Tuesday, 14 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Crescimento rápido e descontrolado

O popular sítio de microblogging Twitter, espaço onde os internautas podem compartilhar com o resto da rede – e em poucas palavras – o que estão fazendo ou pensando, é um desastre quando o assunto é privacidade e cuidados com crianças, segundo especialistas em segurança na internet. Apesar de explicitar em seus termos de uso que apenas maiores de 13 anos podem criar perfis do sítio, não há nenhum tipo de botão onde se possa reportar abusos ou alguma maneira de alertar os responsáveis pelo programa sobre material ofensivo e sexualmente explícito, comportamento racista ou links para sítios de conteúdo adulto.

Ao mesmo tempo em que companhias como a aérea British Airways e a fabricante de computadores Dell, além de empresas de mídia, já usam o Twitter como ferramenta de comunicação, uma busca pelo sítio pode levar a perfis com links para serviços de prostituição, apologia a drogas e material racista e pornográfico.

Reputação

O ministro britânico para o desenvolvimento digital, Tom Watson, já pediu para que o sítio encontre um meio de se auto-regular. ‘O Twitter é uma companhia relativamente nova, mas de crescimento rápido. Se quiser manter sua reputação, faria bem ao organizar suas regras internas’, defende Watson, mais ativo político do Reino Unido na prática do microblogging.

Segundo John Carr, que representa a Coalizão das Instituições Beneficentes para Crianças sobre a Segurança na Internet, companhias novas entram no mercado sem regras regulatórias sólidas, e ninguém presta atenção a isso até que os problemas comecem. Segundo John Whittingdale, presidente do Comitê de Cultura, Mídia e Esporte do Parlamento britânico, o Twitter deveria ter entre seus interesses a moderação responsável do sítio. ‘Crianças sempre se inscrevem nestas páginas, mas outras redes sociais agem para identificar pessoas abaixo da idade mínima e removê-las de lá’. Redes sociais online, como o Facebook e o MySpace, têm equipes internas de moderação e representantes no Conselho Britânico para a Segurança Infantil na Internet. Informações de Luan Goldie [New Media Age, 25/2/09].