Monday, 13 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Antes podia

Por que interessaria à imprensa mostrar as atrocidades de Saddam? Isto justificaria a conduta dos EUA? Daria para dizer: ah, eles são muito piores do que nós? Acredito que o povo iraquiano sofreu muito com Saddam, mas eles travavam uma guerra interna, e todos sabem que a amputação é prevista pelas leis fundamentalistas islâmicas. Agora a questão é outra: o Iraque foi invadido pelos EUA e os iraquianos querem o seu país de volta. Lutam por seu próprio país. E quando Saddam era um aliado dos EUA o regime já não era assim? Então, além das torturas atuais os EUA eram cúmplices das torturas de Saddam.

Lembrem-se de que os EUA mantiveram o seu apoio mesmo depois do genocídio cometido contra os curdos. A questão principal é a conduta dos EUA. Uma das justificativas apresentadas para a invasão era a de que Saddam era um tirano (vamos deixar de lado as outras justificativas mentirosas). Então, espera-se que o herói se comporte melhor que o vilão da história. Por último, a tortura cometida pelos americanos piora a imagem da América (que já estava bastante ruim) e coloca em dúvida a propaganda de democracia e liberdade que eles gostam de divulgar.

Liliane Carlos, dona de casa, Curitiba

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ORIENTE MÉDIO
Solidariedade galega

Desde a Galiza quero facerlhes chegar o noso protesto. Quen loitamos, como Urda Alice Klueger, por todo o mundo contra a guerra e contra o fascismo podemos ver que Israel pratica o terrorismo de Estado. Que posúe armas de destrución masiva. Que ocupa criminalmente as terras dos palestinos a quen expulsa pola forza. Que constrúe muros de vergonha para erguer o seu singular apartheid. Que tortura e asasina… e que incumpre sistematicamente as resolucións das Nacións Unidas e as normas internacionais máis básicas desde hai 40 anos.

Denunciar isto é responsabilidade de todo xornalista e de todos os amantes da Paz. Achamos que o apoio ou a desculpa do Ariel Sharon é unha verdadeira ofensa para as vítimas deste e doutros conflitos. Cremos tamén que a utilización do Holocausto por parte do sionismo internacional para imponher a súa propaganda de guerra é aínda un maior insulto para o proprio povo xudeu. As vítimas son todas iguais. A barbarie non atrae nada bom para os povos. O respeito absoluto dos dereitos humanos é esixivel. Desde este recanto da Europa queremos facerlhes chegar o noso protesto póla censura imposta a tan importante autora. Vaia a nosa solidariedade com ela e con todas as vítimas da guerra de exterminio que estamos a viver no mundo.

Gaspar Domínguez, documentarista, Compostela, Espanha