Wednesday, 09 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Crescimento global

FATURAMENTO

A World Association of Newspapers (WAN) divulgou o resultado de uma pesquisa na qual conclui que o faturamento de jornais no ano 2000 cresceu em 22 dos 46 países pesquisados. Segundo o estudo, divulgado em 4 de junho, após mais de uma década com número de leitores em declínio, faturamento publicitário anêmico devido à recessão, alta nos preços de papel de imprensa e desafios da TV a cabo e da internet, a indústria do jornal vem se recuperando desde 1998.

De acordo com informações da Associated Press (4/6/01), em 2000 o número de publicações diárias cresceu em 28 países, permaneceu inalterado em 14 e caiu em 14. Nos EUA, a circulação diária de jornais caiu 0,1%, a maior baixa desde que a WAN deu início à pesquisa anual, em 1987.

O maior crescimento foi registrado na Ásia. A venda de jornais cresceu 20,2% na Índia e 12,7% na China. Já na União Européia, as vendas caíram 0,4%, metade da queda registrada em 1999. Nos últimos cinco anos, a vendagem de jornais na UE caiu 2,5%.

Os números também registram uma baixa de 0,4% no Japão, mas a nação de 127 milhões de pessoas permanece a campeã do mercado de jornais diários em termos de circulação, com 71,9 milhões de cópias vendidas diariamente. A Índia vem em segundo, com 66 milhões de cópias por dia, e os EUA em terceiro, com 55,9 milhões.

A expansão do uso da internet incentivou leitores a visitar as edições online de seus jornais, disse a pesquisa. Afirmou, também, que o faturamento publicitário cresceu em 23 países e caiu em seis, dos 30 cujos dados estavam disponíveis.

CASO McVEIGH

A Justiça dos EUA determinou que a execução do terrorista Timothy McVeigh, responsável pela explosão de uma bomba em Oklahoma City que matou 168 pessoas em 1995, não poderá ser filmada. Três juízes do 3o Tribunal de Recursos rejeitaram o veredicto de uma instância inferior que pedia ao Departamento de Justiça a filmagem da morte de McVeigh como parte do caso de Joseph Minerd, presidiário da Pensilvânia que poderá enfrentar a sentença de morte em seu julgamento por homicídio.

Segundo David Morgan [Reuters, 8/6/01], o veredicto do apelo foi uma vitória do Departamento de Justiça, defensor de lei federal que proíbe a gravação de execuções. A juíza Dolores Sloviter escreveu no veredicto que a instância inferior falhou ao "estabelecer a base para sua ordem."

Até 9 de junho, não se sabia se os advogados de Minerd levariam o caso à Suprema Corte. A morte de McVeigh, via injeção letal, estava marcada para o dia 11 de junho, em Terre Haute, no estado de Indiana. A execução ocorreu com o previsto. No dia 7, o juiz Maurice Cohill garantiu a transmissão da execução, desencadeando uma guerra legal entre os advogados de Minerd e autoridades federais. Christopher Tritico, advogado de McVeigh, disse que o condenado não se opõe à filmagem.

De acordo com a Associated Press (8/6/01), os advogados que pediram para filmar a execução estarão tentando mostrar, no julgamento de Minerd, que pena de morte viola a Oitava Emenda, a qual rejeita punições cruéis ou incomuns. Afirmaram que a fita só seria usada para argumentação frente ao júri, sendo proibida sua reprodução total ou parcial.

NOVA YORK

Depois de ter sua vida conjugal e sexual exposta na mídia durante meses, o prefeito de Nova York Rudolph Giuliani decidiu no dia 5 processar o jornal New York Post por difamação. Segundo Frank Lombardi e Michael R. Blood [New York Daily News, 6/6/01], a acusação é de que a matéria de capa "Ninhos de amor", falando que o prefeito e sua namorada, Judith Nathan, tiveram encontros secretos no luxuosos Hotel St. Regis, é "totalmente falsa". Seu advogado, Kenneth Caruso, enviou carta ao jornal exigindo desculpas e retratação, mas o editor Col Allan afirmou que sustenta tudo.

A Starwood, do St. Regis, escreveu ao prefeito condenando o jornal, e deve investigar o caso. A carta dizia que Giuliani havia ocupado o quarto do hotel apenas para fazer algumas ligações, antes de ir a um casamento. No entanto, Mary Sansone, amiga do prefeito, disse ao Daily News que o casal fora a uma cerimônia no Hotel St. Regis no fim de semana que antecede o Memorial Day. Em seguida, a Starwood enviou nova carta informando que a data do casamento citada na primeira, 25 de maio, estava incorreta, mas não falou se Giuliani passou a noite ou se Julie estava presente. A assessoria do prefeito espera uma terceira carta, que comprove ponto a ponto a mentira.

Especialistas dizem que uma vitória para Giuliani é quase impossível, pois a Constituição americana exige que, em casos de difamação, funcionários públicos provem que as informações estavam erradas e que isso era de conhecimento daqueles que a publicaram.

    
    
                     

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