Saturday, 11 de May de 2024 ISSN 1519-7670 - Ano 24 - nº 1287

Mais dois jornalistas assassinados nas Filipinas

Dois radiojornalistas filipinos conhecidos por suas críticas à corrupção local foram assassinados na última semana em ataques separados, de acordo com informações de Roy Greenslade em seu blog no site do jornal britânico Guardian [18/6/10]. Desidario Camangyan, de 52 anos, foi morto a tiros por um homem que subiu ao palco onde ele apresentava um concurso de calouros. Um dia depois, no norte do país, Lito Agustin, de 37 anos, também foi morto a tiros quando voltava para casa de moto.

Camangyan e Agustin foram os 138º e 139º jornalistas assassinados no país desde 1986, ano da revolta popular que colocou fim à ditadura de Ferdinand Marcos e supostamente restaurou a liberdade de expressão nas Filipinas. A violência constante, direcionada não apenas à mídia, mas a juízes, promotores e dissidentes, tem o respaldo da cultura da impunidade, afirma Luis Teodoro, diretor do Centro para Liberdade de Mídia e Responsabilidade.

De acordo com o Comitê para a Proteção dos Jornalistas, as Filipinas são o terceiro país, atrás do Iraque e da Somália, em seu ‘índex global de impunidade’, que contabiliza assassinatos de jornalistas em que os criminosos não foram punidos.