Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Pop-up: até quando?

TELETIPO

A crescente campanha contra os pop-ups ? aquelas janelas de anúncios que abrem sozinhas na internet ?, que recentemente ganhou adesão do provedor americano Earthlink, poderia indicar que eles tendem a desaparecer. Contudo, há pessoas do ramo online que não crêem que isso acontecerá. "Quem publica na web quer a propaganda mais lucrativa", afirma Charles Buchwalter, da vice-presidente da auditoria Nielsen/Netratings. Atualmente, apesar da irritação que representa para os usuários, o pop-up constitui apenas 2% da publicidade na rede. Uma opção que vem crescendo são os anúncios de tecnologia avançada que dançam pela tela com recursos multimídia e depois desaparecem ou surgem entre uma página e outra durante a navegação. Segundo a MSNBC [4/9/02], de janeiro a julho, os internautas tiveram de agüentar mais de 11,3 bilhões de pop-ups. Apenas 63 companhias são responsáveis por 80% disso.

O governo da China bloqueou o acesso ao popular sítio de busca Google como parte dos procedimentos para aumentar o controle sobre a internet e evitar que ela sirva de fórum para quest&otildeotilde;es políticas. O Partido Comunista quer que a rede sirva para negócios e para promoção do regime. Cindy McCaffrey, porta voz do Google, empresa sediada na Califórnia, disse que já foi aberto diálogo com autoridades chinesas para resolver o problema, mas que não dispõe de informações sobre quando o acesso à página será restabelecido. A repressão tem aumentado no país asiático porque está programado para novembro congresso em que deve se iniciar o processo de transferência de poder para uma geração mais nova de governantes.

Pesquisa da Edison Media Research e Arbitron mostra ser cada vez maior o número de americanos que vêem a internet como "mais essencial" que rádio, TV e jornais, reporta o CBS MarketWatch [6/9/02]. Na faixa entre 12 e 24 anos, o índice chega 34%. Hoje, 98% dos lares americanos têm TV e mais de 58% têm internet. Em 2006, devem ser 76%. Das pessoas que ouvem rádio na rede com freqüência, 22% já aceitam a idéia de pagar por isso ? em janeiro eram somente 14%. Isso pode indicar qual o futuro da internet em substituição à TV ? ainda mais com o crescimento da banda larga. "Se há 20 ou 25 anos alguém previsse que existiria uma estação de TV a cabo que cobraria US$ 15 por mês e conseguiria mais de 10 milhões de assinaturas, as pessoas pensariam que é ridículo", compara Joe Lenski, da Edison.