Saturday, 27 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Daniela Nogueira

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Desde o dia 8 de janeiro, quando comecei a avaliar o jornal, tenho repetido que precisamos manter o foco na qualidade das informações que publicamos – não para atender às sugestões da ombudsman, mas para fazermos um jornalismo melhor. A crítica incomoda, mexe com a nossa vaidade, atiça a reação áspera, mas é produtiva para reconhecer os erros do nosso trabalho. Faz parte do processo para atingir o ideal de exatidão.

No mês passado, primeiro da minha gestão, pude constatar o quão exigente o leitor está. Foram muitas ligações, mensagens por email, recados na secretária eletrônica e visitas para comentar o jornal. O leitor percebeu erros, omissões e incompletudes, sugeriu, elogiou, criticou.

Demanda

Com a demanda que me foi sendo apresentada, dividi os contatos em cinco categorias. Em “Críticas/reclamações”, contabilizei a análise que o leitor fez da notícia, apontando alguma queixa. “Erros (de informação e de português)” contêm os equívocos que cometemos, sejam de qualidade da notícia, sejam de língua portuguesa. Ambos lamentáveis. No item “Dúvidas/questionamentos”, estão imprecisões e ambiguidades. Subsídios insuficientes para deixar o público satisfeito.

Mas há quem entra em contato para enaltecer o lado bom de nossa cobertura. Reuni em “Elogios/agradecimentos”, que consta também o reconhecimento dos leitores após serem atendidos em sua demanda. No item “Sugestões de pauta”, estão as matérias propostas pelo público. E, como não cuido apenas de questões da Redação, criei a categoria “Assinatura/anúncio”. Nela, estão os contatos feitos para resolver pendências relativas à entrega do jornal, à renovação de assinatura e à publicação de anúncios. Todas são encaminhadas aos gestores da área.

A quantidade de contatos em cada item está descrita no gráfico abaixo.

Agradeço a cada um que reservou parte do seu tempo para conversar com a ombudsman e comentar o produto jornal. É assim que sofisticamos o conjunto de dados que todo dia entregamos ao leitor.

O Povo errou

Uma das grandes virtudes do O POVO é admitir quando erra. É um sinal de respeito com quem lê e de responsabilidade com o que faz. É para isso que existe a seção “Erramos”, em que o jornal reconhece o equívoco que divulgou. No mês de janeiro, publicamos a seção 45 vezes, como mostra o gráfico abaixo, feito a partir do acompanhamento diário da publicação e com ajuda do Banco de Dados do jornal.

Os números são referentes ao mês inteiro e cada um equivale a uma nota no Erramos. Há casos, porém, em que uma nota aponta mais de um erro. Nem todos esses Erramos foram publicados a partir de críticas da ombudsman ou dos leitores. Existem aqueles que foram anotados pela Redação. Mas é inevitável admitir que a contribuição do leitor foi fundamental para o jornal admitir a falha que cometeu. É constrangedor, muitas vezes, assumir o erro. Mas condenável é ignorá-lo. A iniciativa de utilizarmos a seção aumenta a credibilidade e ratifica o compromisso do veículo com a verdade.

Como entrar em contato

Os horários de atendimento da ombudsman são das 8h às 14 horas, de segunda a quinta; e das 14h às 18 horas, às sextas-feiras. O número do telefone é (85) 3255 6181. Emails podem ser enviados para ombudsman@opovo.com.br. É interessante que críticas, reclamações, elogios e comentários em geral acerca da nossa edição sejam direcionados, sempre que possível, à ombudsman. Isso reforça o conceito de jornalismo colaborativo, ao aproximar o processo de qualificação da informação ao maior interessado – o leitor.