Monday, 29 de April de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1285

Crítica interna

"06/12/2004


"Num domingo fraco, sem grandes novidades, a Folha tem a notícia mais forte: ‘Teles cobravam a mais por interurbano’. O ‘Estado’ tem como manchete uma sondagem da Confederação Nacional da Indústria: ‘Produção recorde anima indústria a investir mais’. O ‘Globo’ revisita os problemas provocados pelo mau uso dos royalties de petróleo nas cidades fluminenses: ‘Riqueza do petróleo do Rio não vai para a área social’.


As revistas:


‘Veja’ – ‘A economia decola e os empregos estão de volta’.


‘Época’ – ‘O segredo do orgasmo’.


‘IstoÉ’ – ‘Verão’.


‘CartaCapital’ – ‘Os riscos da queda. O dólar em baixa põe Europa e Ásia em polvorosa.’


As manchetes de hoje:


Folha – ‘Família e empresa perdem poupança; bancos ganham’.


‘Estado’ – ‘No governo Lula, violência no campo aumenta e assusta’.


‘Globo’ – ‘Governo não consegue reduzir suas despesas’.


DOMINGO


Herança militar


É a terceira tentativa que o jornal faz em menos de um mês de aproveitar o domingo para apresentar um tratamento diferenciado às questões militares e seus entornos. Como nas outras duas vezes (‘Herança militar’, em 14 de novembro, e ‘Fervura social’, 28 de novembro), o material de ontem, novamente batizado de ‘Herança militar’, carece de rumo e de consolidação.


Desta vez o jornal optou pelo caminho mais fácil quando não há tempo ou pessoal para desenvolver uma cobertura de fôlego: as entrevistas. Na edição de ontem foram três, com o historiador Luiz Felipe de Alencastro, com o diretor da Abin, Mauro Marcelo de Lima e Silva, e com o advogado argentino Juan Méndez.


O resultado, dependendo dos entrevistados, pode ser instigante (entrevistas com Alencastro e Méndez), ou apenas curioso (como a entrevista com Lima e Silva). Mas três entrevistas em formato de pingue-pongue é um exagero.


Além deste excesso, faltou mais uma vez um texto que ‘amarrasse’ o conjunto das entrevistas e reportagens. Qual o nexo entre elas? Por que todas (págs. A4 a A15) estão sob o chapéu ‘Herança militar’? O que o jornal quis revelar para os seus leitores? A questão da herança militar tem vários aspectos: o das dificuldades para a consolidação da democracia, o da abertura dos arquivos militares, o das indenizações por danos físicos e morais, o dos desaparecidos. O material de ontem é errático, ora trata de um aspecto, ora de outro, mas sempre de forma incompleta. Separadamente, cada texto produzido tem relevância. Faltou costurá-los.


Uma das heranças do período militar é o problema das indenizações. No caso do Brasil, parece haver um consenso de que as regras diferentes para calcular as indenizações profissionais e para calcular as indenizações para os familiares de mortos e desaparecidos criaram uma situação de fato de injustiça. Outros países, como Argentina e Chile, aprovaram leis diferentes e aparentemente com menos distorções. Outro problema sério é o do acesso aos arquivos militares.


Por estas razões, não se justifica a omissão do temas no quadro ‘Regimes militares no Cone Sul’, da página A8. Ele estaria completo se, além de falar dos golpes, da transição civil e das pendências, tratasse também das soluções encontradas nos três países para as questões dos arquivos militares e das indenizações aos anistiados, mortos e desaparecidos.


Linha cruzada


É um escândalo a revelação de que ao longo dos últimos doze anos pagamos tarifas telefônicas acima dos preços fixados pelo governo (‘Telefônicas cobraram a mais por ligações’, capa de ‘Dinheiro’) sem que o governo tomasse providência. É assunto que toca diretamente no bolso dos consumidores e merece ser acompanhado em seus desdobramentos.


Detalhe


Saiu um Cuzco com ‘s’ na abertura de ‘Brasil busca o Pacífico durante cúpula’ (pág. B10 de ‘Dinheiro’).


No segundo parágrafo da reportagem ‘BBC prepara a maior reestruturação de sua história’ (pág. A34 de ‘Mundo’), o jornal informa que são a rede britânica tem 28 mil funcionários. No quadro ‘Como funciona a BBC’ está que são 2.700 funcionários.


SEGUNDA


O ‘Globo’ informa que foram soltos três envolvidos no escândalo das fraudes no TCU (Operação Sentinela). O jornal deu as prisões com destaque, e deveria ter noticiado hoje as liberações.


O ‘Estado’ publicou no domingo, um dia antes da Folha, a entrevista com o neurocientista Miguel Nicolelis. É de se supor que a exclusividade seja um dos objetivos da seção ‘Entrevista da 2ª’.


A Folha continua bem nas investigações do Banco Santos pós-intervenção (‘Polícia sabe há 1 ano de remessas do Santos’, pág. B8 de ‘Dinheiro’).


O jornal tem uma grande história hoje, mas sem chamada na primeira página: ‘Ex-preso luta por visita íntima a travesti’ (pág. C4 de ‘Cotidiano’).


Como interessa a todos os leitores lesados pelas cobranças indevidas feitas pelas telefônicas, era de se esperar que o assunto, manchete de domingo, tivesse seqüência na edição de hoje.


Pendências


1 – Como ficou a história da professora de Nova Odessa acusada de ter colocado um aluno de castigo e esquecido dele? Ela negou que tivesse castigado o garoto, o jornal informou que haveria uma investigação, e o assunto sumiu. Pelo menos, não vi mais. E se a professora não tiver colocado o aluno de castigo? Acho que era o caso de revisitar esta história.


2 – O jornal ainda não publicou as versões (‘outro lado’) dos presos e acusados de fraude na Operação Sentinela da Polícia Federal, desencadeada quinta-feira. Segundo o ‘Correio Braziliense’, uma das pessoas envolvidas, a mulher do ministro das Comunicações, voltou da Europa no fim-de-semana e desmentiu o seu envolvimento nas fraudes.


03/12/2004


Os três maiores jornais têm a mesma opção de manchete, a operação da Polícia Federal no Tribunal de Contas da União. A da Folha, corretamente, é cautelosa; a do ‘Globo’, categórica.


Folha – ‘PF prende quatro servidores do TCU suspeitos de fraude’;


‘Globo’ – ‘PF desmonta esquema de corrupção dentro do TCU’;


‘Estado’ – ‘PF prende 10 por fraude no TCU’.


Folha e ‘Estado’ investem em educação e assuntos internacionais, mas com perspectivas diferentes. Folha destaca a aliança da Argentina e do Paquistão contra as pretensões do Brasil no Conselho de Segurança da ONU (e o material interno está melhor do que o do concorrente) e a crise no Haiti (‘Líder de missão no Haiti vê pressão pelo uso da força’); o ‘Estado’ privilegia a crise na Ucrânia.


A Folha tem duas boas atrações na sua primeira página: o novo dinossauro brasileiro e a entrevista exclusiva com a viúva do jogador Serginho.


Polícia em cena


A nova operação da Polícia Federal (Sentinela), realizada ontem, foi coberta pela Folha com três perspectivas: o relato das investigações e prisões, a reação política dentro do governo (José Dirceu e, principalmente, o deputado Professor Luizinho) e o questionamento dos métodos de ação da PF.


Acho que o jornal foi bem na cobertura (págs. A4 a A7) e explora melhor que seus concorrentes o questionamento dos métodos operacionais da PF. A defesa das megaoperações está bem destacada com as entrevistas com o ministro da Justiça.


Acho que a frase mais forte do ministro Márcio Tomaz Bastos ficou perdida no noticiário (‘Ministro reclama de uso político da Polícia Federal’, pág. A5), talvez porque tenha sido um off e o jornal decidiu não destacá-la. É quando Bastos, segundo a Folha em desabafo a amigos, fala do ministro da Casa Civil: ‘O problema do Zé Dirceu é que, se ele não está aparelhando a PF para atuar a favor dele, acha que alguém está aparelhando contra ele’ .


É a mais forte porque provavelmente vai provocar novas crises e enfrentamentos internos, e porque revela uma visão equivocada de parte do governo sobre o uso das instituições. Não é nenhuma novidade, mas é sempre chocante quando dito por um ministro de Estado.


A Folha está na obrigação de tentar ouvir todos os acusados e seus advogados. O jornal foi corretamente cauteloso todo o tempo e o destaque que deu para o questionamento dos métodos da PF acaba funcionando como uma espécie de ‘genérico’ do ‘outro lado’. Mas é importante que fique mais claro de que forma cada um deles agiu no esquema de fraudes e o que têm a dizer.


E senti falta de uma reportagem com os PMDBs, o governista e o oposicionista. O deputado Professor Luizinho acabou servindo de porta-voz dos descontentes com a ação da PF, mas o jornal não relatou o que deve ter sido o dia de ontem dos peemedebistas. As ameaças, os desesperos, as comemorações, os conselhos, a decisão de não ir para as tribunas do Congresso, as provocações.


Detalhe: o jornal editou na pág. A4 da Edição Nacional a mesma foto da mulher presa que está na capa do jornal.


Justiça


O ‘Globo’ informa que ‘No STJ, 110 desembargadores são investigados’ e que o ‘número de casos aumentou quase 40% em cinco meses’.


Cuba


Não vi na Folha a notícia da libertação de mais um prisioneiro político em Cuba, o jornalista García Diaz.


‘Dinheiro’


O jornal trocou sua capa do caderno ‘Dinheiro’. Começou a rodar com ‘Nova diretoria do BNDES provoca conflito’ e mudou, na Edição SP, para ‘Preço do petróleo recua 12% em dois dias’. Faz sentido.


Mas acho que o assunto mais importante foi o anúncio de que pode haver mais cortes nas despesas do governo federal. Segundo o jornal, ‘Alta do PIB pode ampliar o aperto fiscal’ (B7). Não teria sido o caso de ter dado mais destaque, e de explorar melhor com alguma repercussão, o efeito perverso da alta do PIB? Se ocorrer um corte de mais R$ 2 bilhões em gastos públicos será uma ducha de água fria na euforia que tomou conta deste final de ano, não?


Maluf


Recebi, via Secretaria de Redação, o seguinte comentário do editor de Brasil, Fernando de Barros e Silva:


‘Sobre a nota ‘Maluf’, da crítica interna de ontem: onde o ombudsman viu generosidade eu só vi ironia’.


Acredito.


02/12/2004


O ambiente econômico favorável ao governo Lula é a manchete do ‘Estado’ na sua edição de 1h05: ‘Alívio nas contas faz risco país ser o menor desde 97’. Na edição anterior, de 21h, começou a rodar com o mesmo assunto da Folha, a balança comercial. Na Folha: ‘Importação bate recorde com Natal e dólar baixo’. No ‘Estado’: ‘Saldo comercial é recorde, mas importação cresce’. A Folha não tem, na primeira página de sua Edição Nacional (20h30), a informação de que o risco-país recuou e é o menor de 97. O registro entra na Edição SP (0h), no pé da manchete. O contraponto à euforia que tomou conta do governo anteontem e ontem veio de seu ministro do Desenvolvimento e é a manchete do ‘Valor’: ‘Governo precisa definir novos rumos, diz Furlan’.


Sumiu da capa do ‘Estado’ que circulou em SP a informação de que o vice-prefeito de José Serra, Gilberto Kassab, terá seu sigilo bancário quebrado por decisão da Justiça.


A manchete do ‘Globo’ atribui à campanha do desarmamento, na qual o jornal esteve envolvido desde o início, a queda de assassinatos em São Paulo: ‘Desarmamento reduz em 18% homicídios em SP’. O jornal também destaca o relatório do Pnud (ONU) que informa que não mudou, entre 1982 e 2003, a proporção de negros entre os pobres e indigentes no Brasil.


‘Estado’ e ‘Globo’ deram continuidade à troca de ofensas e acusações entre PT e PSDB com a réplica de Lula, feita em Salvador. Achei mais apropriado do que a opção da Folha, que foi dar mais destaque para a tréplica de Fernando Henrique. Como os três jornais trataram o assunto:


Folha – ‘Para FHC, não é o momento de somente dizer ‘amém’;


‘Estado’ – ‘Lula: tem gente torcendo contra’;


‘Globo’ – ‘Lula reage a críticas de FH, que volta a atacar’. A do ‘Globo’ é a mais clara e completa.


Maluf


A Folha foi extremamente generosa com o ex-prefeito Paulo Maluf ao publicar sua auto-entrevista (‘Maluf entrevista a si mesmo e diz que ninguém atira em árvore sem fruto’, pág. A12). Ainda mais na Edição SP, na qual encolheu o texto principal com informações do dia sobre o processo em que Maluf é acusado de lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão de divisas. Pode-se entender a opção da Folha como um inusitado ‘outro lado’. Neste caso, é um ‘Presente de Natal’, como informa o chapéu da Edição Nacional (ou um ‘Papai Noel’, como está na Edição SP).


Retomada


Acho que o jornal ‘sufocou’ a entrevista em que o ministro do Desenvolvimento volta a criticar a política de juros (‘Um dia depois de comemorar alta do PIB, governo diverge sobre juro’, pág. B6). Achei o ministro mais incisivo no texto publicado pelo ‘Valor’, ‘Furlan diz que jogo mudou e quer novo rumo para o governo’. No ‘Estado’ a entrevista também está mais bem aproveitada: ‘Furlan alerta: dólar e juros ameaçam a festa’.


Mídia


O ‘Estado’ informa que a Globopar teve prejuízo de R$ 401,36 milhões no primeiro semestre e que a sua dívida vai a R$ 6 bilhões.


Escuta ilegal


Esta não é a primeira vez que ocorre escuta telefônica a partir de ‘autorizações’ forjadas. Já aconteceu no Rio e em Brasília e foram noticiadas. Faltou memória neste caso de SP.


Detalhes


Vários problemas de texto na Edição Nacional da Folha.


Na pág. A8 de Brasil, saiu empastelado uma declaração de Cesar Maia sobre a sua candidatura, em ‘PFL usará TV para popularizar Maia’ (quarto parágrafo).


Na pág. A10, na reportagem ‘Livro vai relacionar vítimas da ditadura’, repete-se desnecessariamente as mesmas informações nos parágrafos terceiro e no último.


Na nota ‘PT do Rio expulsa vereador preso em rinha de galo’, a conta dos votos do Diretório Municipal não bate: ‘A decisão [de expulsão] foi tomada por 19 dos 27 integrantes. Um votou contra. Os outros seis pediram o adiamento’. Não está faltando um voto?


Na capa de ‘Cotidiano’, no quarto parágrafo da reportagem ‘Falsos juízes autorizaram grampos em SP’, repete-se que as investigações estão sendo feitas pelo Dipo.


01/12/2004


Os novos indicadores econômicos reacendem o otimismo do governo depois de semanas seguidas de crises e críticas, e as manchetes dos principais jornais refletem o alívio:


Folha – ‘País acumula no ano crescimento de 5,3%’; ‘Brasil não teve recessão em 2003’; ‘Governo rebate acusação de incompetência feita por FHC’.


‘Estado’ – ‘PIB em alta reanima governo’; ‘Palocci: ‘Eu estou feliz e Lula está cantando’; ‘Petistas dizem que críticas de FHC foram deselegantes’.


‘Globo’ – ‘Economia tem o maior crescimento desde 1995’; ‘Governo usa PIB para reagir a FH’; ‘Economistas erram previsões’.


‘Valor’ – ‘PIB tem maior crescimento em 8 anos’; e uma advertência: ‘Expansão mundial está sob ameaça’.


O resto do cardápio é igual em todos estes diários: aprovação da MP que protege o presidente do BC, nova denúncia contra Maluf, Dia Mundial do Combate à Aids, libertação de presos políticos em Cuba, a crise na Ucrânia e o caso do jogador Serginho.


Painel do Leitor


A leitora Patrícia Ramos Tonello conseguiu um feito: emplacou a mesma carta na Folha (‘Competência’) e no ‘Estado’ (‘Incompetência’).


Fervura Política


A Folha editou bem o tiroteio que ontem dominou a cena política, reação às críticas feitas ao governo Lula, segunda-feira, pelo ex-presidente Fernando Henrique. Achei a cobertura do jornal consistente, com diversidade de opiniões, bastidores e memória.


O texto de abertura poderia ter sido mais explícito em relação aos números do PIB, principal munição utilizada pelo governo para enfrentar a subida de tom da oposição. E o texto deveria remeter também para os indicadores econômicos que estão editados em ‘Dinheiro’. Os noticiários político e econômico se completam.


O que o jornal talvez tenha dado mal é o resultado da reunião dos prefeitos petistas com a cúpula do partido em Brasília. Era um bom momento para o jornal expor o pensamento das ‘bases’ petistas, dar mais informações sobre o ‘controle’ a que estão submetidas (não puderam nem aprovar, segundo entendi, um texto mais crítico), e revelar novas lideranças e idéias que devem estar surgindo no partido. Os novos rostos ficaram limitados ao folclórico interesse pelo prefeito mais alto e o mais baixo.


O ‘Estado’ teve uma iniciativa que em outros tempos também teria ocorrido à Folha: aproveitou a concentração de prefeitos do PT e fez uma pesquisa de opinião, uma forma de perceber o que pensam as ‘bases’ petistas do governo Lula.


Eleições 2004


Não entendi por que o jornal só publicou a arte com a prestação de contas do prefeito eleito José Serra. Embora a reportagem (‘Serra gastou R$ 14,8 mi em campanha’) informe que a prestação do PT ainda precisa da assinatura da prefeita, o jornal dispôs de todos os dados da prestação, e poderia ter feito uma arte. Há interesse em saber, na forma consolidada e arrumada de uma arte, quem contribuiu para a campanha de Marta Suplicy, e com quanto.


Campo minado


Segundo o ‘Estado’, foi preso ontem em SP o fazendeiro Adriano Chafik, principal suspeito de ter planejado o ataque que resultou na morte de cinco sem-terra em Minas.


Indenizações


O ‘Globo’ antecipa que a Comissão de Mortos e Desaparecidos Políticos ‘deve aprovar hoje processo de Iara Iavelberg [companheira de Carlos Lamarca] que indeferiu em 1968’.


Retomada


A avaliação que fiz para a cobertura dos embates políticos entre PT e PSDB (‘Fervura política’) vale para o noticiário sobre o PIB divulgado ontem pelo IBGE: a cobertura está bem ampla, com todos os setores da economia examinados, com repercussões, artes, análises e bastidores.


O jornal mostra que deverá haver uma desaceleração no último trimestre, ‘Economia aponta ritmo menor no final do ano’, mas mesmo assim acho que deveria ter dado algum destaque para os economistas e empresários que ainda estão céticos em relação à continuidade dos resultados (como está no ‘Globo’, na reportagem ‘Economia contraria previsões mais alarmistas’) e para os que prevêem dificuldades para o ano que vem, como está no pé do artigo ‘Desacelerando na margem’, de Rogério Mori para a Folha: ‘A somatória desses elementos dá motivos para comemorar o crescimento de 2004, mas não permite olhar o ano que vem com o mesmo otimismo’.


Agenda da transição


O pedido da quebra do sigilo bancário do vice-prefeito eleito, Gilberto Kassab, justificava uma chamada na primeira página do jornal. Trata-se do vice-prefeito e é um caso revelado pela própria Folha." �