Friday, 20 de September de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1306

De mártir a suicida

TELETIPO

A imprensa saudita começou a mudar a forma como qualifica os palestinos que fazem atentados contra Israel. Antes chamados de mártires, agora ganham o adjetivo de suicidas. A nova postura de jornais como Al Watan é uma tentativa do governo da Arábia Saudita, que controla a mídia, de conter os setores pró-palestinos. O Asharq al-Awsat, influente jornal internacional do país, que reflete, em linhas gerais, a sua política externa, pediu em editorial que a Palestina pare com seus atos de violência. Segundo o Ha?aretz [21/5/02], o jornal egípcio Al-Riad também deixou de lado termos de caráter religioso e sugeriu que os palestinos cessem "os ataques suicidas" e atentem para seus "interesses nacionais supremos".

A rede de notícias CNN deve inaugurar em junho seu novo estúdio em Nova York. Embora a direção enfatize que a sede da emissora continua em Atlanta, Nova York deve ser a nova base de expansão da emissora. Três programas principais devem ser produzidos lá: o matutino American Morning, apresentado por Paula Zahn, o noturno NewsNight, com Aaron Brown, e uma atração com a recém-contratada Connie Chung. Parte da parede externa do estúdio é de vidro, o que permitirá que os transeuntes acompanhem as gravações. O "aquário" fica a apenas três quarteirões da rival Fox News, que pode inventar alguma brincadeira, como a que fez em Atlanta, onde exibiu cartazes ironizando a CNN bem em frente a sua sede. As informações são do New York Observer [27/5/02].

Mesmo aparecendo nos programas 60 Minutes, Oprah, NBC Nightly News, Good Morning America e Today, nas capas das revistas Time e New York e em editoriais dos jornais New York Times, San Francisco Chronicle e Los Angeles Times, o novo livro de Sylvia Ann Hewlett é um fracasso de vendas. Creating a life: professional women and the quest for children (Criando uma vida: mulheres profissionais e a busca por filhos) vendeu apenas 8 mil exemplares em dois meses nos EUA. O motivo pode estar no assunto: mulheres estão deixando de ter filhos porque trabalham, e a época de maior fertilidade coincide com a fase em que as empresas mais exigem dedicação. As mais jovens querem ignorar uma previsão tão sinistra, e as mais velhas se ressentem por não terem filhos.