Thursday, 10 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Luciana Moherdaui

ASPAS

AUDIÊNCIA

"UOL recua e volta ao ranking do IVC", copyright Último Segundo, 15/07/01

"Depois de ter anunciado suspensão ?temporária? na participação do ranking do IVC (Instituto Verificador de Circulação)e ter feito um estardalhaço na mídia, o Universo Online (UOL) recuou e voltou a figurar na lista de audiência do instituto.

No levantamento do IVC referente a junho e que deve ser divulgado neste domingo, o Último Segundo apurou que o UOL permanece em primeiro lugar, com aproximadamente 577 mil visitantes únicos, contra 538.753 de maio.

Agora, a pedra no caminho do UOL é portal Terra, que registrou aumento considerável na audiência. O Terra ocupa o segundo lugar no ranking com aproximadamente 546 mil visitantes únicos em junho, contra 473.704 do mês anterior. E pretende fazer um barulho com esse resultado. A diferença entre Terra e UOL é de apenas 31 mil unique visitors. O ranking deve sair assim: UOL, Terra , BOL, Home do BOL, Playboy, Folha Online, Matrix e Estadão.

Na última segunda-feira, o UOL divulgou um anúncio no qual criticava a metodologia de auditoria utilizada pelo IVC. A medida surpreendeu o mercado, uma vez que o provedor sempre endossou o método instituto.

A principal queixa do UOL se refere à contagem do número de visitantes únicos. Atualmente, o IVC faz a contagem por meio do endereço IP (Internet Protocol) do usuário. Essa metodologia provoca distorções no número de visitantes únicos auditados por não conseguir captar todos os internautas que navegam por um site. Há também quem diga que a pressão do UOL sobre o IVC se deve ao fato de o Terra ter subido no ranking e o BOL e a Folha Online terem registrado queda.

O Último Segundo apurou que os relatórios apresentados pelo instituto desmentem o número de usuários que o UOL afirma ter. Em abril passado, o UOL comemorou cinco anos no mercado anunciando um milhão de assinantes. Mas o levantamento do IVC referente a maio colocava o UOL em primeiro lugar no ranking de provedores da Internet brasileira com 538.753 mil usuários únicos. Ou seja, uma tremenda distorção, equivalente a mais de 50%.

Ocorre o mesmo com o provedor Terra. Na última semana, eles anunciaram 850 mil assinantes. Mas o relatório do IVC de junho aponta 473.704 mil visitantes únicos. Isso indica outro erro no método de apuração. Na realidade, o número de visitantes únicos desses provedores deveria ser igual ou superior ao número de assinantes.

"Nova tecnologia de auditoria on-line acaba com polêmica do IP", copyright Último Segundo, 13/07/01

"Depois que o Universo Online (UOL) anunciou a suspensão de sua participação ?temporária? do ranking do IVC (Instituto Verificador de Circulação) por considerar o método de auditoria do instituto impreciso, uma nova tecnologia promete mudar esse cenário.

Atualmente, o IVC faz a contagem por meio do endereço IP (Internet Protocol) do usuário. Essa metodologia provoca distorções no número de visitantes únicos auditados por não conseguir captar todos os internautas que navegam por um site.

E essa é uma das principais razões do desconforto do UOL em relação aos números do IVC. O Último Segundo apurou que os relatórios apresentados pelo instituto desmentem o número de usuários que o UOL afirma ter. Em abril passado, o UOL comemorou cinco anos no mercado anunciando um milhão de assinantes. Mas o levantamento do IVC referente a maio colocava o UOL em primeiro lugar no ranking de provedores da Internet brasileira com 538.753 mil usuários únicos. Ou seja, uma tremenda distorção, equivalente a mais de 50%.

Essa não é a primeira vez que os métodos do IVC são contestados por provedores. O diretor técnico do instituto, Ricardo da Costa Silva, já admitiu que pode mudar o método e que o atual sistema de medição não é preciso.

Mas uma nova tecnologia de auditoria on-line, a Isee1, é capaz de auditar sites com 100% de precisão e apresentar informações sobre acesso mais completas do que as que existem atualmente.

Desenvolvida sob a coordenação do ex-diretor do IVC, Geraldo Bittencourt, essa ferramenta será capaz de identificar cada usuário por meio de cookies e tags. UOL, Terra e Radix estão acompanhando a implantação do Isee1 no Brasil.

?Com o Isee1 é possível identificar quantos usuários existem por trás de um IP, sobretudo em empresas que protegem seus equipamentos com firewall ou qualquer outro sistema?, explica."

"UOL anuncia saída do IVC", copyright Último Segundo, 10/07/01

"O Universo Online (UOL) comunicou na segunda-feira a suspensão de sua participação nos relatórios mensais do IVC (Instituto Verificador de Circulação). O anúncio foi feito na edição desta semana do jornal semanal ?Meio & Mensagem?, que circula às segundas-feiras.

De acordo com informações obtidas pelo Último Segundo, executivos do grupo não estão satisfeitos com o método de aferição de audiência utilizado pelo instituto. A medida surpreendeu o mercado uma vez que o UOL endossou anteriormente a metodologia do IVC.

?A tecnologia do IVC se tornou obsoleta e, por isso, os relatórios de auditoria divulgados pelo instituto apresentam uma margem de erro muito grande?, diz uma fonte ligada ao UOL que preferiu não se identificar.

Segundo ela, os números do IVC são ?imaginários? porque fazem a medição a partir do IP (Internet Protocol) do usuário. Ou seja, uma empresa pode ter milhares de funcionários conectados à Internet e isso representar apenas um usuário.

Como isso pode ocorrer? Uma grande empresa com 10 mil funcionários pode utilizar, por motivos de segurança, equipamentos especiais chamados de ?firewall?, responsáveis pela proteção da rede. A empresa pode controlar o acesso à Internet de seus funcionários por meio de um serviço de rede chamado de ?proxy?, configurado pelo pessoal de rede da empresa.

Com isso, todos os acessos à rede externa da companhia representam apenas um único endereço IP. Todos os usuários que estiverem ?atrás? do firewall e do proxy, aparecerão como um único usuário.

Informações obtidas pelo Último Segundo indicam que a saída do UOL do IVC pode causar um efeito cascata no mercado, levando outros provedores a tomarem a mesma decisão. O Terra, controlado pelo grupo Telefónica, por exemplo, já está analisando propostas de outro instituto de auditoria.

O relatório do IVC é enviado aos clientes todo dia 15 de cada mês. O UOL ainda não ?liberou? os dados deste mês e já pediu a exclusão da medição do UOL, BOL e Zip.Net. Pressionado pelo UOL, o IVC acenou com a possibilidade de modificar seu método.

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De acordo com o anúncio publicado no ?Meio & Mensagem?, o UOL avisa que ?reformula suas ferramentas de medição de audiência na Internet, para adequá-las a padrões reconhecidos internacionalmente? e, por isso, ?suspende a sua participação nos relatórios mensais (de audiência, do IVC)?.

O texto informa ainda que o grupo procurou diretamente o IVC para criticar o atual sistema de medição. O UOL reclama que o instituto não impede o uso de mecanismos capazes de ?inflar artificialmente as audiências?. (Colaborou Ana Carolina Rocha)

 

ALARGANDO BANDAS

"Tecnologias Da Informação Economia Digital", copyright O Estado de S. Paulo, 15/07/01

"Em 1995, eram apenas sete satélites, entre domésticos e internacionais, autorizados a operar no Brasil. Hoje, são 24. Daqui a quatro anos, serão 62.

Se você espera há longo tempo a chegada de serviços de alta velocidade para acesso profissional à Internet via satélite, pode começar a sorrir. Esses serviços chegarão nos próximos meses. Pelo menos duas operadoras estarão oferecendo ainda este ano conexões que variam de 300 quilobits por segundo (kbps) a 2 Megabits/segundo. Essas empresas são a Star One, que se desmembrou da Embratel, e a PanAmSat, utilizando seu satélite gigante recém-autorizado a operar no país.

Inicialmente, esses serviços não serão muito populares, porque os preços serão bem mais elevados do que os acessos via cabo do tipo Speedy ou Virtua.

Mas, a médio prazo, não tenha a menor dúvida de que eles serão bem mais acessíveis, pois os preços tendem a cair significativamente, graças a dois fatores: a evolução tecnológica e a competição acirrada.

A PanAmSat Corp. obteve terça-feira a autorização da Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) para iniciar os serviços de transmissão de vídeo, dados e Internet para todo o território brasileiro, por intermédio do PAS-1R, um dos maiores satélites já construídos e lançados ao espaço.

Explosão – Até aqui, a maioria dos serviços prestados pelos satélites geoestacionários da Embratel só interessavam às operadoras de telefonia e dados, ou às redes de televisão. Num futuro próximo, milhares de pequenas e médias empresas e até pessoas físicas passarão a utilizá-los.

Uma prova do crescimento explosivo do mercado brasileiro de telecomunicações são os 24 satélites já autorizados a operar no País. Nos próximos quatro anos, ou seja, entre 2001 e 2005, esse número chegará a 62, segundo prevê a Anatel.

A Embratel deixou recentemente de operar seus próprios satélites domésticos ao constituir uma nova empresa, a Star One, em associação com a Astra norte-americana, para continuar aqueles serviços de comunicação via satélite. O presidente da Star One, Edison Soffiatti, antecipa que, no máximo em 90 dias, a empresa estará lançando os serviços de acesso à Internet em alta velocidade, acima de 300 kbps.

Nesta nova fase, a Star One utilizará os cinco satélites Brasilsat antes pertencentes à Embratel: o velho A2 (em fase final de vida), e os B1, B2, B3 e B4. A rigor e por pouco tempo, a Embratel ainda continuará operando os satélites do consórcio Intelsat, que tem serviços diferenciados, em bandas de freqüência C e Ku.

Segundo a Anatel, são hoje 13 empresas, a maioria delas internacionais, autorizadas a operar um total de 24 satélites geoestacionários no mercado brasileiro. Eis as operadoras que hoje atuam no Brasil: Embratel (satélites Intelsat e Nahuel-1), Star One (satélites Brasilsat B1, B2 B3 e B4), General Electric Capital do Brasil (GE-4), Loral Skynet (Brasil-1, Satmex-5, Solidaridad-2 e Telstar-12), Galaxy Brasil (Galaxy 8), Inmarsat Brasil (3AGR-East e 3AGR-West-2), Key TV (PAS-1 e 3), Manesco Ramires Perez Azevedo Marques (Hispasat-1C), Nahuelsat do Brasil (Nahuel-1), Net Sat Serviços (PAS-3R e PAS-6B), New Skies (NSS-803, NSS-806), PanAmSat do Brasil (PAS-1R) e Telesat Brasil (Anik F-1).

Um gigante – A PanAmSat Corp., que inicia uma nova fase como operadora de satélites no mercado brasileiro, foi a primeira empresa do ramo a já nascer como empresa privada há cerca de 20 anos. Seu sócio principal (81%) é a Hughes Electronics Corporation. O satélite PanAmSat PAS-1R, que passa operar no Brasil é um gigante modelo Boeing 702 estacionado na linha equatorial na longitude de 45 graus Oeste, a 36 mil quilômetros da Terra, com 72 transponders (retransmissores especiais), 36 dos quais na banda C e 36 na banda Ku, o que lhe permite fazer a transmissão em broadcasting expandida de vídeo e dados, assim como transmissões para Internet em banda larga, para as Américas, o Caribe, Europa e África.

A licença para a operação do satélite PAS-1R permite à PanAmSat comercializar serviços de valor agregado no Brasil, tais como a distribuição de sua programação de televisão mundial, garantir conectividade ao backbone de Internet e serviços de comunicações empresariais para o mercado corporativo, além de eventos pontuais ou serviços especiais ad hoc.

Para o presidente executivo da PanAmSat, Douglas Kahn, o Brasil é um dos mais promissores mercados do mundo e o maior da América Latina. Com 21 satélites em órbita, a PanAmSat Corporation fornece serviços globais de transmissão de vídeo e dados via satélite."

    
    
    
                     

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