Tuesday, 15 de October de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1309

Paulo Ricardo Moreira

ENTREVISTA / LEONOR CORRÊA

"Papo de comadre em banca de jornal", copyright O Globo, 28/04/02

"Há duas semanas no ar, Leonor Corrêa vem agradando com seu papo de comadre no ?A casa é sua?, da Rede TV!. Irmã caçula de Fausto Silva, ela comenta a mania de ler revistas e jornais nos programas vespertinos e fala da oportunidade de voltar a ser apresentadora depois de passar oito anos afastada do vídeo.

O GLOBO: Você se sente à vontade no programa?

LEONOR CORRÊA: Eu estou à vontade, mas não sei se o programa está assim comigo. Acho que faltam algumas coisas. Não pode ter só leitura de revistas. Brinco sempre dizendo que vou abrir a banca de jornal. Agora vamos pensar em novos quadros e fazer entrevistas em externas.

O GLOBO: O que você acha de todos os programas da tarde mostrarem revistas?

LEONOR: É um quadro importante porque dá audiência. É lógico que eu não tenho intimidade com isso, nem tenho informantes. Mas ele vai continuar. Seleciono as notícias mais importantes do dia e faço uma brincadeira.

O GLOBO: O público sabe o que é fato e o que é fofoca?

LEONOR: O programa é feito em cima do factual e dos bastidores do mundo artístico. O público da tarde quer saber de tudo. Por isso, eu me baseio no que sai nos jornais e mostro a ele os dois lados.

O GLOBO: Você brinca muito no ar. Foi sempre assim?

LEONOR: Sou uma conjunção de clones. Tenho a cara do Faustão, o sotaque do Kléber Bambam e o pescoço da Feiticeira. Brinco com o fato de ser gordinha e as situações que acontecem no programa. O humor é uma característica de família. Sou assim mesmo.

O GLOBO: O que você acha dos comentários sobre sua semelhança com o Faustão?

LEONOR: Somos seis irmãos. Eu e ele somos mais parecidos do que os outros por causa da cara e do peso. Mas o humor é diferente. O meu é um papo de comadres, gosto de tirar sarro da minha própria cara. Mas, depois que virei mãe, choro até com comercial de detergente. O Fausto segura mais a onda.

O GLOBO: Você era diretora na Globo. Por que saiu?

LEONOR: Queria voltar a ser apresentadora. Quando a Rede TV! me chamou para fazer o programa, decidi arriscar."

 

CORAÇÃO DE ESTUDANTE

"Um outro olhar sobre o problema das drogas", copyright O Globo, 28/04/02

"Nada de cenas fortes, que mostrem alguém cheirando cocaína ou fumando maconha. Em ?Coração de estudante?, o tema drogas começará a ser abordado muito sutilmente, e sempre voltado para o lado humano. Através de Mariana, personagem de Carolina Kasting, o autor Emanuel Jacobina quer mostrar como as relações de um dependente químico com o mundo podem e devem ser resgatadas.

– Diferentemente de ?O clone?, não vamos ter as angústias de alguém que se droga. Vamos mostrar o lado de quem está tentando se livrar do vício. Mariana está no oitavo dos 12 passos da recuperação. Este passo prevê o encontro com as pessoas que ela magoou – diz Jacobina.

Carolina Kasting está mergulhando num universo que é novo para ela. Leu livros e viu filmes, como ?Christiane F.?, e conversou muito com amigos e parentes.

– O vício é muito presente nas nossas vidas. Conhecemos gente que teve o problema ou que tem histórias de amigos que tiveram – explica ela. – Pensei em fazer algo mais real, ir a uma clínica para dependentes ou ao Alcoólicos Anônimos, mas depois achei que não era o caso da novela. A Mariana lida com a parte da recuperação das relações, um lado mais humano. E para me inteirar disso só com muita conversa. Foi o que fiz.

Nos próximos capítulos, a personagem sofrerá nas mãos de Amelinha (Adriana Esteves). E verá seu filho, Lipe (Pedro Malta), se decepcionar com ela. Para Carolina, um fator complicador na história de Mariana é o fato de ela ser mãe e lutar a todo custo para se reaproximar da criança.

– Ela ama o filho, não tenho dúvidas disso. E agora quer retomar aquela ligação. Ela se casou muito cedo, se sentia presa e já tinha problemas com a bebida. Depois que chegou ao fundo do poço, percebeu que precisava de ajuda – conta a atriz.

Jacobina já tinha falado sobre o uso de drogas quando assinava o roteiro de ?Malhação?. Este horário de fim de tarde é propício para abordar temas semelhantes, porque muitos adolescentes estão em frente à televisão.

– As drogas não têm que ser um tabu, temos que falar abertamente. Não dá para esconder, muito menos dos jovens. É um assunto delicado e importante de ser discutido – diz Carolina. – É a primeira vez que faço um personagem problemático, com esta carga dramática, e me sinto honrada."

 

ASSUNÇÃO vs. QUEM

"?Não publicar seria punir nossos leitores?", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 26/04/02

"Em entrevista por telefone, Laura Capriglione, diretora de redação de Quem, disse que, em nenhum momento, a revista teve intenção de mover uma guerra com Assunção. ?Ao ler a reportagem, você vai perceber que o tom do texto é absolutamente respeitoso. Prestamos uma homenagem a ele.?

A jornalista afirma que como no casamento havia mais de mil pessoas, o evento já havia se tornado público. ?Através de sua assessoria, ele informou que divulgaria algumas fotos da cerimônia e da festa. Se ele iria tornar o evento público, onde a revista errou??, pergunta. ?Não publicar seria punir nossos leitores.?

Laura conta que a assessoria do ator só divulgaria as fotos na terça-feira (23/4), o que acabou não sendo feito em função do ocorrido. ?O fechamento de Quem é na segunda. Nossos leitores seriam os únicos privados dessa informação. Temos o direito de editar nossa revista com confiabilidade, de defender a liberdade de imprensa e o direito à informação?.

Cláudia Boechat, editora-chefe e acusada pelo ator como mandante da invasão em sua festa, disse que ficou muito surpresa com tudo isso. Há nove anos trabalhando na cobertura da vida de celebridades, a editora diz que nunca passou por situação semelhante. ?Ele não me conhece, não sabe qual meu nível de decisão dentro da empresa. Qual o conhecimento que ele tem para falar uma coisa dessas??, perguntou, referindo-se a um trecho da carta enviada pelo ator à imprensa em que ele questiona a ética profissional de Cláudia. ?Quem foi difamada nessa história toda fui eu?.

Segundo Cláudia, a fotógrafa Melissa não quer falar sobre o assunto. ?Ela já se tornou celebridade. Tem muita gente querendo conversar com ela?, brincou.

Sobre a ação, Laura disse apenas que os advogados da Editora Globo vão seguir os trâmites legais. Comunique-se tentou falar com Fábio Assunção, mas a assessoria de imprensa do ator informou que ele continua viajando em lua-de-mel."


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"Representantes da Fenaj e do SJSP comentam caso Assunção x ?Quem?", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 26/04/02

"?A lei protege o cidadão, que tem o direito de proteger sua imagem?. A declaração é de Adalberto Diniz, diretor da Fenaj, sobre o caso Fábio Assunção X Quem Acontece. Apesar de não ter estudado Direito, Diniz faz pesquisas sobre direitos autorais. ?O ator tem respaldo legal para mover uma ação contra a editora e a fotógrafa?, explica, referindo-se a Cláudia Boechat (editora-chefe) e Melissa Haidar (fotógrafo free-lancer).

Sílvia Neli, coordenadora do departamento jurídico do Sindicato dos Jornalistas Profissionais de São Paulo, também acha que, em princípio, a ação que Assunção quer mover contra as jornalistas tem fundamento. ?Ele pode entrar com uma ação se baseando no direito de imagem, já que a foto foi tirada sem seu consentimento e durante uma festa particular?. Mas Sílvia prefere não julgar os méritos: ?É preciso primeiro saber no que ele vai se fundamentar ao mover o processo?.

Diniz é mais direto: ?A privacidade é um direito sagrado. A imprensa a invade constantemente e acha que está certa. Se Assunção estivesse em praça pública interpretando, seria uma coisa. Agora, se ele não quer expor sua vida pessoal, ninguém pode ir contra isso. Alguns profissionais acham que têm o ?rei na barriga?.

No mês de maio, a ANJ vai promover um debate justamente sobre o assunto. ?O evento vai esclarecer o que é certo e errado nesse tipo de cobertura?, adianta Diniz."

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"Fábio Assunção se revolta contra ?Quem?", copyright Comunique-se (www.comunique-se.com.br), 26/04/02

"O ator Fábio Assunção, ator da TV Globo, quer processar a editora da revista Quem Acontece, Cláudia Boechat, e a fotógrafa Melissa Haidar, pela publicação de fotos do casamento do ator com a modelo Priscila Borgonovi, segundo ele, ?sem a devida autorização dos noivos?.

Assunção enviou carta à imprensa dizendo que, embora tenha decidido escolher uma foto oficial para ser distribuída aos jornalistas, a revista não respeitou sua decisão. Na carta, ele conta que dois paparazzis conseguiram burlar de forma sorrateira a segurança contratada, tendo sido esta firmemente e exaustivamente instruída a permitir somente o ingresso de convidados no local da cerimônia.

O ator chama a fotógrafa Melissa de ?invasora? e afirma que tudo aconteceu com o apoio de Cláudia.

Leia a carta na íntegra:

CARTA DE FABIO ASSUNÇÃO À IMPRENSA

?Venho através desta tornar do conhecimento publico o desrespeito a que fui submetido esta semana pela Revista Quem Acontece e com a finalidade de evitar possíveis notícias deturpadas e desdobramentos equivocados. Certamente que estarei também falando em nome de todos aqueles que gozam de respeito e prestígio e lutam para continuar um trabalho público e preservar sua família e privacidade.

No dia 20 de abril de 2002 eu e a Priscila oficializamos e festejamos nosso casamento em São Paulo na presença de nossos familiares, padrinhos e amigos.Foi uma celebração religiosa e civil e, portanto íntima. A festa toda foi a tradução exata do que acreditamos e queremos em nossas vidas! A exaltação do amor, do sentimento. O encontro definitivo em um plano espiritual abençoado por Deus e pela espiritualidade presente.

Fomos contatados por diversos órgãos da imprensa durante os dois meses que antecederam a celebração e recebemos várias solicitações e propostas. Revistas se oferecendo para pagar nosso casamento em troca de cobertura exclusiva, convite para escolhermos o lugar do mundo que quiséssemos para passar nossa lua-de-mel, com tudo pago e sempre respondemos com educação e carinho através da nossa assessoria, agradecendo o interesse e explicando que a cerimônia seria intima e que no caso da viagem preferíamos fazer a viagem que coubesse em nosso bolso do que ter este momento especial e ímpar exposto de uma forma comercial.Após dois meses de insistência e verdadeira pressão eu e Priscila refletimos e decidimos então enviar aos veículos de imprensa interessados uma foto oficial escolhida por nós e que traduzisse nosso espírito neste momento, muito bem, até aí estava tudo certo.No entanto dois paparazzis conseguiram burlar de forma sorrateira a segurança contratada tendo sido esta firmemente e exaustivamente instruída a permitir somente o ingresso de convidados no local da cerimônia, e nos fotografar. Vistos por algum segurança um dos paparazzis teve a máquina e filme apreendidos; no entanto a outra invasora, a Sra. Melissa Haidar, conseguiu fugir com as imagens. Eu e Priscila fomos informados desta agressão absurda somente no dia seguinte e já de malas prontas para uma rápida viagem acionamos nosso advogado em São Paulo,

Com o seu trabalho impecável e a preciosa ajuda de amigos fomos informados que a invasora havia encontrado apoio na Sra. Claudia Boechat, editora chefe da revista Quem Acontece, a qual comprou imediatamente as imagens e colocou na capa da revista que acabou sendo lançada no dia 24 de abril.

Afinal o que somos nós? Atores que defendem seu pão com trabalho digno e suado.Procuro e até hoje encontro no meu trabalho um ofício, penso minha carreira a longo prazo e nunca procurei o ?show business? para fomentar o interesse publico à minha pessoa.Não posso ser tratado como uma carniça à mercê de abutres.Pessoas que desconsiderando minha postura profissional me tratam como aqueles ?artistas? que expõem sua intimidade em troca de fama e dinheiro.Minha alma não esta à venda, nem meu equilíbrio emocional, nem minha família.Se a intenção foi esta, espero o reparo.

Na terça feira nosso advogado conseguiu uma ordem judicial que foi concedida às 19:25 hs, cuja cópia segue anexa, determinando a proibição da veiculação de quaisquer fotos do casamento.A editora Globo SA recebeu o oficio judicial às 20:30 deste mesmo dia.Espero de todo coração que, já que meu pedido não foi respeitado, nem a ordem judicial acatada, que os amigos e convidados que estiveram presentes em nosso casamento nos desculpem pela possível exposição.

Em especial à editora Claudia Boechat e a fotógrafa Melissa Haidar: são pessoas como vcs. que impedem a saúde da relação entre atores e pessoas públicas com os veículos de imprensa, e provocam ruídos e informações cruzadas dos mesmos com o público em geral, que ao invés de ser agraciado com informações verdadeiras obtidas de uma forma legal recebem noticias falsas, sensacionalistas e conseguidas de uma forma ilícita. A foto que mandaríamos só para veículos interessados não mandaremos mais e quem perde é o publico que acompanha nosso trabalho com carinho.

A vcs duas muito obrigado pelo ?presente? que recebemos nesta data tão importante de nossas vidas.Espero que não precisem mais de nós.

Enfim, estes são os fatos e, como foi publicado, há um processo.Espero que se faça justiça e que minha atitude ajude a frear este processo insano de banalização da classe artística, onde qualquer um que exponha seu corpo já ganha o titulo de artista.

Ainda para ressaltar minha revolta, há menos de um mês, a pedido da atriz Malu Mader, co- produtora do filme Beline e a Esfinge, no qual sou protagonista, me ligou para que ajudasse na divulgação, e a revista era a Quem Acontece. Aceitei a entrevista com a promessa da repórter de que não falaríamos sobre casamento e vida pessoal, só que na hora, depois de tanta insistência, acabei fazendo um acordo: falaria à vontade, desde que eu fizesse a redação final, ou seja, teria acesso à matéria, antes de sua publicação, o que permitiria que eu cuidasse de como a matéria chegaria ao público.Recebi a matéria por fax com um dia de antecedência, fiz minhas alterações e para minha surpresa nada foi mudado.E, pasmem, a chamada da capa foi meu casamento e espiritualidade, objeto maior e mais precioso da minha intimidade.

Na época deixei claro minha indignação, já que havia apenas uma pergunta sobre o filme (o pretexto da entrevista). Não tomei nenhuma atitude legal pois não quis prejudicar a jornalista, e menos de um mês depois acontece a mesma coisa com a mesma Revista Quem Acontece.

Impressionante!

Sra Claudia Boechat, sua vaidade profissional foi muito maior que sua ética, seu juramento de formanda se desfez ao vento e sua fome foi maior que seu respeito por aqueles que são o objeto de seu trabalho. Desrespeitou aquele que deveria ser seu alvo de maior respeito pois é seu material de trabalho. Da primeira vez ofereci a outra face, mas agora venho com a minha defesa e não com vingança, até em respeito aos meus colegas que não podem ser alvos da mesma crueldade.

Agradeço pela atenção

Fabio Assunção?"