Durante a crise no Egito, a al-Jazira em inglês e a Fox News foram as emissoras que obtiveram o maior número de telespectadores nos EUA. Outras emissoras que geralmente têm destaque em crises internacionais, como a CNN, foram mais modestas ao cobrir os eventos que levaram à queda do presidente Hosni Mubarak, noticia James Rainey [Los Angeles Times, 17/2/11].
Na semana anterior à saída de Mubarak, o site da al-Jazira registrou 727 mil visitantes únicos nos EUA, segundo a comScore.com. Este número é cinco vezes maior do que a emissora havia registrado uma semana antes, com 154 mil visitantes únicos. Os usuários do site elogiaram o imediatismo das notícias da Praça Tahrir, no Cairo, e a habilidade de colher opiniões da multidão, mesmo com condições perigosas para a atuação de profissionais de mídia.
A Fox News também teve um aumento na audiência do horário nobre, com média de 2,4 milhões de telespectadores das oito às onze da noite na semana que terminou no domingo (13/2). Mubarak renunciou no dia 11/2. Durante a semana anterior à crise, em janeiro, foram menos de dois milhões de telespectadores no mesmo horário. A MSNBC, por sua vez, viu sua audiência cair levemente no mesmo período – de 985 mil para 929 mil. A CNN registrou um pequeno aumento – de 712 mil para 739 mil.
Os noticiários noturnos das principais redes abertas americanas, NBC, ABC e CBS, tiveram quedas durante a semana em que a crise culminou no Egito, em relação à semana anterior de janeiro. O programa NBC Nighlty News, com o âncora Brian Williams, registrou pouco menos de 10 milhões de telespectadores na semana que terminou no dia 13/2. Para efeitos de comparação, na semana que terminou em 16/1, foram 10,5 milhões por noite. O World News Tonight, da ABC, com Diane Sawyer, registrou 8,8 milhões de telespectadores na mesma semana (em janeiro, foram 9,1 milhões) e o CBS Evening News, com Katie Couric, teve 6,4 milhões (comparado aos 7,1 milhões da semana anterior).