Friday, 10 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Os encantos e a fragilidade do poder

[do release da editora]

Um encontro casual do jovem estudante Flávio Tavares com o futuro presidente chileno Salvador Allende, na China, em 1954, logo após o suicídio de Getúlio Vargas, é um dos casos de O dia em que Getúlio matou Allende. No livro, a história recente do poder é contada em forma de novelas do dia-a-dia, sem as fantasias da política.

O livro foi lançado em Florianópolis no dia 28 de junho. Flávio Tavares conta o que viveu, viu e ouviu como jornalista político, nos centros do poder, nos anos 1950: histórias íntimas de Getúlio marcam o itinerário do suicídio. Em seguida, o marechal Lott, Juscelino Kubitschek, Jânio Quadros e João Goulart surgem em meio a paixões secretas, negociatas, traições ou afetos, além de segredos do golpe militar de 1964 – e por que Jango decidiu não resistir.

Há ainda narrações sobre Stálin, Perón e De Gaulle, e uma história que Che Guevara contou ao autor em 1961, presságio de seu destino trágico, seis anos depois. Frida Kahlo encerra o ciclo, num relato de amor e fanatismo. Há documentos secretos da embaixada americana e diálogos inéditos entre Kennedy e Jango, que revelam aspectos novos da presença dos EUA no golpe de estado de 64.

Flávio Tavares nasceu no Rio Grande do Sul em 1934, e foi o principal colunista político da Última Hora, de Samuel Wainer. Preso em 1967 pela ditadura militar, foi expulso do país em 1969, com o grupo de 15 presos políticos trocados pelo embaixador dos Estados Unidos. Viveu 10 anos no exílio. Foi correspondente internacional do jornal Excelsior (México), do Estado de S. Paulo na Argentina e na Espanha e da Folha de S. Paulo em Buenos Aires. Em 2000 ganhou o Prêmio Jabuti, com o livro Memórias do esquecimento, sobre prisões e torturas na ditadura.