Wednesday, 15 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Morre último membro da família fundadora da Reuters

Morreu no domingo (25/1), aos 96 anos, Marguerite, a baronesa de Reuter, última herdeira da família que fundou a agência de notícias Reuters. Marguerite era viúva de Oliver, 4º barão de Reuter e neto de Paul Julius Reuter, que criou o serviço de notícias em Londres em 1851 – após começá-lo na Alemanha, usando cabos telegráficos e pombos-correio. Marguerite e Oliver não tiveram filhos, e o título de nobreza – obtido por Paul Julius em 1871 e confirmado posteriormente pela rainha Vitoria – é encerrado com ela. Um amigo da família afirmou que a baronesa sofreu derrames sucessivos em 2008. Ela nasceu na Suíça e era patrona das artes; conhecida pelos amigos ingleses como Daisy, gostava de jogar bridge, de ópera e de balé, e esquiou até os 70 anos. No ano passado, a Reuters se uniu ao grupo canadense Thomson e formou a Thomson Reuters. ‘Ainda que a família fundadora da Reuters não fosse mais um acionista significativo da companhia, a baronesa compareceu a uma cerimônia na Igreja St. Bride, em Londres, que marcou a mudança histórica da Reuters da Fleet Street para Canary Wharf, em 2005’, lembrou o executivo-chefe da agência, Tom Glocer. Informações de Mark Trevelyan [Reuters, 26/1/09].

 

Jornal da era nazista retirado das bancas na Bavária

Oficiais de justiça do estado alemão da Bavária ordenaram a retirada das bancas, na semana passada, de cópias do jornal Zeitungszeugen (Jornal Testemunha), em meio a uma investigação sobre violação de direitos autorais e de leis que proíbem a promoção de símbolos nazistas, exceto para motivos educacionais ou de pesquisa. A publicação trazia reproduções de jornais da era nazista, veiculados originalmente em janeiro de 1933, quando Adolf Hitler chegou ao poder. Reproduções do jornal nazista Voelkische Beobachter inseridas no Zeitungszeugen não são permitidas, pois a Bavária detém seus direitos e os de outras publicações nazistas, incluindo o livro Mein Kampf, de Hitler. Editores do Zeitungszeugen defendem-se, alegando que, junto às reproduções, foram publicados também comentários e análises de historiadores, e que o objetivo da republicação dos jornais antigos é ampliar a consciência histórica da população. Informações da AP [23/1/09].