Friday, 01 de November de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1312

Agência Carta Maior

POLÍTICA
Gilson Caroni Filho

O desespero da oposição pautada, 14/3

‘Será que a estratégia de obstruir as votações de Medidas Provisórias no Plenário e paralisar as reuniões de comissões temáticas é apenas uma reação à MP que criou a nova TV pública do país ou inconformismo tem motivações inconfessáveis? O desespero que leva parlamentares de oposição a renunciarem ao exercício legislativo que lhes foi delegado pelo voto popular deve ser visto como algo pontual, motivado pelo requerimento do líder do governo, senador Romero Jucá (RR ), pedindo o fim de manobras protelatórias em votações de interesses relevantes, ou aponta para algo mais profundo?

O crescimento de 5,4% do Produto Interno Bruto (PIB), provocado pelo aumento do consumo interno e de investimentos não terá acendido o sinal vermelho nos gabinetes de lideranças demotucanas e nas grandes oficinas de consenso? O que temos não são apenas números favoráveis à política econômica do governo Lula, mas uma inédita mudança de eixo da economia brasileira. Mercado interno aquecido, investimento crescente em bens de capital e inflação controlada significam que, pela primeira vez na história, o país logrou encontrar o caminho do crescimento sustentável. Ruíram como castelos de areia o mito do PIB potencial e os sofismas da cartilha neoliberal. Aqueles que pregavam uma ´inadiável` reforma da Previdência e a supressão imediata de direitos trabalhistas como requisitos para o desenvolvimento.

A uma oposição sem bandeira para as eleições de 2010, só resta atribuir ao governo o que tem sido sua prática desde a derrota de 2002: violentar a nação e o regime democrático.

Por tudo isso são emblemáticas as palavras do líder do PSDB no Senado, Arthur Virgilio: ´Se der para aprovar, deu, se não deu, dane-se?` Nada mais ilustrativo de como se comporta um dos cardeais do tucanato quando defrontado com o vazio de sua própria existência política.É um desses momentos raros, que põe a nu a farsa de republicanismos de fachada. É didático ao expor, sem meias palavras. o que o jornalismo de campanha tenta ocultar.

O que lemos sobre o Congresso limita-se ao que acontece no Plenário ou a informações de cocheira de lideranças conhecidas. As redações ignoram as comissões temáticas e os projetos apresentados por parlamentares menos cotados na bolsa de apostas dos jornalões. Não seria a hora de o jornalismo repensar a sua própria prática perpassada pela lei do menor esforço e dos falsos dualismos? Ou isso implicaria ingratidão com quem lhes deu projeção e colunas cativas?

Nos últimos anos, lemos vários editoriais ´indignados` com o que chamavam de emergência do fisiologismo. Conhecidos profissionais passam a discorrer sobre o retrocesso que isso significava. Mais uma vez, prestavam favores a fontes caras . Distorceram a realidade e se tornam reféns de suas próprias idealizações. Se quisessem um jornalismo-cidadão, seria preciso acertar as contas com a própria história. O exílio no reducionismo e nas taxonomias de ocasião nada acrescenta à formação de um espaço público ideal.

É preciso deixar claro que na vida político-partidária do campo conservador, a emergência, sob aplausos dos notáveis, de um Severino Cavalcanti, não foi a exceção, mas a confirmação perversa da regra.

Expressão acabada de um fazer político que ignora a distinção entre público e privado, corporificação em estado bruto do patrimonialismo que, desde sempre, posterga uma República proclamada por insatisfação oligárquica, o deputado do PP foi o filho sem lustro do conluio entre o latifúndio e os bacharéis. Sua maldição explica o nosso ordenamento jurídico-político como nenhuma Teoria da Dependência conseguiu. Ao adotar a sabotagem como ação política, em que Virgilio lhe é superior? Que tipo de avanço representa?

Quando a imprensa transformou o ex-deputado pernambucano em ícone de uma direita atrasada que se abrigaria no baixo-clero, o discurso jornalístico correu o risco de se enredar numa trama perigosa, por suscitar duas questões significativas: o que caracterizaria a direita moderna? E quais seriam seus representantes, os condestáveis senhores do alto-clero? Aos órfãos do tucanato, cabe perguntar se estavam falando daqueles que, em oito anos, atualizaram o mandonismo, se refestelaram no cartorialismo e não hesitaram em usar todos os expedientes fisiológicos para assegurar mais um mandato presidencial.

A ´modernidade` desejada é aquela que produziu endividamento recorde do setor público, financeirizou a economia e, como em nenhum momento da história recente, precarizou as relações de trabalho? Tudo sob os aplausos da banca e as bênçãos do pensamento único que tomou conta das editorias de economia.

Estranho que os defensores do mercado como oráculo não tenham registrado o saldo final. Como destacou Emir Sader (Vingança da História, Boitempo Editorial), ´em 2003 e 2004, o Brasil precisaria de US$ 1 bi por semana para financiar as amortizações da dívida externa de US$ 30 bi e o déficit em conta-corrente, de US$ 20 bi. Pode-se calcular as dificuldades se considerarmos que nos últimos anos o Brasil contou com o ingresso de US$ 20 bi, em média´. São números que, pela magnitude, não deviam ser olvidados por quem pretendia fingir que fazia um jornalismo sério.

Ou será que o conservadorismo moderno é propriedade dos cardeais do DEM? O que diferenciava qualitativamente José Agripino Maia e Demóstenes Torres, entre outros, de Severino Cavalcanti? A maior capilaridade do clientelismo? A capacidade de loteamento eleitoral nos seus estados de origem? O poder coronelístico que mostra sua carranca a qualquer dissidência regional? Ou, como resultante de tudo isso, um esquema de troca de favores com a grande imprensa? A famosa fonte que pauta. A notinha plantada em troca de confidências exclusivas. O que seriam as distinções clericais senão uma criação das relações entre o campo político e jornalístico?

Se lermos atentamente a mídia impressa, veremos que da coluna social à política, pagando pedágio na economia, o jornalismo brasileiro, com raríssimas exceções, se pauta pelo relacionamento personalista, pelo horror à distância e pela aversão à impessoalidade democrática e igualitária.

É para ela que os reclamos de Virgílio se dirigem desesperadamente. Se der para distorcer a nova realidade, distorça. Se não der, nos danamos todos.’

 

REUNIÃO
Flávio Aguiar

A mídia nos nossos dias, 11/3

‘A reunião de 8 de março de 2008 – Encontro realizado em São Paulo reuniu mais de quarenta pessoas, entre jornalistas, professores e ativistas na área da comunicação. Em debate, a luta contra a hegemonia conservadora na construção e disseminação da informação. Nova reunião deverá ser realizada no Rio de Janeiro.

SÃO PAULO – Das 10 horas da manhã às 18h30 aproximadamente, estiveram reunidos na sala Minas Gerais do Hotel Maksoud Plaza, em São Paulo, 42 jornalistas, professores ou simplesmente pessoas atuantes na área das comunicações, de alguma forma ligados todos e todas ao campo da chamada ´imprensa ou mídia alternativas´. A qualificação ´alternativa` é contestada por muitos, e essa contestação apareceu na própria reunião. Houve reivindicação de que ao invés de ´imprensa alternativa` se falasse de uma ´imprensa de esquerda´.

Como não houve deliberação neste sentido (aliás, não houve propriamente ´deliberação` na reunião, embora haja pontos consensuais que apontam para futuras ações comuns), este relatório continuará a usar os termos ´imprensa ou mídia alternativas´, por serem eles que presidiram o espírito da convocação. E por ´alternativa` entendia-se uma imprensa ou mídia de resistência ao esforço da mídia que se auto-proclama ´grande imprensa` (outro termo contestado seguidamente) por impor uma hegemonia conservadora na construção e disseminação da informação no Brasil (na América Latina e no restante do mundo), hegemonia esta que se identifica hoje com o pensamento neo-liberal consagrado no Consenso de Washington.

Todas as falas ressaltaram a importância histórica do encontro, que reunia numa mesma sala dezenas de periódicos, páginas de internet, iniciativas no campo do rádio e da tv (muitos poucos, conforme várias observações) e dezenas de comunicadores, alguns envolvidos na ´guerra da informação` no Brasil há quatro ou cinco décadas. Foram relembradas experiências valiosas, como as da cadeia de jornais ´Última Hora´, as da imprensa alternativa de oposição ao regime de 1964 (quando, inclusive, aquele termo surgiu, como alternativa ao termo, também comum, de ´imprensa nanica´), mas a preocupação de todas e todos era muito mais com o presente e com o futuro.

Ressaltou-se a ausência de gente ´mais jovem´, pois com poucas exceções, todos os presentes passavam dos trinta anos de idade, sendo que a maioria ficava na casa dos quarenta e na dos cinqüenta.

A importância dada à realização da reunião vinha da constatação de que ali estávamos em tão grande número, buscando formas comuns de ação e de consenso, mas reconhecendo e celebrando também a nossa diversidade e multiplicidade e, aliás, partindo delas. Isso poderia abrir uma nova tradição nesse tipo de reunião, pois a tradição vigente rezava que quando se reunia tanta gente era para promover algum tipo de ´racha` iminente.

Houve falas no sentido de que essa tradição dos ´rachas` provinha da ´partidarização` anterior desse tipo de imprensa (num tempo, nunca é bom esquecer, em que os partidos eram proibidos, exceto os criados pela ditadura de 64) para que, não raras vezes, convergiam experiências e militâncias condenadas à clandestinidade.

Todas as falas tocaram no tema da ´Formação` como algo essencial a ser permanentemente discutido e rediscutido, indo além do tratamento de uma ´imprensa corporativa` como alvo de mercado a ser perseguido pelos alunos, em favor da discussão de uma ´cultura de resistência´. Propôs-se também a valorização da formação fora das universidades, em seminários e outras iniciativas semelhantes feitas, por exemplo, nas periferias das grandes cidades, sindicatos, associações, etc.

Insistiu-se na necessidade da criação de pontos, portais e/ou materiais de referência de um jornalismo alternativo ou de esquerda. Tal objetivo visava lutar contra o esquecimento em várias frentes. Por exemplo, citou-se que num curso de jornalismo os estudantes não conheciam mais quem era ou fora Leonel Brizola. Falou-se muito da existência de ´não-fatos´, aqueles que são sistematicamente esquecidos, postos de lado ou simplesmente censurados por orientação ideológica. Lembrou-se de que na ´grande imprensa` passou a ser tão ou mais importante do que pautar o que deve ser exposto, pautar o que deve ser oculto ou só mencionado em último caso.

Foi consenso também a ampliação constante dos campos de conexão, sinergia e integração entre os projetos (incluindo mais sistematicamente as experiências de rádios, rádios comunitárias e tevês) alternativos ou de esquerda, estabelecendo redes mediante uma lógica colaborativa e não centralizadora.

Todas as falas ressaltaram a necessidade de se manter a perspectiva da diversidade, de estimula-la, de valorizar as diferenças, não só porque essa era a condição da existência da reunião, mas porque esse é um conceito fundamental diante da cada vez maior indiferenciação da ´grande imprensa´, que, no Brasil, possui um epicentro cada vez mais atuante no grande conglomerado formado pela tevê, em particular a rede Globo. A tevê, mais o rádio, e também a internet, são responsáveis pela consolidação do noticiário do dia. Numa função secundária, esse noticiário é comentado à noite, em programas de tevê. E numa função terciária, a imprensa escrita organiza um ´relatório comentado` no dia seguinte dirigido aos agentes ´formadores da opinião´, em geral conservadora, do país.

´Valorizar as diferenças` como elemento decisivo da informação democraticamente construída não significa valorizar ou submeter-se à dispersão. Deve-se estimular a colaboração concreta entre os projetos, sob a forma de links, pautas comuns, encontros parciais ou novos encontros desse tipo ou grupo, ampliando seu espectro para todas as regiões do país e também da América Latina.

Ressaltou-se muito a questão do espaço latino-americanos, não só como área onde se busquem novos parceiros, mas como tema central da luta pela informação democrática. Houve várias menções à cobertura parcial na ´grande imprensa´, com vistas à demonização ou desqualificação dos presidentes Correa e Chávez, e a absolvição velada de Uribe, ainda que se condenasse em quase todos os veículos a invasão de um território soberano, que foi o do Equador. Embora condenada, a agressão de Uribe era invariavelmente apresentada como ´defesa´, diante de uma Farc já demonizada desde sempre.

A América Latina é tema complicado para a ´grande imprensa´, uma vez que a maioria dos seus comentaristas a têm desqualificado sistematicamente como espaço político. Houve comentários na reunião de que neste sentido a ´grande imprensa` não é só de direita, mas também guarda um espírito colonizado, provinciano e anacrônico diante das novas realidades da geopolítica mundial, e que esse espírito se estende, por exemplo, à articulação política do PSDB e do DEM, cujo retorno ao governo federal poderia representar um enorme retrocesso estratégico na política externa brasileira. De resto, destaco, como relator, que esta foi a única referência diretamente partidária feita na reunião.

Outro tema largamente abordado foi a questão da sustentabilidade e da viabilização econômica dos projetos, destacando-se a necessidade de se reivindicar uma reorientação das políticas públicas para a área das comunicações, no sentido de diversificar sua abrangência, seu alcance e a natureza dos projetos subsidiados mediante patrocínio, publicidade ou financiamento através de agências estatais (como o BNDES), rompendo o quase monopólio dos chamados ´critérios de mercado´.

Discutiu-se a necessidade de levar essa e outras reivindicações, como a de colocar os Correios de alguma forma à disposição da imprensa alternativa, pessoalmente ou mediante comissão às autoridades públicas envolvidas. Dever-se-ia reivindicar também que as sinopses públicas, como as da Radiobrás, que são inclusive distribuídas internacionalmente por embaixadas brasileiras, abram espaço para veículos alternativos. Essa discussão se deu na moldura de destacar o papel relevante do Estado numa política de democratização das comunicações.

Esse papel é destacado mediante a consideração de que existe uma ´guerra da informação´, e que essa guerra é assimétrica, pois de um lado há um quase cartel da informação, formado por grandes corporações que tocam afinadas entre si apesar da eventual concorrência por espaços de mercado, e uma miríade de iniciativas pequenas e dispersas, que necessitam de espaços de aglutinação para preservarem, inclusive, a própria especificidade.

Na visão dos participantes o centro da disputa entre os diferentes tipos de

mídia se dá na disputa pela agenda social, cultural, política que se propõe (ou se impõe) à sociedade e às agências de políticas públicas em todos os campos. Um exemplo significativo dessa luta se deu nas eleições de 2006: derrotada na sua campanha contra a reeleição de Lula, a ´grande mídia` continuou na refrega tentando impor, através de seus veículos, a pauta de seu candidato preferencial (ou emergencial…). Conseguiram, pelo menos inicialmente, pois dentro do próprio governo e dos partidos de sua aglutinação permanece hegemônica a visão que privilegia essa mídia como espaço de referência.

Essa luta prossegue hoje porque, uma vez que iniciativas como as do PAC promoveram um deslocamento de referências, existe a tentativa correlata de ignora-las ou distorce-las, em favor da pauta de herança neo-liberal que continua animando aquela mídia. Como essa pauta está em crise, graças ao fracasso das políticas neoliberais na América Latina e no mundo (até na Europa e nos Estados Unidos isso começa a aparecer de modo dramático), um esforço considerável do pensamento conservador expresso na ´grande mídia` é o de esconder esse fracasso, apresentando-o continuamente como resultado, quando o apresenta, da aplicação apenas parcial ou descuidada da Receita, quero dizer, do Consenso de Washington.

Insistiu-se na ampliação da pauta dos projetos ´alternativos´, que, junto com os ´não-fatos` ocultados pela ´grande mídia´, devem discutir mais e melhor o próprio tema das comunicações e outros conexos. Entre esses temas está o atual da TV pública, reivindicando que ela também propicie um espaço de aglutinação e divulgação da mídia alternativa. Sugeriu-se que nessa ampliação de pautas se dê especial atenção a temas que implicam conflitos como os colocados entre o jornalista Luis Nassif e a revista Veja; ou a Igreja Universal e a Globo e a Folha de S. Paulo; ou o governo do Paraná e a mídia conservadora, que o mantém sob uma espécie de cerco e assédio constantes; ou às lutas das rádios comunitárias, freqüentemente cerceadas em sua liberdade de existência, e com uma situação precária de subsistência, o que, aliás, compartilha como situação com toda a ´mídia alternativa´.

O encontro encaminhou-se para a conclusão discutindo diferentes temas ligados à idéia da sua continuidade. Discutiu-se longamente sobre a conveniência e a oportunidade de se lançar uma carta como conclusão dele, sobre se essa carta deveria ter a forma de uma carta à Presidência da República, de uma carta à sociedade, ou de uma carta aberta dirigida ao Presidente. Também sobre se ela deveria apresentar reivindicações ou apontar um diagnóstico ou análise, uma agenda de discussão ao invés de demandas diretas. Houve várias manifestações a favor da idéia da agenda, mas houve também a apresentação à mesa de propostas de cartas com reivindicações gerais e específicas. Ao final, neste sentido, prevaleceu a idéia de uma comissão, formada por mim, Flávio Aguiar, por Mauro Santayana, Renato Rovai e Bernardo Kucinski, que formalize uma proposta de carta e a envie aos demais para amadurecimento da discussão, sem perder de vista à idéia de que não deva haver demora nisso.

Em princípio, fixou-se a necessidade de uma nova reunião desse grupo, provavelmente ampliada, no futuro próximo. A reunião seria realizada no Rio de Janeiro, na UFRJ, e nomeou-se uma ´Comissão Executiva` para tratar de seu encaminhamento e da natureza dessa ampliação, se, por exemplo, já incluiria jornalistas de outros países, e também da data de realização. Houve sugestões de que ela fosse realizada em abril, o que foi considerado prematuro por alguns; que ela acontecesse no começo de maio, o que se viu como mais viável, ou até mesmo junho.

Também se discutiu uma intensificação das conexões entre essa ´mídia alternativa` e as universidades, seja como frente de disputa de mercado, seja como abertura para a formação de uma consciência mais crítica e aberta não só entre os estudantes mas também entre os educadores e os jornalistas. Essa visão se deu no âmbito da idéia de que se é verdade que o poder da ´grande mídia` permanece muito grande, as frinchas em sua buscada hegemonia são hoje mais visíveis, não só pela existência de novas tecnologias que facilitam outras iniciativas nas comunicações, mas pela consciência crescente de que o problema central do jornalismo não é tecnológico, mas ético, e fica mais e mais evidente o fracasso ético das grandes corporações em desenhar uma perspectiva democrática para as comunicações e a sociedade.

Houve várias manifestações em torno da idéia de que os conflitos sociais centrais permanecem sendo os de classe, e que o que opõe essa ´grande mídia` e a ´mídia alternativa` é a questão da transformação social e de suas implicações, ainda que hoje se tenha maior consciência de que essa também é uma questão a ser encarada com pluralidade e diversidade no campo ´alternativo` ou ´de esquerda´.

Nada mais havendo a discutir no momento, encerrou-se a reunião com uma foto comemorativa e a indicação deste relator para elaborar o presente relato.’

 

 

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