Friday, 04 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1308

Obra polêmica

TELETIPO

O último livro de Martin Walser, um dos mais aclamados escritores alemães da atualidade, ainda nem foi publicado, mas já provocou reações iradas. O jornal Frankfurter Allgemeine Zeitung, a quem ele ofereceu o manuscrito, classificou Morte de um crítico de "documento de ódio" anti-semita, por descrever um crítico que tem semelhanças com o famoso Marcel Reich-Ranicki, ex-apresentador de um programa sobre literatura e sobrevivente do Holocausto. Walser defende que o romance versa mais sobre o poder do crítico na era da televisão. "Para mim, o ponto é que a figura de Reich-Ranicki usa e abusa de seu poder sobre o mercado literário", argumenta. Em 98, o escritor causou polêmica ao pedir que o Holocausto parasse de ser usado como "instrumento de intimidação e porrete moral" contra a Alemanha. Informações da AP (29/5/02) e de Steven Erlanger [New York Times, 6/6].

A NBC News anunciou que Tom Brokaw permanecerá o principal âncora da casa até as eleições presidenciais de 2004. O jornalista deve continuar na rede, provavelmente apresentando especiais, e será substituído em novembro daquele ano por Brian Williams, apresentador do canal a cabo MSNBC. Jim Rutenberg [New York Times, 28/5/02] informa que ABC e CBS ainda não divulgaram nenhum plano de sucessão para os também veteranos Peter Jennings e Dan Rather.

Jacques Fauvet, ex-diretor do prestigiado Le Monde de 1969 a 1982, morreu em 1o de junho em Paris, aos 87 anos. Fauvet entrou no jornal no final da Segunda Guerra Mundial, onde trabalhou como correspondente político e editor-chefe, chegando a diretor geral, o cargo mais alto do Monde, quando o fundador Hubert Beuve-Méry se aposentou. Conta Paul Lewis [New York Times, 4/6/02] que ele e um editorialista foram processados em 1980, acusados de "atacar a autoridade e a independência do Judiciário", por terem publicado críticas às sentenças do "escândalo dos diamantes" envolvendo Valéry Giscard d?Estaing, então presidente da República. Um ano depois, os jornalistas foram anistiados.