O Exército americano libertou, no sábado (23/8), o cinegrafista Ahmed Nouri Raziak – depois de mantê-lo sob custódia sem acusação formal por três meses. Raziak, da Associated Press, foi entregue a representantes da agência de notícias em uma área militar em Bagdá. Ele foi preso por forças de segurança dos EUA e do Iraque no início de junho, em sua casa na cidade de Tikrit.
‘Estamos felizes com a libertação de Ahmed’, afirmou Kathleen Carrol, editora-executiva da AP. ‘Buscaremos informações mais específicas sobre o motivo da detenção e sua experiência enquanto esteve sob custódia’. Em julho, o Exército havia afirmado à agência que Raziak ficaria preso por pelo menos seis meses. Agora, os militares não deram explicação para a mudança de planos.
A libertação do cinegrafista ocorreu dois dias depois da soltura do também cinegrafista Ali al-Mashhadani, que trabalha para a Reuters. Mashhadani renovava sua credencial em um escritório de imprensa do Exército americano quando foi detido, sem explicações formais. Ele ficou três semanas sob custódia.
Segundo militares, nos dois casos o Exército considerou que os homens representavam uma ameaça, mas concluiu, após exame, que eles eram inofensivos. A ordem da ONU que autoriza a atuação do Exército dos EUA no Iraque permite que ele detenha, sem prazo, qualquer pessoa que seja considerada uma ameaça. Hoje, os militares mantêm sob custódia cerca de 21 mil iraquianos sem acusações formais. Em abril, o Exército libertou, após dois anos, o fotógrafo da AP Bilal Hussein, ganhador do prêmio Pulitzer. Informações de Peter Graff e Caroline Drees [Reuters, 23/8/08].