Edição de Marinilda Carvalho
Parece que a equipe econômica não se conformou com a foto-mentira da Reuters, aquela em que a imagem de uma fila para pagamento do IPVA no Rio foi legendada como fila de uma então inexistente corrida aos bancos – logo no início da crise.
Brasília se esforçou então para transformar o falso em realidade. O que apenas retratava a incompetência do governo do Rio acabou revelando, nua e crua, a incompetência (?) do governo federal.
Na sexta-feira, 29, o brasileiro, afinal, voltou a correr aos bancos. Inacreditável.
As mensagens sobre a foto da Reuters, que correu mundo, são o destaque deste Caderno do Leitor.
Um aviso: esta será a única edição do mês. Devido ao Carnaval, que coincide com as férias de muitos colaboradores, só estaremos de volta em 5 de março.
Sobreviveremos. Já passamos por tudo isso antes.
Ou não?
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Clique sobre o trecho sublinhado para ler a íntegra da mensagem
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Desculpem pelo atraso, mas preciso contar o diálogo com uma amiga que ainda esta exilada, desde aqueeeeela época:
– Puxa!!!! O Dines foi censurado de novo? Não acredito?
– Pois é, em véspera de 2? turno.
– Eta cara que mete medo nos “homi”, né? Acho que ele até tava com saudades…
Abraços,
Gostaria de lembrar a Alberto Dines um fato de seu conhecimento. A famosa foto feita pelo amigo comum repórter fotográfico, o baiano Antônio Andrade, que ao chegar tarde para um encontro entre JK e John Foster Dulles, pediu para os dois posarem. O americano estava de pé, com a carteira aberta e dela retirando um cartão para entregar ao presidente Juscelino, que lhe estendia uma das mãos. Antônio Andrade fez a foto e o JB publicou com legenda ou título (não me lembro mais): “Me dá um dinheiro aí”, música em moda na época e que virou jargão popular. Tenho um depoimento a fazer. Nesta época era dirigente sindical na Petrobrás e num dos vários encontros que a cúpula dos sindicalistas teve com o presidente, alguém um dia perguntou a ele por que a demora da concessão de um canal de TV para o JB. JK, então, perdeu o bom humor e nos disse claramente que o jornal era irresponsável demais para merecer. Um abraço.
Aristélio Travassos de Andrade
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Neste calorento 20 de janeiro, deparo com nota nada gentil no OBSERVATÓRIO. Diz lá: “..Pena que o Jornal Nacional não atenda à reportagem do OBSERVATÓRIO NA TV.” Como editor do material relativo à foto legenda da Reuters, concedi entrevista, sim, à equipe do OBSERVATÓRIO na segunda-feira, dia 19, às 13 horas. Sugiro a abertura de uma versão eletrônica daquilo a que genericamente nos referimos como “segundo clichê”. Atenciosamente,
William Bonner, editor e apresentador do Jornal Nacional
Alberto Dines responde: Meu caro, a sua excelente entrevista foi ao ar na terça, 19/1. Foi um dos pontos altos do programa. A produção do programa andou procurando a direção do Jornal Nacional sobre outros assuntos, e diante da negativa em falar, ao contrário de outros telejornais, tivemos que explicar a ausência. Deve ter havido uma confusão. O OBSERVATÓRIO versão on-line, que vai completar três anos de existência, é uma ONG virtual, onde todos trabalham por amor à causa. Não dá para fazer segundo clichê. Mas vamos melhorar. Compareça! Abraços, A. D.
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Quem ligasse a TV no programa OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA do dia 19/1 e não tivesse assistido ao Jornal Nacional ouviria opiniões e comentários sobre uma certa foto da Reuters. Só que faltou exatamente a imagem! Nem sequer foi descrita a foto. Ficava uma curiosidade no ar: que foto? sobre o quê?
Aproveito a oportunidade para comentar as imagens dos participantes via Internet. Aquilo é um horror, o sujeito aparece com os olhos fechados e a boca aberta e logo depois tremido com os olhos arregalados… para a net é bem razoável, mas para a TV fica engraçado. Acho fundamental para a cidadania a existência do programa, suas críticas e opiniões.
Luiz Pryzant, São Paulo
Nota do O.I.: Prezado amigo, a foto foi mostrada várias vezes no ar! Mas nem tudo está perdido. A edição passada do O.I. mostra a dita cuja, em </artigos/jd200199a.htm>
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Senti muito a morte do Nelson e a forma de tratarem esta figura que tinha umas das maiores bibliotecas particulares que já vi e que até o fim da vida, mesmo sem poder ler por problemas de visão, dedicou-se a entender este país e este mundo. Gostaria que alguém fizesse a pergunta: o que será feito do legado de Nelson, seus livros, seus escritos?
Deviam ir para um centro de pesquisa sério, onde pudessem servir de fonte inspiradora para a aridez destes dias. Fica a sugestão para a família e para as universidades que têm estrutura para bancar um acervo destes.
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Como sempre, o trabalho de Alberto Dines abre novos ângulos para todos.
A respeito dos obituários, totalmente de acordo. Lembro de ter feito uma das minhas primeiras “amarelinhas” na Veja (lá nos idos do começo dos 70) com uma entrevista com Alden Whitman, o cara que conseguiu fazer uma arte do gênero no New York Times. Pelo jeito, não teve muito efeito em todos esses anos.
Aqui tenho escrito alguns para o Guardian e o Independent, sobre escritores e personalidades latino-americanas. E o Telegraph acaba de publicar um quarto volume com os melhores obituários publicados no jornal nos últimos anos.
Estou chocada com a morte do Alfredo Leão. Mandei um e-mail para ele em 23/12, agradecendo seu estímulo, e recebi resposta no mesmo dia com um elogio que vou guardar. É lamentável que se perca uma voz pela liberdade. Menos uma a nos estimular a falar contra o crime e contra a opressão. E ainda há pessoas que se voltam contra as leis de trânsito, achando que multas são exploração, assalto contra o bolso do cidadão.
As ofensas contra D. Maria Goldenberg são apelativas, ilegais e pouco elegantes. Espero que tais atitudes possam um dia deixar de se tornar simples brincadeira para aqueles que se escondem pela Internet, com ou sem motivo de vingança. Apenas a lei poderá desvendar os motivos reais desta situação constrangedora para nós cristãos.
Queria lembrar à Band que, no início, o Boris Casoy também tropeçou em índices de audiência, para depois alavancar o reconhecimento com o seu TJ Brasil. Talvez devessem trocar de horário o Jornal da Band, já que os pontos do Ibope é que definem a competência jornalística. José Cláudio Costa Mattos Milhori
No primeiro sábado do programa “Os Gaúchos e o governador” quem estava no ar? Era o novo governador? Não, foi levado ao ar um jornal com informações para veranistas! Alegação sobre a não-transmissão do programa com o governador: falta de contato e entendimento com a assessoria do governador. Ora essa! É muito complicada a assessoria do novo governador! Célio Romais
Em primeiro lugar quero parabenizar a todos os participantes do O.I. pelo excelente trabalho realizado. Nem sempre concordo com alguns artigos escritos, mas é a democracia e a liberdade de expressão que fazem nascer uma discussão saudável e proveitosa.
Na verdade este e-mail tem como objetivo saber se existe algum tipo de banco de dados que pudesse avisar a todos os leitores que uma nova edição do O.I. está no ar. Não é preguiça e nem esquecimento, na verdade às vezes me falta tempo para visitar o site, e aí acabo perdendo o fio da meada.
Por mais que possamos acessar edições anteriores, seria bem legal se todas as vezes que o O.I. entrasse no ar com um nova edição eu recebesse um e-mail me avisando. Na verdade, isso é só uma sugestão, não uma reclamação. Afinal, a cada edição, a essência do trabalho de vocês melhora muito.
Nota do O.I.: Gratos pelos elogios. Quem quiser receber aviso sobre o lançamento da edição, por favor envie e-mail com a solicitação a <obsimp@ig.com.br>.
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Gostaria de receber o OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA impresso, gratuitamente, como é anunciado por vocês.
Nota do O.I.: Os amigos interessados devem enviar e-mail a Sueli Fernandes, <sueli@uniemp.br>
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Muita gente fica falando da globalização levando em conta apenas o aspecto da “fermentação” tecnológica. O pior é que boa parte da mídia reforça essa visão simplista dessa realidade evidente do nosso tempo, esquecendo-se de um sem-número de outros aspectos que devem ser levados em conta. O OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA, felizmente, aparece como um lugar de reflexão e muita competência para nos fazer avaliar a globalização em toda a sua magnitude.
Ernâni Getirana de Lima, Pedro II-PI
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O OBSERVATÓRIO DA IMPRENSA está como nunca!
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Jornalista aposentada, 46 anos de trabalho diário (jornal, revista, tevê), 4a turma da Cásper Líbero (1952), envio parabéns. É triste constatar o que acontece com a “imprensona” mas bom verificar que não estamos sós em nossas críticas.
Não vinha acompanhando o JB suficientemente nas últimas semanas, mas fui surpreendido pela substituição de Zuenir Ventura no jornal.
Vi isso na edição online, na coluna de seu substituto, Mário Ventura, assinada por Ziraldo. A coluna não dava maiores informações sobre o ocorrido.
Vocês poderiam esclarecer ao público o que aconteceu? Qual foi o motivo para a saída de alguém tão importante? Imagino que deve ser por questões financeiras, mas gostaria de que vocês se pronunciassem sobre o fato, pois devem ter informações muito mais exatas.
Nota do O.I.: Zuenir Ventura, há muito assediado por O Globo, aceitou afinal o convite e se transferiu.
Gostaria de obter mais informações sobre a Ofjor Ciência. Sou formada em Jornalismo há dois anos, e estou em busca de especialização.
Nota do O.I.: A Oficina de Jornalismo é um projeto do Laboratório de Jornalismo da Unicamp. Veja informações (os e-mails mencionados não são mais válidos!) em <www2.uol.com.br/ofjor/aula.html#inaugural> e <www2.uol.com.br/ofjor/ofc200199a.htm>.
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