Friday, 03 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1286

Em busca do assinante eterno

REVISTAS AMERICANAS

Editoras de revistas americanas como Time, Playboy Enterprise, Martha Stewart Living Omnimedia e Reader’s Digest Association querem fazer crescer o mercado de assinaturas contínuas. O consumidor dos Estados Unidos está acostumado a usar o sistema com jornais e TV a cabo, mas alguns expertos da indústria editorial duvidam que ele pegue para revistas.

Hoje, a maior parte das assinaturas de revista nos EUA é por determinado período de tempo. No modo contínuo, não há data de expiração, apenas cancelamento a pedido do leitor. Para as editoras, as vantagens são menor gasto com correio e um número permanente de assinantes que pode ser mais atraente para os anunciantes. Para o consumidor, o serviço contínuo significa não receber faturas e malas-diretas propagandeando renovação.

A chave da estratégia das editoras é convencer o leitor a permitir o débito permanente no cartão de crédito. A Comissão Federal de Comércio (FTC, sigla em inglês) está de olho no processo. “Este tipo de venda é regular contanto que o consumidor saiba o que está comprando e concorde com antecedência”, alerta Edwin Rodriguez, advogado do Escritório de Proteção ao Consumidor da FTC. Este ano, a associação que representa as editoras, Magazine Publishers of America, criou novas diretivas para ajudar suas afiliadas a não irritar os reguladores estaduais e federais.

Brian Steinberg [Dow Jones Newswires, 16/8/02] informa que, segundo o consultor de circulação Dan Capell, cerca de 6% dos assinantes de revistas dos EUA já adotaram o serviço contínuo. De acordo com as editoras, na Playboy o índice é de 10% e em alguns títulos da Time, como Entertainment Weekly, People e Sports Illustrated, a margem sobe para 25% a 30 %.