Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

"Com FHC, diante da TV Senado", copyright Agência Estado, 4/05/01

ASPAS

FHC E ESTADÃO
Melchíades Cunha Júnior

"Com FHC, diante da TV Senado", copyright Agência Estado, 4/05/01

O presidente Fernando Henrique Cardoso assistiu à acareação entre ACM, Arruda e Regina Borges do apartamento dele, no bairro de Higienópolis, em São Paulo. O jornalista Ruy Mesquita, que esteve com o presidente durante parte da transmissão da TV Senado, disse ao ?Jornal da Noite?, da Rede Bandeirantes, que FHC não escondia sua decepção com tudo aquilo. ?Foi um negócio trágico ver aquele espetáculo, onde a única coisa séria que tinha lá era a dona Regina?, disse o diretor responsável de O Estado de S. Paulo.

?Estomagado?

Perguntado sobre se essa era também a opinião do presidente, o jornalista esclareceu: ?Absolutamente. É isso o que eu posso falar, porque ele (FHC) não me disse para não falar. Ele estava tão estomagado quanto eu com o que viu. Ficou absolutamente claro que a dona Regina é a única pessoa que está falando a verdade?. O presidente acentuou porém a Mesquita que a cassação ou não do mandato dos dois senadores não é um problema dele. ?Ele me disse que não tem que dar palpite sobre isso, nem quer dar. É uma briga entre partidos que são a base de apoio dele no Congresso. Ele está desgostado com o que está vendo, mas não pode intervir nisso de maneira nenhuma, e nem dar palpite.?

Conjuntura

Ruy Mesquita explicou que a acareação no Conselho de Ética do Senado ocupou apenas o início de sua conversa com o presidente Fernando Henrique. Depois falaram sobre a conjuntura nacional e internacional, trocando idéias sobre como está indo o Brasil e as perspectivas para o restante de seu mandato. ?Sobre o que ele pode fazer, o que ele não vai fazer até chegar à sucessão.?

CPI

Segundo Mesquita, o fato de o Congresso estar emperrado com tanta crise pode atrapalhar os últimos meses do governo, mas que o presidente não crê que a instalação da chamada CPI da corrupção criará um grande drama. ?O problema vai ser deles (parlamentares), quando ficarem com o abacaxi na mão?. ajuntou o jornalista. ?O que eles vão fazer? Qual é a coisa concreta que eles vão examinar??

MALUF vs. ESTADÃO
O Estado de S. Paulo

"Maluf perde ação movida contra jornalista e ?Estado?", copyright O Estado de S. Paulo, 3/05/01

"O ex-prefeito Paulo Maluf (PPB) foi condenado pelo juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi a pagar todos custos processuais e honorários advocatícios de uma ação movida contra o jornalista José Neumanne e o Estado. Maluf alegava ter sua honra ofendida por um artigo publicado em 26 de abril do ano passado. que define o ex-prefeito como um ?gestor público corrupto, incompetente, irresponsável e que seu sobrenome é sinônima da expressão rouba mas faz?. O juiz, porém, considerou improcedente o pedido, por não ver qualquer dano que justificasse uma indenização.

Mais do que isso, o magistrado lembrou que ?o termo ‘malufar’, como ?sinonímia de administração com liberalidade excessiva ao erário, constitui verdadeiro fato notório de uso indiscriminado pela população brasileira?.

Assim, continua Bernicchi, não se pode imputar ao réu ?a autoria de um neologismo?. Segundo a sentença do juiz, não lhe cabe analisar se o termo é justo ou não. ?O que não se pode é punir o réu por retratar expressão de uso popular.?

Da mesma forma, o juiz considerou o lema ?rouba mas faz? como identificador popular de Maluf. ?Qualquer cidadão paulista já ouviu que a expressão é identificadora do autor (Maluf), usada até mesmo pelos seus correligionários para justificar a necessidade de que seja conduzido ao poder?, anotou Bernicchi.

Na avaliação do juiz, o artigo é contra a pessoa pública e não a pessoa íntima de Maluf. ?O autor, em troca das benesses que lhe são trazidas pela vida pública deve se acostumar com ataques de cunho político?, conclui."

Consultor Jurídico

"Ser chamado de corrupto e ladrão não é ofensa, diz juiz", copyright Consultor jurídico, 3/05/01

Para o juiz Marcos Roberto de Souza Bernicchi, não há ofensa em chamar o ex-prefeito Paulo Maluf de ?gestor público corrupto, incompetente, irresponsável e que seu sobrenome é sinônimo da expressão rouba mas faz?.

Segundo publicou o jornal O Estado de S.Paulo, acionado por Maluf pelas acusações contidas em texto do jornalista José Neumanne, o juiz considerou que a expressão ?rouba mas faz? é lembrada pela população paulista para identificar o ex-prefeito Paulo Maluf.

O juiz condenou Maluf a pagar as custas processuais e honorários dos advogados do jornal.

?Qualquer cidadão paulista já ouviu que a expressão é identificadora do autor (Maluf), usada até mesmo pelos seus correligionários para justificar a necessidade de que seja conduzido ao poder?, disse Bernicchi. O juiz considerou improcedente o pedido do político, por não ver qualquer dano que justificasse uma indenização.

Mais que isso, o magistrado lembrou que ?o termo ‘malufar’, como sinonímia de administração com liberalidade excessiva ao erário, constitui verdadeiro fato notório de uso indiscriminado pela população brasileira?.

Assim, continua Bernicchi, não se pode imputar ao réu ?a autoria de um neologismo?. Segundo a sentença do juiz, não lhe cabe analisar se o termo é justo ou não. ?O que não se pode é punir o réu por retratar expressão de uso popular?.

Na avaliação do juiz, o artigo é contra a pessoa pública e não a pessoa íntima de Maluf. ?O autor, em troca das benesses que lhe são trazidas pela vida pública deve se acostumar com ataques de cunho político?, concluiu."

OESP CORTA
CidadeBiz

"Estadão corta 15 da redação por ?reestruturação?", copyright CidadeBiz, 3/05/01

"O jornal O Estado de São Paulo cortou 15 funcionários da sua redação esta tarde.

Segundo informou ao CidadeBiz o editor-executivo do periódico Heleno de Freitas, o corte faz parte da reestruturação por que passa a empresa. ?Os resultados obtidos este ano estão abaixo do esperado?, explica Heleno. O editor não soube precisar se foram as vendas ou a publicidade que caiu. ?Acho que é tudo, num geral?, afirmou.

De acordo com Heleno, não deve haver novos cortes. ?A idéia original era de que houvesse mais?, disse, ?mas nós conseguimos economizar em outras áreas?.

A atual gestão do Estadão começou em 23 de setembro do ano passado, quando o jornalista Sandro Vaia foi indicado diretor de redação do jornal pelo conselho de administração do grupo. Na mesma ocasião, foi criado o cargo de diretor de opinião, ocupado por Fernão Lara Mesquita, que acumulou a nova função com a de diretor-responsável do Jornal da Tarde.

O jornalista Vaia, com larga experiência no grupo, completou o traumático processo de substituição de Antonio Pimenta Neves, afastado após ter sido preso acusado de assassinar a namorada Sandra Gomide."

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