Wednesday, 09 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Desempregados na Playgirl

TELETIPO

Cinco funcionários da falida Enron tiraram tudo na frente das câmeras da Playgirl, no dia 19. "A Enron me deixou com uma mão na frente e outra atrás", brinca Mark Zebrowitz, ex-gerente de produção da empresa texana de energia. O cenário da sessão fotográfica é uma sala de diretoria, imitando escritório da Enron. Para a edição, que deve sair em setembro, houve seleção entre 35 candidatos. Os escolhidos receberão mais dinheiro para exibir seu corpo do que ganharam na demissão ? US$ 5,6 mil, que muitos reclamam nunca ter recebido. A Playboy, diz a CNN [20/5/02], lançará no fim de julho a edição com ex-funcionárias.

O parlamento turco aprovou lei que subordina os meios de comunicação, inclusive a internet, aos governos locais. A BBC [15/5/02] conta que a discussão entre os congressistas quase acabou em pancadaria. Agora, está proibido publicar conteúdo sobre violência, discriminação e hostilidade ou que viole "valores nacionais e espirituais da estrutura familiar turca". Para opositores, a decisão fere a liberdade de imprensa e pode dificultar a entrada da Turquia na União Européia. Autoridades turcas freqüentemente já tiravam emissoras de rádio e TV do ar. Estações regionais correrão risco de falência com as altas multas que poderão ser aplicadas. O presidente Ahmet Sezer vetara a lei no ano passado por rejeitar "a monopolização do rádio e da TV pelo grande capital". Agora não pode impor outro veto, somente recorrer à Corte Constitucional.

A Justiça ucraniana inocentou Yuriy Verediuk da acusação de assassinato do jornalista Igor Alexandrov. O juiz responsável pelo caso considerou a argumentação da promotoria sem fundamento. Alexandrov foi espancado em 3/7/01 quando chegava à emissora TOR, onde era diretor, na cidade oriental de Slaviansk. Foi a segunda morte de um jornalista de oposição no país, depois do assassinato de Heorhiy Gongadze, que editava um informativo de internet. Este caso, que causou revolta e protestos na capital, Kiev, também segue sem solução. A Associação de Jornalistas da Ucrânia pediu que promotores revelassem todos os resultados de investigações de violência contra jornalistas no país, informa a AP [20/5/02].