Sunday, 12 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Canal gay para 10 milhões de assinantes

Foi inaugurado nos EUA, na semana passada, o canal Logo, dedicado ao público gay. Ao contrário das duas outras emissoras voltadas para homossexuais já existentes na TV fechada americana – Here e Q, que devem ser compradas separadamente – o canal faz parte da assinatura básica de TV a cabo e está disponível em mais de dez milhões de casas.

Logo foi criado pela MTV Networks, e seu presidente, Brian Graden, é responsável pela programação da MTV, VH1 e CMT. A gerente-geral do canal, Lisa Sherman, afirma que há mais de 15 milhões de homossexuais assumidos nos EUA – mercado atrativo para anunciantes, pois gays costumam apresentar maior renda para este tipo de gasto por não terem despesas com filhos. A montadora de automóveis Subaru, o grupo de viagens Orbitz, a fabricante de celulares Motorola, a cervejaria Miller e o estúdio cinematográfico Paramount já assinaram acordos de patrocínio com o Logo.

Tom sóbrio na grade

Estão confirmados na programação da emissora mais de 200 filmes (como Beijando Jessica Stein, Angels in America e Filadélfia), 20 documentários (entre eles Momentum, sobre um time de rúgbi gay, e TransGeneration, que acompanhará as operações de mudança de sexo de quatro universitários), seis série originais (como Noah´s Arc, sobre um homossexual negro em Los Angeles), o reality show Open Bar (que mostra o processo de abertura de um bar também em Los Angeles), e os programas First Comes Loves (que trata de relacionamento entre homossexuais), Kids in the Hall (que prepara casamentos de gays e lésbicas com apenas duas semanas de antecedência) e Surfers Girls (que mostra o dia-a-dia de um grupo de lésbicas surfistas).

Em 24/7, o canal vai exibir, pela primeira vez na TV americana, a cerimônia de entrega do 16º Glaad Media Awards, da Aliança Gay e Lésbica contra a Difamação, que premia as melhores representações da comunidade homossexual. Alguns clipes da programação estão disponíveis no sítio www.logoonline.com. Informações de David Bauder, da AP [27/6/05] e de Claudia Parsons, da Reuters [29/6/05].