventuras e desventuras do gavião. Cogitava-se de que seria ele talvez casado, e teria filhos. Evandro sugeria às vezes tratar-se de um gavião velho, com o rosto capuchado por muitas penas. Enquanto isso, embaixo, a multidão crescia, cada semana. As opiniões dividiam-se; havia discussões ásperas; conclamava-se que se matasse o gavião; outros, compadecidos do solitário da Candelária, pediam clemência. Alguns jornais, invejosos do sucesso que ?O Gavião da Candelária? fazia, começaram a dizer que o tráfego na Avenida Presidente Vargas estava um caos, por culpa do Diário Carioca; insinuavam que o Diário pretendia aumentar a venda de jornais, à custa da tranqüilidade de uma velha ave, desamparada e só; e inventavam outras muitas despeitadas razões, todas, naturalmente, falsas.)

Não me recordo se Evandro continuou dedicado ao dia-a-dia do Gavião. Mas, não importa; o que importa é que, durante a campanha presidencial de 1955, Pompeu de Souza escolheu duas duplas de jornalistas da casa para a cobertura das viagens dos candidatos. Juscelino Kubitschek e João Goulart passaram a ser acompanhados por Evandro Carlos de Andrade e Armando Nogueira. Evandro viajava com JK, enquanto Armando, por ser admirador e amigo de Jango, coordenava, no Diário Carioca, o material sobre a dupla de candidatos da chapa PSD-PTB, estando contudo atento aos passos de João Goulart.

Encarregou, também, Pompeu, o cronista Fernando Sabino e o redator Janio de Freitas de acompanhar os fatos e os eventos relacionados com a chapa Juarez Távora – Milton Campos, por saber da simpatia de ambos pelos candidatos do PDC e da UDN. Nas viagens de Juarez e Milton, seguia Fernando Sabino, enquanto Janio reunia, em sua mesa no copidesque, a correspondência que Fernando mandava, além do noticiário das agências.

Após a posse de Juscelino, tornou-se Evandro setorista no Palácio, escrevendo para o Diário a coluna ?Catete Dia a Dia?. Pouco depois era nomeado por JK para o cargo público de Conferente da Casa da Moeda.

Quando Armando Nogueira foi ser redator-chefe da revista Manchete, na gestão de Otto Lara Resende, em fins de 1955, Pompeu de Souza escolheu Evandro para substituí-lo no copidesque. Armando voltou, pouco depois, ao jornal, e ficaram sendo, ambos, os redatores prediletos de Pompeu para as matérias de primeira página. (Não me lembro em que época Evandro escreveu no Diário Carioca uma coluna esportiva, onde deixava entrever sua simpatia pelo Flamengo, clube de nossa ardente e comum predileção).

Em 1956, o Diário Carioca foi transformado em empresa. Pompeu de Souza foi ser Diretor, e Evandro passou a ocupar o lugar de Pompeu, como chefe da Redação.

Eleito Jânio Quadros para a Presidência da República, em 1960, Evandro foi trabalhar em Brasília, no Palácio do Planalto, levado por Carlos Castello Branco. Ficou assessorando Castello, Secretário de Imprensa, e José Aparecido de Oliveira, Secretário Particular do presidente da República. Às vezes ele me telefonava do Palácio do Planalto para o IPASE, o instituto de previdência dos servidores públicos, onde encontrava-me como diretor, para transmitir alguma recomendação do José Aparecido.

Com a renúncia de Jânio, seis meses depois, Evandro foi para ao Jornal do Brasil, acompanhando Castellinho, que passara a chefiar a sucursal do JB, em Brasília – e o perdi de vista. Quando ele estava na sucursal de Brasília do jornal O Estado de S. Paulo, voltei a vê-lo; convidou-me a lhe fazer uma visita em seu apartamento. Me surpreendi em constatar que se dedicava à pintura; tinha em casa cavalete e tintas, e, nas paredes, uma ou outra tela reveladora de seu talento. (Quando moço, gostava de fazer desenhos. Na redação do Diário Carioca se divertia, caricaturando-me. Depois, fazia uma dedicatória, datava – outubro de 1955 – e, sem que eu visse, a colocava na minha mesa. São esboços feitos a lápis. Tenho dois, até hoje). Outra coisa que me surpreendeu foi ver que se tornara ereto; estava elegante, de suspensórios. Ficara no passado aquele jovem curvado, que nos dava a inquietadora sensação de estar sempre prestes a descair de cansaço. Como o Adão do conto de Machado de Assis, parecia ?uma palmeira alta e direita?.

Evandro voltou ao Rio, tempos depois, para ser diretor de redação do jornal O Globo, cargo que ocupou por mais de vinte anos. Promoveu reformas profundas no jornal e o colocou em primeiro lugar na preferência dos leitores.

Finalmente, assumiu na TV Globo o cargo de diretor da Central Globo de Jornalismo (anteriormente ocupado por Armando Nogueira), que igualmente transformou numa moderna rede de notícias, criando também o canal de tv a cabo, ?Globo News?, dedicada a exibir, exclusivamente, 24 horas por dia, material jornalístico. Aí fui encontrá-lo, uma tarde, depois de tantos anos, em fevereiro de 1998. Eu queria recordar histórias de nossa juventude, no Diário Carioca, no Jornal do Brasil e na revista Manchete, para este meu livro.

?Tê!? – disse ele, ao receber-me à porta de seu gabinete, abreviando meu sobrenome, como sempre fizera. Conversamos durante uns sessenta minutos. Notei que apenas uma vez interrompeu o que falávamos, e foi atender o telefone, e ninguém entrou na sala, exceto sua secretária, para avisá-lo da hora. Ergueu-se, para se despedir. Descendo o elevador, do 8? andar, do prédio da TV Globo, na Rua Lopes Quintas, onde por tantos anos trabalhei, recordei-me que Evandro, fixando seus olhos cinzas num ponto qualquer do teto, respondia vagamente não estar lembrado de alguma coisa. Pareceu-me triste. Às vezes, despertado decerto de alguma divagação do passado, retomava o diálogo; recuperava o ânimo; o interesse, e a conversa continuava, normalmente. Não o percebi, então, doente, até que tive uma aflitiva notícia de sua saúde.

Na manhã de 25 de junho de 2001, fui acordado por um telefonema do jornalista Claudio Mello e Souza, meu amigo, secretário do Presidente da Rede Globo, Roberto Marinho, dando-me a triste notícia da morte de Evandro Carlos de Andrade – um dos melhores e mais completos redatores que conheci em jornal e, sem dúvida, um dos mais importantes jornalistas de sua geração.

Resumo extraído do livro de memórias jornalísticas ?À Flor da Pele?, de Carlos Alberto Tenório, prestes a ser lançado."

"Morre um guerreiro", copyright O Estado de S. Paulo, 1/07/01

"Evandro Carlos de Andrade. O jornalismo brasileiro perde um grande guerreiro. Poucos na minha geração professaram como ele tão grande apreço pela profissão. Para completar-se jornalista, Evandro tinha um espírito público do mais autêntico cidadão. Conheci-o mocinho, no Diário Carioca, em cuja redação aprendemos, juntos, boas lições de nosso ofício. Tínhamos, então, professores admiráveis como Pompeu de Souza, Prudente de Morais, neto, Carlos Castelo Branco, Otto Lara Resende, Jotaefegê.

Quando repórter, Evandro deu densidade e brilho à cobertura política em Brasília, escrevendo, primeiro, no Jornal do Brasil e, depois, no Estado.

Tinha um zelo extremado pelo estilo no texto jornalístico.

Era um purista do idioma. Nos anos 70, sairia de Brasília para assumir a chefia de Redação do jornal O Globo, no Rio, sua terra. Foi então que se firmou como líder de equipe. Era severo, implacável, mesmo na cobrança dos deveres essenciais do jornalista.

Nos seis anos em que dirigiu o jornalismo da Rede Globo, Evandro pregava, com fervor, os valores éticos que sempre deram realce à sua respeitável carreira.

Foi um dos jornalistas mais hostilizados pela comunidade de informações, na ditadura militar. O SNI chegou a fichá-lo como ?uma das pernas do tripé do Partido Comunista Internacional infiltrado no jornal O Globo?. Em nossas confidências, entravam, sempre, as mancadas do SNI, em cujos arquivos figurávamos, ele, como perigoso agitador do PC, e eu, como membro atuante do Partido Comunista da Albânia. Bizarros arquivos em que o chargista Borjalo figurava como notório subversivo, ?também conhecido pela alcunha de Henfil…? Ah, os coronéis do SNI e seus perplexos dossiês.

O telefone de Evandro vivia grampeado. Ele sabia e não dava a mínima. Ligava pros amigos e deliciava-se, desancando os milicos. E não fazia aquilo por bravata. Tinha um temperamento tórrido. Era a natureza dele.

Que o diga o Flamengo, por cujo time torcia em tormentosa mudez. Meu amigo sempre foi destemido. Assim na vida como às portas da morte.

Doente, muito doente, sabendo que estava nas últimas, Evandro jamais perdeu o elãatilde;, embora já trouxesse no semblante aquela tristeza impessoal que mais provém da morte que da vida. Acamado, já sem viço no olhar, pegava o telefone e dava orientação à sua tropa no Jornalismo da Globo.

Estive com ele várias vezes ao longo da doença. Um dia, com a voz consumida pela moléstia, ele me disse: ?Seja qual for o desfecho dessa doença, estou perfeitamente preparado para morrer.? Perdi um velho amigo. Vai-se com ele um pedaço da minha identidade. É triste saber que não posso mais invocar o Evandro como uma das mais fiéis testemunhas de minha vida."

"Meu amigo Evandro", copyright O Globo, 1/07/01

"Não quero, embora talvez não possa evitar, que esta seja uma crônica triste. Meu amigo Evandro Carlos de Andrade, diretor de jornalismo da Globo e meu ex-diretor de redação, morreu, como sabem todos os que lêem jornal, ou assistem à televisão. Não pode haver nada de alegre nessa morte prematura, que tanto doeu, ainda dói e doerá, entre seus amigos, como eu. Mas não quero que seja uma crônica melancólica e carpideira, pois nunca foi assim nossa convivência, que agora vejo como foi escassa, levando em conta a afeição que tinha por ele e que ele me retribuía. Lembro, sim, um Evandro severo e disciplinador no trabalho, mas lembro mais as boas risadas que dávamos quando nos encontrávamos. A morte o levou e agora me arrependo de não haver aproveitado todas as chances de ter estado com ele, que desperdicei, a ponto de ele, que, apesar de não aparentar, era tímido, haver desconfiado de que minhas sucessivas negaças a ir passar uns dias com ele em Angra dos Reis eram uma espécie de esnobada, em lugar do meu comodismo, verdadeira razão para as recusas.

Foi ele que me convidou para almoçar, na companhia de nosso amigo comum Henrique Caban, já se vão uns 20 anos, e para escrever uma crônica semanal. Eu escrevia para outro jornal e ele me perguntou quanto eu ganhava por esse trabalho. Quando lhe contei, lembro que ele e Caban fizeram força para não rir, mas acabaram soltando umas risadinhas e me ofereceram quatro ou cinco vezes mais. Aceitei maravilhado e, desde esse dia, passei a reportar-me diretamente a ele, que prezava muito uma redação correta e chegou a encher minha bola algumas vezes, recomendando por circular aos colegas de redação que lessem minhas crônicas – deixo de lado a modéstia e o exagero a que sua estima por mim o levavam – para verem como se devia escrever.

– Eu tenho direito a minhas crases certas! dizia ele. – A gente paga e, portanto, a gente tem direito a nossas crases!

E, embora eu nunca tivesse ido com ele a Angra, ele me visitou umas quatro ou cinco vezes, em Itaparica, sempre com o ar retraído de quem não queria incomodar. Eu tinha de fazer força para mostrar-lhe que ele não incomodava coisa nenhuma, antes muito pelo contrário. Uma vez, na companhia de um de seus filhos e de outro amigo, ele pulou o murinho da biblioteca da cidade, onde eu tinha meu escritório, e me acenou pela vidraça. Fiz com que eles entrassem e caí na bobagem de explicar que eu não podia ser interrompido em meu trabalho, porque senão tudo desandava. Queria referir-me a interrupções longas, como, por exemplo, viagens de mais de cinco dias, mas ele ficou vermelho (sempre manteve a capacidade de ruborizar-se, coisa já tão fora de moda, mas que mostra um caráter sensível) e pediu profusas desculpas por me ter interrompido. Não adiantaram minhas explicações. Ele, ainda se desculpando, foi embora e só me encontrou mais tarde, na pracinha da cidade, o Largo da Quitanda.

Foi em Itaparica também que se deflagrou a nossa guerra ortográfico-gramatical, que durou anos. Eu mostrei a ele os originais de ?O sorriso do lagarto?, romance que estava então escrevendo, e ele, por hábito profissional, começou a lê-lo de caneta em punho. Tinha a aparência ancha e satisfeita de quem lia algo de alta qualidade, o que me deixou vaidoso, porque ele sabia mesmo escrever. Lá pelas tantas, o desastre: ele encontrou a palavra ?ascenção? escrita assim mesmo, com cedilha, em vez de ?s?.

– Ascensão é com ?s?! bradou ele indignado e fazendo a correção imediatamente.

Não me conformei, fui lá dentro, peguei o Aurélio e, claro, ele tinha razão. Passei anos com esse vexame me remoendo o peito, até o dia em que a doce vingança se ofereceu a mim. Depois de um intervalo sem escrever mais para o jornal, voltei, a convite dele novamente. Minha primeira crônica, que ele publicou sem questionar, era uma diatribe qualquer, longa demais, sobre a situação política nacional. Mas ele resolveu me fazer um bilhete, em que perguntava se eu não estava achando aquele caminho ?sizudo? demais. Havia chegado a minha hora.

– Sisudo é com ?s? – disse eu, procurando não trair minha sensação de honra lavada.

Igualzinho ao que tinha acontecido em Itaparica, ele ficou devidamente vermelho e foi pegar o Aurélio que lhe estava sempre à mão. E eu, claro, dessa vez tinha razão. Ficamos nesse um-a-um durante anos, até que um dia escrevi uma crônica entupida de solecismos grotescos e ele, já na TV, não se conteve e me tascou dois e-mails afetuosamente gozadores. Devemos ter ficado nuns quatro-a-um, mais ou menos, até porque eu nunca mais vi um texto dele, já que sua função não era escrever, mas liderar e inovar com a competência e a dedicação de sempre. Além disso, como ele não costumava errar, seria difícil virar essa goleada.

Agora ele se foi, tenho imensa saudade. De vez em quando me pergunto se ele terá morrido mesmo, se tudo não foi um pesadelo, se de fato não nos encontraremos mais em restaurantes (num dos quais, não em minha companhia, foi a última vez em que o vi) ou numa reunião em casa de amigos. Não, não nos vamos mais encontrar, pelo menos tão cedo. E não quero terminar solenemente, referindo-me a homem tão marcante na história do nosso jornalismo, ao profissional e companheiro exemplar, àquele que todos os que conhecem sua trajetória sabem. Quero me lembrar de seu riso franco e aberto, de sua conversa elegantemente erudita, de seu senso de humor e ironia, de suas afinidades comigo. Quero me lembrar de meu amigo Evandro Carlos de Andrade como ele permanece, perenizado em meu coração."

    
    
              
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