SEM INFORMAÇÕES
V.G.
Os problemas do Iuperj (Instituto de Pesquisa e Pós-graduação, ligado à Universidade Cândido Mendes) só apareceram no Jornal do Brasil e no Estado de S. Paulo graças à coluna de Dora Kramer.
Aliás, um dos representantes da Universidade Cândido Mendes foi escolhido para compor a Câmara de Ensino Superior do novo Conselho Nacional de Educação. Os jornais praticamente ignoraram o caso, com exceção daqueles que optaram por noticiar a polêmica que envolveu uma das duas diretorias da Associação Nacional das Faculdades Isoladas, que se manifestou ostensivamente contra a nomeação de Marília Ancona-Lopez, vice-reitora da Unip e representante de João Carlos Di Gênio.
Nem mesmo a indicação de uma professora negra para compor o conselho resultou em matéria. Os jornais ignoraram também o fato de que dois dos nomeados não estavam entre os escolhidos na lista de nomes indicados por diversas entidades. Os leitores continuam sem saber como se comportaram a UNE, a Andes-Sindicato Nacional, entidades que formalmente têm o poder de indicar nomes para o conselho.
Na Universidade Federal do Rio Janeiro, o professor Carlos Lessa conseguiu 90% do apoio dos professores e um índice quase igual entre estudantes e funcionários. Mas o ministro pode nomear qualquer um dos nomes da lista tríplice que o Conselho Universitário apresentará, incluindo os menos votados. Há quatro anos, o ministro Paulo Renato Souza optou por indicar o terceiro nome da lista, gerando uma crise e fazendo com que a UFRJ trabalhasse sob tensão desde então.
DESAFIO AOS CURSOS
V.G.
Em entrevista ao jornalista Elio Gaspari (domingo, 24/3), questionado sobre a idéia do presidente Fernando Henrique de que caberia à mídia fiscalizar as eleições, Lula respondeu que os cursos de Comunicação deveriam fiscalizar a mídia. Já nas eleições de 1998 houve uma pesquisa sobre o comportamento da mídia nas eleições, realizada pelo Labjor da Unicamp e tocada por alunos da Ufes. O Observatório da Imprensa se propõe a divulgar iniciativas semelhantes.