CRISE NA BAHIA
Victor Gentilli
Em 20 de maio, o professor Albino Rubim, diretor da Faculdade de Comunicação da Bahia, comunicou publicamente seu desligamento ? ao lado de um grupo de colegas ? do programa de pós-graduação abrigado no curso que dirige. Albino apontava divergências com o grupo majoritário na pós-graduação.
O coordenador da área de Comunicação na Capes (Comissão de Aperfeiçoamento do Pessoal do Ensino Superior), que agora também é o representante de toda a área de Ciências Sociais Aplicadas (Direito, Administração, Serviço Social, Economia etc.) no comitê gestor da Capes (a instituição que controla o sistema de pós-graduação no Brasil), é professor da UFBA e ? obviamente ? integrante do programa.
Após a divulgação do documento do professor Albino Rubim, as caixas postais daqueles que participam das listas de discussões começaram a receber mensagens de apoio aos dois grupos em confronto.
Em duas edições seguidas, este Observatório noticiou a crise ? ou suposta crise ? que estaria atingindo a Pós-Graduação em Comunicação. Uma leitura dos documentos daquela época permite entender o conflito de agora, em boa medida mera continuação daquele debate. Nem naquela época, nem agora, veículo de imprensa algum preocupou-se em noticiar tais fatos.
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** A Estácio de Sá continua sofrendo com a violência no Rio de Janeiro. O Globo de sábado, 25 de maio, noticiava que "a unidade Rio Comprido virou rota de passagem de bandidos do Morro do Turano, que pulam o muro dos fundos da faculdade para entrar e sair da favela, segundo uma aluna".
Pode-se até achar que este é o preço a pagar para fornecer ensino superior às populações mais carentes. Mas, para uma instituição cujo dirigente máximo diz aberta e ostensivamente que ensino superior não tem valor algum, trata-se mesmo de leniência e negligência com a segurança dos alunos.