Mel Greig e Michael Christian, os dois apresentadores de rádio australianos que passaram um trote para o hospital de Londres onde Kate Middleton estava internada, em dezembro, não serão processados. A enfermeira que atendeu a ligação no hospital King Edward VII se matou dias depois, gerando um furor internacional. Segundo o Serviço de Ação Judicial da Coroa (CPS), não há evidência de homicídio e não é do interesse público levar os apresentadores à corte.
Malcolm McHaffie, delegado chefe de crimes especiais no CPS, disse: “como é bem sabido, no dia 4 de dezembro de 2012, Mel Greig e Michael Christian fizeram uma chamada telefônica fingindo ser membros da família real para o hospital King Edward VII em Londres, onde a Duquesa de Cambridge recebia tratamento”.
“Durante a ligação, foram fornecidas informações privadas sobre a saúde da Duquesa [que sofria de enjoos no início da gravidez], e a gravação foi transmitida na estação de rádio australiana. Logo depois, Jacintha Saldanha, a enfermeira do hospital que atendeu inicialmente a ligação, mas que não passou as informações, tragicamente se matou”.
Consequências tristes
McHaffie continuou: “Após cuidadosamente analisar as evidências disponíveis, concluímos que não existem provas que apoiem a acusação de homicídio, e embora existam provas que justifiquem investigação de ofensas ao Ato de Proteção de Informação, de 1998, ao Ato de Comunicação Mal-intencionada, de 1988, e ao Ato de Comunicações, de 2003, nenhuma investigação maior é necessária, pois qualquer acusação em potencial não seria do interesse público”.
Dentre as questões levadas em consideração, disse o CPS, estava o fato de que não seria possível extraditar os apresentadores da Austrália por ofensas às leis de comunicação. “Apesar de equivocada”, concluiu McHaffie, “a ligação pretendia ser uma piada inofensiva. As consequências foram muito tristes. Nós enviamos nossas sinceras condolências para a família de Jacintha Saldanha”.
***
Leia também
Morte de enfermeira que caiu em trote questiona limites da mídia