Wednesday, 15 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

A narrativa em ambiente 2.0

[do release da editora]

O governo de Sergipe lança na quinta-feira (27/5), durante o Seminário Secom/Unesco ‘Mídias digitais e transformação social: um novo paradigma para a comunicação’, o livro A força da mídia social, de Pollyana Ferrari. Nele, a jornalista e pesquisadora relata seu longo trabalho com internet, na qual atua desde 1995, com passagens pela Época Online, iG, Globo.com, TV Cultura e PUC-SP. Voltado para profissionais de comunicação, o livro é resultado de sua tese de doutorado na USP.

Desde o primeiro capítulo, a autora envolve o leitor numa viagem pela constelação de relacionamentos, sentimentos, informações e desejos que circulam em fluxos nas mídias sociais. As divagações (wandering) podem ser percebidas nas comunidades, nos scraps do Orkut, nos blogs, ou em tweets de 140 caracteres. Em uma conversa informal com o leitor, a autora recorre à filosofia, à cognição, à tecnologia da informação e à sociologia para tentar mapear essa narrativa orgânica e remixada.

A sociedade mudou e a comunicação é um agente fundamental para construção de memória e sentido nesse novo contexto social. ‘Como comunicadores, devemos nos concentrar em propor melhorias para promover o uso da não-linearidade, cuja cognição ocorrerá conforme a bagagem cultural e sígnica de cada leitor’, ensina Pollyana.

Mas como escrever e apurar notícias para essa nova mídia? O conteúdo online é dinâmico e o profissional digital trabalha em alta velocidade. Para Pollyana, ‘várias vezes ao dia começamos uma pauta do zero e também concluímos histórias inteiras em intervalos de horas ou mesmo minutos’.

Também em versão e-book

Em 2004, Antonio Tombolini, fundador da Simplicissimus Book Farm, começou a interessar-se pelo e-book, impulsionado por uma paixão pela leitura, pelos livros e a internet. Tombolini descobriu a pesquisa e as patentes feitas pela empresa americana eInk, que na época desenvolvia uma abordagem revolucionária ligada à exibição de texto digital: não mais pixels acesos constantemente enviando radiação para os olhos, consumindo muita energia e demandando um ângulo definido para a leitura; mas uma página de papel eletrônico, onde o texto é ‘impresso’ na tela, que fica desligada durante a leitura e torna a experiência absolutamente confortável, mesmo em plena luz solar, com um amplo ângulo de visão, muito semelhante ao da leitura em uma página de papel. Em 2005, Tombolini disse: ‘Os leitores de e-book com base em tinta eletrônica vão estar para o papel, como os iPods e os MP3 players estão para a música’.

Sobre a autora

Pollyana Ferrari é jornalista, escritora, doutora em Comunicação Social pela USP, professora da PUC-SP e consultora web em arquitetura da informação e mídia social. Autora dos livros Jornalismo Digital e Hipertexto, Hipermídia.